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História Madness Queen - XX. Outbreak


Escrita por: GloriusCatTree

Notas do Autor


LEIAM POR FAVOR

Bom, primeiro oi rsrsrs
Eu quero me desculpar pela demora e dizer que o que aconteceu não foi um bloqueio mental. Como muitos sabem eu estudo e estamos em final de semestre, então estou me dedicando a passar nas matérias agora.
Entretanto eu não vou abandonar a fic, eu adoro escrever e amo essa estória. Realmente, me desculpem. Além disso eu estive passando por algumas situações chatas e acabei perdendo a vontade de escrever, esse capítulo meio que me deu forças para continuar rsrsrs.

Desculpem mesmo, e espero que gostem.

Capítulo 20 - XX. Outbreak


Fanfic / Fanfiction Madness Queen - XX. Outbreak

Aquela mulher era simplesmente espetacular. Eu reconhecia e qualquer homem também, até alguém doente como Coringa sabia o quanto Loreen era maravilhosa. Um conjunto de definições seriam necessárias para chegar aos pés do que ela representava.

De uma jovem rebelde á uma mulher de negócios e eu tinha acompanhado sua metamorfose; de longe, não tinha um real contato com ela, mas me impressionava a forma como lidava com cada obstáculo. Loreen era a combinação do atraente e do fatal, a ruína para um homem.

 

E descobrir que aquela adorável mulher tinha um caso com meu maior inimigo foi de início um choque, depois tornou-se odiável e agora um fato ao qual eu questionava. Afinal, o que ela tinha visto nele? Ladrão, assassino, louco; ele havia torturado ela, então o que poderia ser? Alguém como Coringa não poderia oferecer nada de bom para ninguém que não fosse a ele mesmo.

 

Na noite passada eu tinha seguido o carro que foi buscá-la na festa. Existia uma suspeita em mim de que Loreen estava com alguém fora da lei, mas os nomes que me ocorreram foram Maroni ou Falcone. Então eu vi quando a mão pálida e tatuada segurou Loreen impedindo sua queda ao chegarem no estacionamento do prédio onde ela residia.

Também vi a sombra dele se aproximando dela e o beijo que ela não recusou.

 

Ainda assim acredito que o pior veio depois, ao questioná-la sobre Coringa ela o acobertou tornando-se a cúmplice perfeita. Loreen protegia aquele criminoso sem pensar nas consequências, entretanto pareceu falar a verdade quando disse que não sabia sobre os planos do Coringa. Eu tinha certeza de que ele faria algo muito em breve, as coisas estavam quietas e esse era o seu jeito de chamar a atenção.

 

— Patrão Bruce, seus convidados o aguardam. - Alfred arrumou minha gravata e pegou meu relógio de pulso. — Como se sente?

— É difícil explicar, mas bem. Obrigado Alfred. - ele assentiu e balbuciou algo sobre ter de se preparar psicologicamente para encará-la.

 

Aquele brunch era uma péssima ideia, no início eu o tinha usado como uma desculpa para me aproximar de Loreen, mas agora já não fazia sentido, como ela mesmo havia dito: amava outra pessoa. E nem todo o fascínio do mundo que eu detinha por ela serviria para burlar meu orgulho. Agora eu apenas empurraria esse evento com a barriga esperando que acabasse logo.

 

Eu sabia que ela viria, em nome da Farmac não faria uma desfeita. E estava deslumbrante em uma roupa mais casual do que eu estava acostumado a ver. Loreen não percebia, mas não havia olhar masculino que não se voltava para ela andando de forma confiante sobre os saltos pretos.

 

— Bruce! - Alison com seu jeito animado logo me abraçou, em seguida me virei para Loreen, ela estava desconfortável com a minha presença.

— Como está Alison? - perguntei por educação cometendo a grosseria de olhar segundos a mais para a mulher que tanto me chamava a tenção.

— Cansada de ontem, foi uma festa incrível. Não é Loreen? - havia um tom de repreensão na voz de Alison que me fez sorrir.

— Sim. Incrível. - respondeu distante tomando uma taça de mimosa que o garçom nos ofereceu. Inconsciente, meus olhos desceram á uma marca escura em seu pescoço, imediatamente Loreen passou a mão pelo local antes de beber mais do drink.

— Deve ter sido uma noite maravilhosa. - não segurei a provocação e ela me encarou com olhos pesarosos, toda aquela melancolia não combinava em nada com os azuis intensos.

