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História Madness Queen - IV. Maker Doll


Escrita por: GloriusCatTree

Notas do Autor


*LEIAM ISSO PLEASE*

Meus amores, estou aqui de novo ahahaha
Bom eu estou postando esse capítulo porque estava morrendo de ansiedade. E desta vez temos o Puddin - não tão doce - narrando. Gente, preciso dizer, que sufoco fazer esse homem por isso gostaria da opinião de vocês sobre ele, no caso feito por minha mente doida. Meu, eu fiquei todos esses dias contextualizando ele, eu para e ficava falando suas falas kkkk e olhando feio pras coisas.

Eu entrei tanto no personagem que ontem no laboratório xinguei o ratinho até dizer chega (estou com dor na consciência). Então meus anjos, eu gostaria mesmo de saber o que vocês acharam não só do capítulo, mas do Coringa pra eu saber se devo fazer mais capítulos com ele narrando ou só a Loreen.

E fiquem a lá vonté hahahaha

Capítulo 4 - IV. Maker Doll


Fanfic / Fanfiction Madness Queen - IV. Maker Doll

A noite cheia de estelas era toda minha, cada pequeno corpo celeste estava ali para me assistir ascender sobre seu brilho.Não que eu fosse sujar minhas maculadas mãos com um mísero plebeu. Não, eu tinha meus cães para isso, eu apenas iria me divertir e no final eles limpariam qualquer rastro.

 

Minha reunião aconteceria em breve, o Senhor Bentley seria mais um peão a rodar. Uma inutilidade que enfim seria adequadamente eliminada e eu não só assistiria de camarote como o meu número seria o principal. As estrelas aplaudiriam O Rei.

 

O Número Um, Aron, estacionou o Hummer H3 preto em frente ao tapete vermelho do edifício Curtis Albicans e o Número Sete abriu a porta para que saísse do carro.

Eu os chamo por números, isso facilita a minha vida e os poupa de pensarem que me importo com suas vidas, pois a lealdade dos meus homens era muito bem custeada por mim.

 

Sem mais delongas ajeitei a camisa cinza levantando as mangas até um pouco acima dos cotovelos e estralei os dedos das mãos. Estava deveras animado.

 

— Quando eu entrar vocês vigiam a porta. - ordenei vendo os dois acenarem em seguida. — Não queremos que nada interrompa meu show, certo meninos?

— Sim, chefe. - disseram em uníssono.

— Ótimo. - pensei alto já andando em direção ao hall de entrada bem iluminado.

 

Não parei minha caminhada e ninguém me impediu. Ouvi a recepcionista começar a discar algum número no telefone, pobre mulher lerda, menos de meio minuto depois ela jazia caída no chão com uma bala cravada em sua testa.

 

— Aron. - minha voz calma contrastava com a súbita raiva que me tomara. — Seu imbecil, agora vai ter que matar todo mundo. - antes que alguém pensasse em chamar a polícia ele já engatilhava a arma.

 

Bom, não se faz uma omelete sem quebrar alguns ovos.

 

— Limpe está merda e não deixe ninguém entrar ou sair… com vida. - ri em meu próprio humor altamente dinâmico, quem disse que a morte não tem sua graça?

 

Ele concordou no tempo em que o elevador chegara, entrei com o Sete e podemos ouvir uma melodiosa sinfonia de gritos, tiros… uma orquestra designada ao desespero. Que som maravilhoso percorria por meus ouvidos, retumbando em meus tímpanos e sendo sugados por minha mente deixando-me ansioso para o show principal.

 

A subida da caixa metálica fora rápida, segundos se passaram e não havia mais gritos ou tiros. No entanto, muito em breve o show de encerramento seria conduzido e eu seria o mestre.

 

Quando as portas se abriam deram-me o vislumbre de duas portas duplas muito longes uma da outra. Meu destino era o apartamento 1520 e foi para onde me encaminhei.

 

— Entrega para o Senhor Bentley. - falei ao bater na porta lustrada.

