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História Madness - Purgatory


Escrita por: atinybeenie

Notas do Autor


Olaaaaa. Tudo bom contigo?
A ideia dessa fic veio bem do nada, e eu tipo, amei escrever ela.
Obrigado a todos que acompanham "Light Me Up Darkness", e se você não conhece, deixarei links na descrição.
Eu tô com mt sono, então hj ñ vou enrolar aqui ñ.
PS1: Eu odiei essa capa. Mas é temporária.
PS2: Q sono.
PS3: Yudi, quero meu purixteixu.
PS4: Quando tiver algo em itálico é pq é no passado e "***" isso aqui é quebra de tempo.
Aproveitem a leitura <3

Capítulo 1 - Purgatory


Fanfic / Fanfiction Madness - Purgatory

Wonwoo não tinha mais forças para continuar. Queria apenas... Sumir dali, sem deixar vestígios. Quem sabe morrer? Em sua opinião, não era uma idéia ruim. Seu corpo estava fraco com todos aqueles medicamentos que julgava serem desnecessários para si. Três tentativas de tratamento de choque num só dia, nada mal, pensava ele.

Não era louco. Era traumatizado, machucado, depressivo.

Mesmo tendo se passado longos cinco, e torturantes, diga-se de passagem, anos desde a morte de Mingyu, nunca havia superado a perda. Achar seu corpo desfalecido, bem diante dos seus olhos, era sem dúvida sua lembrança mais dolorosa. Nem mesmo as dosagens pesadas de Neozine surtiam mais efeito. Sua corrente sanguínea parecia renegar tudo o que entrava nela, e se negava a deixar os efeitos do remédio lhe atingir.

Aguardava ansiosamente pelo dia em que dariam algum tipo de veneno e o tirariam daquele sofrimento. Era um peso morto entre tantos outros, de qualquer forma. Não faria falta. Não possuía família, amigos, ou qualquer coisa que o valha. Apenas possuía Mingyu, e este, não estava mais entre o mundo dos vivos, com pele, osso e um coração pulsante.

Desde que Mingyu havia morrido, culpava-se todos os dias por ter sido fraco, desnecessário, inútil. Era assim que se sentia. Por 1.826 dias se sentiu assim, e continuava agonizando a morte de quem tanto amava.

Nunca soube lidar com a falta que o mais novo lhe fazia. Nunca soube lidar com a necessidade que era tê-lo de volta. Nunca soube lidar com a falta dos abraços acalentadores, dos beijos doces que trocaram, das noites de amor que tiveram e das juras de amor que fizeram no silêncio da noite em forma de segredo. Tudo arruinado.

Nunca pensou que um dia se auto-mutilaria, mas o fez. Os cortes profundos, o sangue escorrendo, tudo parecia aliviar a dor excruciante que insistia latejar em seu peito. Queria que os cortes fossem profundos o suficiente para lhe matar.

Quando seus pais descobriram que estava se auto-mutilando, optaram por colocá-lo num Manicômio. Em suas cabeças, que julgavam ser sãs, aquilo era sinônimo de loucura. Wonwoo não era louco, eles eram. Wonwoo possuía consciência de suas ações e as conseqüências que as mesmas lhe trariam, e por isso continuava a fazê-las.

Sua mente ainda possuía o lado em que acreditava nas pessoas à sua volta, e por isso acreditou que seus amigos iriam contra tal ato. Que iriam, ao menos, tentar impedi-los disso. Já era maior de idade, e com a ajuda de pessoas que o conheciam bem, comprovaria que não era louco e não precisaria viver como um. Leigo erro. Seus “amigos” não moveram um músculo. Disseram que “seria melhor assim” e que ele “ficaria bem”. Wonwoo não disse nada. Não por faltar-lhe coisas para dizer, mas sim porque não valia à pena. Não valia a pena gastar palavras com pessoas que o traíram. Ele apenas precisava de um ombro amigo, e as únicas pessoas que ele julgava possuírem um, o descartaram como lixo.

Fora perguntado diversas vezes do porquê não ter ido buscar ajuda, seja médica ou com pessoas de seu convívio. Sempre respondeu-as, com seu típico tom inexpressivo e sarcástico “Eu me cortava. Só queria chamar atenção.” E logo em seguida ria soprado. Fora chamado de louco diversas vezes. Já não se importava mais. Se sua vida era viver com loucos, e ser tratado como um, agiria como um, e quem sabe o descartavam de vez, de preferência para sete palmos do chão.

