1. Spirit Fanfics >
  2. Madness Queen >
  3. VII. The Price of Freedom

História Madness Queen - VII. The Price of Freedom


Escrita por: GloriusCatTree

Notas do Autor


Hello puddinzinhos lindos que me deixam comentários maravilhosos, já disse como amo vocês? Eu fico lendo e relendo aquilo. Vocês me enchem de alegria, então eu pensei "não vou fazer esses amores esperar". Aproveitei que ontem era feriado e escrevi *---*

Estava ansiosa pra postar esse capítulo, acho que de todos esse é o meu predileto até agora hahahaha
Crianças esse banner é um GIF que por azar do destino não mexe aqui :( se alguém souber um modo de fazer essa coisa se mover me fale please hahaha

Espero que vocês gostem tanto quanto eu!!

Capítulo 7 - VII. The Price of Freedom


Fanfic / Fanfiction Madness Queen - VII. The Price of Freedom

Era realmente muito estranho olhar pra mim, vestida em roupas que nem haviam saído das passarelas e então olhar para Coringa ao meu lado trajando um terno preto super antiquado, mais parecia um mordomo com aquilo e as luvas brancas, sem falar naquela bengala roxa adornada por ouro.

Era óbvio, eu tinha feito todo um escarcéu pra não ir, porque assim que me olhei no espelho pude contar mais hematomas do que eu lembrava terem sido feitos. Fiquei possessa com as marcas dos seus dedos destacados em meu pescoço, braços e rosto. Por isso não queria que ninguém mais visse, era constrangedor e repugnante.

 

Mas agora já estávamos no tapete vermelho do The Vanetion Macao, um cassino de luxo que lembrava à Gotham os prazeres de Las Vegas.

Entretanto nada se comparava a sensação de estar fora daquela casa e de seu carro, era realmente um alívio. Pois Coringa não dirigia, ele tentava voar.

 

— Por que estou aqui? - não aguentei minha língua dentro da boca.

— Porque eu quero. - ele respondeu contornando minha cintura com a sua mão livre para nos conduzir à entrada. — Não faça nenhuma besteira. Eu tenho alguns assuntos a serem resolvidos, enquanto isso fique longe de bebidas ou qualquer coisa suspeita. Eu não sou clínica de reabilitação pra cuidar de drogados. - um sorrisinho macabro surgiu de seus lábios vermelhos. — E vou precisar de você bem sóbria. - ah, eu tinha uma leve impressão de que isso ia dar em problema.

— Não vai ficar… por perto? - meu peito se encheu de esperança, eu sairia dali e ele nem perceberia.

— Eu saberei se fizer merda. - sorrindo apontou para um dos seus cães que ele chamava de Doze, cochichou algo em seu ouvido e continuou andando comigo.

 

Você já entrou num lugar em que toda a atenção - no momento da sua chegada - se voltou para você? É uma droga. Todos os presentes no hall de entrada nos encaravam, primeiro surpresos e apreensivos por verem Coringa ali, e depois viravam seus olhos para a minha direção com certo ar de pena e horror, deveriam pensar que sou louca de estar ao lado do monstro que me bateu, porque se tinha uma coisa em mim que parecia implorar por olhares eram aquelas malditas marcas.

 

— Senhor C.! - um homem de simpatia forçada chegou todo animado até nós. Foi engraçado ver Coringa levantar a mão para que o “relés mortal” a beijasse. — Ficamos sempre muito felizes com a sua presença. - quanta falsidade.

— Ótimo, então diga ao Chao que cheguei. - ordenou impaciente. — Perdeu alguma coisa? - questionou grosseiro ao mesmo homem que agora me encarava curioso. — Talvez eu possa ajudar a encontrar. - ditou em conjunto ao sorriso ameaçador.

 

O cara saiu dali com o rabo entre as pernas. Nossa, sempre achei muito desnecessário essa mania que o Coringa tem de ser grosseiro com todo mundo.