— Parte dela. - respondeu baixo me surpreendendo, eu esperava por uma resposta grosseira, mas ela parecia perdida demais nos próprios pensamentos.

— Eu vou procurar o Matt. - Alison falou antes de sair saltitante atrás do tal sujeito.

— Você ainda não conhece a casa, não é?

— Tudo bem se você quiser dar atenção aos seus outros convidados. - soou sem jeito apertando a taça entre as mãos. — Eu vou entender.

— Não vamos deixar isso mais estranho do que já está. - comentei sorrindo para quebrar aquele gelo. — Ainda podemos ser amigos e pessoas civilizadas que conseguem manter uma boa conversa. Que tal o jardim?

— Claro. O jardim é uma boa.

 

Guiei Loreen até a saída da casa, a que dava para o jardim, no caminho ela pegou mais uma taça de mimosa e eu entendi que ela se sentia nervosa e constrangida, era como se houvesse uma tonelada de culpa nos seus ombros.

 

— É lindo. - ela olhava as rosas. — Faz você lembrar que coisas tão simples possuem valores inestimáveis.

— Existem coisas boas em Gotham, não são muito apreciadas, mas existem.

— Me desculpe por ontem. - ela parou de andar para fitar meus olhos.

— Vamos esquecer aquilo. - me obriguei a sorrir, no entanto isso não a convenção. Loreen franziu a testa ao mesmo tempo em que todo o sentimento de culpa a abraçava. Eu gostaria de dizer que aquilo não era necessário, mas provavelmente o que a mantinha presa na sanidade era o remorso e eu não a livraria da sua única chance de não entrar no mundo louco do Coringa.

— Eu fui grosseira e cruel. Me desculpe, de verdade. Agi como uma louca desvairada, me perdoe.

— Também lhe devo desculpas, eu não pretendo persegui-la mais. Sei o quanto isto é um incômodo e estava invadindo seu espaço pessoal sem perceber.

— Imagina. - sussurrou tímida.

— Temos que parar de nos desculpar.

— Tem razão, Bruce. - riu ajeitando uma mecha do cabelo escuro que caía em seu rosto expressivo. — Sempre que nos encontramos acabamos nisso.

— Mas antes de mudar o assunto. O que ele tem que te faz amá-lo tanto? - esta era a minha maldita curiosidade.

— Ah, Bruce. - apesar do tom frustrado Loreen ainda sorria. — Eu não sei. Tudo nele é ortodoxo demais e ele não conhece o significado da palavra limite.

— Então…? - no fundo eu concordava com todas as suas palavras e questionava ainda mais os ideais dela.

— Gosto das surpresas que me aguardam quando estou com ele.

— E o que acha da surpresa que os seus pais estão preparando? - mudei de assunto descaradamente. Eu não precisava saber da paixão que Loreen nutrie por Coringa, precisava saber em que lugar ela se encaixava nos planos dele.

— Você sabe?

— Bom, não é todo dia que se faz vinte e quatro anos. - ri baixo com a careta que tomou o rosto bonito dela. — E o tempo só lhe faz bem, admito.

— Obrigada. - Loreen sorriu tocando meu braço com delicadeza. — Eles te convidaram?

— Ah sim, eu recebi um convite muito chamativo. Cheio de margaridas.

— Droga de margaridas! - praguejou contrariada me fazendo rir. — Que fique claro que não sou eu a organizadora.

— Eu sei. Alison me disse que você ficou surpresa ao saber da festa e furiosa com as margaridas. Mas não encontrou rosas azuis, ela ficou um pouco chateada.

— Ela tentou…? - Loreen desviou os olhos e virou o rosto na direção oposta para que eu não visse sua vergonha.

— Rosas azuis são exóticas, difíceis de encontrar. Tem algum significado especial para você?

— São as minhas favo… - o toque do seu celular a interrompeu. — Desculpe.

— Fique a vontade.


 

Loreen se afastou alguns passos, pude ver a tensão dominar seus ombros ao olhar a tela do aparelho para ver quem ligava e tentei ao máximo apurar meus ouvidos para a sua conversa.

 

— Alô? Andrew? - havia certa preocupação contida em sua voz. — Eu entendi, sabe onde fica meu apartamento? - sorriu para mim tentando disfarçar sua apreensão. Tinha alguma coisa muito errada e se tratando dessa mulher isso não era uma novidade. — Isso. Te encontro logo.

— Algum problema? - perguntei quando ela guardou o celular.

