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História Mad Hatter - Rock you like a hurricane - Parte 2


Escrita por: Sith_Quinn e MrsPuddin

Notas do Autor


Oieee, Puddins! I'm Back.
Essa é a segunda parte do capítulo Rock you like a hurricane, que explica como Coringa conseguiu
fugir do Asilo Arkham. O Coringa e sua obsessão pela Dra. Quinzel começam a obter graves
consequências nesse capítulo.
Espero que gostem.
Boa leitura =]

Capítulo 4 - Rock you like a hurricane - Parte 2


                     °•Um dia antes•° 

Eram 23:25h no relógio do Asilo Arkham. Não havia ninguém além dos vigias noturnos e dos
faxineiros.
Coringa estava sentado em sua cama, numa postura perfeita, concentrando-se no que parecia ser
uma meditação. Abrira apena um dos olhos, com uma espiada no relógio do lado de fora de sua
cela. Um sorriso travesso apareceu em seu rosto e voltou a fechar os olhos.
Minutos depois, um faxineiro entrou na sala de Coringa com um esfregão e um balde  

— Está 5 minutos adiantado, Sr. Hawkins. — observou Coringa, ainda de olhos fechados.

— Adiantado para o quê? — indagou Hawkins, sem muita paciência, começando a esfregar o
chão. 
  

A primeira impressão que podia-se ter de Martin Hawkins, era que ele seria um ex-militar
endurecido pelo tempo e com uma longa história trágica para contar. Com seus cabelos brancos
escondendo as orelhas, uma bandana desbotada sobre a cabeça junto a carranca que trazia
consigo possivelmente 24 horas por dia. Não parecia o tipo de pessoa que se permitia intimidar.  

— Você nunca ri das minhas piadas... — Coringa lamentou, com melancolia irônica.  

— Eu por acaso tenho cara de quem curte piadas de palhaço? Ainda mais um louco como você.

Coringa abriu seus olhos, o encarando com um sorriso sutil.  

— Sim, se lhe convier...  

— Ok. — Hawkins parou de esfregar o chão. — O que você propõe?  

Coringa se voltou para ele, abandonando sua meditação por completo.  

— Sejamos honestos, eu quero dar um presente bem bonito para uma pessoa muito especial, com
uma... carta diferente. Um tipo de recado de afeto que me reflita tão bem que ela saiba que eu sou
o remete... mesmo que eu não assine. E você tem claramente, um problema chato com algum dos
guardas, talvez?  

— O que você sabe sobre isso?  

— Ora, você tem que se descontrair mais. — Coringa não escondeu sua satisfação com o interesse
repentino de Hawkins. — Todos nós precisamos de um tempo para nós mesmos e você, meu
amigo, está precisando de férias desse lugar.  

— O.QUE.VOCÊ.SABE? — Hawkins perguntou firmemente, intrigado.  

— Olha, eu sou um mágico. Não curto muito essa coisa toda de ler o futuro nas cartas, mas eu vejo
futuros quando quero presentear uma garota bonita e ninguém me da uma moral. Mas eu não
sou seu inimigo. Aliás, seria ótimo se tudo desse certo para nós dois... Você me ajuda com meu
problema e eu te ajudo com o seu.

Após um olhar desconfiado e hesitante de Hawkins, Coringa continuou:  

— Claro que podem acontecer outras coisinhas ao longo do caminho, mas não estarão nos meus
planos.  

Um sorriso sutil apareceu no rosto de Hawkins:

— Não sei o que você está planejando, mas aviso que não tenho medo de você.  

— Não há motivos. — Coringa sorriu sarcástico.

— O que exatamente vai fazer?  

— Como eu disse: uma carta. Claro que precisa ser entregue pessoalmente, mas tem minha
palavra de escoteiro que eu volto assim que me resolver... E aí? O que vai ser? — perguntou como
um desafio. —... Servus ou Dominus?

Hawkins hesitou por um instante. E com um olhar reconhecido, Coringa não pode evitar um
sorriso.  

— Vou precisar de calmantes, daqueles que cortam o efeito do café, e um daqueles laços
vermelhos para presentes. Tudo o quanto antes. 

— Por que vai precisar de um laço?  

— Para o presente.  

Embora Hawkins achasse que Coringa não passasse de um lunático, alguma coisa o levou a
arriscar, ajudando-o a levar a tal carta afetuosa.  

Hawkins pouco se importava com o que o
Coringa fosse fazer desde que cumprisse sua parte em seu plano.  

Duas horas depois, Coringa estava de volta a sua meditação quando Hawkins retornou a cela com
a chave.  

— Está feito. — disse Hawkins, abrindo a cela. — Eu tinha certeza que um prisioneiro que se
prepara para uma fuga pediria as chaves da cela, mas você pede um laço para uma carta. — ele
jogou o laço para Coringa.  

— Para o presente, meu caro.— disse Coringa, antes de se levantar e sair da cela.  

— Estão todos desmaiados, exceto Douglas. Aquele desgraçado não bebeu água nem café. Ele está
fazendo patrulha nos corredores, perto da saída.  

