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História Madness Queen - XVIII. Love me, please!


Escrita por: GloriusCatTree

Notas do Autor


Pimpolhinhos da minha vida, obrigada pelos comentários maravilhoso e por estarem acompanhando desde o início essa fic que é meu xodozinho hahaha estou tão feliz com o resultado... Mas calma! Ainda não acabou. Só gostaria de dizer que estamos na metade da fic, eu não pretendo prolongar muito.

Sobre I'm Not Your Toy, eu excluí, mas não por causa de um bloqueio mental ou coisas assim. Acontece que não posso dar conta de duas fics e ela ficará mais pra frente pois depois desta eu pretendo começar uma mais leve que eu já comecei a projetar, sendo esta com Jared Leto e uma personagem original hahaha

Bem, esses era os comunicados. Divirtam-se!

Capítulo 18 - XVIII. Love me, please!


Fanfic / Fanfiction Madness Queen - XVIII. Love me, please!

Uma vertigem muito forte me abateu assim que entrei no apartamento. Corri para o banheiro e tudo o que sobrava em meu estômago foi para a privada. Meu corpo escorregou pela parede lisa, eu não tentei segurar meu peso e tudo girou. Foquei meus olhos em minhas mãos e nunca, nunca na vida me senti tão suja; eu não via, mas sentia ambas as mãos úmidas como se sangue escorresse por entre meus dedos.

E eu não conseguia gritar, ou chorar, nenhum soluço se formou em minha garganta. Era apenas sentimentos ruins e uma sujeira que me encardia a alma.

— Mande alguém trazer o carro dela para cá. E  aquela vadia irritante que não cala a boca.

— Senhor? - um homem entoou confuso.

— Alison. Traga ela e não a deixe acordada no caminho. - ouvi Coringa ditar ordens aleatórias para alguém antes de sentir suas mãos me erguerem pelos ombros.

Ardeu, um aviso do meu subconsciente empurrou-me para longe dele.

— Não me toque! - meu estado era catatônico expressando meu horror. — E-estou suja. - enrolei meus braços a minha volta.

— Não está. - recusei a mão que ele estendeu em minha direção, além de ignorar o xingamento que rompeu da sua boca. — Não tem nada de errado com você.

— Para! - empurrei sua mão outra vez. — Vou te sujar.

— Ninguém merece… - ele bufou revirando os olhos e se aproximou outra vez.

— O que está fazendo? - minha voz era falha, tão trêmula quanto minhas mãos. — Não chega perto de mim. Não… - seu olhar duro o que me fez parar aquele afastamento. Coringa tirou meu blazer e então minha camiseta. — O que está fazendo? - perguntei assustada enquanto ele terminava de me despir.

Hora do banho. - cantarolou antes de abrir o registro do chuveiro e me empurrar para debaixo da água morna. — Você acha que está suja? Limpe-se. - cruzou os braços não se importando se estar ali o molharia. Eu estava estática com aquilo.— Vai. - gesticulou chacoalhando a mão tatuada no ar para que eu prosseguisse. — Sabe no que isso irá te ajudar? Em nada. Porque você matou uma pessoa e vidas não são recicláveis. Já foi Loreen, vamos viver o presente e esquecer o passado. - as palavras proferidas por ele me atingiram como pequenas agulhas embebidas num veneno doloroso. — Você não está se sentindo suja, está se sentindo culpada. Não se permita nutrir esse tipo de sentimento, esta é uma emoção tóxica; é bom lembrar-se que onde há prazer há a semente da dor, e vice-versa. O segredo é o movimento: não ficar preso na dor, nem no prazer - que então vira vício -. Não reprima, não evite a dor, minha cara, tome responsabilidade por ela.

Continuei parada, sem dizer uma palavra, Coringa também ficou ali, seus olhos não me revelavam o que pensava, mas tornaram-se atenciosos a sua maneira, de modo predatório e sufocante.