Não sorria mais. Não achava mais graça das coisas, não via mais as cores à sua volta. Apenas o preto e o branco. Sua pele, antes com vida, agora era tomada por um pálido, quase se igualando a uma folha de papel. Seus cabelos negros dando contraste à pele de uma forma, quase, fantasmagórica. Estava mais magro que o normal, e estava, de fato, doente.

Por vezes, pegava-se pensando em Mingyu, e esse era, de fato, o único tipo de pensamento que o fazia sentir o pequeno resquício de felicidade que sempre achava ter ido embora junto com a morte de seu amado. Mesmo que lembrasse do quanto eram felizes, do quanto se amavam, sempre chegava à parte que queria esquecer, que queria apenas... Apagar de sua mente. Sempre chegava ao mesmo lugar. O fim.

 

***

 

Wonwoo estava abalado. Havia discutido com Mingyu e sentia tê-lo magoado. Estava arrependido, mas seu sangue havia fervido demais no momento e agora apenas o arrependimento lhe acarinhava o peito.

- Wonwoo! – exasperou. – Que droga foi aquela?!

- Eu juro que não fiz nada! Me desculpa... Ele... Ele...

- Simplesmente te beijou?! – indagou de forma gritante. – Pessoas não beijam pessoas assim do nada, Wonwoo!

- Eu juro que eu não fiz nada! – disse segurando as mãos de Mingyu, já com lágrimas começando a escorrer por seus olhos. – Eu juro... – disse de forma sussurrada.

- Eu achei que ele fosse meu amigo... – Mingyu disse virando o rosto. – Seungcheol é um traidor!

- Eu sinto muito... Eu não queria que nada disso tivesse acontecido...

- E por que não fez nada? Por que não reagiu?

- Dá pra parar por pelo menos, sei lá, dois segundos de me culpar por tudo?! – foi o seu momento de exaltar-se com o mais novo. – Que droga, Mingyu!

Mingyu arregalou os olhos em surpresa. Wonwoo nunca gritava. Wonwoo nunca era assim.

- A sua insegurança é tão grande assim?! – indagou com raiva, já não mais segurando as mãos do maior. – Eu sei que o que viu não lhe agradou e nem ME agradou, mas já parou pra’ pensar no quanto está sendo ridículo? Se eu não lhe amasse, não estaria com você e se você não confia em mim a ponto de achar que eu queria tê-lo beijado, deveríamos terminar agora mesmo!

Wonwoo levou as mãos à boca percebendo, enfim, o que havia dito e Mingyu calou-se instantaneamente. Estava bravo, mas a idéia de terminar nem o menos havia passado por sua cabeça. Foi afastando-se lentamente do menor enquanto era observado pelo mesmo. Possuía a cabeça baixa e um ar melancólico no olhar.

- M-Mingyu... – disse indo em direção ao mais novo, buscando tocá-lo, este que desviou do contato. – D-Desculpe. Vamos conversar e-

- Preciso ir. – disse o cortando.

E foi a única coisa que disse antes de retirar-se do apartamento de Wonwoo, pegar o carro e ir embora. Estava arrasado.

Mesmo com a tristeza lhe consumindo, optou por tomar um banho quente e ponderar sobre tudo o que havia acontecido. Havia feito uma grande merda. Queria ligar para o mais novo, dizer o quanto lhe amava e o quanto se importava com sigo, mas decidiu que no dia seguinte, iria dizer tais coisas pessoalmente.

Dormiu pesadamente àquela noite. Não por que estava com o coração mais leve em pensar na reconciliação que teriam, e sim porque havia tomado calmantes para conseguir ao menos fechar os olhos.

Acordou naquela manhã com o coração apertado. Estranhamente, sentia que algo estava errado. Não pelo fato de estar seriamente brigado com Mingyu, mas por apenas sentir-se estranho. Sentir-se... Incomodado com alguma coisa.

Não sentiu fome o suficiente para o café, apenas tomou um banho quente, colocou roupas pesadas e aconchegantes, e dirigiu-se a pé, com toda a coragem do mundo, para a casa do maior em meio à toda aquela neve. Ora ou outra esfregava as mãos uma nas outras buscando aquecê-las, apesar de estarem com luvas e o calor das mesmas não ser suficiente para esquentá-las.