— O nosso desgraçado? Bom, daremos um jeito nisso em breve. Antes, preciso de minhas roupas
e... passar no escritório de Harleen Quinzel.  

— Você não ouviu o que eu falei?! Se ele voltar e ver os outros, vai soar o alarme.
Coringa fez um sinal para Hawkins fazer silêncio.

— Isso não estava nos seus planos, certo? 

Hawkins agarrou Coringa pelas golas com uma força surpreendente.  

— Não brinque comigo, seu maníaco de merda.  

— Ah, meu amigo...— protestou Coringa sorridente. — Relaxa! Vou dar um jeito no cara. Não é o nosso acordo? Eu sou um
cara de palavra.  

Hawkins o soltou.  

— Espero que sim. E quanto aquilo?  

Coringa revirou os olhos quando Hawkins apontou para câmera de segurança de sua cela.  

— Por que não resolve essa pra mim? — sugeriu Coringa. — Eu o faria se não estivesse muito
ocupado cortando a garganta de nosso querido Douglas.  

— Espero que faça um bom trabalho.  

— Não duvide do meu trabalho, meu caro. Gosto de gente que trabalha assim. — Coringa indicou
as luvas de Hawkins. — Bom trabalho.
Cada um saiu por um corredor diferente, sem fazer qualquer barulho.  

Não demorou muito e Coringa encontrou o vigia Douglas. Ele estava de costas, fazendo a guarda
da porta para liberdade. Ao vê-lo, Coringa recuou alguns passos antes de se esconder novamente
atrás da parede.  
Em seguida, revirou os olhos e suspirou, como se achasse a brincadeira um tanto
tediosa, seguindo para outro corredor, chegando à recepção, onde encontrou um vigia largado na
cadeira, roncando. Coringa teve de conter uma risada ao cutucá-lo. Retirou o cassetete e a pistola.  

  
Seguira para outro corredor, do qual se encontravam os escritórios dos doutores. Observando os
nomes gravados nas portas, nome por nome, e procurara pelo de Harleen. Coringa riu baixinho  

ao ver o nome de Dr. Taon, não conseguiu se conter dessa vez. Em seguida, encontrou o de
Harleen e entrou. Viu alguns dos arquivos, mas nada pareceu interessá-lo. Se sentou na cadeira
diante do computador, olhando outros papéis quando se assustou com um barulho baixo, vindo
da gaveta.  

O celular de Harleen vibrou apenas uma vez. Era uma mensagem de texto:  

Chegarei tarde.
 

Coringa deu uma olhada nas mensagens de Harleen: Muitas brigas e poucas satisfações.  

Ao
procurar nos contatos, teve acesso ao nome completo: David Burle. Um sorriso apareceu no rosto
de Coringa.  

Ligara o computador e pesquisara aquele nome, que não era estranho. A pesquisa
encontrou a empresa Burle e toda uma Wikipédia.  

Não podia ser mais perfeito.
Coringa colocou o celular no bolso e a pistola no lugar onde estava o celular, com delicadeza, e
voltou para seus afazeres com Douglas.
Ao chegar ao corredor, ouvindo os passos de Douglas se aproximando de onde estava, se preparou
com o cassetete.  

— Uno! — disse Coringa ao atingi-lo na mandíbula.  

Ao perceber que Douglas capotou com apenas um golpe, não pôde evitar rir um pouco mais alto. E
ao olhar para ambos os lados e perceber que estava sozinho, Coringa saiu o arrastando.  

Nesse
caminho, conseguiu um rolo de fita adesiva e uma camisa de força, vestiu Douglas com ela e o
arrastou até sua cela. Ele estava acordando. Coringa retirou a pistola do coldre dele.

— Acorda aí, eu tenho compromissos.— Coringa deu dois tapas no rosto de Douglas, tentando despertá-lo.  

—... Oh merda. — praguejou Douglas ao perceber quem era o responsável por aquilo.
Pressionando a arma contra a cabeça de Douglas, Coringa o observou, franzindo as sobrancelhas
com curiosidade e hesitação, enquanto sua vítima apertava os olhos, esperando a morte.  

— Você não vai pedir pela sua vida?  

Douglas hesitou, com o suor brotando de sua testa. Esperava que Coringa simplesmente puxasse o
gatilho, mas ele afastou a arma, puxando a folha de papel que arrancara do livro, fazendo parecer
que fora um truque de mágica.  

— Você sabia, Doug, que se eu segurar uma folha de papel como essa, de uma forma que ela não
dobre, com precisão, ela pode ter o mesmo efeito de uma lâmina de barbear? — com um
movimento rápido, Coringa fez um corte no pescoço de Douglas, que gemeu. — Mas, na minha
opinião, dói mais do que uma lâmina. — Coringa largou o papel, tocou a ferida e com o dedo
indicador, escreveu na parede com o sangue de Douglas: Ha Ha Ha!  

— Por que você não me mata de uma vez?!

Coringa pressionou a arma na cabeça de Douglas novamente, se aproximando.  