— Eu não pedi nada. - respondeu do outro lado. Detesto pessoas mal educadas que não entram na brincadeira, sempre tem um idiota que não entende a piada.

— É por conta do hotel. - rolei os olhos com impaciência. — O Senhor Ariel mandou entregar-lhe. - claro que eu estava bem informado sobre o local, sabia que Jonathan Ariel era o gerente do luxuoso arranha-céu.

 

Que bonitinho! O imbecil caiu como um patinho.

 

Meu sorriso se alargou assim que ele abriu as portas com minha Glock 18c dourada já engatilhada em sua cabeça. Seu olhar espantado era o melhor até agora, tão apavorado quando o lampejo de reconhecimento passou por seus olhos castanhos. Mas eu não estouraria os seus miolos, não, faria algo muito melhor e duradouro.

 

— Levem tudo, mas não me mate. - seu pedido soou desesperado. Eu nem tinha começado e lágrimas pequenas já haviam se formado nos cantos de seus olhos.

— Eu não vou te matar. - lhe sorri medonho do jeito que sabia ser vendo-o encarar as placas de metal implantadas em meus dentes. - Por que diabos todo mundo pensa que eu sou um assassino, Sete? - virei apenas minha cabeça para o homem ao meu lado.

— Não sei, chefe. - respondeu de forma mecânica. — Acredito que seja porque o Senhor sempre aponta sua arma para eles.

— Ah! - abaixei minha arma. — Não tinha parado pra pensar nisso. - eu tinha sim, mas vê-los aterrorizados sempre me era uma sensação incrivelmente calorosa. — Nós teremos uma conversinha Sean. Eu posso te chapar de Sean, certo? Já somos tão íntimos.

 

Gesticulei com a arma para que meu futuro telespectador entrasse e eu segui fechando as portas. Sete ficaria lá fora de guarda, porque eu ficaria muito irritado caso algo desse errado, mesmo o plano sendo simples.

 

— Sente-se. - apontei para a poltrona de camurça escura e braços metalizados. — A paisagem é maravilhosa daqui de cima. - reparei na parede toda de vidro à frente, esta dava vista á noite iluminada de Gotham, podia-se até mesmo ver o Asilo Arkham distante, um lugar terrível que as pessoas pensavam ser o meu lugar. — Quanto pagou por isso aqui. - girei minha Glock em torno do próprio eixo e me virei para encarar sua figura estática ao lado da poltrona. — Ainda de pé? - indaguei antes de me aproximar e impulsionar seu ombro para baixo forçando-o a se sentar.  — E então? Quanto lhe custou tudo isso?

— Sei… seiscentos e vinte e três mil dólares. - gaguejava com medo.

— Muito estranho um médico viver uma vida milionária. - comentei cinicamente enchendo meu copo com o whisky do pequeno bar privado.

— Eu tenho muitos pacientes. - argumentou nervoso.

— Isso inclui suas garotas? - provoquei num sorriso faceiro, o Senhor Bentley me olhou atordoado.

— Não sei do que está falando.

— Ah, não sabe? - ri com sua falta de peito para me encarar. Aquele homem não passava de um cuzão que não sabia onde se metia. — Permita-me clarear sua mente então. Você é um bastardo, riquinho que estudou numa das melhores universidades da Inglaterra. Descobriu o quão bela são as meninas do Leste Europeu em uma de suas viagens de extensão e encontrou a oportunidade perfeita para enriquecer. Não foi? - apertei seu ombro direito ouvindo-o gemer de dor, um som muito atraente para mim. — Quantas pequenas criaturinhas morreram por suas mãos, Sean? - forcei o cano da arma em sua cabeça fazendo com que ele a abaixasse. — Vamos ver se você já tirou tantas vidas quanto eu.

— Cinquenta e dois. - sua voz saiu abafada pelos próprios joelhos, mas não menos medrosa.

— É… - tirei o revólver da sua cabeça.  — Não ganhou. - ri com gosto.

— O que você quer? - sua voz saiu pateticamente chorosa para um homem de tal idade. — Meu dinheiro?