Chegou a casa de Mingyu e respirou fundo já à porta. Pressionou a campainha.

Nada.

Estranhou. Mingyu nunca demorava a atender, e quando atendia, fazia barulhos audíveis dentro da casa, pois derrubava tudo o que via pela frente apenas por correr para chegar à tempo de atender a porta.

Mais uma vez.

Nada.

Um frio incomodo começava a apossar-se de Wonwoo, e definitivamente, não era frio relacionado ao clima.

Mais uma vez.

E, surpreendentemente, ou não, não ouve resposta.

Girou a maçaneta e ficou surpreso pela mesma não estar tranca. Mingyu nunca, definitivamente, nunca deixava a porta aberta à menos que estivesse em casa. Aquilo o fez suspirar decepcionado. Mingyu estava em casa, apenas não queria o atender.

- Mingyu? – o chamou – Mingyu? Precisamos conversar! – disse enquanto andava pela casa, estranhando o silêncio constante que continha nela. Olhou rapidamente por todos os cantos na parte debaixo da casa antes de optar por checar na parte de cima, subindo as escadas logo em seguida.

- Mingyu? Amor, eu sei que está bravo, mas tente me entender. – disse abrindo todas as portas que havia em sua frente, até chegar perto da porta do quarto de Mingyu. Aproximou o ouvido da porta e pode ouvir a TV ligada. Era ali que Mingyu havia se escondido de si. Girou a maçaneta lentamente e voltou a dizer. – É aqui seu esconderijo secreto quando não pretende me ver? – indagou encostando-se ao batente da porta. Mingyu estava de costas para si, o corpo largado a cadeira, a cabeça virada direta e inteiramente para TV.

- Não vai dizer nada? Eei. – o chamou. – Me desculpe, eu não queria ter lhe dito essas coisas. – disse andando em direção a Mingyu, levando uma das mãos ao rosto do mesmo e virando para si. – Eu te a-

Parou a frase abruptamente. Mingyu possuía os lábios sem cor, os olhos arregalados e não respirava.

- Mingyu?! – gritou. – Mingyu?! Se isso for algum tipo de brincadeira eu espero que pare!

Nada. Nenhuma reação, nenhum riso denunciando a piada que não havia a menor graça. Levou as mãos ao pulso de Mingyu. Sem pulsação. Começava a ficar apavorado a cada segundo. Rondou por todo o quarto, procurando por algum telefone, já que havia deixado o seu em casa. Precisava de um médico urgentemente. Andou em direção à escrivaninha, deparando-se com um embrulho que continha um bilhete em seu interior, uma garrafa de vinho, quase que sem conteúdo,aberta e uma carta escrita à mão.

Conferiu o bilhete:

“Mingyu, me perdoe.

Eu nunca quis beijar o Wonwoo. Eu estava fora de mim.

Me desculpe. Você é como um irmão pra’ mim.

Talvez eu não mereça sua amizade, pois definitivamente

trai sua confiança.

Me sinto a pior pessoa do mundo.

Não estou querendo comprar seu perdão lhe enviando isso,

Mas sei que é seu vinho favorito.

É apenas a minha forma de pedir desculpas.

Não culpe Wonwoo por minha causa.

A culpa foi minha, e eu admito isso.

Pense com carinho.

- Choi Seungcheol.”

 

Colocou o bilhete no local, voltando sua atenção para a garrafa de vinho, pegando-a em seguida com uma das mãos. Tragou o odor. Normal. Nada fora do comum que denunciasse alguma alteração na composição do mesmo. Colocou-a de volta em seu devido lugar e a estranha carta o chamou a atenção. Sabia que estava num momento crítico em que precisava chamar alguém para lhe ajudar com Mingyu, mas tudo o que estava ali, poderia lhe dar as respostas que estava procurando.

Começou a ler o conteúdo da carta e quase que imediatamente seus olhos começaram a se embaçar.

 

“Wonwoo-ah,

sei que o certo seria Wonwoo-hyung, mas de qualquer forma

esses honoríficos nunca foram de suma importância pra’ você, não é?

Eu gostaria de me desculpar.

Por tudo. Por ter sido um idiota.

Por não ter acreditado em você no primeiro momento.

Eu poderia dizer todas essas coisas pra’ você pessoalmente

Mas eu estou bêbado agora.

