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História Madness. Book 1.Murders. - NorminahJloncé - First Impressions


Escrita por: Kordeihalfling e sailormx

Capítulo 1 - First Impressions


Fanfic / Fanfiction Madness. Book 1.Murders. - NorminahJloncé - First Impressions

Ligação on

. – Karla, onde está essa sua bunda branca enorme ? -Dinah perguntou enraivecida.

. – Ah, Lauren e eu decidimos ficar em casa mesmo. -Camila riu. – Nós só iriamos te atrapalhar!

. – Sua idiota, poderia ter me avisado ao menos, Sabe como eu odeio sair sozinha ! -mais risos da latina, que fez Dinah querer soca-la.

. – Então arranje uma companhia! -Camila desligou.

Ligação off

. – Mas que branquela folgada, desligou na minha cara ! -Dinah pensou alto.

. – Eu acho que é mal de branquelas. -Normani se sentou ao lado de Dinah no bar. – Desculpa, nem perguntei se estava ocupado. -Normani se levantou.

. – Não, não está! -Dinah involuntariamente olhou para bunda da morena.

. – Você é bem descarada ! -Dinah corou.

. – E-eu ? -Dinah negou com a cabeça. – Não sei de onde tirou isso! -se fez de desentendida. Normani riu.

. – Devo acrescentar cínica também!? -foi a vez da loira sorrir.

. – Assim é mais certo. -Dinah estendeu a mão para Normani aperta-la. – Dinah Jane e você é ?

. – Normani Kordei.

. – Oque faz em um bar em dia de semana, Normani ?

. – Estou conhecendo a cidade, e lembrei que uma amiga falava muito desse bar. E quanto a você, Dinah ? -Normani arqueou uma sobrancelha.

. – Bom, eu sou policial, isso explica por si só! -Normani riu.

. – Minha amiga diz a mesma coisa!

. – Sua amiga me parece muito sabia. qual o nome dela ?

. – Aff, o meu ex . -Normani usou o corpo de Dinah para se esconder.

. – Huh, e porquê você precisa se esconder dele ? Não que eu não esteja gostando da aproximação, oque estou adorando. -Dinah sorriu cafajeste. Só então Normani percebeu que tinha ficado muito próxima a ela, percebeu também que estava a encarando, sorriu sem graça.

. – Ele é um chato, e enche meu saco para voltar, uso a desculpa de que moramos longe, mas agora se ele descobrir que estou em Miami vai ne atormentar! -Normani saiu do banco. – Droga ele ta vindo pra cá!

. – Eu só conheço um jeito de afastar um ex ! -Dinah se levantou e ficou de frente para normani.

. – Qual ? -Normani mal terminou de falar, e Dinah puxou a cintura da morena para si, aproximou lentamente seu rosto ao dela, Normani sorriu antes de puxar a nuca da loira e selar seus lábios de uma vez.

. – Normani !? -Thomas perguntou chocado.

. – Ah, oi, não tinha te visto ! -Normani disse depois de relutante se separar de Dinah.

. – Depois eu sou cínica !? -Dinah sussurrou no ouvido dela. As duas riram.

. – Dinah !? -Dinah se virou para Thomas.

. – Thomas, quanto tempo! Como vai ? - deu um abraço rápido em seu primo.

. – Você ta com a minha namorada e pergunta como estou!? -disse incrédulo.

. – Ex! -Normani o corrigiu. – E vocês se conhecem ? -revessou o olhar entre os dois polinésios.

. – Sim, ela é minha prima. Você está com ela para me fazer ciúmes ou oque ? Sei bem que você não é gay! -normani riu cinicamente

. – Não se sinta Thomas. -Normani revirou os olhos. – Você não sabe de nada, mas sua prima tem grandes chances de descobrir. -Dinah sorriu.

. – Vai com calma, Normani, que assim eu me apaixono. -Normani puxou Dinah para se sentarem novamente.

. – Você deve está muito feliz, não é, sua sapatão !? -Thomas perguntou a Dinah.

. – É, para falar a verdade, estou sim, Thomasi. -Dinah sorriu. Thomas sentiu vontade de bater nela mas preferiu sair dali.

. – Vocês não eram muito próximos, não é!? -Normani.

. – Fomos criados juntos mas ele nunca gostou de mim. -Dinah deu de ombros. – Acho que porque eu pego mais mulher que ele.

. – Mas Thomas não faz o tipo mulherengo.

. – Eu sei, nem eu mas Foi uma piada. -Dinah negou com a cabeça. – Agora sei como a Mila se sente por contar aquelas piadas ruins que ninguém entende.

. – Não foi necessariamente ruim. -Normani deu uma golada em sua bebida.

. – Nossa.. "Não foi necessariamente ruim". você está tentando me conquistar pelo ego, Normani ? -Dinah riu.

. – Não, não preciso. Você já está afim de mim.

. – E se eu dissesse que não é verdade?

. – Eu diria que para alguém que passa o dia tentando fazer criminosos dizerem a verdade, você deveria saber que mentir não é uma boa coisa.  

. – Você está totalmente certa.

. – É um dom. -Normani sorriu convencida.

 

 

 

 

                                                                                                ******

 

                                                                                        Beyoncé POV

 

 

 

 

 

 

 

. – Protesto.. -fui interrompida.

. – Negado. -A juíza Lopez disse sem nem me olhar. Ela ta com raiva de mim ou oque ? Esta rejeitando todos meus protestos, dificultando tudo que pode para mim. Suspirei e sentei-me na cadeira.

. - Está tarde. -Lopez checou seu relógio de pulso. – Recesso até amanhã pela tarde. -arrumei minhas coisas para sair. – Knowles, minha sala. -Fodeu. Fui atrás dela, ela entrou em seu gabinete, e parou a frente de sua mesa. Entrei, ela fez sinal para mim fechar a porta, assim que o fiz, parei de frente para ela.

. – Oque eu fiz agora? -perguntei.

. – Oque você não fez seria mais certo. -ela caminhou até a porta e a trancou. Sentou-se na mesa de frente para mim.

. – hmm.. Não estou te entendendo. -falei. Ela revirou os olhos. – Me desculpa, baby, mas eu não sou advinha, até onde eu sei não te fiz nada. Se ta descontando em mim algo que o pateta do seu namorado fez.. -me interrompeu.

. – Ex ! -começou a desabotoar a bata de juiz.