— E que merda eu faria com o seu dinheiro? - me exaltei para então voltar a me acalmar, ato que pareceu assustá-lo. — Sean. Eu não me importo, de maneira alguma que você comercialize suas bonecas. - falei sério, de modo ameaçador. — Cada um tem o seu negócio, uns mais honrados e outros menos. Mas você querer vender aquela porcaria de mistura na minha cidade? Não… isso é demais.

— Eu iria dividir os lucros! - sua tentativa desesperada de me convencer fazia meu sangue esquentar. — Eu vou dividir.

— Não meu pobre traficante burro, quando eu terminar com você não haverá nada a ser dividido a não ser os pedaços do seu corpo.

— Por favor. - sucumbiu ao choro desesperado. — Te darei algumas bonecas para me desculpar, elas são muito caras e o Senhor poderá fazer o que quiser com elas.

— Eu tenho uma boneca, Sean, e você a conhece. - me afastei do corpo trêmulo para que ele visse a surpresinha escondida no bolso da minha calça preta, o cabo preto de uma faca. — Uma boneca quebrada e sem rumo, mas muito, muito bela. Você a conhece por Loreen.

 

Sua expressão era um misto de surpresa e receio. Eu continuaria ali, conversando, no entanto havia prometido um show ás estrelas e não que eu fosse alguém de palavra - nunca o era - mas já estava entediado e algo melhor me esperava.

Aproximei a faca do rosto vertido em lágrimas, passei com a lâmina afiada pelos cantos da boca ressecada apenas para aterrorizá-lo mais um pouco.

 

— Por que está tão sério? - eu cortei-lhe os cantos da carne. Seu grito foi estridente e deliciosamente doloroso. — Você fica tão bonito sorrindo, Sean. - gargalhei, enquanto ele tinha ambas as mãos sobre os cortes. — Você deve ser muito feliz quando corta as pequenas vadias para vender, que tal se eu fizer como você? - olhou-me desesperado. — Vamos transformá-lo numa boneca! - tive a brilhante ideia.


 

Ah como eu me sentia satisfeito, um trabalho muito bem feito. Gostaria de ter ficado mais um tempo para admirar minha obra de arte, o homem sangrar sem suas pernas e braços, mas fui interrompido por Sete dizendo que a polícia estava a caminho. Tivemos de sair às pressas, no entanto foi um belo show e eu estava todo ensanguentado.

É exatamente por isso que palavras nunca eram confiáveis, no final eu tinha sujado minhas mãos.

 

— Senhor. - Um abriu a porta do Hummer para que eu entrasse e sentou-se no banco do motorista com Sete. — Vamos para casa?

— Sim, eu preciso me limpar. Alguma novidade?

— Não Senhor. - Sete respondeu me olhando através do retrovisor. — A Senhorita Johnson saiu durante a tarde com uma garota morena, mas de acordo com Troy elas apenas foram ao Gotham Plaza. - referia-se ao shopping.

— E quem diabos é Troy?

— O Doze. - respondeu de imediato.

— E a garota? Quem seria?

— Alison Foller. Está na mesma universidade que a Senhorita Johnson e parece sua amiga mais próxima.

— Interessante… - pensei alto. - Ela está se ancorando á alguém.

 

Eu assumia o fato de ter colocado alguns homens atrás da pirralha, ela não poderia sair da minha vista ou fora do meu controle, afinal, Loreen já tinha ouvido demais e caso me caguetasse eu teria que tomar algumas providências.

Além, é claro, dela ser um ótimo passatempo. Que mente mais caótica era a sua, que vida mais insignificante possuía, Loreen era um mar de possibilidades. Uma massa de argila que poderia ser moldada da forma que eu quisesse.

Eu seria seu maker doll, a construiria ao meu modo e então a quebraria. Apenas o fato  de imaginá-la catar seus próprios pedaços me incitava a machucar-lhe um pouco mais.

 

Uma ideia maravilhosa apossou-se da minha mente genial.