Seungcheol-hyung me enviou um vinho.

Acho que estou fraco demais pra’ bebidas. Esse está me derrubando fácil.

Eu nem sei mais se o que eu escrevo faz sentido.

Acho que não.

Mas se estiver lendo isso,

e se estiver compreendendo isso.

Me desculpe. Eu admito ter errado.

Admito ter ficado com raiva e tudo o mais, mas é que eu me importo

e não suportaria te perder.

Talvez seja apenas meu jeito louco e literalmente gritante

de dizer o quanto você importa pra’ mim

e do quanto eu te”

 

A carta não possuía um final. Mingyu não havia terminado a frase. Nas últimas linhas, sua letra havia ficado embolada e quase ilegível, mas Wonwoo o conhecia tão bem que a conseguiu ler sem dificuldades. Vagando os olhos pelo quarto novamente, encontrou o que tanto procurava; um celular.

Praticamente voou em cima do aparelho buscando ligar para a emergência. Discou o número e aguardou alguns instantes. Logo que foi atendido, informou toda a situação e fora pedido que aguardasse dentre 20 minutos para que pudessem chegar ao local. Wonwoo encarava o relógio de forma nervosa, contando os segundos e até mesmo os milésimos para que chegassem logo.

Após uma espera que julgou ter sido um século, levaram Mingyu dali. Não permitiram que fosse junto, pois não era parte da família e apesar de todos os protestos, de nada adiantou. Ligou para a família de Mingyu que por sua vez ligou para a polícia, para que fizessem uma investigação na casa do filho.

Todos estavam no hospital, aguardando algum sinal sobre o estado de Mingyu. Depois de cerca de quatro horas, o doutor Lee Jieng, apareceu com a pior de suas caras. Mesmo sendo médico por tantos anos, esse tipo de notícia nunca era dita e interpretada de forma doce.

Wonwoo foi o primeiro a levantar-se quando avistou o médico indo em sua direção. Nem ao menos deixou que o profissional a sua frente dissesse algo, pois desatou a falar:

- Dr. – o chamou. – Como ele está? Ele vai ficar bem? Está tudo certo com ele, não está?

Lee Jieng deu apenas uma ultima olhada em sua prancheta, Wonwoo e os pais de Mingyu olhavam a cena, apreensivos. Lee Jieng apenas apoiou a mão no ombro de Wonwoo, elevando os lábios num tipo de sorriso que diz “sinto muito”, sorriso esse que foi o suficiente para que caísse em lágrimas. Era angustiante demais. Surreal demais. Por que o seu Mingyu? Por que logo o SEU Mingyu? O único pensamento que rondava em sua mente era que, se existisse mesmo um Deus que olhava por todos, naquele momento, o mesmo havia fechado os olhos e fingido não ter visto nada.

- Eu sinto muitíssimo, filho. – disse o Dr. Lee Jieng.

Os pais de Mingyu ficaram completamente sem chão. Perder um filho tão jovem, carismático, leal, divertido. Por onde ele passava, deixava um rastro de felicidade atrás. Ele era alegre, e nada, literalmente nada, o deixava para baixo. Às vezes se irritava facilmente, mas era dessa forma que ele demonstrava o quanto se importava com alguém. Dezessete anos. Ele possuía apenas dezessete anos. Dezessete anos e toda uma vida pela frente. Dezessete anos e todo seu carisma a ser mostrado. Dezessete anos, e todos os seus sonhos esmagados.

Quando era pequeno, Wonwoo achou que perder seu cachorrinho havia sido a maior perda que tivera em toda a sua vida e a maior dor que sentira também. Naquele momento, notou o quão estava enganado. Aquele estava sendo sua pior dor, sua pior perda, seu pior pesadelo.

No dia seguinte, revelaram a autópsia com a causa da morte. Morte por envenenamento por arsênico. Como ele havia ingerido arsênico? O vinho dado por Seungcheol.

Quando todas as peças se encaixaram em sua cabeça, Wonwoo apenas queria socar a própria mão na parede, tamanho era seu ódio. Não acreditava que Seungcheol, o melhor amigo de seu namorado, poderia ser tão odioso. Apenas não conseguia acreditar.

As buscas da polícia apontaram a mesma pessoa, e aí sim, o seu mundo desabou por completo. Seungcheol foi preso, e mesmo que fosse declarado à morte, nada preencheria o vazio que sentia em seu peito.