— Parece que o motoboy errou o endereço da empresa e agora vou ter que receber os documentos da remessa de antiarrítmicos em casa.

— Compreendo. - desconfiava, na verdade. Loreen estava nervosa demais, mesmo tentando disfarçar.

— Tenho que ir. - seus olhos possuíam um brilho ansioso que beiravam a expectativa.

— Claro. Te vejo no seu aniversário?

— Por favor, vá. Acho que minha mãe terá um treco se não o ver lá.

 

Então eu a vi sair com aquele andar que enlouqueceria qualquer um.


 

Loreen Pov’s


 

Eu era péssima em dar desculpas, mas o fato de que Bruce não queria se meter na minha vida ajudava muito para escapar da sua mansão recém inaugurada. E para ser bem sincera eu não tinha gostado nada daquele lugar, muito menos do modo como o mordomo dele me encarava; gente velha deve me odiar porque olha…

 

Enfim, Andrew tinha alguma coisa útil, estava torcendo por isso já que ele tinha me tirado várias taças de mimosas da mão.

Não demorei muito para chegar, tinha ido com meu carro e levado Alison comigo, provavelmente ela voltaria com aquele mauricinho dos Donovan.



 

Quando cheguei avistei Andrew fumando um cigarro na calçada do Gotham Palace, os seguranças o olhavam atravessado por sua aparência desleixada. Como eu tinha gastura daqueles cabelos sebosos e o sorriso amarelado. Mas o cara era confiável, eu conhecia a muito tempo, se tinha alguém que poderia se infiltrar para espiar a merda, esse alguém era o maldito traficante loiro.


 

— Entra. - abri a porta do carona para ele.

— Cara, você tá dormindo na grana?

— Não, eu durmo com a grana. - sorri terminando de estacionar o carro.

— Eu não esperava isso de você. Talvez uma clínica de reabilitação e tal, mas mulher do Coringa? Se superou hein?!

— Como voc…

— Todo mundo sabe! Seus empregados são muito fofoqueiros e aquele Doug é um defensor do chefe, se não tá ligada na cara que o imbecil fez quando eu disse que você me mandou lá e mostrei aquela carta.

— É só mais um pau mandado, Andrew. E você vai ficar pianinho sobre isso, o Comissário tá louquinho pra me jogar na cadeia, um pio e eu te mato. - o encarei séria antes de sair para ir até o elevador.

— Relaxa, eu não vou abrir o bico. - Andrew levantou as mãos em um sinal ridículo de rendição. — Mas aí, ouvi boatos de que o cara tentou te matar. Por que você tá com ele? Dinheiro não é exatamente um problema pra sua família.

— Quanto menos você souber melhor.

— Ele tá te arranjando maconha de graça? - eu ia estourar a cara desse babaca.
— Controla essa língua. - quase gritei entrando no meu apartamento com Andrew atrás. — Não sou uma vadia.

— Foi mal. - sacudiu os ombros antes de se jogar no meu sofá. — Meu cash ta aí?

— Faça por merecer. - cruzei os braços parada na frente dele e me segurei para não rir quando engoliu em seco.

— Então mano… eu demorei uns dias pra conseguir chegar perto desse laboratório, tem uns cara fodidões lá na encolha. Mas aí eu peguei confiança com o Doug e foi só sucesso.

— Não enrola.

— Tá legal! Tinha um cara lá, Loreen. Sabe aqueles filmes de Yakuza? Então. Era um desses, certeza. - Andrew estava se empolgando a medida que minha paciência se encurtava.

— Como ele era?

— Um nanico engomado. - então não era Raymond antes de eu tê-lo matado. — Tinha um Rolex maneiro e uma tatuagem de dragão no punho.

— Você ouviu a conversa?

— Não, mas eu vi um cara bacana apertando a mão do japa. Um branquelo mais ferrado que as puta do Falconi, o bicho tava todo quebrado.

— Aí que droga! - deixei escapar socando minha própria perna. — Filho da puta desgraçado!

 

A porcaria do traidor estava debaixo do meu nariz esse tempo todo. Só existiam duas pessoas dentro daquela empresa que sabia sobre os laboratórios clandestino, existiam alguns investidores que não sabiam os por menores e os fornecedores da matéria prima. Mas apenas duas pessoas estavam na gerência e se não era eu quem estava fazendo isso, só poderia ser o Grigory. Aliás, ele ainda estava com alguns curativos do dia em que foi baleado.

