Abro os olhos e nada vejo. Já não me preocupo, estou acostumado, é só ele novamente.
Ele é doente, foi difícil de me acostumar de princípio às vendas e mordaças, mas ele não me machuca e ficar parado aguardando esta loucura terminar torna as coisas mais fáceis. Ele tem transtorno bipolar, é facilmente manipulável, e, agora, está em um de seus ataques de psicose.
Ouço os gritos do nosso amigo, sem dúvida é o que mais sofre. Ele impõe nosso amigo a jejuns doentios ou o força a ingerir mais bebida alcoólica do que deveria.
Eu moro aqui na cobertura e sou, sem dúvidas, o seu maior obstáculo por ser o mais racional da casa. Ele teme minha intervenção, o que o faz me manter como refém, mas conforme passaram outros ataques eu aprendi a ficar na minha e esperar.
Ele tem também bons ataques, no qual ele fica saltitante, alegre, me pede conselhos e até faz cócegas em nosso amigo.
Peço que por favor não julguem ele, está apenas em um momento ruim, não é culpa dele. Não se assustem, ele tem seus motivos insanos, mas em seus raros períodos de normalidade sem a doença ele só bombeia sangue.
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