 

— E voc…

— Vou jogar poker. - menti na cara dele sem remorso nenhum. — Ou você acha mesmo que vou ficar sentada num canto esperando a Vossa Senhoria? - debochei sem medo, eu não tinha mais merda nenhuma a perder mesmo. A não ser a minha paciência e ela já estava transbordando no meu copo imaginário, prestes a ser derramada.

— Fique de olho nela. - falou para Doze e me entregou um maço de dinheiro. — Me deixe mais rico e não mais pobre. - ele era mesmo muito pobre com seus dois bilhões de dólares.

 

Iludido. Eu nem ao menos sabia as regras do jogo.

 

Mas foi o suficiente para ele sair em sua caminhada de modo particular para o lado contrário ao que estávamos. Será que ele achava mesmo que eu acreditava naquela historinha de me deixar ir pra casa? Cara, se eu chegasse em qualquer departamento de polícia eles me fariam um exame de delito e descobririam o autor da agressão, ele não me deixaria ir tão cedo.

Só que eu estava disposta a dar um fim em toda a situação. Ele queria brincar de boneca, bom, então que encontrasse uma imbecil que estivesse disposta a bancar a escrava.

 

— Ei. - chamei por Doze que voltou sua atenção para mim. — Qual seu nome? Tipo, seu nome de verdade?

— Troy. - ele tinha a cara fechada.

— Nome bonito. Por que deixa o Coringa te chamar por Doze? - perguntei começando a andar pelo local fingindo procurar uma mesa de poker.

— O chefe não decora nossos nomes.

— Entendi. - Troy era antipático demais para se puxar qualquer tipo de assunto. — Quer beber algo? - ainda tentei amolecê-lo um pouco.

— O chefe disse para você ficar longe da bebida.

— Eu tive um dia péssimo hoje. - apontei para o meu pescoço. — E só preciso de um bom conhaque. Não vou ficar bêbada com um copo. - Troy não colaborava em nada com aquela carranca, assim eu perderia tempo. — Vamos Troy, me acompanhe em um drinque. Prometo me comportar. - como eu estava manipuladora esta noite.

 

No fim eu o venci pelo cansaço. Fomos para um grande bar, eu me sentei numa banqueta vermelha de encosto dourado e o idiota ficou em pé, parado ao meu encalço. Reparei que aquele cão olhava a todo minuto para o outro lado, segui seu olhar para uma mesa rodeada de homens e mulheres, nela havia uma espécie de roleta e muitas fichas dispostas sobre o carpete verde. Deus, é agora.

 

— Você pode jogar se quiser. - dei de ombros como quem não quer nada.

— E deixar você aqui, sozinha? - o ouvi rir com deboche. — Claro que sim.

— Não é como se eu pudesse fugir de qualquer modo. - mostrei meu punho com o nano explosivo aceso para ele. — Eu estou de sobreaviso e não sou louca.

— O ch…

— Ele só não quer você por perto xeretando os negócios dele. - tomei um gole da bebida que o barman acabara de me entregar. — Por que ele não confia em ninguém, não precisa de ninguém. Você e o resto dos seus amiguinhos não passam de peões em suas mãos, e eu também. A diferença é que ele paga a vocês com dinheiro, enquanto eu sou forçada a fazer o que ele quer. - minha amargura era visível. — Aqui. - pousei um pouco mais da metade do dinheiro em suas mãos e me virei para voltar a beber. — Olhe de cinco em cinco minutos pra cá e ainda me verá sentada com a minha companhia. - levantei o copo balançando-o com um sorriso confiante.

 

O babaca ainda ficou alguns segundos me encarando com desconfiança, mas não resistiu a tentação. Homens guiados pelo dinheiro sempre eram fáceis de se convencer, eu vi isso em vários aspectos da minha vida, uma alma corrupta sempre será estimulada a cair frente a sua ambição.

 

No entanto eu não sai dali de imediato, passaram-se longos minutos até que Troy se concentrasse tanto no jogo que esquecesse da minha existência. E então, quando tive certeza que ele não me notaria mais eu simplesmente me levantei e saí a procura da porta dos fundos.