No final eu sabia que ele tinha razão, atos vinham acompanhados por consequências, precisava compreender isto. Mas porra! Eu acabei de matar uma pessoa e não era nada parecido com atirar em porcos selvagens como havia feito em Moscou, ou em alvos, ou em qualquer outra coisa.

O único motivo que fez com que eu me mexesse foi o olhar avaliador sobre mim, então me virei e desliguei o chuveiro voltando a tremer, desta vez, de nervosismo e frio.

— Você só me dá trabalho. - chamou minha atenção e eu pude vê-lo segurando uma toalha branca. — Vem.

Andei devagar ao seu encontro, três passos para sentir a toalha ser rodeada em mim e braços fortes me envolverem num abraço desajeitado. Ri baixo com a ideia de que eu fosse a primeira pessoa que ele havia abraçado - sei lá - na vida. Coringa me mandou calar a boca, mas não se afastou. Eu virei minha cabeça apoiada em seu ombro enterrando-me na curvatura do seu pescoço.

— Por que não deixou que ele me matasse? Você teria o controle sobre tudo. - sussurrou contra minha orelha.

— Não fala besteira. - escondi ainda mais meu rosto. — Eu não ia assistir você morrer por causa de algumas armas. Quando percebi já tinha atirado, foi mais forte que eu.

Seu cheiro me incitou a aproximar meus lábios da pele pálida, apenas arrastei minha boca com leveza, foi o suficiente para vê-lo se arrepiar.

— Você não pode apenas me agradecer? - questionei fixando meus olhos nos seus.

— Posso fazer melhor.

Seus lábios esmagaram os meus ao mesmo tempo em que sua mão direita agarrou minha nuca trazendo-me mais para si. Quando me dei conta estava entre Coringa e os azulejos claros.

Não tive tempo para pensar em nada, contornei seu pescoço com meus braços e intensifiquei o beijo.

— Fala! - murmurou tendo a boca encostada na minha. — Fala… - o encarei confusa não entendendo o que ele queria. — Me diz aquelas palavras, amor. - havia urgência em sua voz. Algo passou por minha mente.

— Não. - murmurei de volta sentindo meu coração pesar por lhe negar um pedido. — Não até que você diga.

— Diz! - ele rosnou a ordem, mas eu não me submeti. — Eu quero ouvir.

— Eu também. Eu quero ouvir. Quero acreditar que você não é um erro. Quero acreditar que não estou sozinha, que não atirei naquele homem por nada!

— Já te disse…

— Não existe conto de fadas! - controlei com muito esforço o volume da minha voz. — Não foi o que você disse? Eu aceito o fato de que não possa me amar e é justamente por isso que não vou me humilhar por você. Eu matei, mas me humilhar é pedir demais.

Escorreguei pela lateral da parede me libertando do seu aprisionamento. Ao sair do box enrolei a toalha como um vestido e virei para olhá-lo, vi seus ombros carregados de tensão, estava de costas para mim e sua mandíbula travada num sinal claro de raiva.

— Chefe? - a voz de algum capanga soou do lado de fora. — Nós trouxemos a garota.

— Alison? - perguntei aflita. — Por que?

— Não vou lidar com a sua crise moralista, nem sua autopunição. - voltou-se raivoso para mim. — Chore e se descabele com ela. As duas são tão hipócritas quanto qualquer outro. - passou por mim batendo seu ombro propositalmente no meu, quase me desequilibrei, tive de usar o gabinete de mármore como apoio.

Passado o susto ajeitei a toalha sobre meu corpo, engoli uma porrada de lágrimas dolorosas, um efeito básico das suas palavras rudes em conjunto ao esbarrão.

Entretanto, lembrar que Alison estava no mesmo ambiente que Coringa me fez acordar; ele não parecia gostar dela - não que gostasse de alguém - então saí pela porta do banheiro, atravessei o quarto, o corredor e quando cheguei na sala não me espantei de ver Alison quase se mijando na frente dele.