. – Isso é uma puta de uma sacanagem, você me fodeu naquele tribunal. -sorriu cafajeste.

. – E nada mais justo do que você me foder agora. -perdi minha linha de raciocínio por alguns instantes, e até Tive que me apoiar na mesa. Que porra essa mulher quer fazer comigo ?  -Sou apaixonada por ela há anos. E ela pega e fala isso do nada.

. – Oi !? -idiota! Mas foi oque saiu quando meus olhos caiam em seu corpo coberto somente por uma lingerie por baixo da toga aberta. Eu estou me sentindo uma adolescente insegura e com os hormônios a flor da pele.

. – Chega a ser fofo o quanto você está nervosa. -ela acariciou minha bochecha que com certeza estavam coradas. Oque esta acontecendo comigo?

Neguei com a cabeça. Essa não sou eu ! Puxei a cintura dela contra a minha, fazendo nossos corpos ficarem colados e um tanto curvados, usei minha mão livre para me apoiar na mesa. A mão que estava em sua cintura, levei até a bunda dela e apertei com vontade, ela mordeu o lábio inferior provocativa, já os aproximando dos meus.

 

 

 

 

                                                                                 POV do Narrador

 

 

 

. – BEY ACORDA ! -Lauren quase a derrubou do sofá, e saiu do escritório rindo.

. – Porra, Lauren, sua filha da puta. -Bey foi atrás dela furiosa. – Eu estava sonhando com a... -Bey parou vendo a juíza Lopez. – Juíza Lopez!? Oque faz aqui ? -Bey arrumou seu cabelo.

. – Vim te buscar, vamos sair hoje, lembra!?

. – Yeah.. Infelizmente estão sem delegado aqui e eu estou como supervisora para ninguém fazer merda. -Olhou para policial Cabello.

. – Certo, vai ficar presa a noite toda ? -Lopez se jogou em uma cadeira, deitou a cabeça na mesa, com uma cara de tédio. Bey assentiu. – Droga! Minhas outras opções para essa noite são : Sair com aqueles juízes chatos, ou ir para casa ficar sozinha.

. – Então fica e nos conta uma história policial old school. -Cabello sugeriu. Jauregui, Hansen e a psiquiatra Allyson Brooke que acabara de chegar insistiram na ideia de Cabello.

. – Eu até tenho uma interessante.. mas old school nada ! Eu só tenho quarenta. -Lopez.

. – E sete ! -Knowles completou.

. – Cala a tua boca! É 46 para sua informação. E 1988 não é old school ! -todas riram.

. – Eu tinha uns 7 anos! -Knowles riu.

. – Nós tínhamos 2 ou 3 aninhos. -as outras riram também.

. – Vocês estão fodidas se caírem no meu tribunal !

. – Eu sou psiquiatra, não corro esse risco mesmo. -Allyson deu de ombros.

. – Até eu ? -Knowles fez beicinho.

. – Não, você é minha favorita! Vão deixar eu contar a história? -todas assentiram e puxaram cadeiras para se sentarem ao redor de Lopez. – Eu era nova e... -Lopez parou por todas rirem. A mais velha lançou um olhar assassino em todas. – A esposa de um amigo do meu pai, morreu em circunstâncias meio estranhas. O nome dele era Gustave Parker, a mulher não era a pessoa mais agradável do mundo, na verdade, era insuportável e tinha alguma doença que a deixava semi inválida, oque só a deixava ainda mais insuportável. Eu vou contar os fatos e vocês tentem resolve-lo.

. – Oque ganho se acertar ? -Camila perguntou com um sorriso maldoso, e prontamente levou um tapa de Bey e Lauren. – Ai! -Reclamou.

. – Você nada! Bey poderia ter ganhado mas me deu bolo hoje. -Jennifer olhou para morena se lamentando.

. – Honey, não faz assim. Faz tempo que nós não saímos juntas mas infelizmente me deram esse fardo até depois de amanhã.

. – Vocês são tão gays, acho que se namorassem não seriam tão gays assim. -Camila.

. – Isso não faz nenhum sentido, Mami. -Jennifer olhou para Bey. – E se eu fosse namorada da Bey, ela iria enlouquecer.

. – Tenho certeza que ela não se importaria nem um pouco de enlouquecer... -Hansen falou baixinho.

. – Podem parar com a lesbiquice e contar a historia? -Ally interveio para o alivio de Bey.

. - Sim, como eu estava dizendo a esposa dele era um inferno de pessoa. -Lopez.

. – Jen, é aquela mulher que cismava em falar que não te conhecia ? -perguntou Knowles.

. – Essa é a Mariah, ela não morreu e é nova. -Lopez . – Eu não sei como a história começou. -prosseguiu Lopez. – Gustave foi bastante vago a esse respeito. Eu deduzi que Sra. Parker sempre tivera uma queda por cartomantes, grafólogos, videntes, etc. Gustave não se importava com isso. Achava até muito engraçado. Mas se recusava a fazer grandes. louvações a essas pessoas, o que era motivo de queixas sem fim de parte de sua esposa. Um exército de enfermeiras se sucederam na casa deles. Sra. Parker geralmente ficava descontente com elas ao cabo de algumas semanas. Uma jovem enfermeira tinha se mostrado muito interessada nessas habilidades da cartomancia e, durante algum tempo, Sra. gostou muito dela. Depois tornou-se‬ subitamente hostil à moça e insistiu para que fosse despedida. Voltou a admitir outra enfermeira, que lhe servira anteriormente, mulher de mais idade, experiente e de muito tato para lidar com doentes neuróticos. Tolerava os maus humores e as crises de nervos de Sra. Parker, revelando a mais completa indiferença diante deles. Sra. Parker sempre almoçava no andar de cima, sendo comum, à hora dessa refeição, Gustave e a enfermeira aparecerem para que fossem tomadas algumas providências referentes à tarde. Rigorosamente falando, a enfermeira tinha folga das duas às quatro horas, mas para servir, como se diz, por vezes tirava essa folga depois do chá, caso Gustave quisesse dispor de seu tempo após o almoço. Nessa ocasião, ela mencionara que ia visitar uma irmã. Poderia chegar um pouco atrasada. Gustave ficou meio desapontado pois havia combinado jogar uma partida de golfe. Todavia, a enfermeira o tranquilizou dizendo:

— Ela não vai sentir falta de nenhum de nós, Sr. Parker. — E seus olhos brilharam. — Sra. Parker vai ter uma companhia mais emocionante do que a nossa.