 

Só que não foi fácil como eu imaginei e gostaria que fosse.

Avancei num corredor mais simples do cassino e acabei por ouvir algumas vozes, uma delas eu reconheci, era Um, me lembrava dele no dia do restaurante. Coringa o chamara de Aron.

O capanga falava alguma coisa pra os outros que eu não consegui compreender, mas estavam armados, concluído ouvindo o som de vários engatilhares de armas.

Eu ia sair dali logo, porque essa merda iria para os ares com certeza.

 

Assim que eles entraram pela porta de emergência que dava para a rua eu desviei para um corredor que cruzava o qual estava, me encostei na parede e eles passaram reto sem me ver. Quando sumiram de vista eu atravessei a saída sentindo o vento gélido da noite tocar minha pele. Quase comemorei. Nessa hora já não existia mais aparência bonita ou os caralho a quatro para eu me importar. Tirei os saltos e saí correndo rezando para ninguém me assaltar ao escutar um tiro vindo de dentro do cassino.

 

Deus tenha piedade das pobres almas lá dentro, porque eu sei muito bem do que aquele monstro é capaz e acreditem: eu não me envolveria nisso, já estava difícil o bastante me manter viva.


 

Pov’s Coringa

 

Estava tudo saindo perfeitamente bem. As pessoas gritavam, meus homens atiravam, Chao tinha morrido e o cassino agora era meu.

Sei que tinha alguns acordos com a Tríade, - gentinha falsa que sempre beijavam meus pés em busca de restos - mas sério... Quem precisa de um bando de mafiosos regrados quando se pode simplesmente tacar fogo em tudo e ver o circo pegando fogo ? Eu sempre adorei o cheiro de queimado, é tão… renovador.

 

E para observar o caos mais de perto abandonei o corpo inerte do ex-dono que me achava com cara de tolinho e saí para a parte pública. Do terceiro andar, onde ficava o escritório eu conseguia enxergar todas as pessoas rendidas enquanto meus homens trocavam tiros com os cães sarnentos da organização adversária.

 

Ah, não...

 

Todas as pessoas se encontravam ali, menos uma. Aquela vadia… onde ela estava?

 

A gente dá uma simples tarefa de manter vigilância sobre uma garota, uma garota fraca e desarmada e o que o inútil faz? Deixa ela fugir!

 

— Onde ela está? - perguntei para Doze quando desci os lances de escada. Ele me olhou com desespero e balbuciou qualquer merda que eu não dei atenção. — Você é mesmo um inútil. - estralei meu pescoço para aliviar a tensão. — Tenha uma boa viajem, Doze.

— O que? - olhou-me confuso. Confusão esta que durou só até o momento em que peguei minha Glock engatilhada e descarreguei uma bala em sua cabela.

— Para o inferno seu inútil! - não aguentei segurar minha risada obtendo a atenção de todos os presentes para minha figura esplêndida.

 

Ah não, esplêndida com certeza era a minha plateia com os rostos atravessados por ondas cortantes de horror e medo. Tão lindos…

— Olá cidadãos ricos de Gotham! - comecei meu discurso com animação ao mesmo tempo em que ajeitava meu paletó e andava em direção ao centro das mesas de jogos. — Espero que estejam aproveitando o show agora que estamos sob nova direção: a minha! - encostei o cano da arma no meu peito. — E para estrear meu novo cassino desenvolvi um jogo muito interessante. Tudo novo somente para vocês. Que grande privilégio não?

 

Todos me olhavam como se eu fosse louco. Pobres seres de mente pequena, mal sabiam eles que ao final desta noite a única coisa que restaria para se apegarem seria a insanidade, a válvula de escape de seus verdadeiros eus.

