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História Máfia Potter - Você não sabe ser pai


Escrita por: AnneCGB

Notas do Autor


Capa feita pela linda da tia Clara!!! :) ♥

Capítulo 13 - Você não sabe ser pai


Fanfic / Fanfiction Máfia Potter - Você não sabe ser pai

Pov Harry:

                Finalmente havia chegado o dia do aniversário de um ano de James Sirius, minha casa estava em uma correria sem tamanho. Gina... Bom a Gina eu não vi desde a hora que eu acordei, nossa relação continua muito boa, ainda não dormimos juntos da mesma forma como eu ainda não disse que a amava, pois não eram coisas que me sentia à vontade para fazer, mas já estamos em um clima mais família. Gina vê cada vez menos o Ralph, embora de vez em quando ele apareça para ver James, que adora aquele idiota.

                Desci e encontrei Gina de robe, tentando segurar uma bolsa de gelo na cabeça do nosso filho e ao ver a cena desci um pouco mais rápido.

— O que houve com ele?— Perguntei sem entender.

— Teve o que mereceu.— Falou a voz do meu padrinho com cara risonha, todos da minha família estavam na minha casa ajudando nos últimos detalhes.

— Não seja mau Sirius.—Falou minha madrinha.

— Ele tentou agarrar Helen.— Sirius falou e todos riram. Helen era a filha dele e da Marlene, uma menina linda porém com um temperamento digno de uma Black.

— Ela empurrou James e ele bateu a cabeça na quina da mesa. Um galo no dia da festa, como se não bastasse os joelhos ralados. — Gina falou olhando séria para ele.

— Meu amor, você precisa ser mais calmo. Se com um ano eu já pareço ter um infarto a cada momento, quando você tiver quinze já estarei com meus cabelos brancos.— Ela disse pegando James e se afastando, cheguei por trás enlaçando sua cintura e dando um beijo em seu pescoço, senti ela se arrepiar e ri com isso. James sorriu para mim se atirando em meus braços.

— Parabéns garotão.

— Vou deixar você com ele, preciso descer e acompanhar essa arrumação de perto.— Ela disse completamente aérea e já ia para os jardins apenas de robe quando segurei seu braço.

— Você não vai descer assim né?

— Na verdade vou tirar o robe.— Ela disse mostrando uma parte do seu belo sutiã.

— Não me provoca— Eu disse entre dentes e ela levantou os braços em sinal de rendição.

— Vou me trocar e desço.— Ela disse me dando um selinho e saindo.

                Fiquei um tempo sozinho com o James esquecendo da gritaria lá fora, do corre corre. Quando que em toda a minha vida de farra e loucura, eu poderia imaginar que seria responsável pela formação de uma vida, um filho, um herdeiro a continuação do meu legado. Quando que eu uma pessoa tão fria poderia ter feito algo tão quente e carinhoso quanto a fofura que estava no meu colo naquele momento. Dado as poucas vezes que falei isso para a minha mãe, eu nunca direcionei um “eu te amo” para mais ninguém, amava minha irmã e meu pai, mas não era muito de falar, assim como amava James Sirius. Mas acho que até aquele momento nunca tinha verbalizado isso.

— Você não entende ainda meu filho, mas eu te amo de uma forma que eu nem mesmo consigo explicar, que eu nem mesmo consigo definir. Algo que saí e extrapola qualquer contorno. Feliz primeiro aniversário de muitos e muitos.

— Quase os mesmos votos que eu fiz para você no seu primeiro ano.— Meu pai falou me surpreendendo.

— Em algum momento, você teve medo de não ser um bom pai?

— Eu ainda tenho esse medo, Harry. Isso é muito normal até para o chefe de uma Máfia. O medo nos torna humanos.

— Pai, eu nunca te perguntei algo.— Eu falei sem graça.

— Bom, acredito que esse seja o momento.

— Quando você começou a me treinar, quando eu tinha dezesseis anos, me levou para uma negociação que acabou em uma guerra e eu me vi tendo que matar pela primeira vez alguém...— Eu falei sem graça e meu pai fez sinal para que eu continuasse.

— Eu tremi.— Eu confessei baixo e meu pai sorriu, colocando as mãos no meu ombro.

— É comum tremer, se você não tremesse seria como ele. São nossos medos e fraquezas que nos tornam diferentes dos nossos inimigos, lembre- se disso. Principalmente agora, você sempre vai ter pelo que lutar além da Máfia e do poder.— Meu pai disse fazendo carinho na cabeça do James e saindo. Olhei para o jardim e vi Gina organizando tudo, olhando do alto parecia uma pimenta.

— Até acho que você terá uma preferência por morenas, mas as ruivas... As ruivas, meu filho são explosivas.

(...)

Mesmo com toda a correria, consegui tirar um tempo para descansar um pouco com o James. Fui até o meu quarto e acabei pegando no sono com ele, acordei com Hermione me chamando.

— Me da ele aqui, já está na hora desse mocinho se arrumar e você também. Harry, a festa é daqui a alguns instantes. Gina está como uma louca por causa do vestido.— Hermione falou rindo enquanto eu despertava.

— O que tem esse vestido agora? Já é a vigésima vez que eu sei que ela está reclamando.

— Não está fechando, acho que Gina engordou um pouco.

—Duvido, Gina está ótima.

— Nunca pensei que iria te ver com esse olhar.— Hermione falou rindo

— Que olhar?— Perguntei desconversando.