— De quem se trata? — indagou ele.

— Um momento — acrescentou a enfermeira. E os olhos dela ficaram mais brilhantes do que nunca.

— Deixe-me ler direito: Zarida, Leitora do Futuro.

— Meu Deus! — lamentou-se Gustave. — Mais uma!

— Mais uma — confirmou a enfermeira. — Creio que minha antecessora, a enfermeira Carstairs, foi quem a mandou. Sra. Parker ainda não a viu.‬ Pediu que eu lhe escrevesse, marcando uma entrevista para hoje de tarde.

— Bem. De qualquer maneira eu vou jogar minha partida de golfe — declarou Gustave.

E saiu, movido pelos mais generosos sentimentos em relação a Zarida, a Leitora do Futuro.

Quando voltou para casa, encontrou Sra. Parker num estado de grande agitação. Estava, como de costume, deitada em seu sofá como de costume, com um vidro de sais de cheirar na mão, aspirando-os a cada momento.

— Gustave! — exclamou. — O que foi que eu lhe disse sobre esta casa? Desde o momento em que eu aqui entrei, senti que havia alguma coisa de ruim nela. Eu não tenho sempre dito isso a você?

Reprimindo o impulso de dar-lhe uma resposta, Gustave declarou o seguinte:

— Você sempre faz isso. Não. Não direi que me lembro.

— Você nunca se lembra de nada que me diga respeito. Os homens são extraordinariamente empedernidos. Mas eu realmente acredito que você é ainda mais insensível do que a maioria deles.

— Deixe disso, minha querida Mary. Não é justo de sua parte.

— Como eu estava lhe dizendo, Gustave, aquela mulher percebeu tudo imediatamente. Ela de fato recuou, assustada, se você souber o que eu quero dizer, no momento em que passou por aquela porta, e disse: "Aqui existe maldade. Maldade e perigo. Estou sentindo isso."

Gustave desatou a rir, de um jeito muito‬ imprudente, e declarou:

— Bem. Valeu a pena você gastar seu dinheiro hoje de tarde.

Sua esposa fechou os olhos e aspirou longamente os sais.

— Você me detesta! — exclamou. — Você seria capaz de rir e caçoar de mim se eu estivesse morrendo!

Gustave protestou. Passados dois ou três minutos ela prosseguiu:

— Você pode rir, mas eu vou lhe contar tudo. Esta casa é positivamente perigosa para mim. Aquela mulher me disse.

Os generosos sentimentos de Gustave em relação a Zarida se modificaram. Ele sabia que sua esposa seria perfeitamente capaz de insistir em mudar-se de casa se fosse dominada pelo capricho de assim fazer.

— E o que mais ela falou? — indagou ele.

Sua mulher não conseguiu dizer grande coisa, pois estava muito perturbada. Mas acrescentou:

— Ela disse isto. Eu tinha umas violetas dentro de um copo. — E apontou para as flores, exclamando:

— Ela falou: "Tire isso daí. Não tenha flores

azuladas. Nunca tenha flores azuladas. As flores azuladas serão fatais à senhora. Lembre-se disso." E Sra. Parker acrescentou: — Você sabe que a cor azul me repugna. Eu sempre lhe disse isso. Sinto uma espécie de aviso nessa cor. Uma coisa natural e instintiva.

Gustave teve juízo bastante para não comentar que jamais a ouvira referir-se aqui. Em vez de fazer qualquer observação, perguntou que aparência‬ tinha a misteriosa Zarida. Sra. Parker começou a descrevê-la animadamente:

— Tem cabelos pretos, cacheados, que lhe cobrem as orelhas. Seus olhos são meio cerrados. Tem umas grandes olheiras escuras. Estava com um véu preto que lhe escondia a boca e o queixo. Fala com uma voz cantada, num forte sotaque de estrangeira. De espanhola, creio eu.

— É. De fato tem o aspecto comum de sua classe — declarou Gustave num tom jovial.

Sua esposa cerrou os olhos imediatamente e disse:

— Eu estou me sentindo mal. Muito mal. Toque a campainha e chame a enfermeira. A maldade me faz mal e você sabe disso muito bem.

Transcorridos dois dias, a enfermeira foi procurar Gustave. Seu rosto tinha uma expressão grave e lhe disse:

— O senhor quer ir ver Sra. Parker, por favor?

Ela recebeu uma carta que a perturbou muito.

Gustave encontrou a mulher com a carta na mão.

Estendeu-a para que ele a pegasse, dizendo:

— Leia isto.

Gustave leu a carta. Tinha sido escrita num papel fortemente perfumado, numa caligrafia graúda e a tinta preta. Dizia o seguinte:

"Eu vi o Futuro. Receba este aviso antes que

seja tarde demais. Cuidado com a Lua Cheia. A

Primavera Azul significa Advertência; a Malva-

rosa Azul, Perigo; o Gerânio Azul, Morte..."

Gustave quase desatou numa gargalhada, mas seu olhar cruzou com o da enfermeira, que lhe fez um rápido gesto de advertência. Então declarou, meio‬ desajeitadamente:

— Essa mulher está procurando amedrontar você, Mary. Mas, de qualquer maneira, não existem primaveras nem gerânios azuis.

Apesar disso Sra. Parker desatou a chorar dizendo que seus dias estavam contados. A enfermeira e Gustave saíram do quarto, parando no patamar da escada. Ele exclamou, num rompante:

— Enfermeira. A senhora com certeza não acredita. . .

— Absolutamente, Sr. Parker. Não acredito que se possa adivinhar o futuro. Mas o que me deixa intrigada é a significação daquilo. As cartomantes geralmente se dispõem a agir pelo que conseguem obter. Mas essa mulher parece estar aterrorizando Sra. Parker sem qualquer proveito próprio. Não consigo entender isso. Há qualquer outra coisa...

— O que poderá ser? — indagou Gustave..

— Sra. Parker disse que Zarida tinha algo que lhe era um tanto familiar — acrescentou a enfermeira.

— E daí?

— Bem, Sr. Parker. Eu não estou gostando nada disso. É só.

— Eu não sabia que a senhora era tão supersticiosa.

— Não sou supersticiosa, mas sei que se trata de alguma coisa suspeita.