 

Porque assim é o mundo, sempre tão certinho, colaborador, tão hipócrita e nojento. Não… o mundo não tinha culpa, ele não passava de uma massa concentrada de elementos químicos que orbitava ao redor do sol. Por outro lado, as pessoas… tão repugnantes, fingindo elegância, sendo boas demais e altamente prestativas umas com as outras. Não passavam de resquícios mortais deseja do o paraíso com suas boas ações falsas.

 

Nunca se importavam com nada que não fosse seu pequeno universo cheio de casas próprias e carros do anos. Bem, eu os mostraria seus verdadeiros interesses, porque quando o mundo acabar, essas tais pessoas civilizadas vão comer umas às outras.

 

Eu mataria dois coelhos em uma cajadada só. Sem falar em como seria divertido assistir aquilo.

 

— Você. - apontei para uma mulher adornada por pérolas. Ela se negou a levantar, mas um cão bonzinho me trouxe ela. — Não se sente extremamente lisonjeada por ser a primeira a jogar? Nós podemos batizá-lo com seu nome se você ganhar. - ri perante o seu nervosismo quando alcancei pequenos envelopes no bolso interno do meu traje. — É fácil, você só precisa escolher uma carta e então escolher um pessoa para realizá-lo.

 

A vadia inútil não estava muito afim de participar então dei-lhe uma forcinha apontando minha arma em sua direção. Ela finalmente reagiu e apavorada escolheu um envelope.

 

— Você começou bem, querida. - era incrível ver sua expressão de desentendimento encarar a figura de um alicate estampado no papel. — Me parece que vamos arrancar alguns dentes. - estendi minha mão em direção ao mesmo cão que havia trazido a garota e ele me entregou um alicate cirúrgico. — A questão é: serão os seus dentes ou os de outra pessoa? Quem você escolhe?

 

— Os jogos acabaram, Coringa! - como essa voz me irritava, até mais do que Loreen com suas afrontas rebeldes.

— Olha só! Nosso convidado especial acaba de chegar, Batbosta! - ri com o trocadilho. — Não arrumou outro passarinho para que eu possa enjaular e esmagar? Ando meio entediado ultimamente. - alfinetei com gosto e orgulho ao lembrar do “acidente” contra o pequeno Robin.


 

Raivos Ele avançou em minha direção, nunca aprendia que o Rei sempre seria intocável. Então dei uma ordem silenciosa para que meus homens atirassem contra o homem morcego e deixei o filho da puta na companhia dos meus cães enquanto saía pelo outro lado. Já que ele tinha estragado a minha brincadeira eu iria atrás da minha boneca antes que ela pensasse que realmente havia conseguido se safar. Afinal, Loreen era a estrela deste show.

 

Entrei no carro e dei a partida sem me importar com limite de velocidade, não me importava com limites de nada pra ser sincero. Liguei o rastreador do dispositivo que tinha implantado em Loreen e precisei rir ao ver que ela estava parada em uma rua perto do cassino. Ela tinha sorte de ser bonita, porque se dependesse da inteligência seria mais uma balconista de Gotham.

 

Dirigi pela avenida principal e virei á esquerda, corri um pouco pela rua até vê-la, dentro de uma cabine telefônica quase morrendo engasgada com as próprias palavras. Estacionei ao lado, bem a sua frente e abaixei o vidro encarando sua expressão surpresa. Isso seria no mínimo interessante.


 

Pov’s Loreen

 

Puta que me pariu! Enquanto eu explicava a situação para Alison - porque eu necessito do cirurgião pra hoje - vi a Lamborghini chamativa parar ao lado da calçada. Meu coração quase parou de bater e eu xinguei até a vigésima geração da família daquele palhaço por me perseguir. Que inferno! Eu estava cansada dessa coisa de fica livre, fica presa, fica livre, fica presa.

 

De dentro do carro Coringa me sorriu com aquela cara de “te peguei sua idiota” e aposto que era isso mesmo que ele estava pensando. Como eu não tinha muita escolha saí da cabine e parei na calçada, não me aproximaria daquele carro mas nem fodendo, me nego a ir embora com ele e voltar a sofrer nas suas mãos.