E ele estava totalmente à vontade com o medo da minha amiga, sorria sinistro olhando-a de forma ameaçadora.

— Alison. - chamei seu nome com calma para evitar um escândalo. — Você está bem? - andei em sua direção para tocar-lhe o ombro.

— Isso é uma toalha? - disse pausadamente. Olhei para a toalha, meu rosto aqueceu e eu estranhamente me senti constrangida.

— É… hum. Eu estou… meu Deus…

— Nunca tomou banho na vida? - o deboche do Coringa a fez se encolher. — Eu dou ótimos banhos.

— Não fala essas coisas! - meu tom saiu agudo cheio de constrangimento. — Ei! - o chamei quando o vi andar de volta ao quarto ignorando a minha existência. — Ei! Onde você vai? A gent… - desisti de continuar, ele não me responderia mesmo.

— Loreen, o que eu estou fazendo aqui? - Alison perguntou totalmente perdida.

O que o Coringa tinha na cabeça? Ele achava mesmo que eu ia contar aquilo pra Alison? Não a envolveria nisso.

— Espera só um minuto. - saí atrás do homem que me devia um término de discussão. No quarto encontrei ele escolhendo uma camisa; suas costas nuas eram uma visão majestosa. — Onde vai?

— Não te interessa. - rebateu ríspido.

— Por favor, fala comigo. - eu odiava quando ele se tornava distante. Coringa continuou a me ignorar, então me aproximei devagar e toquei a base das suas costas sentindo saudades daquele corpo. — Você está nervoso, vai fazer besteira.

— Se afasta. - ordenou gélido. — Eu não tenho tempo para perder com você.

— Coringa… - ignorei o sentimento ruim que surgiu em mim com as suas palavras. Ele se desvencilhou do meu toque e foi atrás da sua arma. — Não quero que saia assim.

— Não me importa o que você quer, pirralha. Agora seja uma vadia obediente e saia do meu caminho. - me surpreendi com suas palavras, tive que me convencer que aquilo que eu via era raiva, Coringa estava tentando me ferir.

Segurei seu braço impedindo-o de sair do quarto.

— Olha pra mim. - entoei como um pedido, não seria uma boa ideia tentar mandar naquele ser instável. — Cuidado. - murmurei preocupada sob seu olhar frio. Levantei minha mão para lhe acariciar a bochecha e aproveitei para beijá-lo, não passou de um tocar de lábios.

O ouvi rosnar antes de sair.

Me virei para ir até a sala, torcendo para Alison não estar num ataque cardíaco, mas ela estava ali, na porta do quarto, me encarando espantada.

— Discutimos. - disse rápido indo atrás de alguma coisa para vestir. Encontrei a camisa negra que havia vestido no outro dia e a coloquei apressada.

— Eu vi a discussão grudada na sua boca. - ela tinha uma sobrancelha arqueada. — Ouvi o modo como ele falou com você. Está satisfeita com isso? Ninguém pode amar dois.

— Eu neguei algo para ele. - Alison fez uma expressão de entendimento. — Coringa precisa aprender o significado do não.

— Sei não. É loucura dizer não para um maníaco armado.

— Alison, eu fiz uma coisa ruim. - esperei que um nó se formasse em minha garganta, mas não aconteceu, matar Raymond - em minha mente - havia sido o certo. — Mas já passou. - pelo menos até meu próximo ataque de pânico.

— Você não me conta nada. - ri do seu bico infantil. — E por falar nisso, eu varri todo o computador do Coringa, ele está limpo. Quer dizer, tem umas coisas bem pesadas e foi estranho olhar o histórico dele e descobrir os pornôs, mas não é ele nem ninguém do lado dele que está passando a perna.

— Ele vê porno?

— E todas as atrizes são brancas, de cabelos pretos e olhos azuis. Esse cara tem uma fixação por você.