Droga! Consigo imaginar as coisas que o Coringa vai querer fazer quando descobrir isso. Quanta merda.

 

— Pela a sua cara, o japa não é um amigo, né?

— Ele não é japonês. É chinês. - corrigi ao mesmo tempo em que me servia um Bourbon, ofereci para Andrew, mas seu forte era a vodka. — O Coringa tem razão quando diz que eles se multiplicam. É impossível ter tantos integrantes assim!

— E agora?

— Agora eu vou te dar seu dinheiro, você vai desver o que viu e eu vou ter um papo com o imbecil traidor. - saí pelo corredor para chegar ao meu quarto, atrás do meu closet ficava o cofre onde eu deixava alguma reserva. Tirei a grana que eu devia e voltei à sala com uma sacola. — Estamos entendidos?

— Beleza, gata. - pegou a sacola e guardou dentro da mochila que usava nas costas.

— Continua de olho.

— Sempre. - disse praticamente correndo em direção ao elevador. Sabe o que isso se chama? Vontade de gastar dinheiro.

 

Agora teria de fazer a parte difícil. Aquele Grigory era um idiota, que porra ele estava fazendo com a Tríade? Ah como eu to cansada desses chineses, eu não sei o que tanto eles querem em Gotham, essa cidade já tem um rei e ele não é nenhum benfeitor para eles ficarem testando a paciência do homem.

Até já estava querendo apelar para um tiro, só que agora, na minha própria cabeça. Queria um tempo dessas merdas, e eu teria, mas antes precisava resolver isso.

 

Estava tão emputecida que peguei a chave do carro e saí em direção ao elevador, pronta pra ir contar os fatos para o Coringa, até lembrar que eu não sabia onde aquele palhaço estava escondido.

Então eu liguei.

 

— Coringa? - eu só ouvia uma batida muito forte de Closer do Nine Inch Nails. — Caralho, abaixa essa porra!

Loreen? - aquela voz suave, meio gritada, com certeza não era do dono do celular. — Desculpe, estou procurando um lugar mais calmo. - distingui ser a voz do Albert quando a música diminuiu.

— Onde ele está, Albert?

Em uma reunião.

— Essa reunião inclui pole dance e vadias seminuas prontas pra sentar no colo dele? - eu estava irada, tipo, muito e por muitas coisas. — Fala pra esse imbecil pegar o celular agora! É mais importante que um punhado de puta.

Loreen ele não está aqui. - acho que assustei o pobre coitado. — Você precisa se acalmar.

— Eu sei quem tá roubando a gente.

Não vai ser uma boa ideia falar com ele agora. O Senhor C. sempre sai irritado quando se encontra com Gonzales. - ah que cara cuzão! Está pra nascer algo ou alguém que não irrite aquele homem.

— Tá bom. Fala pro Coringa me encontrar na boate Fuckse às dez. E fala que se eu encontrar um fio de cabelo que eu suspeite ser de mulher, nele, arranco o amiguinho dele fora.

Avisarei.

 

Desliguei, joguei o celular no sofá e fui tomar banho. Se eu tivesse uma raspinha de maconha nessa casa juro que fumava.

Precisava ouvir as palavras de Albert e me acalmar. Deus! O que Grigory tem na cabeça? Que porra ele pensa que está fazendo sabotando a gente?

 

Ok, eu teria de descobrir o que estava acontecendo antes de levar o caso para o Coringa, por isso assim que terminei meu banho vesti um terninho preto e sem graça, passei uma maquiagem leve e saí para resolver esse cagaço. Com certeza Grigory estava na empresa se amassando com a secretária e esquecendo da mulher e das duas filhas que tinha em casa, realmente esse bastardo tem um caráter duvidoso.

 

Ao chegar na empresa entreguei a chave do carro para o manobrista e andei em direção ao prédio principal ignorando qualquer sorrisinho falso, porque hoje eu estou sem paciência pra essa gente.

Peguei o elevador e subi até o andar onde ficava a sala do desgraçado. E por incrível que pareça, Crysta, a vagabunda, estava em sua própria mesa digitando no computador. A loira cheia de silicone ameaçou dizer algo quando me viu andar em direção á porta da sala de Grigory, mas bastou uma olhada para colocar o projeto de puta no lugar dela.

 

— Loreen? - ele me olhou surpreso por estar concentrado em alguns papéis. — Achei que tivesse tirado o dia de folga.

— Grigory, você está muito fodido.