 

Percebendo que eu não moveria um músculo para perto dele, Coringa saiu do carro e se aproximou alguns passos pisando duro.

 

— Entra nesse carro agora!

— Não. - cruzei os braços na altura do peito e bati meu pé no chão. Infantil eu sei, mas situações desesperadas pedem medidas desesperadas. — Pra mim já deu! De você e das suas ameaças.

— Para com esse drama e entra logo no carro. - ele apontou a arma pra mim. Era impressão minha ou ele tinha uma certa pressa? Parecia um tanto aflito.

— Ah, então agora toda vez que você for contrariado vai apontar essa merda na minha cara? Quer saber? Atira! - abri os braços. Eu já estava tão emputecida que nem pensava se aquilo acabaria de vez com a minha vida. — Pelo amor de Deus, atira e me livra logo de você. A companhia do diabo não deve ser pior que a sua.

— Já chega. - Coringa veio furioso em minha direção, agarrou meu braço como já tinha feito antes e começou a me arrastar em direção a Lamborghini enquanto eu me debatia igual um boneco frentista de posto. — Para de cena, pirralha idiota.

— Então me solta. Me deixa ir e eu juro que nunca mais faço cena. - até porque eu tinha planos de nunca mais vê-lo.

 

Ele ignorou meus insultos, apelos e até minhas tentativas de fuga. Jogou-me dentro do carro pelo banco do carona e atravessou rápido para entrar, ligou a Lamborghini e deu partida trancando as portas para eu não tentar fugir outra vez.

 

— Eu quero sair. - gritei puxando a trava da porta. — Se você não parar essa bosta eu juro que me jogo pela janela.

— Boa sorte em tentar abri-la, amor. - seu sorrisinho irônico não foi o bastante para me convencer de que estava tudo bem e que ele só estava irritado porque eu havia fugido.

— Está sendo perseguido? - afinal ele dirigia a mais de 150km/hr e soltava aqueles rosnados estranhos de quando ficava irritado. — Porque se está acho que vamos morrer antes da polícia nos alcançar.

— Você está muito falante pro meu gosto. - reclamou concentrado na rua. Meu corpo chacoalhava toda vez que Coringa desviava de um carro.

 

Jesus Cristo, ele dirigia na contramão como se fosse a coisa mais normal do mundo.

 

De repente ouvi algo duro bater na lataria do carro várias e várias vezes. Coringa estava possuído pelo espírito do falecido Paul Walker porque puta merda, até eu estava pagando um pau pra sua habilidade de dirigir enquanto atiravam em nós.

Ele xingou abrindo o porta-luvas, tirou de lá uma arma preta e olhou se estava carregada.

 

— Toma. - largou a coisa no meu colo depois de destravar. Não entendi, ele queria que eu fizesse o que? Foda-se, peguei-a e apontei em sua direção. — Você é burra, mas nem tanto, amor. Se me matar agora você também morre ou esqueceu que estou dirigindo?

— Talvez eu sobreviva.

— E? Sei que sentirá minha falta. - falou mudando de marcha. — Agora faça a sua parte e mira no policial. - abaixou o vidro para que eu fizesse o que ele mandara.

— O que? Não! Eu não sei atirar e não vou matar um policial! - falava numa mistura de medo e raiva. — Não serei sua cúmplice. Pode esquecer.

— Pra que merda você serve afinal?

 

Mas eu não tive tempo de responder. Assim que ele virou o carro como se estivesse praticando drift algo caiu contra o teto da Lamborghini me assustando.

 

— Deus tenha piedade de mim. - hoje eu estava muito religiosa, acho que é o desespero. — O que foi isso?

— Nós temos companhia. - riu psicótico. Até parecia que o evento mais esperado do ano estiva para acontecer.

— Ah não… - se eu fosse tachada de cúmplice estaria muito fodida, principalmente ao constatar que acima de nossas cabeças estava Batman, em toda a sua glória de herói. — Não, não, não. Isso não pode estar acontecendo.