— Você viu os vídeos? - gente, eu não esperava por isso. Estava impactada outra vez.

— Uns seis. Ah! Quem nunca viu pornô na vida?

— Sua pervertida! - ri da sua careta.

— Eu não! Seu namorado que é. - falava afobada gesticulando com as mãos. — Loreen, a gente pode sair daqui? Esse lugar me dá arrepios.

— Eu vou trocar de roupa. E quanto a empresa?

— Estou fazendo uma varredura do sistema de segurança.

Estávamos no meu carro, alguém havia o levado para o casa/esconderijo do Coringa. Fomos para a minha casa, ainda teria que ir àquela festa idiota; não preciso dizer que minha vontade era um negativo.

Alison estava linda, talvez por estar empolgada com o evento e seu “encontro” com Donovan, por outro lado eu só queria deitar na minha cama e chorar umas pitangas, lá não haveria Coringa pra me dar lições sobre o que eu deveria fazer com meus sentimentos.

Em algum momento que eu não prestei atenção Matthew tocou a minha campainha, Alison correu animada em seu vestido azul marinho para recebê-lo e saiu dizendo que nos veríamos na festa.

Liguei para Dilan e logo ele chegou, estava elegante em um terno preto com a camisa branca, sem gravata e os três primeiros botões fora das respectivas casas.

— Não achou uma gravata preta? - brinquei entrando no carro relativamente simples, mas bonito, era a cara do loiro.

— A última vez que usei aquilo eu estava me formando. Ah não… foi no final da formatura. - um sorriso malicioso desenhou seu rosto. — Professora de psicanálise. Bons tempos.

— Dilan, me poupe dos detalhes sórdidos. - ri imaginando aquele tarado correndo atrás da professora.

— Eu odeio gravatas, se não forem usadas para amarrar alguém durante o sexo, não servem.

— Você não sente vontade de encontrar alguém e aquietar?

— Sei lá, Loreen. Não encontrei ninguém que me despertasse essa vontade. Gosto da vida que eu levo. - tirou a atenção da rua para mim, sorriu um sorriso verdadeiro que me fez sorrir de volta.

— Eu não quero estar sozinha. - comentei olhando pela janela.

— Não está sozinha, eu estou aqui não estou?

— Está, obrigada. - dei um tapinha em seu ombro. — Controla seu fogo quando chegar lá, não saia agarrando o primeiro garçom gostoso que aparecer. - provoquei num sorriso divertido.

— Droga! Você está acabando com a diversão da coisa. - rimos antes de sair do carro.

O salão era enorme e bem decorado, acho que nunca tinha visto tantos cristais na minha vida, os tons monocromáticos combinavam com Gotham e faziam as pessoas se destacarem, principalmente as mulheres com seus vestidos coloridos, menos eu.

— Como está se sentindo? - perguntei ao ver a expressão maravilhada no rosto do meu acompanhante.

— Como a cinderela transgênero.

— Isso pede um brinde. - brinquei pegando duas taças de champagne de um garçom que passava por nós. — Bem vindo ao meu mundo!

— Isso soou meio perigoso. - bateu sua taça na minha e bebemos. — E o que nós fazemos agora?

— Sorrimos e fugimos de qualquer conhecido.

— Eu não conheço ninguém, acho que posso ficar aqui.

— Loreen. - gelei com o chamado. Estava olhando para todos os lados tentando encontrar Bruce para evitá-lo e ele estava bem atrás de mim.

— Bruce. - forcei um sorriso educado.

Ele estava acompanhado por uma mulher muito bonita, era ruiva e tinha cara de puta com um super curvilíneo. Dilan quase comeu os peitos da mulher com os olhos e eu nem poderia culpá-lo, o decote do vestido verde que ela usava era bem… acentuado. Até eu olhei.

