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História Mad Hatter - Rock you like Hurricane - Parte 1


Escrita por: Sith_Quinn e MrsPuddin

Notas do Autor


"Here I am! Rock you like a hurricane." Exatamente, o título deste capítulo refere-se a música
Rock you like a hurricane da banda de Hard Rock, Scorpions. Esse capítulo é bem diferente dos
dois anteriores, com a misteriosa ação de Coringa para destruir, em apenas um dia, a vida de
David Burle, o namorado de Harleen. O capítulo se estendeu e resolvi dividi-lo em duas partes, o
que me ajudou no suspense. Acho que quem está acompanhando, vai adorar esses dois capítulos
psicóticos. ^-^
Também queria agradecer aos auê favoritaram e leitores novos:
Bem-Vindos! {Vão ter que aguentar a sem noção aqui, corajosos, parabéns!😂👌💗}

Boa Leitura =]

Capítulo 3 - Rock you like Hurricane - Parte 1


Eram 6:00h em ponto de uma manhã tranquila de sábado. Os pássaros cantavam e os raios de sol
invadiam através das brechas da cortina do quarto de Harleen, que dormia com a mesma
tranquilidade e bom clima temperado da manhã, quando o telefone de sua casa tocou.

—... Alô? — atendeu ela, sonolenta.  

— Dra. Harleen Quinzel, aqui quem fala é o Dr. Amadeus Arkham, diretor do Asilo Arkham.  

— Sim... — disse ela, confusa, levantando para despertar. — O que houve?  

— Seu paciente, o Coringa, fugiu do Asilo.
Harleen levou um minuto para captar a mensagem. 

— O quê?...
 

— Os policiais querem você aqui, imediatamente.  

Assim que Harleen chegou ao Asilo Arkham, testemunhou o pandemônio. Havia uma ambulância
e várias viaturas paradas na porta do asilo. Um policial estava interrogando o guarda de
segurança, Douglas Petters, dentro da ambulância de portas abertas, enquanto um enfermeiro
cuidava de um ferimento no pescoço. Antes que pudesse ir até lá, um dos doutores a alcançou.  

— Dra. Quinzel, os policiais querem interrogá-la.  

Ao entrar, viu uma unidade de elite de investigação criminal trabalhando, indo quase que
automaticamente para a cela de Coringa. Harleen entrou, ignorando tudo em volta e observando
a mensagem debochada deixada por seu paciente na parede da cela, escrita com sangue: Ha Ha
Ha! Ela analisou paralisada, sem saber o que pensar primeiro.  

— Eu já reparei que seu paciente gosta muito de ser sempre o centro das atenções. — disse um
homem atrás de Harleen. Ele mostrou o distintivo quando ela olhou. — Sou James Gordon,
comissário de polícia.  

Harleen permaneceu em silencio.  

— A senhorita é a psicóloga dele, não é?

— Sou. — respondeu ela. Seu rosto estava inexpressivo, mas sua voz soou pouco segura.  

— Se importaria em me responder algumas perguntas?  

— Claro que não. Pode ser no meu escritório?  

— Sem problemas.  

Ao chegar ao escritório, Harleen se sentou diante de sua mesa.  

— Sente-se, por favor. — ela pediu.  

James se sentou numa cadeira, de frente para ela.  

— Então, Dra. Quinzel, quando foi a última terapia que fizeram?  

— Ontem de manhã.

— Ele disse alguma coisa suspeita?
— O que o senhor julgaria suspeito vindo de alguém como ele? — Harleen estava firme com a
pergunta. — Um paciente com claros problemas de psicose, com um imenso histórico criminal
doentio, num limite de tempo desapropriado para o tamanho da lista, talvez um record.  

— Alguma coisa relacionada a fuga, talvez? — James indagou com paciência.

— Ele não falou nada sobre fuga diretamente, mas falou uma ou duas vezes sobre suas chances de
sair do asilo.  

— E ele as julgava grandes ou pequenas? 

— Tive a impressão de que ele não tinha uma escala para isso. Ele tem uma mente que funciona
de um jeito brilhante, mas ele é um apostador, acima de tudo. Ele age por impulso. No entanto, o que sabemos sobre ele realmente? — Harleen meneou a cabeça, demonstrando exaustão. —... Só o
que ele nos permite saber e que nem sabemos se é verdade.  

James suspirou, compreensivo.  

— Eu estive cuidando do caso do Coringa enquanto ele estava foragido. Em nenhuma das
situações em que fiquei sabendo de seus feitos ou em que nos encontramos, eu nunca consegui
entender, um terço que seja, do que o levava a fazer tudo isso, em momento algum. O Coringa
parece querer provar que não há base para sua insanidade, ou que ela provém de uma origem,
legitimamente, fora da nossa imaginação. Gostaria realmente de saber o que um cara como o ele
tem em mente, porque, uma folha de papel deixa muito a desejar, não acha? — ele mostrou a
folha de papel manchada com o sangue pescoço de Douglas, dentro de um saco de plástico
laminado transparente. — Qual seria o sentido de usar uma folha de papel como arma, estando
livre e tendo uma pistola carregada sob sua posse?  

