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História Madness Queen - II. I Torture You


Escrita por: GloriusCatTree

Notas do Autor


Hello people!!! Obrigada pelos comentários do cap. passado.

Vocês gostaram do primeiro capítulo? Então aqui vai o segundo.
Ah, eu acho que vou aderir a essa coisa de banner hein. Eu que fiz esse, o que vocês acharam? Claro que com imagens retiradas do Google hahaha e é a primeira vez que eu faço então me deem um desconto.

Eu super aconselho vocês lerem escutando Noora Noor - Forget what I said

Capítulo 2 - II. I Torture You


Fanfic / Fanfiction Madness Queen - II. I Torture You

Ao chegar em casa corri com a maldita carta para entregar ao meu pai. Estava com tanta pressa e tão nervosa com aquelas ameaças que nem ao menos estacionei o carro direito, deixei de qualquer jeito e entreguei as chaves para o motorista, esse era o trabalho dele, o meu no momento era me salvar.

 

Subi as escadas da entrada com pressa, abri a porta dupla de vidro e passei esquecendo de fechar, existe empregados nessa casa para isso.

Enquanto procurava por meu pai ouvi alguns resmungos vindo da sala de estar.

Que maravilha!

Uma demonstração da verdadeira relação entre meus pais, mais um pouco e um deles se afoga nesse mar de verdades jogadas na cara. Bem, a boa notícia é que ambos param de brigar para me encarar ao notar minha presença, papai se aproximou com um sorriso amarelo, totalmente constrangido e pousou as mãos em meus ombros.

 

― Loreen, você chegou cedo. - seu sorriso saiu tão forçado quanto sua calma transpareceu falsa. ― Sua mãe e eu estávamos apenas…

Eu sei o que estavam fazendo. - o interrompi antes de ouvir mais uma mentira do tipo discussão de casal por coisas triviais.

― Aconteceu alguma coisa? Você está pálida. - a mulher finalmente se aproximou de mim com um semblante preocupado.

― Aconteceu isso. - joguei a a carta de baralho para o meu velho, ele a pegou confuso por não saber do que se tratava.

 

Confusão essa que logo é transformada em raiva.

 

― Isso é uma brincadeira? - questionou-me sério. Ele achava mesmo que eu perderia a minha noite para torrar a paciência dele? ― Não achei nada engraçado. - apesar da seriedade ele se mostrava aflito.

― Tá me zoando? Esse cara chegou me ameaçando. Disse que você tem três horas para liberar o acesso dele ao banco, se não ele vai matar todo mundo. - explodi em uma onda de desespero. ― Ele vai entrar naquele banco e matar todos os funcionários, depois a gente.

― Richard, faça alguma coisa! - minha mãe fala tão desesperada quanto eu.

― Vou ligar para o chefe da segurança e para a polícia. - andava de um lado ao outro com passos tão duros que em breve fariam o chão afundar ao seu redor.

―Tá louco? - entro em sua frente para o fazer parar de andar, isso já estava me tirando do sério. ― Você acha que eles vão poder fazer alguma coisa? O que deu na sua cabeça de se negar a fazer o que ele queria? Dá logo o acesso ao banco e já era.

― Eu não vou trabalhar com um bandido, Loreen! - gritou furioso.

_―E eu não vou morrer e levar todo mundo comigo!

 

Eu tomaria as rédeas da situação.
 

E foi pensando em um jeito de acabar com isso que subi para o meu quarto, o velho ainda ficou me chamando aos berros e minha mãe tentou me seguir, mas assim que cheguei ao cômodo tranquei a porta.

Ninguém vai morrer. Já estava decidido.

 

Ignorei minha mãe batendo na porta me pedindo para abrir. Minha vontade era de mandá-la ir dar pro jardineiro e me deixar em paz, eu sei bem que a sua maior preocupação era o fim dessa vida de madame.

 

Antes de pensar em fazer alguma coisa, que no caso eu já tinha pensado,  ligo para a Alison e separo o que vou levar: o notebook e meus cartões da empresa.

Saiu do quarto ainda ignorando a mulher e vou para o escritório com ela ao meu encalço dizendo para eu parar, perguntando onde estava indo com aquela bolsa e outras coisas de mãe. Sem nem mesmo a olhar fui até o computador e desencaixei a parte de trás da tela, tirei o HD, peguei o pendrive que meu pai guarda no fundo falso da primeira gaveta da escrivaninha e coloquei ambos na bolsa.