 

— Aron, descubra onde a tal Alison mora e leve-a ao galpão no porto. - dei a ordem saindo do carro. — Seja discreto, não queremos que ninguém sinta falta da pequena vadia.

— E a mato?

— Não, mas pode machucar se quiser. - e saí em direção ao elevador que me levaria á cobertura, uma das minhas várias residências.

 

Tomei um banho demorado para tirar todo o sangue que me sujara deixando o azulejo de cor marfim manchado por gotículas avermelhadas que Melva - a empregada - limparia.

Ao terminar vesti uma calça escura de tecido confortável e me sentei na cama de modo a ficar recostado à cabeceira do dossel. Sim, porque todo rei precisa de uma cama com dossel.

 

Eu não pretendia dormir, nunca o fazia, não me era saudável. E toda vez que caía no sono ou esquecia de tomar as malditas pílulas iam-se embora grandes porcentagens do meu humor.

Então por que não brincar de boneca já que eu tenho uma a minha disposição?


 

“Sua ajuda foi-me muito útil hoje. Provavelmente viverá por mais alguns dias.”


 

Uma frase simples que a tocaria profundamente. Enviei para a doce Loreen sem restringir meu número, de qualquer forma teria que me desfazer do aparelho no dia seguinte.

 

Brincar com sua mente devastada era um luxo do qual eu regozijava. Sempre tão quieta e distante, seu jeitinho apático me enfurecia. Entretanto, seu olhar triste quando estava prestes a tirar-lhe a vida me energizou. Uma pessoa comum ficaria apavorada com a simples visão de uma arma em minhas mãos, mas ela não, Loreen estava pronta para morrer. Seria o fim de uma vida deprimente.

Então a boneca despertara o meu interesse com seus atos subtos de coragem, com seus olhos azuis tristes e a voz embargada por anos de choros contidos.


 

“Como conseguiu meu número?”


 

A resposta chegou fazendo o aparelho vibrar, que sem graça, essa pirralha nunca colaborava com a piada. Mas iria, assim que o dia amanhecesse nos divertiríamos muito.

 

Dormir não me era uma escolha, haviam papéis a serem lidos, problemas a serem eliminados e dinheiro a ser contado.

Meu pequeno impasse com o Senhor Bentley podia não ser algo importante agora, mas o carrocel nunca para de girar e a Farmac International provavelmente tinha uma lista de possíveis investidores.

Eu iria esperar um movimento deles e então mandaria aquela merda para os ares, literalmente.

 

Passando os olhos pela escrivaninha um papel me chamou a atenção, um convite para uma noite de jogos no The Vanetion Macao. É claro que eles me queriam por perto, a Tríade Chinesa sempre tentava me agradar fosse com presentes, suas putas sujas ou territórios lucrativos fora das legislações de Gotham. Devo ressaltar que sou um grande empresário, invisto na ilegalidade.

 

Passei horas mergulhado em meio á papelada, detestava toda a burocracia, mas era necessário para que eu prosseguisse com qualquer ação. Eu nunca tomava uma decisão por meros sentimentos, fosse a mais intensa raiva ou a fervorosa fúria, não… sempre impulsionei meus atos sob ações muito bem pensadas. Afinal eu sou um homem e homens devem enfrentar as consequências daquilo que fazem, fato que sempre me fez pensar muito no que acarretaria qualquer ação que eu tomasse.

 

Haviam tantas marcações territoriais e distribuidores de drogas para inspecionar que eu mau vi a hora passar. Eram exatas oito horas quando a única empregada deste apartamento apareceu de cabeça baixa e ombros curvados numa posição amedrontada e submissa.

 

— Senhor, o café está na mesa. - anunciou.

— Tá, tá. Agora saia. - gesticulei com a mão direita para que saísse.

 

O café da manhã não fora cheio de emoções, eu já estava preparado para mais uma manhã de incessante tédio até ouvir o toque irritante daquele celular tocar. Era ela, a minha doce boneca de trapos. Rejeitei sua chamada algumas vezes, oito no total, e ela desistiu.

