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História Mad Hatter - Faça Isso


Escrita por: Sith_Quinn e MrsPuddin

Notas do Autor


Hey, puddins! Primeiramente, a capa não tem muito haver com o capítulo, Só queria que todos apreciassem essa linda cena de Jargot💗 {IS REAL, PORRA! SEGURA ESSE FORNO, TOM ARCHY!}
Segundamente Esse capítulo é menor do que os últimos, mas este está
excepcionalmente lindo, modéstia à parte.😂👌
Espero que gostem, Brownies💗

Boa Leitura =]

Capítulo 5 - Faça Isso


Fanfic / Fanfiction Mad Hatter - Faça Isso

A tarde trazia a noite para Gotham City. O céu já mostrava sua beleza com um azul escurecido,
enfeitado por várias estrelas e uma grande lua cheia. Tinha tudo para ser uma noite romântica
para os casais novos, ansiosos e ardentes. Tudo perfeitamente bem, exceto para quem ligasse no
noticiário e ficasse sabendo sobre um, muito possível, atentado terrorista.  
Mas a vida continuava
para os cidadãos de Gotham, e a vida continuava para Coringa também. Parecia que a vida,
naquele dia, só tinha virado as costas Harleen Quinzel. O que Harleen havia feito de errado para
tudo isso acontecer com ela?  

Naquele instante, Harleen estava em seu carro estacionado em frente ao seu apartamento,
hesitando para entrar em casa. Ela respirou fundo. Não queria entrar lá. Estava com o celular que
pegara emprestado com a recepcionista do asilo, e também sua amiga, Carolyn, já que achava que
havia perdido seu próprio celular. Tentava ligar para David de cinco em cinco minutos, mas sempre caía na caixa postal.   

Não queria falar com David, na verdade. Harleen sentia mais como
uma obrigação ligar para ele, do que realmente querer saber se ele estava bem.  

David era um homem mal, ela sabia disso. Um homem amargurado por alguma coisa que ele
teimava esconder de todo mundo. Mas ela sabia que muito possivelmente essa maldade provinha
de um trauma, um trauma de infância, e muito possivelmente doloso. Harleen, às vezes, refletia
na já velha e auto-questão: Por que diabos ainda estou com David? Harleen fingia para ela mesma
não saber a resposta, mas a verdade era que ela sempre soube. 
  

David era um paciente teimoso e
ela obtinha uma enorme curiosidade em saber o que aconteceu com ele. Mas por que David? Será
que seus pacientes no Asilo Arkham não eram suficientemente árduos para sua grande sede
profissional? Não eram, até alguém terrivelmente surpreendente se tornar seu paciente.  
O Coringa.  

Ele era alguém capaz de preencher todo o seu tempo. Um paciente fascinante, sem
dúvida. Sendo assim, o único motivo que encontrara em sua mente para ainda estar com David se
perdera numa imensidão negra, muito longe dali. Então, decidira que assim que conseguisse falar
com David, seria o fim.  

Mas aquela ainda não era a questão.
A suspeita de que seu paciente, Coringa, era responsável pelo atentado contra o edifício Burle, lhe
dava arrepios. Por que logo a empresa de David? Não era por acaso, de fato. O Coringa fez uma
conexão de Harleen com David, ela sabia. Mas como? E o que mais ele poderia estar planejando?
Harleen respirou fundo novamente, saindo do carro. Entrou no prédio as pressas, passando
afobada pela portaria e entrando no elevador. Mal podia conter sua ansiedade até chegar à
cobertura. 

Ela abriu porta e quando percebeu que David não estava em casa, respirou fundo
novamente, quase como se estivesse aliviada. — Aliviada... Como pude me deixar chegar a esse
nível com David? No que eu estou me transformando? — pensou. Largou a bolsa na cozinha, soltou
os cabelos de seu coque desarrumado e debruçou contra a pia. Algumas lágrimas escaparam.  