 

Não vou descrever a minha saída dramática de casa, mas saibam que meus pais estão bem putos.

 

Enfim, uma hora depois eu estava no pequeno apartamento da Alison contando toda a história. Assim que terminei ela me olhou horrorizada.

 

― E agora? - seus olhos castanhos me encaram como se eu segurasse uma bomba e de certa forma eu estava.

― Eu tenho um plano. - e espero que dê certo, pensei. ― Vamos abrir uma conta dentro da minha para colocar o depósito do Coringa sem que alguém perceba. - é, me parece fácil.

― Oi? - Alison arqueou uma sobrancelha e levou uma mão a sua testa como se estivesse com dor de cabeça só de pensar nisso. ― Você é doida? Como quer fazer isso? Eu precisaria hackear o sistema do banco, quebrar as senhas da segurança interna, isolar seu saldo… Loreen, só de imaginar o tanto de lei que isso tudo quebra eu já entro em pânico.

― Alison. - eu precisava fazer ela me ajudar. Respirei fundo para me acalmar e me aproximei dela para a fazer se sentar no sofá. ― Se em quarentena e três minutos essa conta não estiver liberada não serão apenas os funcionários, eu vou morrer também.

 

Ela finalmente pareceu entender.

 

― Tá. - soltou meio a um suspiro derrotado. ― Mas eu vou precisar do HD de um computador ligado diretamente a empresa.

― Aqui. - fucei na bolsa em busca do aparelho, retirei com cuidado e lhe enteguei. ― Trouxe meu notebook também, eu uso ele pra entrar na deep web então não dá pra rastrear o ID.

― Você é louca. - Alison diz indignada enquanto liga o computador e conecta no HD. ― Você sabe que se colocarmos essa conta fantasma ele vai ter acesso ao seu dinheiro, não sabe?

― Isso é o de menos. - que merda eu faria com o dinheiro se estivesse morta?

― Loreen, o fato de fazer uma conta não vai mudar nada. Não dá pra lavar o dinheiro se ele não for movimentado.

― E quem disse que ele não será? - sorri divertida com a sua expressão de desentendimento. ― Vamos movimentar o dinheiro entre a minha conta e a dele, tudo o que for depositado na minha irá para a dele e o que estiver na dele vai para a minha. Então quando eu usar o dinheiro a grana roda e é limpa.

― Jesus. - Alison sussurrou espantada. ― Em que lugar você aprendeu isso? Porque nas aulas em que você dorme não pode ser. Aliás, como você aprendeu a bloquear o ID do computador?

― Alison, nós temos trinta e sete minutos. - chamei sua atenção para o que realmente importava. ― Se eu sobreviver juro que te conto, mas agora faz logo isso.

― Tá, mas quero saber que merda você fica fazendo na deep web também.

 

E lá foram minutos e mais minutos enquanto Alison fazia caras e bocas ao quebrar as senhas e invadir o sistema. Faltava pouco menos de vinte minutos e eu já começava a pensar que esse plano era uma verdadeira merda, mas então Alison finalmente me olhou e acenou positivamente com a cabeça.

 

― Você poderia se aposentar sabia? - comentou ao ver meu saldo.

― Engraçadinha.

― Já criei a conta fantasma. - me informou ajeitando os óculos que deslizavam em seu nariz fino.

― Ok. Agora manda metade do meu dinheiro pra essa conta aqui. - lhe entrego o pendrive com os dados da minha conta na Itália. ― Não sou otária. Assim que ele colocar as mãos nesse conta eu sei que ele vai tomar o dinheiro.

― Loreen Johnson, você está me surpreendendo hoje. - brincou.

 

Faltando exatos oito minutos para completar o prazo ela me perguntou qual seria a senha da conta fantasma, a senha que Coringa usaria.

 

― A carta. - a busquei no bolso da minha calça. Antes de sair de cada eu a havia pego na mesinha de centro da sala.

Olhei para a combinação escrita e entreguei-lhe o papel marcado com letras e números em um tamanho que poderia ser considerado menor que minúsculos, em tinta vermelha estava escrito : X13GABA98.

 

Alison inseriu a senha e trocou a minha antiga para a nova.

 

― E agora? - eu perguntei aflita.

― Esperamos o Coringa acessar a conta e depositar o dinheiro. - me olhava com apreensão. Sentei ao seu lado e juntas encaráva-mos a tela do computador. Seja o que Deus quiser agora.