 

Só havia uma coisa nessa vida que eu gostava mais do que ouvir gritos dolorosos, e essa coisa era testemunhar a agonia de uma mente torturada. Loreen por sua vez, contribuía de forma majestosa para o meu entretenimento.

 

Quando finalmente terminei minha xícara de café batizada com meia dose do meu melhor whisky - um legítimo Dalmore, 1868 - voltei para o quarto e vesti uma camisa social bordô por baixo do paletó negro, coloquei a calça da mesma cor que o paletó, calcei um par de sapatos Ferricelli Goya envernizados em preto e saí da residência tendo Sete ao meu lado que entregou-me a Glock dourada, limpa e polida.

 

— Vamos Sete, temos um encontro com a Senhorita Johnson. - meu sorriso mínimo bastava para qualquer um saber que o dia seria interessante pra mim.

— Devo passar na universidade?

— Não, vá para o galpão e garanta que aquele imbecil não tenha matado a garota. - indaguei chegando no estacionamento. — Vai logo imprestável! - irritei-me ao ver o babaca parado atrás de mim. Sete saiu assustado com meu surto repentino.

 

Entrei na Lamborghini e saí para as ruas de Gotham. Já passavam das dez quando eu finalmente resolvi dar alguma atenção à Loreen.

 

— Pirralha. - minha voz cantarolou melodiosa assim que ela atendeu a chamada.

— O que você fez? - questionou-me furiosa. Oh… o que eu não daria para vê-la nesse estado.

— Correção: o que o Senhor fez? - a corrigi sabendo irritá-la. — E respondendo a sua pergunta, eu mostrei ao Sean que não se invade um reino poderoso sem um plano.

— Ele está quase morto! - continha sua voz num tom baixo como que sussurrando. — Os jornais não param de falar seu nome. Como você pôde fazer isso?

— Eu sou uma estrela. - gracejei. — Os jornais não são nada, minha cara.

— Você o esquartejou! Jesus… Coringa, você o cortou sem o mínimo remorso, deixou ele sangrar apenas com torniquetes improvisados.

— Viu como eu sou bonzinho? Fiz o favor de ajudá-lo. - era tão divertido ouvi-la daquele jeito desesperado.

— Eu vou contatar a polícia. - oh não. Ela havia mesmo me ameaçado? Que burrice.

— Loreen, Loreen, Loreen. - ditei em forma de repreensão. — Por que você não se preocupa mais com as coisas que faltam ao seu redor?

— Do que você está falando? - receio se sobressaiu em sua voz aveludada.

— Me diga você. Não está sentindo falta de alguém? - sua respiração parou. — Talvez uma certa garota de cabelos castanhos…

— Alison! Você a pegou? Onde ela está? - interrompeu-me com sua afobação. — Seu filh…

— Seus pais não te ensinaram a respeitar os mais velhos? - pirralha abusada, será que ela não entendia que eu tinha o controle da situação.

— Solta ela. - sua voz vacilou e eu pude sentir a aflição que ela tentava esconder de mim.

— Venha pegar, querida. No galpão Lace’s Wood, e não demore ou ela não ficará viva por muito tempo. - desliguei.

 

Minutos depois eu estava de frente para uma construção que mais se parecia o resto de uma garagem para aeroplanos, todo feito em chapas de ferro enferrujado e sustentado por colunas de aço. Era grande, caberia uma grande plateia que não poderia ver o show, mas o essencial estaria lá.

 

Amarrada em uma cadeira dobrável estava a tal garota, ferida, com escoriações pelos braços e rosto, muitos cortes decoravam sua pele. Estava suja e chorava murmurando pedidos gloriosos de misericórdia, não era uma cena lastimável e decadente? Uma jovem promissora a ponto de perder a vida? Realmente é de cortar o coração.