. – Passaram-se aproximadamente quatro dias desse primeiro incidente. -prosseguiu Lopez. – Eu terei de descrever o quarto de Sra. Parker para lhes explicar o que aconteceu. O quarto era forrado com papéis de parede nos quais são aplicados ramos de flores para obter-se uma espécie de friso. O efeito é quase igual ao de uma pessoa estar num jardim, embora as flores sem dúvida sejam todas impossíveis. Eu quero dizer que não poderiam desabrochar ao mesmo tempo.

. – Sim, nós sabemos que você ama floricultura.. Só continue, Jen. -Bey falou.

. – Mas era impossível! Campânulas, narcisos, lupinos e malva-rosas. Tudo isso junto.

. – É muito anticientífico. -Jauregui debochou.

. – Mas continue a história, por favor. -Cabello pediu.

. – Bem, entre aquelas flores amontoadas -Lopez continuou. – Havia umas primaveras, uns apanhados de primaveras amarelas e cor-de-rosa. Certa manhã, Sra. Parker tocou violentamente a campainha. As empregadas acudiram às pressas, julgando que ela estivesse nas últimas. Nada disso. Muito excitada, apontou para o papel de parede. Sem dúvida havia uma primavera azul em meio às demais...

. – Oh! — exclamou Cabello. — Isso é de arrepiar.

. – O problema era o seguinte: a primavera azul teria sempre ali estado? Essa foi a sugestão de Gustave e da enfermeira. No entanto Sra. Parker‬ não a aceitou de maneira alguma. Nunca tinha visto aquela flor antes, e a noite anterior havia sido de lua cheia. Ela ficou muito perturbada por causa disso. Encontrei Gustave naquele mesmo dia e ele me contou o caso. Fui visitar Sra. Parker e fiz o que pude para ridicularizar tudo aquilo, mas em vão. Saí da casa dela realmente preocupada e me lembro de ter encontrado com Jean Instow e de lhe ter contado o caso. Jean era uma moça estranha. Ela me disse o seguinte: "Então ela está realmente inquieta?" Eu declarei acreditar que Sra. Parker era mulher capaz de morrer de susto. Era de fato anormalmente supersticiosa. Lembro-me que Jean me impressionou bastante com o que disse em seguida: "Bem. Isso poderia ser a melhor coisa deste mundo, não é mesmo?" E falou de um jeito tão frio, num tom tão natural que eu desconfiei um pouco daquilo. Por que, né, quem diabos acha a morte de alguém uma coisa boa ? Mas continuando.. Jean sorriu para mim de um modo estranho e declarou o seguinte: "Você não gostou do que eu disse, mas é a pura verdade. Que valor tem a vida para Sra. Parker? Nenhum. E é um verdadeiro inferno para Gustave Parker. A melhor coisa que poderia acontecer seria ela morrer de susto." Eu acrescentei:

— Gustave é sempre muito bom para ela. — E Jean observou:

— Sim. Merece um prêmio. É um homem muito simpático. A última enfermeira da mulher dele era dessa opinião. Aquela bonita. Como é o nome dela? Carstairs. Foi esse o motivo da briga entre ela e Sra. Parker. Não gostei de ouvir Jean dizer aquilo. Naturalmente as pessoas tinham imaginado que. . . -fez uma pausa significativa.

— Bem, querida. -comentou Allyson Placidamente. – As pessoas sempre ficam imaginando coisas. Instow é uma moça bonita? Eu suponho que ela jogue golfe.

. – Joga, sim. -confirmou Lopez. – É craque em todos os esportes. E tem um físico interessante: muito loura, com uma pele saudável e uns olhos azuis bonitos e tranquilos. Naturalmente nós sempre imaginamos que ela e Gustave, quero dizer, se as coisas fossem diferentes, fariam um belo par.

. – Eram amigos? -indagou Allyson.

. – Eram. Muito bons amigos. -Lopez. – Será que eu posso continuar minha história? -todas assentiram. – Eu soube o resto da história pelo próprio Gustave — prosseguiu a juíza. — Sra. Parker alarmou-se muito por volta do fim do mês seguinte. Marcou num calendário o dia que seria de lua cheia e, naquela noite, fez com que a enfermeira e Gustave ficassem em seu quarto e examinassem cuidadosamente o papel da parede. Havia malvas-rosas e malvas vermelhas,‬ mas nenhuma azul entre elas. Quando Gustave saiu do quarto, ela fechou a porta à chave.

. – E na manhã seguinte havia uma grande malva azul. -Cabello declarou triunfante.

. – Exatamente — confirmou a juíza. — De qualquer maneira, foi quase isso. Uma das flores de malva, bem por cima da cabeça de Sra. Parker, tinha ficado azul. Aquilo fez Gustave ficar meio atordoado. E sentiu-se ainda mais confuso porque se recusava a levar a coisa a sério. Insistiu que tudo não passava de uma piada. Não tomou conhecimento da circunstância de ter a porta sido fechada a chave, nem do fato de Sra. Parker haver descoberto aquela transformação da flor antes de qualquer outra pessoa, até mesmo antes de a enfermeira entrar no quarto. Tudo aquilo desconcertou Gustave e o levou a mostrar-se pouco razoável. Sentiu-se inclinado a acreditar no sobrenatural pela primeira vez, mas não iria admiti-lo. Ele geralmente cedia aos caprichos da esposa, mas dessa vez não iria fazê-lo. Mary não haveria de portar-se como uma louca, declarou ele. Tudo não havia sido mais do que um absurdo dos diabos. O mês seguinte passou rapidamente. Sra. Parker ergueu menos protestos do que se poderia ter imaginado. Creio que era suficientemente supersticiosa para julgar que não poderia fugir ao seu destino. Ficou sempre a repetir o seguinte:

"Primavera azul, aviso. Malva azul, perigo. Gerânio azul, morte." E permaneceu deitada em sua cama, a olhar para o cacho de gerânios rosa-a vermelhados que ficava mais perto. Aquilo atacava os nervos das pessoas. Até a enfermeira apanhou a "infecção". Procurou Gustave dois dias antes de ser lua cheia e pediu-lhe que tirasse Sra. Parker daquela casa. Gustave ficou irritado com isso e esbravejou:

— Se todas as flores daquela maldita parede ficarem azuis, uns demônios azuis, não poderão matar ninguém.

— Poderão, sim — replicou a enfermeira. — Muita gente já tem morrido de choque.

— Besteira — afirmou Gustave.

Ele sempre foi um pouco teimoso. Ninguém consegue dissuadi-lo de coisa alguma. Acredito que pensava, no íntimo, que a esposa fazia aquelas mudanças na cor das flores e que tudo não passava de um plano mórbido e histérico dela mesma.