Harleen silenciou. O que o Coringa queria com aquela mensagem em especial, não era só dizer
que podia sair quando quisesse como também que Harleen era uma esperançosa incompetente.
Ela não queria confirmar aquilo e não iria.  

— Ele não queria matar Douglas.  

— Como pode ter certeza?  

— Se o Douglas não morreu, ele não quis. Ele tinha uma arma carregada nas mãos, se o quisesse
morto, teria o feito.  

— Isso faz sentido, mas será que não há mais evidências? Parece que os guardas dormiram
pesadamente por uma sabotagem feita com uma dose conveniente de calmantes nos galões de
água e nas cafeteiras. Isso me leva a crer que ele não atirou para não correr o risco de ser
escutado e seu plano falhar.  

— Acredita mesmo nisso? — Harleen relaxou suas costas na cadeira, com um sorriso descrente.  

— No que acredita, doutora?  

— Acredito que o Coringa não planeja tanto quanto imaginam. De qualquer jeito, ainda pode
conseguir evidências claras. Nossas câmeras de segurança, sem dúvidas, capturaram sua fuga.  

— Sem dúvidas. Naturalmente, nossa equipe já procurou por essa prova, e essas exatas fitas das
câmeras de segurança desapareceram... Como ele conseguiu fazer tudo isso?  

—... Eu não sei. — lamentou Harleen.  

Horas depois, houve de uma reunião com o diretor e os outros doutores, e mesmo em seu dia de
folga, Harleen decidiu ficar no asilo até mais tarde. Com um café nas mãos, não queria perder o
foco do que estava acontecendo, queria uma resposta. Precisava de uma.  

Enquanto isso, um novo e estranho funcionário estava a trabalhar na sede da empresa Burle.
Usava um uniforme azul com um logotipo da Burle. Os outros funcionários estavam tão ocupados
com tanto trabalho que nem notaram sua presença. Ele levava um carrinho da limpeza, andando
de vagar e cantarolando a introdução de guitarra da música Rock you like a hurricane, o único
aparentemente tranqüilo. Mas sua cantoria parou quando viu uma porta entreaberta que lhe
chamou atenção. Era o maior escritório, havia um homem de terno fino lá dentro. Se tratava de
David Burle. 

David não parecia num dia bom, tentava fazer uma ligação no exato instante que o funcionário
estranho tirava o celular do bolso. O celular de Harleen estava ativado no silencioso.  

Coringa não
usava maquiagem, seu cabelo estava cobrindo a maior parte do seu rosto.
Quando David percebeu que sua querida Quinzel não atendia o celular, ele praguejou e discou
outro número. O celular de Harleen não chamou dessa vez, e ela atendeu:  

— Por que você não atende a droga do celular?! — ele parecia só saber falar gritando. — Será que
toda vez que eu quiser falar com você, vou ter que ligar para recepção do asilo?! Procura esse
celular. Se você perdeu, compre outro! Quero que você me atenda quando eu entrar em contato
com você, está me ouvindo?... Cala a boca você! Você sabe que eu sei o que é melhor para você! —
ele desligou, num surto que chegou a jogar o telefone longe.
Coringa revirou os olhos como se pensasse exatamente: Depois dizem que eu é que sou o louco.  

Naquele mesmo momento, uma linda secretária ruiva entrara na sala dele. Eles pareciam dividir
escritório por uma parede pouco convincente.  

— A Dra. Quinzel anda te estressando de novo? — perguntou ela, jogando os cabelos para trás.    

— Sempre. — ele disse.  

— Então vamos relaxar um pouco.
Após a sugestão, a mulher abriu o zíper de David e se ajoelhou, provavelmente, esperando que ele
tivesse uma ereção suficientemente larga para sua garganta.  

Diante de algum pensamento retórico, um sorriso sutil apareceu no rosto de Coringa e resolveu
sair dali, voltando para os bastidores da empresa. Chegando a um lugar isolado, Coringa tirou um
aparelho estranho e um pouco grande da parte de baixo do carrinho. Uma luz vermelha
apareceu: estava ligado.  

— Espero que isso funcione. — murmurou ele para si mesmo.  

Programou o celular de Harleen para fazer ligação restrita e discou um número. O telefone tocou
na sala de David até que ele atendesse.  

— Alô?! — atendeu ele, revoltado por ter sido interrompido.

— David Burle, aqui é Richard Prime do mercado de ações e sinto em avisar que sua empresa
faliu. — Coringa usou uma voz mais grossa do que de costume.  

— O-O quê? — David gaguejou.  

— O senhor investiu tudo o que tinha para tentar recuperar o dinheiro perdido da empresa,
certo? Como vai fabricar carros se não tem dinheiro nem para obter material ou para pagar seus
funcionários?  

— Mas não pode ser... — David empalideceu. — Vocês me garantiram que eu tinha grandes
chances de recuperar pelo menos uma parte!  

— Chances são chances. Hoje, o senhor tem apenas 2,2% de tudo o que já teve. Entretanto, ainda
pode tentar dar um jeito de resolver isso. 

— Como? 