— Esse é meu amigo, Dilan. - minha ênfase na amizade não pareceu dar certo. Dilan estendeu a mão e Bruce a apertou, mas quando soltou ouvi o gemido baixo do loiro enquanto chacoalhava a mão.

— Vejo que está em boa companhia. - ele forçou um sorriso assim como eu fiz.

— Danielle Cross. - a ruiva disse estendendo a mão para mim.

— Loreen. - bati minha taça na sua mão sem derramar o líquido, apenas não queria tocá-la. Bruce não quis deixar Dilan desconfortável? Pois bem, eu também sabia deixar alguém desconfortável, tinha aprendido com o melhor.

Danielle olhou confusa para Bruce e se encolheu constrangida, um sorriso satisfeito contornou meus lábios involuntariamente.

— Eu não sei brincar de meu cavalo é maior que o seu, então vou atrás de uma bebida. - Dilan falou sem graça.

— Eu vou com você. - a ruiva disse indo atrás daquele inútil. Eu tinha trazido ele pra ser minha companhia, caceta!

— Isso foi grosseiro. - Bruce me repreendeu.

— Quase quebrar a mão de alguém é o que?

— Então é ele?

— Claro que não. - se Bruce fizesse aquilo com Coringa… ele já estaria estatelado no chão, cheio de buracos. — Por que você fica insistindo nisso?

— Estou preocupado com você. Por que você pode sair com outra pessoa, mas não pode sair comigo? Quem é que está te controlando? Por que deixa que façam isso com você? - e de novo aquela maldita culpa me tocou, mas afoguei ela com o champagne.

— Porque ele controla tudo, não dá pra correr dele e não é uma boa ideia tentar fugir.

— Quem é ele? - senti a exigência na sua voz firme. Mas foi a desconfiança em seus olhos que me surpreenderam.

— Chega! Não vou discutir isso com você, tenho que encontrar o Dilan.

Dei-lhe as costas para procurar aquela criatura, comprimentei diversas pessoas e até entreguei o cheque pois pretendia ir embora logo. Desisti de chamá-lo quando o encontrei imerso numa conversa muito sugestiva com a Senhorita Peitos, não ia empatar a foda de ninguém.

Até encontrei a Alison, ela se derretia toda com aquele Matthew que não soltava a cintura dela.

No final eu estava sozinha com um copo de whisky, escorada sobre o beiral da varanda pensando nos meus problemas.

Minha concentração foi quebrada pelo toque do meu celular, quase sorri ao ver o número que surgiu na tela, mas ai lembrei que ele estava puto comigo.

Onde você está? - Coringa não estava feliz.

— Em um lugar chato, estou pensando seriamente em encher a cara.

Onde você está?

— Se eu falar você vem me buscar?

Se você falar eu penso na possibilidade de não te matar.

— Você não pode me matar. - uma risada amargurada cortou minha garganta. — Uma festa beneficente no Ballantain Lux.

Coringa desligou, eu comecei a torcer pra ele não aparecer naquela Lamborghini em que qualquer um poderia reconhecê-lo.

Voltei para a festa e Dilan não estava lá, tinha me mandado uma mensagem filha da puta para dizer que estava com a ruiva. O que significava que Bruce estava sozinho.

Ou não. Quando cheguei às escadas ouvi uma risada alta, ele estava muito bem enquanto conversava com uma loira magricela, me senti menos culpada.

Se eu estava com pressa de ir embora? Muita e eu nem tinha chegado direito, queria tirar aquele vestido e colocar uma roupa confortável, descer dos saltos e dormir sem me preocupar com o horário.

Vi um carro preto se aproximar, uma Range Rover de vidros cobertos por insulfilme. Estranhei a discrição e fiquei feliz ao mesmo tempo por vê-lo ali.

— Loreen! - Bruce me chamou quando estava pronta para abrir a porta do carro. Só pensei o quão fodidamente azarada eu era.

O vidro do meu lado foi abaixado até a metade, a escuridão dentro do carro era a única coisa que escondia a identidade do Coringa.