Pois bem. Chegou a noite fatal. Sra. Parker trancou a porta a chave, como de costume. Estava muito calma, quase num estado de apatia. Assim disse Gustave.

— Devia haver uma estranha espécie de encanto em tudo aquilo. Na manhã seguinte não se ouviu nenhum violento toque de campainha. Sra. Parker geralmente despertava por volta das oito horas. Quando, às oito e meia, ela não deu o menor sinal de vida, a enfermeira bateu com força em sua porta. Não obtendo resposta, foi chamar Gustave e insistiu para que a porta fosse arrombada. Eles assim fizeram com o emprego de um formão. Bastou à enfermeira olhar para a figura imóvel que se achava na cama. Disse a Gustave que chamasse o médico pelo telefone, mas já era tarde demais. O médico declarou que Sra. Deveria ter, morrido pelo menos há umas oito horas. Os sais estavam perto de sua mão, sobre a cama. E na parede ao lado dela, dois gerânios rosa-a vermelhados haviam adquirido forte coloração azul-escuro.

. – Que horror! — exclamou Cabello Estremecendo.

. – Não havia outros detalhes? — indagou Hansen. Lopez acrescentou, rapidamente:

. – O gás.

. – O que havia com o gás? — perguntou Hansen.

. – Quando o médico chegou. -esclareceu o Lopez. – sentiu um leve cheiro de gás. E Gustave verificou que a chave do gás da lareira estava um pouco aberta. Mas tão pouco que não poderia ter tido a menor importância.

. – Sr. Parker e a enfermeira não repararam nisso quando entraram no quarto da primeira vez? -insistiu Hansen.

— A enfermeira afirmou ter sentido um ligeiro cheiro de gás — declarou Lopez. — Gustave disse que não havia reparado nisso, embora alguma coisa o tenha feito sentir-se muito estranho e cansado. Atribuiu isso ao choque que havia tido e, provavelmente, foi o que de fato aconteceu. De qualquer maneira, não se cogitou de envenenamento pelo gás. O cheiro de gás mal poderia ser notado.

. – E qual foi o desfecho da história? -indagou Jauregui.

— Não parou nisso. Houve muito falatório. Todos podem compreender que as empregadas tinham ouvido muita coisa, por exemplo, Sra. Parker dizer ao marido que ele a odiava e que ficaria zombando dela mesmo que estivesse morrendo. E também terão ouvido outros comentários mais recentes. Certo dia ela dissera, quando ele se recusou a deixar a casa: "Muito bem. Quando eu estiver morta, espero que todos os empregados compreendam que você me matou." E a má sorte ainda veio contribuir para as coisas, pois George havia preparado um veneno contra ervas daninhas, que iria espalhar nas alamedas do jardim, exatamente na véspera. Uma das empregadas mais jovens o vira fazer isso e, depois, observara que ele estava levando um copo de leite quente para a esposa. O falatório cresceu e espalhou-se. O médico dera um atestado de óbito, não sei exatamente em que termos: choque, síncope, parada cardíaca.

Provavelmente empregou alguns termos médicos que não significam grande coisa. Mas a pobre mulher não estava nem um mês em seu túmulo quando foi requerida e concedida uma autorização para que seu corpo fosse exumado.

. – E o resultado da autópsia foi nulo -declarou Hansen num tom grave. – Foi um caso de fumaça sem fogo, pelo menos daquela vez.

. – A coisa foi realmente muito curiosa — comentou Lopez. — A cartomante Zarida, por exemplo. No endereço em que deveria morar, ninguém jamais tinha ouvido falar nela. Apareceu da primeira vez, declarou Gustave, como por encanto. E sumiu completamente. E mais ainda. A pequena enfermeira chamada Carstairs, que parecia tê-la recomendado, desapareceu e nunca mais se ouviu falar nela. -Todos se entreolharam.

— É uma história misteriosa — declarou Knowles. — Pedem ser feitas suposições. Mas supor... -Ela abanou a cabeça.

. – E Gustave ? Casou-se com Sr. Instow? -Indagou Allyson com aquela sua voz suave.

. – Por que faz essa pergunta, Allycat ? -indagou Hansen.

Allyson arregalou seus tranqüilos olhos castanhos e acrescentou:

. — Isso me parece tão importante! Eles se casaram?

. – Bem... Acho que isso não é importante para o caso. -comentou Lopez.

. – Isso é importante -comentou Normani, sentada em una cadeira no lado oposto da sala. – Muito importante.

. – Então nós pensamos a mesma coisa, Normani Kordei. -Fitou bem a amiga adrentrar a sala usando um vestido roxo, que a Allyson julgou muito curto. – Você também acha que Jean Instow tenha se disfarçado em cartomante. Prestem bem atenção. Ela poderá ter feito isso a título de brincadeira. Eu não acredito, por um só momento, que estivesse pretendendo causar algum mal. Mas se assim fez, e se Sra. Parker foi suficientemente tola para morrer de susto, bem, isso foi que você quis dizer, não é verdade?

. – Não, minha querida mini. - declarou Kordei. – Se você me compreende. Se eu fosse matar alguém, o que, naturalmente, eu jamais pensaria em fazer, em momento algum; além do mais não gosto de mortes, nem mesmo de matar vespas, embora saiba que isso é preciso e tenho certeza de que meu jardineiro o faz da maneira mais humana possível. Deixe-me ver. . . o que eu estava dizendo?

. – Se você quisesse matar alguém. -lembrou Hansen um tanto curiosa pela presença dela ali.

— Ah, sim! -exclamou Kordei. – Bem, Se eu quisesse matar alguém, não me contentaria de maneira alguma em confiar no medo. Sei que nós costumamos ler a respeito de pessoas que morrem de susto. Mas isso me parece coisa muito incerta. E as pessoas mais nervosas são as que têm muito mais coragem do que nós realmente imaginamos. Eu gostaria de algum meio mais positivo e seguro. De fazer um plano cem por cento satisfatório. -Kordei. Hansen interveio . 

. – Você me assusta. Eu espero que nunca deseje me eliminar. Seus planos devem ser bons demais. -Kordei olhou para ela com um ar de censura e acrescentou:

— Eu acho que deixei bem claro que jamais pensaria numa perversidade dessas. Não. Estou procurando me colocar no lugar de. . . de certa pessoa.