— Do que você está falando? - ainda tinha a coragem de se fazer de desentendido.

— Me fala você. Qual a sua relação com a Tríade?

— Que pergunta é essa Loreen? Obviamente nenhuma. - Grigory estalou os dedos da mão esquerda e bateu com a palma na mesa. — De que merda você está me acusando?

— Eu te vi, Grigory. - blefei. — Te vi no laboratório com o chinês.

— Loreen… - a voz dele vacilou me dando a certeza que eu precisava. — Veja bem…

— Você tá me roubando. Não, pior. Você sabe a quem está roubando?

— Loreen eu não estou roubando, estou investindo.

— Em que porra você tá investindo que está me deixando menos rica?

— Krokodil, eu estou coordenando um laboratório fora da legislação de Gotham, é perfeito. O território pertence a Tríade, o dinheiro pago é como uma ajuda de custo.

— Krokodil? Eu que mandei parar de fabricar aquilo! - estava me segurando muito pra não dar uns berros. — E você tá usando o meu dinheiro pra fabricar droga?
— Nosso dinheiro!

— Meu rabo, Grigory! Quem mais tá nessa com você?

— Não tem outro. Loreen me escuta, isso vai dar uma grana preta e a gente não vai precisar pagar ao Coringa, ele nem vai saber.

— Ele já sabe sua anta! Foi ele que me disse sobre o buraco na conta do laboratório.

— Você não vai contar pra ele sobre mim. - eu pude sentir um certo tom de ameaça vindo dele.

— Quem mais tá com você? Aquela grana não é o suficiente para manter um laboratório, você não pode estar bancando tudo sozinho, ainda mais pagando pelo aluguel.

— Não tem ninguém, Loreen. - ah tinha, esse bosta mal conseguia manter a Farmac sem mim, imagina se conseguiria manter sozinho num laboratório de drogas.

— Boa sorte. Você vai precisar.


 

Ele não queria falar? Tudo bem. Eu o colocaria em julgamento na frente do rei.


 

Passei o resto do dia dentro da minha própria sala, não saí nem para comer, pedi que Clark ligasse para um restaurante e encomendasse a comida.

Nesse tempo todo eu fiquei pensando em formas diferentes de dizer o que sabia para o Coringa, ele ia surtar e eu iria armada só por precaução, nunca se sabe o que aquele idiota pode fazer quando está com raiva.

Falando nele, eu estava preocupada, não sabia onde estava metido. Com essa “reforma” do apartamento ele provavelmente havia se enfiado num buraco onde ninguém poderia encontrá-lo, principalmente depois de eu ter lhe contado sobre o Batman.

 

Quando a noite chegou eu já estava mais preocupada em estar bonita do que com o futuro ataque de histeria do Coringa, meio que já estava preparada psicologicamente.

Então vesti um top cropped preto de mangas longas, uma saia plissada de cintura alta da mesma cor, calcei aquele par de Louboutin cravejado que o babaca havia me dado e enfiei umas pulseiras e um colar dourado.

Depois passei maquiagem mais carregada que a anterior - com direito a batom vermelho - e saí de casa; depois que peguei minha arma e coloquei na bolsa.


 

Não era um fim de semana, nem horário de pico, mas as ruas estavam bem movimentadas. Gotham tinha essa coisa de ser muito ativa de noite.

 

Ao chegar na boate fui logo deixando a chave com um manobrista bonitinho para furar a fila enorme na entrada. Ouvi algumas pessoas reclamarem sobre o segurança me deixar passar e dei de ombros.

Dentro da Fuckse estava o fervo, até mesmo vi Megan - a vadia - dançando com algumas garotas. Ela estava feliz, parecia se divertir muito, isso me deixava meio pra baixo, eu tinha que dar um jeito nessa minha alergia de felicidade alheia.

 

Fiz todo o caminho até a área VIP que fica no subsolo e desci as escadas sem pressa para me acostumar à claridade contraditória do lugar.

 

O vi sentado de frente a uma mesa. Não estava nenhum pouco discreto naquele paletó dourado, mas tudo bem, ele tinha um abdômen a ser contemplado, mesmo com toda aquela rabisqueira pelo corpo e as cicatrizes.

A minha caminhada até aquele homem começou a ser agoniante, Coringa estava tão bonito e eu nem poderia aproveitar porque ele ia ficar puto demais pra fazer alguma coisa sem me machucar. Que droga!
Além do paletó dourado ele usava correntes grossas de ouro em volta do pescoço. Chamativo? Nem um pouco.