 

Quando foram completadas as três horas o saldo da conta fantasma criada saí do zero e muda para inacreditáveis dois bilhões. Será que era todo o seu dinheiro.

 

― Deu certo. - Alison me encara aliviada, mas logo volta a mexer no notebook para mover os créditos, mas uma caixa de diálogo se abre impedindo sua ação. ― Filho da mãe!

― O que foi? - aí porra só faltava ter dado algo errado.

― Ele bloqueou sua ação na conta fantasma, está aberto apenas para ele.

― Eu tenho acesso á minha?

― Tem, mas ele também. - me olha preocupada, mas em seguida sorri. ― Acho que ele entendeu seu plano.

― Eu vou ficar viva. - o alívio era tanto que cheguei a me jogar no encosto do sofá.


 

Ainda fiquei um tempo ali olhando Alison desconectar o HD até o sono começar a tomar conta da minha mente. Eu dormiria na casa dela mesmo e mais tarde inventaria uma desculpa para meu pais, talvez eu dissesse que salvei as nossas peles. Mentira, vou simplesmente fingir que nada aconteceu, meu pai vai aumentar a segurança e dizer que tinha razão, eu vou concordar e todos nós viveremos felizes para sempre.

 

Que bosta, isso nunca vai acontecer.


 

Quando a Alison se levantou parar fazer alguma coisa na cozinha - acredito que ela tinha ido tomar uns florais - uma musiquinha irritante, típica de carrocel começou a tocar. O som vinha da carta que Coringa  me entregara mais cedo, estava em cima da mesa de mármore e o volume da melodia aumentava aos poucos.

 

Então a carta de repente pegou fogo, a música acabou e eu acordei daquele transe. O lugar em que o objeto estava agora pegava fogo, se a Alison visse aquilo ia falar muito na minha cabeça. Então peguei a almofada e bati no lugar até que o fogo sessasse.

 

Alguém avisa àquele babaca que essas coisas não tem graça? Puta que me pariu!


 

― Que cheiro de… - Alison estacou na entrada da sala observando o lugar escurecido graças ao fogo. ― Minha mesa! Por que a minha mesa está queimada? - me olhou estarrecida. ― Por que você queimou a minha mesa?

― Não foi eu, a carta que queimou sozinha. - expliquei apontando para o resto do cartãozinho. ― Eu acho que estava programada.

― Quer saber? Eu vou ir dormir. - deu de ombros e saiu marchando brava em direção ao único quarto da casa. ― Isso é demais pra mim.

 

Imagina pra mim então? Eu nem tinha a certeza de que estava fora da mira daquele maluco.


 

Essa noite foi um caos total, tanto é eu  que não consegui  sequer pregar os olhos, sem falar que a rigidez do sofá não ajudava em nada. Por isso fiquei assistindo televisão por um tempo até apagar acordando pouco tempo depois.
Vi que Alison ainda não tinha acordado, era sábado, eu não poderia simplesmente esperar que ela madrugasse principalmente depois do que havia feito por mim.

Deixei um bilhete em cima da sua mesa queimada dizendo que tinha ido para casa e agradeci obviamente.

 

Só que eu não fui pra casa, passei numa cafeteria para comer e depois fui para a Divard Houston verificar se estava tudo bem. Fui com o cú na mão, mas fui.

Ao entrar no banco a palavra normal passou pela minha cabeça, assim poderia ser descrita a manhã de todos naquele recinto. Os funcionários mantinham a cara emburrada de sempre e os clientes tinham seus semblantes aflitos por seus problemas envolvendo hipotecas atrasadas, dívidas e derivados.


 

Assim que eu entrei na sala do diretor, meu pai pulou da cadeira encouraçada em preto e veio até mim. Ele me balançava pelos ombros gritando enfurecido o quão irresponsável eu era, que eu tinha feito aquilo pra chamar a atenção dele e da mamãe e que se eu voltasse a aprontar algo assim ele me colocaria de castigo. Pelo menos nada de mal tinha acontecido.

Eu tive vontade de lhe dar uma bela de uma resposta, poderia jogar na cara dele que eu tinha salvado sua vida, que ele poderia continuar sendo egoísta e corrupto. Mas ele não parava de falar e eu já estava ficando louca.

 

― Aí cala a boca! - gritei o assustando, eu nunca tinha sido tão mal educada, nem nunca tinha gritado desse jeito. E antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa eu me virei e saí rapidamente. Queria me ver livre daquele banco.