. – A senhorita não quer se referir a Gustave Parker. -disse a juíza. – Eu jamais acreditaria que George fizesse isso. Embora, prestem atenção, a própria enfermeira tenha pensado nisso. Fui visitá-la mais ou menos um mês após o incidente, quando o corpo foi exumado. Ela não sabia como o crime teria sido praticado. Na verdade, não disse absolutamente nada. Mas deixou bem claro que acreditava que Gustave seria de certo modo responsável pela morte da esposa. Estava convencida disso

. – Bem — comentou Bey. – Talvez ela não estivesse muito enganada. Vejam uma coisa:

muitas vezes as enfermeiras sabem o que se passa. Não podem afirmar coisa. -Hansen inclinou-se e declarou, num tom persuasivo:

. – Vamos, Normani. Você está perdida em seus devaneios. Não quer nos contar quais são eles? -Kordei estremeceu, e disse o seguinte:

— Eu estava justamente pensando na enfermeira distrital. Um problema dificílimo!

. – Mais difícil do que o problema do gerânio azul? -indagou Hansen.

. – Tudo realmente depende das primaveras -declarou Kordei, riu da cara confusa da loira. – Eu quero dizer, Jennifer, suponho que esse seja seu nome, afirmou que eram amarelas e cor-de-rosa. Se uma primavera cor-de-rosa tivesse ficado azul, naturalmente isso se ajustaria perfeitamente ao caso. Mas se fosse amarela. . .

. – Era cor-de-rosa -esclareceu Lopez.

. – Isso parece resolver o problema -disse Kordei, sacudindo a cabeça, num gesto de lástima. – E tempo de vespas, e tudo mais. E naturalmente, o gás.

. – Eu suponho que seja a única a ir pelo caminho certo. -comentou Lopez.

. – Foi um plano muito engenhoso. -Kordei fez uma cara pensativa. – Mas faz-me lembrar agora os problemas com a enfermeira distrital no tempo que ocorreu esse crime. Minha avó era enfermeira e sempre me contou varias historias de seu trabalho. Tinham que usar aqueles colarinhos desconfortáveis e ser tão ligadas às famílias. Não é de admirar que as coisas às vezes aconteçam, não é mesmo!? -Um lampejo passou pela mente de Hansen, que indagou:

— Está se referindo à enfermeira Carstairs?

— Não. Não estou pensando na enfermeira Carstairs, mas na enfermeira Copling. Ela havia trabalhado na casa antes, sendo muito ligada a Sra. Parker. E a senhora declarou que ele é um homem simpático. Eu lhes digo que ela pensou... Bem. Vocês podem imaginar. Não creio que soubesse coisa alguma sobre Srta. Instow. Naturalmente, quando descobriu o que havia entre os dois, virou-se contra Sr. Parker e procurou fazer-lhe o maior mal que pôde. A carta de fato a denunciou, não foi isso?

. – Que carta? -indagou Knowles.

. – A carta que escreveu à cartomante, a pedido de Sra Parker. A cartomante apareceu, aparentemente por causa da carta. Mais tarde, porém, descobriu-se que ninguém morava naquele, endereço. Isso mostra que a enfermeira Copling estava envolvida no caso. Apenas fingiu escrever a carta. Por isso, o que poderia parecer mais provável do que ser, ela própria, a cartomante?

. – Eu nunca entendi o caso da carta -declarou Hansen. – Trata-se de um detalhe da maior importância, sem dúvida.

. – Foi um passo bastante ousado -declarou Kordei. – Sra. Parker poderia tê-la reconhecido, apesar do disfarce. Mas, se isso tivesse acontecido, naturalmente a enfermeira poderia ter fingido de que se tratava de uma brincadeira.

. – O que que quis dizer -indagou Hansen. – quando afirmou que se fosse uma certa pessoa jamais teria confiado no medo?

. – Ninguém poderia ter certeza a respeito do recurso ao medo -observou Kordei. – Não. Eu sei que os avisos e as flores azuis foram, se posso empregar um termo militar, apenas camuflagem. -E sorriu com gosto.

. – E a verdadeira coisa? — indagou Hansen.

. – Eu sei -continuou Kordei, num tom de desculpa. – que estou só pensando em vespas. Coitadinhas! São destruídas aos milhares e, geralmente, nuns lindos dias de verão. Mas eu me lembro de ter pensado, quando vi meu jardineiro sacudindo o cianureto de potássio, numa garrafa cheia de água, como aquilo parecia desses sais de cheirar. Se fosse colocado num vidro de sais, em substituição aos verdadeiros. . . Bem. A senhora tinha o hábito de aspirar seus sais. De fato o senhor declarou que foram encontrados perto da mão dela. Então, naturalmente, enquanto Sr. Parker foi telefonar para o médico, a enfermeira trocou aquele vidro pelo verdadeiro e abriu um pouco o bico de gás para dissimular o cheiro de amêndoas, caso alguém sentisse algum odor estranho. Sempre ouvi dizer que o cianureto não deixa vestígios após o transcurso de um tempo suficientemente longo. Eu poderia estar enganada naturalmente. Talvez houvesse alguma coisa completamente diferente no vidro. Mas isso realmente não importa, não é verdade? -Kordei fez uma pausa, um tanto opressa. Cabello inclinou-se um pouco para a frente e indagou:

— E quanto ao gerânio azul e às outras flores?

. – As enfermeiras sempre têm papel de tornassol, não têm? -replicou Kordei. – Bem, Para fazer certos exames. O assunto não é muito agradável. Não vamos nos deter nisso. O azul torna-se vermelho pela ação dos ácidos, e o vermelho fica azul com o emprego dos álcalis. É tão fácil colar um pouco de papel de tornassol sobre uma flor vermelha, junto da cama. Em seguida, quando a pobre mulher usou seus sais, os fortes vapores de amónia fizeram a flor tornar-se azul. Foi realmente muito bem pensado. O gerânio de certo não era azul quando eles entraram no quarto da primeira vez, e ninguém reparou nisso até mais tarde. Quando a enfermeira trocou os vidros, acredito quebtenha segurado o que continha sal amoníaco junto ao papel de parede, durante alguns instantes.

. – Porra, certeza que não estava presente, Normani? -declarou Hansen, admirando como a morena resolveu o caso.

. – O que me preocupa — acrescentou Kordei. – é o pobre Sr. Parker e aquela moça, Srta. Instow. Provavelmente suspeitaram um do outro e manteram-se afastados. -Kordei sacudiu a cabeça. – Como a boa romântica que sou isso me parece um infortúnio. -sorriu, fazendo Hansen sorrir também.