— O senhor tem sua equipe e o material que já comprou. Tente vendê-lo o mais rápido, enquanto
tenta recuperar o dinheiro. O senhor é o chefe e ainda tem poder dentro de sua empresa.  

— Tem razão. Eu posso fazer isso. Posso enrolar meus funcionários por uns dois ou três meses. A
maioria não tem aonde cair morto. Vão aceitar receber pagamento atrasado.  

— Ou... não receber.  

— Exatamente. — David hesitou. — Obrigado pelo aviso, Sr. Prime.  

— Foi um enorme prazer ajudá-lo, Sr. Burle.  

Coringa estava com um grande sorriso no rosto ao desligar o celular.  

— Então... Hora de me preparar para a festa. — murmurou ele.  

Coringa havia instalado aparelhos de auto-falantes que divulgaram aquela rápida conversa, ao
vivo, para os cantos mais convenientes da empresa. Todos os funcionários ouviram aquela
conversa.
Um monte de funcionários passou furioso por Coringa, enquanto empurrava o carrinho
novamente, até o empurraram para chegar à sala do chefe o quanto antes.
Diante de um olhar apavorado de uma das secretárias que perceberam de quem se tratava, Coringa sugeriu:  

— Melhor ligar para o ramal do chefe. Eles vão matá-lo. — ele voltou a pegar o carrinho quando
percebeu que a secretaria fez exatamente o que disse. O pavor na voz dela ao avisá-lo, o animou
ainda mais.  

Coringa desceu tranquilamente as rampas até sair do prédio. Estacionou seu carrinho da limpeza
ao lado dos carros tops da empresa e pegou dois galões de gasolina, voltando a cantarolar a
introdução da mesma música.  

— Isso tem que ser perfeito. — começou a jogar gasolina por cima de todos os carros que estavam
do lado de fora. — Hera I'am. Rock you like a hurricane. — cantou para si mesmo.  

Ao terminar, viu David sair correndo pelas portas da frente com todos os funcionários o
perseguindo. O sol o obrigava apertar os olhos para observá-lo naquele momento ridículo.
Algumas secretárias ficaram observando de dentro, quando suas atenções se voltaram para
Coringa, cujo vento revelava seu rosto limpo, e depois, os galões de gasolina nas mãos.  

— Sugiro que se juntem aos outros, moças. A situação por aqui pode esquentar um pouquinho. —
com o aviso, elas saíram correndo e gritando. Coringa acendeu um cigarro e deu uma tragada
profunda. Levou um dos galões enquanto ainda caminhava para fora da empresa, derramando o
resto de gasolina que ainda tinha. Quando acabou, ele jogou o galão fora. — É hora do show. — ele
deu mais uma tragada e jogou o cigarro no rastro de gasolina que percorreu um caminho antes de
encontrar o primeiro carro, e o seguinte antes de explodirem, puxando as explosões dos outros,
sequencialmente, como peças empilhadas de dominó.
Apenas um carro se safou. Um que Coringa determinou que não merecesse ser queimado. Aquela
era uma máquina negra de última geração. Precavido, Coringa tinha as chaves e, obviamente,
gasolina. Saiu com o carro, rua abaixo.  

— Ah, é! — ele disse ao se lembrar de alguma coisa. Remexendo seus bolsos, acho uma espécie de
controle remoto com apenas um botão. Ao apertar o botão, houve um barulho abafado, e um
instante depois, o prédio sede da concessionária Burle desabara completamente. — Isso é que é estilo. — suspirou. — Espero que goste do meu presentinho. Minha pequena Arlequina... O Joker
tem uma travessura para te ensinar.... — O Palhaço ria descontroladamente em alta velocidade na contra mão.

***  

Num dos corredores do Asilo Arkham, Harleen estava num momento do qual não queria que
chegasse. Estava sensível, seu paciente fugira e os gritos de David ao telefone a fizeram chorar.  

David não dormira em casa naquela noite e tão pouco dera a Harleen satisfações de onde estava.
Talvez estar no trabalho fosse chato nesses momentos, mas estava certa de que não queria voltar
para casa.  

— Tem certeza de que está bem? — perguntou Carolyn, a recepcionista.  

— Estou. Não se preocupe. — respondeu Harleen ao limpar suas lágrimas.  

— Não precisava ficar aqui hoje. É seu dia de folga. Deveria ir para casa e resolver seus problemas
com David.  

— Ir para casa não iria resolver nada. — Harleen suspirou ao se sentar numa das cadeiras de
espera. —... Nunca resolveu. David já está assim há muito tempo. Ele não vai melhorar. Não há
mais relacionamento... Cheguei a conclusão que um de nós vai acabar morrendo se isso não
acabar agora.  

— Harleen, não diga isso.  

Harleen argumentaria se a imagem muda da televisão não lhe tivesse tomado toda atenção.  

— Carolyn, aumente o volume.  

Carolyn conseguiu alcançar o controle remoto rapidamente ao notar do que se tratava: A sede da empresa
Burle desabou. Na reportagem, helicópteros sobrevoavam o local e pouco os jornalistas podiam
informar o que havia acontecido. 



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