História Mãe Aos 17 Anos ~ Livro 2 ~ - 76

P.O.V. Duda.

1 mês depois.

Pedro- pega água pra mim?

Duda- já tô em pé mesmo.

Fui até a cozinha peguei o copo, quando tava voltando, deixei o copo cair e olhei pro chão, PUTA QUE O PARIU, A BOLSA ESTOUROU!

Pedro- o que foi isso.

Duda- a bolsa estourou!

Pedro- que bolsa?...Ai meu cu!!

Ele se levantou correu pro quarto pegou a bolsa com tudo do bebê, entrou no quarto da mae dele e saiu com Ricardo sendo puxado pelo cabelo.

Pedro- leva a gente pra maternidade.

Entramos no carro e veio a primeira contração. Calma, Duda, respira fundo, vai passar.

Duda- aii!!

Pedro segurou minha mão, erro dele! Apertei com força, muita força.

Pedro- ai! Para de apertar!

Duda- ta doendo!!

O carro da polícia parou o carro, VAI SE FODER POLICIAL!! DEIXA A GENTE!

Policial- você não acha que está numa velocidade muito rápida não? Vai ser multado.

Duda- moço, eu preciso ir pra maternidade...aaah! Eu vou parir!!!

Ele olhou pra mim, eu estou descabelada e toda suada.

Policial- sei bem o que é isso, vou deixar passar. Boa sorte no parto.

Duda- obrigada.

Ricardo voltou a acelerar o carro e logo chegamos no hospital, na parte de maternidade, entramos e eu fui logo encaminhada para uma sala de parto. Eu tive que arreganhar as pernas e um médico chegou. Pedro entrou com as roupas, tocas e mascaras, segurou minha mão, eu olhei pra ele e abri um sorriso.

Médico- força, mãe!

Eu fiz força umas três vezes, com esse puto falando "força mãe!" deu vontade de bater na cara dele! Escutei o choro, a dor que eu sentia já não existe mais, essa dor foi tomada pela alegria de poder finalmente tocar meu filho. Enrolaram ele em um pano e me entregaram, eu comecei a chorar. CHUPA BANDO DE PUTO!! EU TÔ SEGURANDO MEU FILHO!! PAU NO CU DE QUEM FALOU MERDA!!!

Duda- a gente conseguiu, como tu disse. - falo pra Pedro. - a gente teve o nosso filho, felizes, sem se preocupar mais com o que falam, conseguimos, somos uma família.

Ele assentiu e uma lágrima caiu do olho dele.

Pedro- somos e juntos sempre vamos conseguir não importa o que falem.

Ele pegou Kauê com tanto cuidado, parecendo que se ele não pegasse daquele jeito ele ia quebrar. Nós não nos casamos ainda, estamos organizando as coisas e eu quis casar depois de ter o bebê, por causa do vestido e porque eu quero estar com meu filho nesse momento, estar com toda a minha família, não só falo de eu Pedro e o Kauê, mas sim de todos que hoje são minha família, o Pierre já disse que iria vir uma semana antes do casamento, já para morar aqui no Brasil, eu tô tão feliz! Tudo está indo bem na minha vida, eu e Pedro vamos nos mudar, para uma casa que é perto da de Luan, vamos viver juntos, em família, claro que eu vou chorar na hora de fazer a mudança, porque a pessoa aqui é super sentimental, e vai ficar longe da Sogrinha longe do Ricardo, bem, não longe neh, porque é perto a casa, mas caralho, eu acostumei a acordar com as panelas batendo enquanto ela faz o almoço, me acostumei com ela em si, tem gente que diz que odeia as sogras, mas eu amo a minha, ela ta sendo a mãe que a minha não foi, a minha mae me abandonou no momento em que eu mais estava precisando dela, mas a Sogrinha estava lá e fez o papel dela. Eu si to falta dos meus pais, muita, mas eles que erraram, eu não posso chegar e lá e pedir desculpas, eles que têm que me pedir, e pelo visto eles nunca farão isso, é o que me deixa triste, saber que eles podem nunca me perdoar. Mas eu tenho que seguir em frente, eles não me quiseram quando souberam que eu estava grávida, então, eles não me aceitam de nenhuma maneira, porque eu não iria deixar de ser filha deles só porque estava grávida, mas eles só pensam no que os pastores da igreja iriam pensar deles, não pensaram no que eu acharia deles.

Pegaram o Kauê para dar banho e depois trouxeram ele de volta, limpo, eu fui levada para uma sala separada, claro que com as pernas já fechadas neh. A Sogrinha e o Ricardo entraram.

Sogrinha- é tão lindo meu neto.

Ricardo- é mesmo, meu...

Ele não completou.

Duda- neto, sim ele é seu neto, dos dois, porque vocês são como pais para mim, eu tenho orgulho de chamar vocês de pai e mãe.

A Sogrinha começou a chorar, os olhos de Ricardo começaram a marejar.

Pedro- é.

Sogrinha- vamos tirar uma foto, esse momento é único, meu primeiro neto e o primeiro filho de vocês.

Eu e Pedro sorrimos e ela bateu a foto.

Pedro- nosso sonho se realizou.

Ele me deu selinho e passou a mão no meu cabelo.

Duda- não, falta uma parte para ele se realizar.

Pedro- mas logo vamos estar ai cumprindo.

Duda- com toda a certeza.

Sorrimos um pro outro e Vitória, Guilherme, Luan, Bruna, Lucas e Clara entraram na sala.

Vivi- como foi o parto?

Duda- tranquilo, menos pela parte de que o médico ficou falando "força mãe!" aquilo não tava ajudando, sabe?

Eles riram.

Vivi- daqui a pouco sou eu, só mais três meses.

Pedro- é, e o casal que eu mais shippo vão focar juntos!

Vivi- calma, fío, num é assim não.

Pedro- foi assim com Mari e Henrique.

Gui- Mari e Henrique é uma coisa, essa outra coisa bem diferente!

Pedro- fecha o bico que eles vão ficar juntos, se eu tô dizendo é porque vão.

Vivi- a menina nem nasceu já tem pretendente.

Gui- minhas filhas são caçadas, ar Maria!

Nós rimos e ficamos ali conversando até eu ser liberada. Quando se tem amigos e uma familia que te apóia, nada é impossível de superar, se essas pessoas realmente te amam, elas vão focar do teu lado não importa o que aconteça, nunca desista. O meu caso foi a gravidez, mas tem gente que fica doente, por exemplo, câncer, as pessoas perdem as esperanças, entram em depressão, mas se você tem amigos bons e que te amam, o câncer só vai parecer um resfriado, mesmo que você esteja a beira da morte, sabendo que vai morrer daqui a alguns estantes, eles vão te fazer se sentir melhor do que nunca, porque eles te amam, dê valor a essas pessoas, porque nunca se sabe quando vamos perdê-las. Pareço até gente falando desse jeito!