 

***

 

Quando começou a se cortar, era apenas para aliviar a dor. Depois, era apenas para esquecer-se das coisas que vivera. Quando foi forçado a se internar - sem ter a mínima chance de renegar - pelas pessoas que ele amava e que diziam-lhe e juravam-lhe amar, percebeu que ninguém era realmente confiável.

Só queria um refúgio. Seja no braço de pessoas ou em cortes em seu pulso. Apenas queria refugiar a mente, e ser tratado como um débil o fazia ter vontade de usar a bandeira branca, não para pedir paz, e sim para pedir a morte. Estava saturado de viver daquela maneira.

00:00 do dia 17 de Julho de 2016.

- Vinte e dois anos, Wonwoo. – dizia sozinho em seu quarto enquanto continuava a amarrar os lençóis um no outro. – Assopre as velinhas.

Riu soprado. Riu da própria desgraça. Riu do próprio comentário lúdico que estava dirigindo ao nada. À luz da lua, talvez? Não sabia. Amarrou os lençóis à grade da imensa janela de seu quarto, bem no topo. Direcionou ao pequeno criado-mudo ao lado de sua cama, e pegou os calmantes, antidepressivos e dopings que havia roubado durante alguns meses, e os consumiu todos de uma vez. Não haviam muitos comprimidos, e talvez tenha tomado apenas dois de cada, mas foi o suficiente. Seu corpo começou a responder rapidamente aos efeitos da eminente overdose. Enrolou o lençol no pescoço e relaxou o corpo, deixando que o peso pressionasse mais ainda o aperto em seu pescoço.

Não foi doloroso, mas também não foi calmo para si, mas nada mais importava. Só queria dizer um adeus silencioso. Um adeus mudo. Não queria mais abrir os olhos.

 

***

 

Abriu os olhos. Como não deu certo?! Indagou internamente. Observou o lugar à sua volta. Não estava em seu quarto. Não estava no Manicômio. Não estava em lugar algum. Era algum tipo de vazio, não sabia dizer. Estava vivo ou morto?

Pode observar uma figura família aproximar-se de si.

- Min... – estendeu as mãos buscando tocá-lo. Queria senti-lo, saber se era real. – Mingyu?

Mingyu segurou sua mão.

- C-Como? – Wonwoo o indagou confuso.

- Não faz idéia de onde está, faz? – o perguntou e o outro apenas acenou negativamente com a cabeça. – Este é o purgatório.

- Purgatório?... – indagou confuso. Pelo que bem lembrava, aquele era o lugar onde as almas pagavam por seus pecados antes de irem para o céu. – E por que está aqui?

- Eu pequei... – Mingyu disse o olhando nos olhos.

- Pecou com o que? – Wonwoo não compreendia. – Mingyu, você foi uma boa pessoa.

- Eu pequei, sim. – afirmava novamente. – O maior pecado que eu pude cometer, foi não ter dito o quanto te amava antes de partir. Foi o meu maior erro.

Wonwoo apenas o abraçou. Apenas queria sentir seu abraço, sentir que poderia viver com ele novamente, mesmo que fosse em alma e não em corpo. As lágrimas que começavam a escorrer, não lhe remetiam à dor, e sim a felicidade. Aquela que jamais julgou sentir novamente. Aquela que havia se perdido no tempo. Aquele que havia morrido com o corpo daquele que agora o abraçava.

Afastaram-se, apenas para se encararem e constatar que estavam mesmo, juntos novamente.

- E você... – Mingyu começou. – Com o que pecou?

- Eu pequei em não ter vindo atrás de você antes. – disse.

 

***

 

“Mesmo que o sol nasça novamente
Depois que a noite acabe
Já esperava muito tempo para este momento
Que eu não posso agarrar

Eu não sei
Quero saber
Será que este sonho acaba assim?
Por que
Não posso ficar
Tanto com a pessoa e o amor?”

 


Notas Finais


Eaí gente, o que acharam?
Comentem o que vocês gostaram e o que não gostaram. Deixem suas opiniões <3
E pra quem nunca leu nada meu e é a primeira vez, eu ñ sou desanimada assim ñ, isso é sono :v
Sério.
Espero que tenham gostado, bjs e até a próxima <3 /joga brilho e corre pro arco-íris.


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