— Se livra do Wayne. - ouvi o engatilhar da sua arma. — Ou eu me livro.

— Bruce, eu vou embora. - me senti uma idiota ao dizer aquilo, mas a sensação do meu coração apertado era bem pior. — É melhor você voltar para a festa.

— Não. - caralho! Ele se aproximou alguns passos. — Quero conhecer a pessoa com quem está saindo.

— Ouviu isso querida? Ele quer me conhecer. - Coringa debochou do lado de dentro do carro.

— Saia! Por favor. - implorei entre o nervosismo e o medo. Eu sabia que aquele palhaço maluco estava doido para matar Bruce a muito tempo. — Volte…

— Está com vergonha de mim, amor? - ouvi Coringa soar falsamente afetado, estava se divertindo com aquilo, com meu desespero.

Meu coração parou quando Bruce chegou ainda mais perto e a porta do motorista abriu, eu estava a ponto de ter um infarto.

— Eu não te quero! - gritei para Bruce. Precisava impedir que Coringa descesse do carro. — Mas que merda, Bruce! Eu não te amo, não quero nada com você. - as lágrimas começaram a se acumular em meus olhos, me sentia um lixo por estar fazendo aquilo, mas era necessário, o manteria vivo. — Pare de me perseguir, eu amo outra pessoa. Respeite a minha escolha e vai atrás de alguma modelo. Afinal é pra isso que você vive! Me deixa em paz.

Não fiquei para ver sua expressão. Abri a porta e entrei fechando-a com força. Coringa detinha um sorriso satisfeito, também fechou a porta e deu a partida.

Involuntariamente as lágrimas desceram por meu rosto. Ri indignada, Coringa havia conseguido o que queria de novo, eu tinha falado o que ele tanto queria ouvir e de bônus machucado alguém. Ele estava tão contente e não tentava disfarçar.

— Você é minha Loreen! - ele sussurrou olhando nos meus olhos após estacionar na garagem do prédio em que eu morava. — E eu não divido os meus pertences com ninguém.

— Então por que faz isso? Está sempre me quebrando.

— Gosto de ver como você se reconstrói. - suas palavras me surpreenderam de uma forma dolorosa. — Hum… quase posso ouvi-la engasgar com os próprios pensamentos. - Coringa aproximou seu rosto do meu e eu retrocedi colando-me à porta. — Está se perdendo não é? - sua mão estava fria sobre meu rosto. — Seus belos olhinhos confusos me dizem que sim. Onde está seu norte, pequena?

— Pare! É você que está me confundindo. - estava assustada, e com razão, Coringa queria me afundar em sua loucura e ela me parecia tão atraente.

— Olhe pra mim! - ele agarrou meu rosto com as duas mãos me forçando a encará-lo. — Eu sou o seu norte.

— Você é louco!

— E você também não é? - riu desdenhando das minhas palavras. — Ah minha querida… olhe até onde você chegou. Platão nunca esteve tão certo ao dizer que o amor é uma doença mental.

— Está adorando isso, não é?

— Saboreio cada segundo. - o vi umedecer os lábios com a língua mostrando o quanto aquilo o agradava. — Não é sua culpa, eu não lhe permitiria sair disso. Não enquanto eu viver e hoje você perdeu a sua chance de ganhar a liberdade.

— Você queria que eu deixasse ele atirar em você?

— Sua escolha, querida. - Coringa aproximou-se ainda mais de mim, eu já estava encurralada. Nossos narizes se tocaram e eu não senti mais a porta em minhas costa. - Sua consequência. - antes que eu pudesse cair para fora do carro ele agarrou meu braço e me trouxe de volta capturando meus lábios para si com brutalidade.


Notas Finais


Me desculpe pela imagem mequetrefe, mas estou sem o notebook no momento e tive de fazer no celular kkkkk

Beijão!!


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