 

Eu ganhei sua atenção ao chegar perto da mesa, Coringa me olhou de cima a baixo para então sorrir satisfeito causando uma pontada sinistra de afobação no meu corpo. Ele pegou o copo e indicou para que eu sentasse à sua frente.

 

— Albert me disse que você tem algo importante para mim, isso me encheu expectativa. - era melhor ele nem descobrir as coisas que me enchiam de expectativas. — Vamos, Loreen! Ilumine meu dia.

— Você está drogado? - percebi que não deveria ter dito isso quando ele franziu a testa e riu nervoso. — Não vou falar com você assim! - suas olheiras estavam maiores e suas pupilas dilatadas

— Para de frescura, é apenas analgésico, eles são muito eficientes para as dores de cabeça.

— Claro que você tem dor de cabeça. Que tipo de pessoa não dorme? Aliás, não dorme e não deixa os outros dormirem.

— Foi uma manhã agradável. - um riso escapou dos seus lábios.

— Você me cortou com uma faca.

— E você gemeu muito com isso. - seu comentário vitorioso fez meu rosto queimar.

— Descobri quem pegou o dinheiro do laboratório. - falei encarando a pista de dança onde algumas pessoas pulavam como se o mundo fosse acabar.

Hum.

— Grigory está se vendendo para os chineses. - revelei receosa de que Coringa começasse a surtar a qualquer minuto. Ele me encarava sério prestando atenção em cada uma das minhas palavras. — Ele está com um laboratório fora de Gotham, esse laboratório pertence à Tríade e produz o Krokodil. O dinheiro que o Grigory está roubando é para manter esse laboratório.

— Quem? - sua voz soou calma.

— Que? - eu devo ter feito uma cara de otária.

— Quem é o filho da puta que tá ajudando esse bostinha? - eita porra, ele esmurrou a mesa.

— Ele não me contou, disse que não tem ninguém, mas…

— Você sabe que tem! Como não percebeu isso antes? - Coringa gritou ao passo em que meu corpo se encolheu na cadeira. — E nem tentou tirar a informação dele? Pra que porra você serve?

— Estávamos na empresa eu não podi…

— Cala a boca!

 

Coringa se levantou do assento e andou alguns passos para longe de mim; vi quando ele passou a mão tatuada pelos cabelos para conter sua raiva e balbuciar algo para o barman que lhe entregou uma dose de vodka.

 

— Sabe o quanto estou me controlando pra não pegar aquela arma e não te dar um tiro? - apontou para a Glock em cima da mesa. — Eu achava que ele era idiota, mas você… não passa de um rostinho bonito mesmo. Caralho!

 

Eu queria muito começar a brigar pelos meus direitos ali e dizer que eu não era só um rostinho bonito, mas todo mundo sabe que esse ser é instável e poderia realmente me dar uns tiros. Então, mesmo me sentindo altamente ofendida e com vontade de dar na cara dele, esperei ele terminar o discurso sobre como eu era incompetente e que eu deveria repor cada nota roubada.

 

— Vou matar esse filho da puta e sabe o que eu vou fazer depois, amor? - Coringa ofegava de raiva, mas o sorriso nunca abandonava seu rosto. — Eu vou sambar em cima do corpo dele enquanto descubro uma forma bem dolorosa de te ensinar a ser competente.

— Você não pode matar ele. Grigory tem mulher! E filhos… - percebi que tinha falado merda quando o Coringa abriu ainda mais aquele sorriso doentio e debruçou-se sobre a mesa ficando com o rosto a centímetros do meu.

— Você é genial, querida! Me deu uma ideia brilhante.

— Não! - balancei a cabeça com desespero. — Não, não, não. Você não vai fazer mal para pessoas inocentes. Eles não sabem de nada dessa merda.

— Acha mesmo que está em posição de me dar ordens? Eu te disse Loreen, se você não desse um jeito, eu daria.

— Que merda você vai fazer? - não sei o que estava mais trêmulo em mim, minha voz ou minhas mãos.

— Você vai ver. Vai assistir bem de perto e isso irá te marcar de uma forma inesquecível. Amor…

Desta vez seu sorriso ameaçador me fez temer pela minha própria segurança.


Notas Finais


Mais uma vez peço desculpas, pela demora e pelos erros gramaticais rsrsrs

Beijos, espero ainda merecer os comentários maravilhosos de vocês!


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