. – Não precisa preocupar-se -disse Lopez. – Na realidade eu guardo comigo uma surpresa. Uma enfermeira foi presa sob acusação de assassinato, de haver morto um cliente idoso que lhe havia deixado um legado. O crime foi praticado com o emprego do cianureto de potássio, colocado em substituição a uns sais de cheirar. A enfermeira Copling tentou aplicar novamente o mesmo truque. E depois de alguns anos Srta. Instow acabou virando Sra. Parker.

. – Isso não é uma boa coisa? -exclamou Kordei. — Não estou me referindo, naturalmente, ao assassinato. Ele é muito triste e mostra como há maldade neste mundo.

. – Não sei quem você é, mas tem uma mente brilhante! -Lopez falou impressionada. – Nada disso me passou pela cabeça na época, só foi descoberta por que repetiu o crime.

. – Muito esperta para uma prostituta -Knowles falou debochada. Lauren gargalhou.

. – Ela não é prostituta ! -Hansen se levantou. – Você deve estar congelando ! -pegou seu casaco que estava no apoio de sua cadeira e entregou a Normani. só então percebeu que estava algemada a cadeira.

. – Obrigada. -Kordei sorriu. – Oi, mini, então é aqui que você trabalha!?

. – Sim, veio do texas só pra ne visitar no trabalho ? -Allyson brincou.

. – Na verdade fui presa por prostituição. -Hansen mostrou as algemas. – Eu disse a Jilly que não poderia sair com essa roupa. -deu de ombros.

. – Isso é ridículo! -Hansen falou exaltada, pegou chave de algemas em sua mesa e a soltou. Kordei suspirou, massageando seus pulsos. Sorriu em agradecimento para Hansen.

. – Quem te prendeu ? -Lauren perguntou incrédula.

. – Como vocês sabem que não é infundada ? Quem é ela ? -Bey perguntou.

. – Ela é advogada não tem porque se prostituir! -Jauregui falou nervosa. – Mas fala, Bear, como aconteceu ?

. – Vocês sabem que sou nova na cidade, vim a trabalho, estava pedindo informações a um senhor, que se encontrava em seu carro. Realmente, a cena pode ter parecido outra coisa mesmo, porém seus colegas não pegaram nem meu nome, e me deixaram aqui presa por horas. Nem sei qual delegacia é essa.

 

. – Sinto muito, Bear. -Ally abraçou a morena. – Você ficou quanto tempo aqui ? -Allyson perguntou.

. – Umas 3 Horas. mas de certa forma é bom, pois eu vim para cá ser delegada, imagina uma delegada com acusações de prostituição !? -Kordei negou com a cabeça. – Nao ia ser legal!

. – Realmente.. -Dinah foi interrompida por um policial lhe entregando uma pasta com um novo caso.

. – Esse corpo que acabou de ser encontrado em um açougue abandonado, as tripas para fora, puxado por um tipo de espeto, sei lá, parece aqueles negócios de girar carne em churrasqueira. É nossa jurisdição, mas vocês precisam chegar la logo com um legista, se não vão passar o caso já que é de extrema importância. -O policial disse antes de se virar para Kordei. – Quem soltou a minha prostituta ? -Hansen deu um tapa atrás da cabeça do policial.

. – Se você tivesse pegado o nome dela, pelo menos, saberia que ela é delegada de alguma delegacia daqui! -Hansen. – Qual a delegacia ?

. – Na verdade ainda não assumi esse cargo, nem sei se vou aceitar, enfim.. É a 47 do centro de Miami. -O policial riu.

 

. – Viu !? A prostituta enganou vocês ! Ela não é a nossa delegada! -O policial disse aliviado.

. – Normani ? -Knowles perguntou chocada. correu para pegar alguns papéis na sua sala. – Normani Hamilton... -Bey fez uma pausa. – Kordei! -Knowles e Kordei falaram juntas.

. – Huh, Você deve ser a delegada temporaria, não é!? -Kordei falou mais para si mesma. – Pode pegar meus documentos em minha bolsa, eu sou sua superior, oficial Vargas. -Normani falou com um sorrisinho vitorioso no rosto.

. – Você está ferrado! -Lopez e Cabello riram.

. – Eu vou com vocês! -Normani.

. – Como ? -Lauren riu.

. – Eu sou legista! Já trabalhei com isso por alguns anos. Só esperem eu ligar para meu chefe. -Kordei pegou o celular, procurou o número de seu superior na agenda e discou o mesmo. Se afastou de todas.

. – Da onde vocês conhecem ela ? -Bey perguntou curiosa.

. – Ela é nossa amiga de infância. -Ally falou sorridente. – Tão bom vê-la!

. – É, ela virou um mulherão ! Aquela bunda, meu deus! -Lauren levou um puxão de orelha de Allyson.

. – É a Manibear! Segura esses dedos, Michelle Morgado. -Lauren bufou. Kordei se aproximou rindo no telefone.

. – Eu to brincando! Não falo com ela desde o começo do ano, ela tinha sumido, né !? -Allyson assentiu.

. – Realmente são idiotas, senhor, mas não todos! -Kordei riu novamente. – Mas foi um mal intendido, Por favor, não precisa de nada disso! E eu vou aceitar, sim, senhor ! E gostaria de começar agora mesmo, eles estão precisando de um legista... Sim, claro, amanhã dou um jeito na papelada! Obrigada, senhor. -Desligou o telefone.

 

. – Vai poder ser nossa legista ? -Hansen perguntou esperançosa.

. – Melhor.. Sou oficialmente a nova delegada de vocês! -o sorriso de Dinah e Lauren morreram.

. – Parabéns, Bear! -a pequenina abraçou Kordei novamente. – Mas vai ser estranho você me dando ordens!

. – Parece que o jogo virou, Allyson ! -todas riram menos Ally.

. – Eu não dou ordens a ninguém! -cruzou os braços fazendo uma cara enfezada mas depois riu também.

. – Você ainda é tão fofa quanto era quando pequena! -Normani apertou as bochechas dela.

 

 

 

                                                                                                  ......

 

 

 

 

 

. – huh.. Que brutal ! -Kordei deu uma boa olhada no corpo.

. – Você acha !? -Lauren falou sarcástica.