 

Deixei o meu carro lá mesmo, nesse momento eu precisava uma dose de paz com um café e uma bela vista.


 

As ruas estavam bem movimentadas ás nove da manhã e tinha um sol que raramente aparece por aqui, e para melhorar meu humor decidi esquecer o café, passei em uma barraquinha de cachorro quente onde comprei um lanche e um refrigerante. Pasmem, eu não sou fresca.

Depois de pagar eu voltei a caminhar, não parei no parque central para comer, meu plano era chegar até o grande farol nos rochedos, perto da praia.


 

Enquanto me afastava mais e mais da cidade, já em um lugar menos movimentado, percebi estar sendo seguida por um carro parecido com uma Lamborghini, era um personalizado em estilo “The Vaydor”, roxo metalizado, muito chamativo.

Eu diria até que era chamativo demais, o que me lembrava existir um bandido me ameaçando de morte e usando a minha conta bancária para limpar seu dinheiro. Por que se tem uma coisa que aquele homem é, é chamativo.

 

Parei de andar e me virei para o automóvel. Nele estava Coringa sentado no banco do motorista com uma mão no volante e um braço escorado na janela. Por incrível que pareça ele estava bem sério.

 

― Entra no carro. - falou um tanto irritado despertando uma fagulha do meu medo.

― Não, obrigada. - recusei rápido demais. ― Eu posso ir andando. - virei-me com a intensão de voltar a caminhar, no entanto ouvi o barulho de uma arma ser engatilhada e parei para encará-lo novamente.

― Não perguntei se queria entrar.

 

Nem respondi, dei a volta no carro e abri a porta do passageiro para entrar. Sentei e puxei o sinto, mas foi um sacrifício encaixar ele tendo minhas mão trêmulas.

 

― Eu me lembro de ter dito que queria acesso ao banco. - sua voz demonstrava seu controle. Coringa acelerou e partiu em direção aos rochedos.

― E você tem o acesso. - parecia que uma bola de pelos estava presa em minha garganta fazendo minha fala sair esganiçada e muito baixa. Além disso meu coração batia tão rápido que fiquei com medo daquele doente ouvir e ficar irritado..

― Acesso a sua conta. - seus olhos azuis se voltaram furiosos contra mim. ― Eu disse banco, não sua conta! - socou o volante. ― Você é burra Senhorita Johnson?

― Loreen. - falei tão baixo que achei até que não ouviria, ledo engano.

― O que?

― Meu nome. - dessa vez eu o olhei. ― É Loreen.

― Eu sei o seu nome pirralha! - Coringa grita freando bruscamente para então me encarar. ― Se você ousar me corrigir novamente eu vou estourar a sua cabeça.

 

Um arrepio atravessou toda a minha coluna, porque eu sabia que se ele quisesse o faria sem a menor hesitação.

 

― Entendeu? - a intensidade com que me olhava era esmagadora.

Acenei com a cabeça e o ouvi rosnar irritado.

― Eu perguntei se você entendeu?

― Sim, eu entendi. - um “por favor, me deixa ir” ficou entalado na minha garganta.

_Ótimo. - Coringa sorriu feliz como se nada tivesse acontecido, como se eu estivesse ao seu lado por pura e espontânea vontade.

 

Ele continuou dirigindo, rápido demais devo ressaltar, extremamente concentrado na estrada que começava a dar passagem para a colina onde o farol ficava.

Por um momento eu me peguei o observando, seu cabelo estava bagunçado por conta do vento forte e alguns fios verdes caíam pela lateral de seu rosto destacando algumas cicatrizes. Seus ombros pareciam relaxados, mas sua mandíbula está travada, eu até mesmo conseguia escutar o ranger das placas de metal que recobrem seus dentes.

Coringa está tão puto assim com o rolo do banco?

 

Estava tão perdida nos meus pensamentos que nem notei quando ele parou o carro.

 

― Desce. - ordenou com a pistola apontada na minha direção.

 

Saí do carro acompanhada por ele.

Agora eu podia vê-lo melhor, vestia um conjunto social todo preto, bem como a camisa por baixo do paletó com os três primeiros botões abertos e estava sem sua bengala.

Coringa passou a mão pelos cabelos para os ajeitar, enquanto soltava um suspiro irritadiço balançando a cabeça em uma negativa.

 

― Não fez o que eu mandei. - comentou numa expressão triste como se sua mágoa fosse verdadeira.