 

— Você está horrível. - falei diante dos seus olhos lacrimejados. A garota grunhiu alguma coisa que eu não pude compreender por causa da mordaça. — Permita-me uma apresentação decente. Eu sou o Coringa. - sorri fazendo uma típica reverência cortês antiquada. — Esses são os figurantes. - indiquei os dois homens ao lado. — Acredito que já tenha conhecido o Um. Bom… não importa, gostaria de parabenizá-la Senhorita Foller, poucos conseguem conduzir a mágica de entrar num sistema de segurança tão bem planejado como o do Divard Houston. - parei de falar ao ouvir o som de um carro se aproximando, um Fusion 2017 vermelho e nele se encontrava a adorável Loreen.

 

Ela caminhava em minha direção batendo os saltos com força no chão, sua face estava avermelhada e seus olhos azuis desfocavam-se em fúria. Então Loreen percebeu a resmungona atrás de mim, e foi lindo ver que até mesmo alguém tão imparcial como ela podia entrar num furor de raiva.

 

— Eu estou aqui. Agora solte-a! - parece que terei de educar alguém. — Alison não tem nada haver com isso. Por favor. - seus olhos se tornaram úmidos ao se por em minha frente, seu corpo também tremia levemente. — Ela não fez nada, Coringa. Deixe-a ir, por favor.

— Hum. - não resisti em soltar um riso anasalado, essas facetas que Loreen me mostrava me deixavam cada vez mais fascinado. — Adoraria querida, mas a sua amiguinha aqui é a minha garantia de que você não abrirá o bico por aí e saia cantando o que não deve. - lamentei com falso pesar.

— Eu não vou. - sua fala era tão determinada quanto o olhar. — Não direi a ninguém sobre Sean, ou o banco. Nem mesmo que nos conhecemos, mas solte-a. É tudo o eu te peço. - vê-la suplicante me fazia transbordar em contentamento. Tão linda com seu rosto delicado apertado numa expressão dolorosa, um reflexo do coração frágil e doente.

— Não... - dei de ombros ignorando seu pedido. — Mude sua proposta, amor.

— Te pagarei quinhentos mil dólares para nos deixar em paz.

— Estamos negociando a liberdade da sua amiga, não a sua. - aproximei minha mão de seu rosto, sua pele macia era quente e imaculada, muito diferente da minha que era marcada por cicatrizes. — Nada pode te libertar de mim, meu bem. - acaricie-lhe a face chorosa. — Suas lágrimas, seu medo, sua raiva e incompreensão. Tudo em você está atado a mim com correntes invisíveis. - senti a lágrima molhar minha mão. — Faça outra proposta.

— Eu… te dou a mim. - disse-me com a voz embargada porém firme. — Farei o que você quiser, sem contestar… Senhor.

 

Ah eu ri de modo sonoro. Isso era muito melhor do que eu tinha em mente. Ter minha boneca tão encolhida e cheia de tristeza, mas ao mesmo tempo tão orgulhosa e destemida.

Loreen não me encarava e desviara de meu toque aturdida em pensamentos conflituosos, até diria que revoltantes.

 

— Gosto da sua proposta, Senhorita Johnson. - inclinei meu corpo para alcançar sua orelha pequena com um delicado brinco de brilhantes. — Espero que saiba o que está oferecendo, eu sou um homem muito abusivo, exploro tudo o que me pertence. - sussurrei vendo sua pele clara se arrepiar instantaneamente, interessante.

— Já chega. - ouvi as palavras se arrastarem lentas e ruidosas por seus lábios rosados. — Apenas deixa-a ir.

— Se não cumprir com a sua palavra eu matarei todos ao seu redor, na sua frente. - avisei olhando fixamente em seus olhos, afastei uma mecha do cabelo negro que me atrapalhava o vislumbre do rosto vertido em lágrimas. Loreen me encarava de volta com um ar de revolta que dava gosto. — E no final eu não te matarei, vou te torturar dia após dia para você lembrar que todas as pessoas importantes na sua vida morreram por um deslize seu. E você ficará louca ouvindo todas aquelas vozes implorando por uma chance. - me aproximei de seu rosto visivelmente espantado. —  Socorro... socorro… - forcei minha própria voz imitando qualquer outra. — Todos eles pedindo por suas vidas. - gargalhei de forma teatral com a vista de um novo sentimento se formando em seu ser tão quebradiço, a raiva.