— De acordo com meus cálculos — Coringa falou baixinho. —, você vai morrer... mas não hoje....

Guardando a pistola na calça, Coringa pegou a fita adesiva e enrolou nas grades, lacrando a porta
da cela.  

— Como as chaves fugiram, a gente improvisa. Tchau. 

Agradecendo em pensamento por não dar de cara com o idiota do Hawkins, Coringa saiu
do Asilo Arkham de forma mais silenciosa do que esperava, e lamentou por isso.  

Escolhera um dos poucos carros no estacionamento, um do qual sabia que não tinha alarme.  

Quebrara a janela e abrira a porta, hesitando no banco do motorista ao ver que teria de fazer
ligação direta.  

— No tribunal, eles reclamam do vandalismo, mas poderiam muito bem evitar isso deixando as
chaves no carro.  

Coringa saiu fazendo os pneus cantarem. Dirigia sempre 10 km/h acima do limite de velocidade.  

Uma gargalhada alta e lunática que ecoara, desmerecendo a silenciosa noite em Gotham.
Minutos depois, parou o carro diante do que parecia ser uma estranha pensão, numa rua de má
reputação.  

Estava tocando música alta lá dentro. Naquele momento, era exatamente Rock you like
a hurricane.  

Havia algumas pessoas do lado de fora, em maior parte casais, a maioria vestindo
uma mistura de preto, vermelho xadrez e metal. Cabelos coloridos e arrepiados de várias formas
era comum por ali. Parecia ser uma espécie de festa punk.  

Coringa entrou em passos rápidos.
Havia bastante gente naquele lugar e nenhum deles o impediu de entrar, nem pareciam
estranhar um cara com macacão de presidiário e maquiagem de palhaço. 
 

Talvez tivesse alguma
coisa a ver com a neblina de maconha que havia lá dentro, mas aquilo já não o incomodava tanto.  

Subira escadas com iluminação fraca amarelada, chegando ao que parecia um escritório
terrivelmente bagunçado. Uns seis ou sete homens discutiam vagamente, averiguando o que
parecia ser um grande mapa que cobria toda a mesa. Eles se contiveram em silencio com a
chegada de Coringa.  

— Olá, caras. O que estão planejando tão discretamente e isolados? — questionou Coringa,
sarcástico, com um sorriso sutil ao se aproximar da mesa.  

— Nós íamos resgatar você. — arriscou o que deveria ser o líder, com a voz pouco segura.  

— Claro que iam. — Coringa ergueu o tal mapa da mesa, verificando, quando percebeu que aquilo
não era um mapa e sim uma planta. — Mas isso aqui não é a planta do Asilo Arkham. — ele largou
a planta em cima da mesa. — Já quase posso dizer que o conheço como a palma da minha mão. 

foi na direção de um closet. No caminho a até lá, pelos cantos dos olhos, avistou mascaras de
palhaço, enfileiradas, como que prontas para serem usadas. Coringa conteve uma risada.  

— Então, eu estarei um pouquinho ocupado nas próximas 24 horas. Vão se preparando... — ele
desenterrou uma mala aparentemente pesada do meio da bagunça. — A moleza vai acabar. Mas,
enquanto isso, aproveitem a festa.  

Coringa saiu do escritório, entrando em um quarto e fechando a porta atrás de si. Procurando por
algo dentro da mala, Coringa sorriu ao retirar um facão de lâmina brilhante e afiadíssima.

Em
seguida, se jogou num sofá verde e roxo bem acomodado. Encontrou em seu bolso o laço
vermelho dado por Hawkins, o amarrou no cabo faca e suspirou ao observá-la.  

— Eu tenho uma surpresa para você, Dra. Quinzel... Só para você. Mal posso esperar, minha doce Alerquina...

***  


Na tarde de sábado, logo após a explosão da sede da empresa Burle, Coringa dirigiu até o
apartamento de David Burle com total tranquilidade de um cidadão comum.  

Já com suas roupas impecáveis, observara-se no retrovisor, penteando os cabelos com os dedos. 
  

Observando a segurança do edifício, Coringa reconhecera em pensamento que entrar no lá na
mesma discrição que gostaria que fosse não seria tão fácil, mas com o celular na mão e seu sorriso
travesso no rosto, mostrava que ainda tinha truques na manga.  

Abrira uma mala no banco carona
ao seu lado, tirando de lá dois pancakes, um branco e um preto, e discara um número.  

— Senhores, tenho uma missãozinha para vocês... — disse Coringa ao celular, soltando uma de suas encandalosas e graves gargalhadas— Está noite eu tenho um encontro e quero que me ajudem nos bastidores. 


Notas Finais


O Coringa, às vezes, usa palavras ou frases que podem não ser compreendidas. Nesse capítulo, ele
pergunta ao Hawkins "... Servus ou Dominus?", são palavras em latim, que ao pé da letra,
significam Escravo ou Deus. Há algumas outras referências, mas acredito que tudo tenha ficado
bem claro, espero que tenham gostado, Continua???


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