A maquiagem em seus olhos já estava mais do que borrada de tanto chorar, mas ela não se dera o
trabalho de lavar, porque achava um desafio grande demais para aquele dia, ter de encarar o
espelho. David foi o responsável por manchar a maquiagem no rosto dela com aquela ligação  
idiota.  

— Chega... — ela disse baixinho, para ela mesma.  

Naquele instante, David abrira a porta violentamente, e trancou da mesma forma desesperada
que entrou.  

— Mas que merda! — praguejou ele. — Como isso pôde acontecer?!  

— David, você está bem? — a pergunta de Harleen soou mais como uma afirmação.  

— Você viu o que aconteceu com a concessionária? Meus funcionários ficaram malucos e
destruíram tudo! Eles correram atrás de mim feito loucos. — ele alisou seu cavanhaque como um
gangster nervoso e inquieto. — Harleen, arruma suas coisas. Vamos embora daqui. — ele pegou a
mão dela e a puxou como se fosse uma bagagem.  

— O quê? Você ficou maluco? Me solta!  

David a ignorou.  

— Vamos pegar o primeiro avião para qualquer lugar e começar uma vida nova longe daqui.  

— Não! — ela se soltou. 

— Não? — ele parecia não só surpreso como perplexo.  

— Não. Será que você não percebe? — ela tentou ser paciente. — Nós não temos mais uma vida há
muito tempo. Não existe nós. Eu tenho um emprego, lembra?  

— Eu não acredito... — ele riu de forma sádica.  

— Venda esse apartamento e viaje para onde quiser. Mas eu não vou. — ela continuou. — Eu não
quero mais ficar com você. Acabou.  

Harleen pegou sua bolsa, mas antes que pudesse deixar o apartamento, David a puxou, jogando-a
com força contra a parede. Ele a  enforcava. 

— Aonde você pensa que vai? — ele usou um tom calmo em sua voz.  

— O que está fazendo, David?... — ela tentou.  

— Você vai comigo. Você é tudo o que eu tenho. E você não vai me abandonar agora.  

Uma das mãos de Harleen estava livre e ignorada, tentando bater inutilmente em David que era
bem maior e bem mais forte do que ela. Então, procurou em cima da pia por qualquer coisa que
pudesse tirá-lo de cima dela, e assim que sua mão tateou a frigideira, ela a lançou contra a cabeça
dele com toda força que o ângulo lhe proporcionava.  

Ele a largou, ela conseguiu correr, mas não
para muito longe. Mesmo com a cabeça sangrando, ele a puxou pelo braço novamente e deu um
soco que a fez cair e cuspir sangue. David puxou os cabelos dela, forçando-a a encará-lo.  

— Acha que pode brigar comigo? — ele indagou.  

O próximo objeto detectável para ajudá-la era a chave do carro. Ainda estava em seu bolso e
Harleen a segurou firme com sua mão livre, sempre subestimável.  

— Não. — ela respondeu e enterrou a chave no pescoço dele.  

Aquilo o surpreendeu, dando a ela tempo o suficiente para correr, abrir uma gaveta e pegar a
primeira faca que encontrara.

— Sua vagabunda! — ele falou entre gemidos quando tirou a chave. — O que é isso? — perguntou  
quando viu a faca nas mãos dela.
Só então ela percebeu o laço vermelho.
Harleen arregalou os olhos, um pouco perplexa por não ter notado o laço e um pouco pelo motivo
dele estar ali.  

Ela olhou para dentro da gaveta, havia um bilhete com uma mensagem simples e
objetiva, rabiscado à caneta vermelha: 

                      Faça Isso
                                  =]
                      

Não que ainda houvesse dúvidas, mas o smile pregou a certeza de quem havia o deixado.
Naquele instante, Harleen não sabia a qual tipo de desespero ela deveria se adequar. De qualquer
jeito, as palavras foram tomadas de sua garganta.