— Atira nele, Loreen. - o filho da mãe se divertia com meu desespero enquanto dirigia feliz da vida. Como ele poderia estar tão bem com isso? Eu estava prestes a ter uma parada cardíaca. — Se você atirar no morcego e acertar, ganha um prêmio.

— Que mané prêmio. Eu quero sair daqui! - minha fala saiu seguida de um grito quando um material cortante atravessou o teto de cima pra baixo. Se essa Lamborghini fosse minha eu já estaria muito puta, mais do que estou nesse momento.

— Atira! - Coringa gritou gargalhando e desviando de outro carro. Eu nunca o tinha vistão tão louco, tão verdadeiramente feliz. Ele era a encarnação do espírito livre, não tinha limite algum. Isso era muita insanidade pra uma mente só.

— Não! - gritei de volta sentindo os trancos e então outra vez o mesmo negócio que Batman usara para perfurar a lataria atravessou o teto.

— Boneca imprestável! - rosnou pegando a arma do meu colo com a outra mão ainda no volante. — Só espero que não nos mate. - e simplesmente largou a direção, deu um tiro no teto e curvou o corpo para fora da janela.

 

O carro virou e eu precisei pular pra cima do volante. Era muita emoção pra uma pessoa só, - uma pessoa normal como eu - dirigir uma Lamborghini em alta velocidade e na contramão, participar de um tiroteio, ser perseguida pelo Batman, faltava mais o que?

 

Eu até mesmo já estava barganhando com Deus, caso eu não fosse presa ou morta pararia de fumar maconha e beber como um velho de setenta anos com uma vida arruinada. E claro, arrumaria um rumo pra seguir nessa vida, trancaria o curso e iria para a Índia com Alison como ela disse para fazermos.

 

Mas isso parecia um sonho tão distante ouvindo Coringa rir e alfinetar o homem morcego com as suas piadinhas sem noção. Essa porra não tinha a menor ideia de com quem estava se metendo! Não é possível.

 

E eu virava tantas ruas que já nem sabia mais onde estava, era quase impossível dirigir na contramão, os carros buzinavam e as pessoas me xingavam. Eu estava enlouquecendo com aquilo, puxei o freio de mão e virei o volante de uma vez virando o carro do mesmo modo que Coringa havia feito. Porque coisa ruim e que não presta é assim, a gente aprende rapidinho.

 

— Você sabe que ela vai nos matar, não é? - ouvi ele perguntar para o justiceiro. Caralho... eu estava virando cúmplice sem nem querer me intrometer na brincadeira.

 

Não sei o que os dois faziam naquele teto, mas conseguia escutar tiros e impactos contra a lata. Aquela palhaçada tinha que acabar.

E foi com esse pensamento que entrei numa rua aparentemente deserta, novamente me vi puxando o freio de mão enquanto virando o volante. A força do solavanco foi tanta que ouvi ambos caírem no chão, afastados do carro, mas ainda conscientes.

 

Quando Coringa se levantou irado, percebi o sangue escorrendo em seu nariz e seu supercílio cortado. Batman por outro lado, segurava o braço esquerdo em que tinha caído por cima.

 

Parabéns Loreen Johnson, você só quase matou a única pessoa que pode por esse maluco atrás das grades!

 

Saí do carro pasma com meus feitos chamando a atenção de ambos para mim.

 

— Sua… - Coringa rosnou ameaçando andar até mim, mas eu o parei apontando-lhe a arma dourada que ele deixara cair no assoalho do carro quando saíra pela janela. — Não é em mim que você deve atirar, amor.

— Não é? Não vejo mais ninguém aqui que mereça tomar uma bala. - forcei um sorriso cínico.

— Loreen. - o Batman sabia meu nome? — Solte a arma.

— Soltar a arma? - ah, eu estava muito brava, até soltei uma risadinha. — Você não sabe o que esse desgraçado me fez!

— Eu sei que no fundo você gostou. - Coringa me provocou com seu sorriso aberto.