— Você acha que pode jogar com a vida de alguém dessa maneira? - indagou com certo desgosto.

— Acho.

— Você é louco! - gritou furiosa e enervado por sua estupidez lancei minha mão em sua face com força o suficiente para vê-la virar o rosto para o lado contrário em que a bati.

— Eu não sou louco! - a este ponto eu já havia perdido qualquer resquício de calma.

 

A pequena boneca burra levantou seus olhos embebidos em fúria em minha direção, um filete de sangue despontava dos lábios e caía por seu queixo indicando que ela havia mordido o canto interno da boca quando eu a bati. Mas a culpa era toda sua, claro, porque eu estava disposto a entregar sua amiguinha viva se ela viesse até mim de boa vontade. No entanto, ela precisava de um escarcéu, viver um drama e tentar roubar o papel principal, Loreen tinha que me tirar do sério.

E eu não poderia negar que minha vontade era de surrar-lhe a alma até não sobrar nenhum resquício de vida em seu olhar tão raivoso, um tapa não era nem o começo do que eu gostaria de fazer com seu corpo.

 

— Você… me bateu? - falou vagamente como se não acreditasse. — Você me bateu?

 

Foi muito rápido. Em um momento ela estava a minha frente com os punhos fechados fortemente e no outro ela levantara o braço direito para me socar, nervosinha não?

Alcancei seu punho antes que me tocasse e o torci em suas costas ouvindo seu grito de dor, ah sim, com certeza eu a faria gritar mais vezes, era esplendido. Delicioso.

 

— Eu sugiro que se acalme, amor. - ditei com deboche em seu ouvido enquanto trazia seu corpo para o meu. — Caso contrário eu quebrarei sua mão. - ela se remexeu em meu aperto tentando se soltar e eu coloquei mais força sobre seu punho. Loreen gritou novamente. — Nós vamos deixar a sua amiguinha sair. - falei novamente próximo de sua orelha, ela estava de costas para mim e eu tinha toda a pele de seu pescoço claro exposta a meu bel prazer, foi inevitável não inspirar seu cheiro de um perfume feminino refrescante misturado ao seu aroma natural.


 

Todos no recinto me olhavam espantados por minha perda de controle, como se fosse algo incomum. E cansado de todo esse drama dei a ordem para que apagassem a garota amarrada com uma droga á base de PKMzeta que eu mesmo havia criado com o objetivo de fazer alguns cérebros entrarem em curto-circuito, mas que em uma quantidade relativamente pequena apenas causava o esquecimento de lembranças recém adquiridas.

 

— Não! Não! Que merda você fez? - minha pequena boneca gritou ainda imobilizada por mim enquanto via a amiga desfalecer. — Você a matou.

— Eu não matei a garota. - rolei os olhos, minha paciência já havia ido para o inferno. — E cala a boca! Eu não aguento mais ouvir sua voz. - soltei-lhe rápido apenas para pegar minha arma e dar-lhe um coronhada. Antes que Loreen fosse ao chão eu a peguei, guardei a Glock no cós da calça e ajeitei seu corpo adormecido em meus braços.

 

Olhei para os dois idiotas ao lado da morena amarrada, eles esperavam por uma ordem.

 

— Levem-na de volta para casa. - falei já andando em direção ao meu carro com Loreen nos braços.

— E a Senhorita Johnson? - Um perguntou com certa preocupação direcionada á pirralha. Ótimo, um imbecil de coração mole.

— Não te interessa. - abri a por do Lamborghini e depositei o corpo inerte no banco do carona. — Eu não te pago para dar satisfações a você. Agora seja um cão útil e faça o que eu mandei. - dei a volta no carro e entrei para em seguida sair em disparada daquele local imundo.

 


Notas Finais


Gente to passada comigo mesma kkkkk enfim, sejam honestos e já que nas notas iniciais eu não disse, quero agradecer aos seus comentários porque eles me motivam muito a escrever para vocês

E perdoem qualquer erro rsrsrs.
Beijos meus amores, até breve.


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