― Te dei todo o dinheiro da minha conta. - argumentei desesperada ao ver o cano dourado da arma apontada em minha direção.

― E agora eu não preciso mais de você. - entonou meio ao sorriso macabro. ― Posso movimentar a conta sem a sua ajuda.


 

Eu morreria agora? Era isso? A minha vida ia acabar sem nada de bom nunca ter acontecido? Sem sonhos ou realizações pessoais? Tudo ia acabar e eu só teria existido? Engraçado.

 

Não dizem que quando estamos prestes a morrer um filme da nossa vida passa diante dos nossos olhos? Pois nada passava diante dos meus, a única coisa que via era o homem á minha frente segurando a arma e estralando o pescoço com deleite. A explicação era óbvia, eu nunca tive uma vida, de forma que não havia nada para se ver antes de eu morrer.

 

Eu apenas existi.


 

― Você vai atirar em mim? - a pergunta tosca saiu automaticamente da minha boca.

Ele não me respondeu, mas parecia pensar naquela pergunta enquanto me olhava. Me perguntei o que se passa em sua mente insana.


 

Então toda a coragem que nunca esteve presente em meu ser se evocava dentro de mim fazendo com que eu desse passos lentos em sua direção até ter o cano da pistola encostado em meu busto desnudo por causa do decote do espartilho.

 

― Você vai atirar em mim? - repeti a pergunta sabendo que minha expressão demonstrava uma determinação para com objetivo nenhum. Acho que o meu intuito era morrer, desaparecer desse mundo caótico e parar de existir.

 

― Você quer morrer? - sua pergunta me pegou de surpresa e novamente me senti esmagada sob seu olhar, desta vez analítico, cauteloso demais. ― O que você está escondendo, Senhorita Johnson?

 

Sua pergunta veio acompanhada por um sorriso pequeno e divertido, mas sua voz se sobressaia rouca e sombria. Mas desta vez eu não respondi, de algum modo eu sentia que ele podia ver até mesmo a cor da minha alma, até mesmo meu apelo insignificante.

 

― Me diga. - não era uma ordem, era um pedido tentador no qual Coringa se assemelhava a serpente que ofereceu o fruto proibido para Eva. ― Todos temos algo a esconder... - passeou lentamente o cano dourado da arma pela maçã do meu rosto seguindo uma trilha até minha testa, nariz e lábios. ― Algo obscuro dentro de nós que não queremos que o mundo veja. - parou a arma em baixo do meu queixo e forçou minha cabeça para cima. ― Então fingimos que está tudo bem.

 

Toda a sua intensidade, o seu tamanho e sua força faziam eu me sentir pequena. Que merda, a última sensação antes da minha morte seria a inferioridade.

 

― Me diga, Loreen. - seu rosto estava tão próximo do meu que eu podia sentir o cheiro do whisky tomado pela manhã. ― O que você não quer que o mundo veja?

 

O que eu não queria que o mundo visse que já não tinha visto? Eu não tinha nada a esconder. Todo o meu valor era devido ao meu sobrenome e minha fortuna, eu não era alguém especial com o direito de esconder algo. Nunca havia fiz nada para isso, até mesmo a maconha que eu fumava meus pais já tinham visto.

 

Esse turbilhão de perguntas passando pela minha mente me deixavam tonta. Tanto é que eu não sei quanto tempo fiquei estática naquele lugar olhando para seu rosto impassível. Tudo o que eu sentia era uma dor dilacerante sem nem ao menos ter levado o tiro, uma dor surda e solitária.

 

Então senti algo quente escorrer por meu rosto sendo o bastante para eu acordar dos meus devaneios. Levei uma mão até minha face para tocar a pequena gota com as pontas dos dedos, quando tempo fazia que eu não chorava? Anos, e agora elas caíam uma atrás da outra.

 

― Não... - Coringa secou com o dedo indicador uma das gotas que caíam sem controle de meus olhos. ― Não, não, não, não, não, não, não.

 

Um soluço baixo escapou da minha garganta.


― Não chore, amor. - sua piedade soava assustadoramente falsa. ― Eu ainda não comecei a te machucar.


Notas Finais


Perdoa qualquer erro e não desistam de mim ><

Gente eu esqueci de concertar os underlines do primeiro cap., mas eu vou hahaha assim que me der coragem.

Beijos amorzinhos, espero que tenha ficado do agrado de vocês.


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