— Você pode ser acusada como cúmplice por estar ao lado dele esse tempo todo. Tem certeza que quer acrescentar homicídio nessa lista? — Batman me perguntou sério com uma voz grave que eu acharia extremamente sensual se o momento fosse outro.

 

Eu não queria ser presa, no entanto, se eu atirasse toda a sua perseguição doentia acabaria. Já estava na hora de deixar a covardia de lado.

 

Destravei a arma e fechei os olhos me preparando para o que viria a seguir. Eu nunca tinha usado uma arma antes, mas vi quando Coringa fizera o mesmo com a arma preta jogada no concreto.

 

— Me desculpa, Batman. - falei olhando em sua direção. — Mas ser presa é um preço pequeno a se pagar para me livrar desse demônio. - voltei meu olhar para um Coringa sorridente e apertei o gatilho escutando um barulho alto, tive de travar meu corpo no lugar por causa do tranco da arma. Eu havia atirado, atirado de verdade nele.

 

As sirenes dos carros de polícia aproximaram-se rápido demais, assim como o som dos motores barulhento de outros carros. E então tudo o que eu vi foi o corpo do meu carcereiro cair enquanto diversos policiais trocavam tiros com os capangas do Coringa.

 

Estava sem ação. Eu tinha atirado nele, não me arrependia, mas doía em mim como se a bala houvesse ricocheteado e voltado em minha direção. Entrei em choque e só não continuei estática no lugar porque Batman enlaçou minha cintura e disparou uma arma estranha em direção a um pequeno edifício, impulsionou-se comigo para baixo e então saltou para o tal prédio.

 

O que eu sentia quando fui posta no chão do telhado era uma mistura de surrealidade, dor espiritual e remorso. Nunca fora meu plano matar aquele homem, só queria que tudo parasse e no ponto em que chegara eu faria qualquer coisa para me salvar de suas garras.

 

Qualquer coisa. Eu não era assim, eu nunca me importava. Então...

 

— Loreen. - a voz rouca do justiceiro soou distante, mas me chamou a atenção. — Você está bem?

— Sinto como se tivesse entendido uma de suas piadas. - respondi ao lembrar de suas palavras no dia em que me levou ao farol.

 

“― Você quer morrer? - sua pergunta me pegou de surpresa e novamente me senti esmagada sob seu olhar, desta vez analítico, cauteloso demais. ― O que você está escondendo, Senhorita Johnson?

 

Sua pergunta veio acompanhada por um sorriso pequeno e divertido, mas sua voz se sobressaia rouca e sombria. Mas desta vez eu não respondi, de algum modo eu sentia que ele podia ver até mesmo a cor da minha alma, até mesmo meu apelo insignificante.

 

― Me diga. - não era uma ordem, era um pedido tentador no qual Coringa se assemelhava a serpente que ofereceu o fruto proibido para Eva. ― Todos temos algo a esconder... - passeou lentamente o cano dourado da arma pela maçã do meu rosto seguindo uma trilha até minha testa, nariz e lábios. ― Algo obscuro dentro de nós que não queremos que o mundo veja. - parou a arma em baixo do meu queixo e forçou minha cabeça para cima. ― Então fingimos que está tudo bem.”

 

A minha escuridão, o meu algo obscuro… ele queria me fazer provar - a mim mesma - que eu possuía algo assim. Coringa queria que eu tomasse consciência de que bastava apenas um dia ruim para que o mais são dos homens se tornasse o mais louco.

 

Seu objetivo, no final, era mostrar que eu não tinha apatia, que era manipulável e que me importava com o que acontecia comigo. E eu havia feito exatamente o que ele queria, mostrara meu monstro em um momento de instabilidade.

 


Notas Finais


Eitaaaa, eitaaa, eitaa... capítulo tenso? hahaha não se preocupem, a tendencia é piorar hahaha
Espero que tenham gostado dessa reviravolta e espero vê-los por aqui ;D

E perdoas os erros de português hahaha

Beijão amores!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...