— O que está fazendo, Harleen? — David indagou. — Cá entre nós, você não vai me matar, então
larga essa faca. 

Ele se aproximou dela, ameaçadoramente.  

— Fica aí! — ela falou, com uma firmeza que David desconhecia.  

Ele obedeceu, mas não por muito tempo. Quando percebeu que Harleen estava olhando para
dentro de casa, com todas as luzes apagadas, exceto a da cozinha, as cortinas se mexendo
fantasmagóricas com o vento sutil, ele achou que seria uma boa brecha de distração. David
avançou contra ela, mas Harleen foi mais rápida, enfiando a faca no peito dele.  

Na varanda do apartamento, numa parte onde não podia ser visto pelo casal da cozinha, Coringa
digitava uma mensagem de texto do celular de Harleen. Sua segunda mensagem simples, objetiva
e fragmentada de humor do dia:  

                A Casa caiu.

— E... Enviar. — murmurou ao enviar.  

David caiu como um saco de batas no chão.
Harleen soluçava perplexa com a cena. A faca ficara no peito de David.  

Coringa saiu da varanda para a sala e da sala para cozinha calmamente, batendo palmas com a
mesma calma.  

— Uhhh... — disse Coringa. — É um orgulho ou não é? — ele sorriu.  

— O-O que....? O que...? — Harleen tentou.

— Ah, Harleen. Pare de soluçar. — ele pediu com melancolia forçada.

— O que você me fez fazer?! — ela gritou.  

— O que eu te fiz fazer? Eu não fiz nada. Só te dei um presente e você o utilizou muito bem. — ele
deu um passo para se aproximar de Harleen.  

— Fique longe de mim. — ela avisou.

— Você está sendo ingrata. — ele recuou.— Eu nem matei ninguém por você. Antes de explodir a
empresa, eu a esvaziei. Não matei Douglas, não matei Dr. Taon, nem Martin...  

— Martin? Um dos faxineiros do asilo? O que tem o Martin?  

Coringa sorriu, indo na direção do corpo de David.  

—... Digamos que ele esteja numa situação ruim. — ele abaixou, tirou a luva de sua mão direita, e
retirou a faca do peito de David. — Mas então, Dra. Quinzel...  

Coringa se levantou ainda sem pressa, indo até Harleen. Ela tentou fugir, mas ele a segurou, e
segurou como uma amante, com corpos colados. Coringa manteve a faca com o sangue de David,
muito próxima ao rosto dela. Harleen não lutou tanto quanto lutara contra David. Estranhamente,
Coringa prendia o corpo dela de uma forma delicada. Ele não estava a machucando.  

— Nós dois sabemos o que a senhorita queria ou não queria está noite. — ele continuou. —
Quando a polícia chegar, o que vai dizer a eles?  

Coringa observou hesitante enquanto outra lágrima descia pelo rosto de Harleen. Outra lágrima
negra pela maquiagem borrada. 

— Vamos colocar um sorriso nesse rosto?  

Harleen apertou os olhos, esperando sentir a dor da faca penetrando suas bochechas. Mas em vez
disso, seus lábios sentiram uma coisa bem mais suave, e ela abriu os olhos. Coringa estava a
beijando? Era um beijo suave e sem sentido.
Em seguida, ele a observou com um meio sorriso.  

— Festas boas sempre duram pouco.  

Naquele mesmo segundo, os policiais invadiram o apartamento.  

— Largue a arma!  

Coringa obedeceu, deixando Harleen livre.  

— Mãos para cima!  

Coringa obedeceu outra vez.  

— Calma, pessoal. Fiz apenas uma visitinha social. — ele disse entre risadas, enquanto era
algemado e levado para fora.  

Harleen ficara sem reação. Seu coração falhou uma batida, mas ela não sabia se era por medo,
tensão ou... uma coisa totalmente absurda.


Notas Finais


Continua???


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