. – Ele foi torturado por dias muito provavelmente. -Kordei falou com uma cara pensativa.

. – Sim, ter seu intestino puxado deve ter sido uma tortura realmente. -Hansen parou ao lado de Kordei, que estava ajoelhada de frente para o corpo. Kordei Calçou as luvas.

. – Não só isso, detetive Hansen. -Kordei pegou seu gravador na bolsa e começou a gravar. – Primeira impressão : Homem de seus 20 e poucos, afro americano, de identidade desconhecida. Encontrado amarrado em uma cadeira, nu e com seu intestino delgado enrolado em um utensilio de açougueiro para enrolar linguiças...

 

 

 

. – Quem é você ? Porque você está fazendo isso? Pelo menos me mostre sua cara ! -o homem acordou depois de apagar por pouquíssimas horas.

O agressor pegou uma faca, fez um corte no abdômen, enfiou o dedo e puxou o intestino Delgado. O homem gritava de dor e soava frio. O agressor prendeu o inestino no espeto metálico e começou a girar a manivela, fazendo o enrolar. O homem já estava para desmaiar de dor.

 

 

 

 

 

. – Ainda apresenta rigidez, então a morte deve ter ocorrido em menos de 24 horas, hora mais precisa depois da autopsia. -analisou bem um furo na testa do morto. – Um furo na testa, feito provavelmente por uma furadeira. -pegou as mãos do cadáver. – Unhas arrancadas, pálpebras grampeadas as sobrancelhas. O morto deve ter sido privado de sono, quem fez isso realmente queria o fazer sofrer, usou de todo tipo de tortura! -Olhou para as duas detetives, depois se voltou para o corpo. – Virilha queimada porém tratada, quem a queimou fez a raspagem da derme e cuidou do ferimento, pela aparência foi feito há 5 dias ou uma semana. Oque me faz achar que é um crime feito por motivos sexuais, esposa traída, amante se vingando. Ou.. -Olhou para Lauren. – A vítima seja um agressor sexual, diria que de crianças por tamanha brutalidade e ódio nesse crime. A bolsa escrotal se encontra esmagada... -entregou o gravador a Hansen. – As vezes eu odeio esse trabalho! -suspirou pesadamente. – Não deixe o gravador muito longe, por favor.

. – Oque você vai fazer? -Hansen perguntou ao vê-la mexendo no pênis do cadáver.

. – Tem uma espécie de cilindro enfiada no orifício da uretra. Talvez um canudo. Irei determinar a causa da morte na autópsia. Mas creio que seja a perfuração craniana. -retirou as luvas e jogou na lixeira. – Podem mandar levar o corpo, que eu mesma me encarrego dessa autopsia! -pegou o gravador com Dinah e o guardou. – Jogue as digitais dele no banco de dados e procurem crimes sexuais. Pode ser que não tenha ficha, ai vocês terão que falar com pessoas do bairro, pode ter sido um justiceiro. -as detetives apenas assentiram. – Como está tarde cuidarei da autopsia pela manhã! Detetive Hansen, obrigada pelo seu casaco ! -Kordei devolveu o casaco a loira.

. – hmm.. Por nada. Pode ficar está frio, depois você me devolve. -sorriu levemente para a morena que vestia novamente seu casaco.

. – Bom, obrigada novamente. -Kordei sorriu agradecida.

. – Vocês querem um quarto ? Tem alguns motéis aqui por perto, olhem. -Lauren apontou para placa de motéis vizinhos ao prédio que as Três mulheres acabavam de sair. Cabello se juntou a elas.

. – Detetive Morgado, eu sou sua nova delegada, não se esqueça disso! Mais respeito quando estivermos em trabalho! -Kordei falou séria. Lauren revirou os olhos. – Okay, estou indo embora! Muito bom te rever, Lern! te vejo amanhã na delegacia. -abraçou a branquela.

. – Bear, nós temos que sair todas juntas, eu, você e a Allycat! -Lauren olhou para Dinah. – Ah, e temos que te enturmar com a Bey, a Camz e essa sapatão aqui ! -Dinah bufou, fazendo as outras mulheres rirem.

. – Sapatão é.. -Lauren a interrompeu.

. – A delegada, Jane !

. – Enfim, vou indo ! Até amanhã de manhã, Dinah, Lern e Camila. -Normani perguntou meio confusa.

. – Pode me chamar de Mila ou Camz se preferir. -Kordei lhe deu un abraço rápido.

. – Vou ficar com Mila mesmo, tchau. -mandou beijos para Lauren e saiu correndo para chamar um taxi que estava passando.

. – Como ela sabe que seu nome é Dinah ? Como ela sabe que você é Hansen ? Você nem chegou a se apresentar ! -Camila disse, Lauren olhou desconfiada para Dinah, que sorriu maliciosa.

. – Desgracada ! Você transou com a Bear! Que é também a delegada! -Dinah e Camila riram pela reação da branquela. – Eu tenho que me acostumar com isso! Mas não acredito que ela saiu de Houston para ser delegada justo na delegacia que eu trabalho. -Lauren negou com a cabeça.

. – E eu não consigo acreditar que a minha delegada esqueceu a calcinha no meu apartamento! -Hansen. Camila gargalhou.

. – Minha garota ! -Camila fez um high five com Dinah.

. – Puta! -Lauren resmungou.

. – Ah, qual foi ? você pega a minha melhor, agora estamos quites. -Dinah sorriu.

. – Eu não pego, eu namoro ! -Lauren abraçou Camila de lado e deu um selinho demorado. – Sabe que não vai poder ter nada com a Mani, não é!? Já não gostam que colegas se relacionem, mas ela sendo sua chefe, isso é proibido, e pode acabar mal para ela! -Hansen assentiu.

. – Eu sei, Detetive Morgado, e isso é uma pena! -Lauren bufou novamente. – Não acredito que você nunca me disse seu nome completo, nós trabalhamos juntas desde que saimos da academia !

. – Michelle Morgado... -Camila riu.

. – Michelle Morgado e Karla Estrabão... -Dinah abraçou o casal. – Combina ! -Dinah riu e as outras duas estapearam a loira.  – Porra.


Notas Finais


Hey, pessoinhas, entao essa é a minnha nova fic. nao essqueçam de dizer oque acharam.
Para quem le as outras, talvez eu apareça com um cap de While you're busy por ai e Meant to be deve demorar mais um pouquinho mas eu vou tentar ate semana que vem atualizar vlw, fellas. xo


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