— Admiração, paixão.— Ela disse risonha.

— Não sei do que você está falando maninha, mas acho que você está escondendo algo. Não só de mim, como do Rony também.— Eu disse e ela ficou muda.

— É uma coisa boa, eu só não tenho certeza. Só vou ter certeza na próxima semana e não quero levantar uma esperança no Rony e até mesmo em mim, por algo que pode não acontecer realmente.— Ela respondeu ficando meio tristonha, já até imagino do que se trata.

— Fica calma, tenho certeza que vai acontecer no tempo certo.

— Sei que sim, mas de qualquer forma semana que vem eu e Gina já teríamos consulta com o Ralph eu vou tirar minhas dúvidas.— Ela disse e eu fechei a cara na hora.

— Vocês não tem outro médico, ou melhor médica? E Gina vai com você por quê? Ela já teve consulta uns meses atrás que eu me lembro.— Eu disse e vi minha irmã ficar pálida.

— Isso já não é um problema meu. Vamos James com a tia, vou te arrumar.— Ela disse saindo e me deixando frustrado eu simplesmente odiava quando Gina ia ter consulta com o Ralph, se ela não estava grávida e nem doente qual era o motivo de consultas tão frequentes? Eu não estou gostando nada dessa história.

Tomei um banho e fui me arrumar, desci e fiquei na escada esperando Gina e meu filho. Ele usava a roupa do pequeno príncipe tema escolhido para a festa e ela usava um vestido azul com brilho, assim que coloquei meus olhos nela não consegui desviar, só quando ela me entregou meu filho e falou:

— Vamos receber os convidados?— Ela falou animada e novamente eu fechei a cara.

— Você está animada para receber os convidados ou para falar com o Ralph?

— Do que você está falando? Harry, não começa com esse ciúme idiota. Justo hoje é aniversário do seu filho. Seria bom se você não estragasse a noite que eu estou planejando com muito carinho e cuidado.

— E que eu estou pagando.

— É a sua obrigação como pai. Agora você vai jogar na cara o que paga para o seu próprio filho?— Ela disse e se apoiou na escada, como se estivesse passando mal.

— Você está bem?

— Eu estou ótima só não quero falar desse assunto agora.— Ela disse se soltando de mim e indo receber os convidados.

A festa estava impecável. Gina acertou exatamente em tudo, para quem teve a oportunidade de ler O Pequeno Príncipe se sentia no livro na própria história, as crianças estavam se divertindo. Tudo estava muito bom, até Ralph chegar e ficar um tempo de conversa com a Gina depois pegando o meu filho e brincando com ele. O meu ápice foi quando o fotografo tirou uma foto dos três juntos, como se fossem uma família. Mas aquela era a minha família. Minha mulher meu filho eu com certeza iria estourar, sorte que o organizador da festa chamou a todos para o parabéns e eu tratei de puxar minha mulher e meu filho para o meu lado.

Cantamos o parabéns e os convidados começaram a ir embora, só estava o maldito Ralph conversando com a Gina quando o segurança entrou com um embrulho. Gina se aproximou de mim assim como Ralph que estava com James.

—Senhor Potter, acho que você deveria olhar o bilhete que veio nesse embrulho.— O segurança disse me entregando o bilhete que dizia:

Parabéns James Sirius Potter, pelo primeiro e último aniversário da sua vida.

 

Gina começou a ficar nervosa pegou o James e me olhou como quem busca resposta. Ralph olhava tudo com calma, como se já esperasse por isso.

— Fica calma, Gina. Não vai acontecer nada. Eu prometo.— Ele falou com tanta convicção que por um momento eu pensei que ele tivesse o poder de decidir e assegurar isso.

— Tenho certeza que não vai acontecer nada, porquê eu jamais permitiria isso. Amanhã vou fazer uma reunião no Cartel vou tentar nos munir mais. Por hora acho que devemos nos recolher, certo?— Disse olhando para o Ralph que assentiu beijando a testa da Gina e fazendo carinho no James que dormia no colo da manhã.

— Te vejo semana que vem.— Ralph disse e Gina assentiu.

Assim que ele se foi e eu e Gina entramos e sentamos no sofá. Gina ainda estava visivelmente abalada pela ameaça, embora isso seja algo comum, afinal eu sou visado e as pessoas tentam me atingir onde consideram ser meus pontos mais fracos. Mas uma ameaça direta ao meu filho, é algo perturbador. Mesmo sabendo que não vai acontecer nada.

— Foi só uma ameaça, vou tomar minha providências.— Disse acariciando os cabelos dela enquanto a mesma olhava para James.

— Só temo por ele.— Ela disse deixando uma leve lágrima rolar.

— Vai ficar tudo bem.— Eu disse por fim e ficamos abraçados, ouvindo nossas respirações. Quando o assunto pareceu ficar esquecido, e eu perguntei sobre outro tema que estava martelando em minha cabeça.

— Por que você precisa ir ao consultório do Ralph ver ele de novo? Você está doente ou só quer ver ele?— Eu perguntei e ela levantou a cabeça e me olhou com um olhar de fúria.

— Do que você está me acusando, posso saber?

— Essas consultas são bem raras e periódicas. Por qual motivo você tem que ir até ele novamente se no mês passado você foi? Se você acha que eu vou facilitar a sua vida para que ele se aproxime de você, só porque ele pode te falar meia dúzias de palavras que eu não digo, você está muito enganada. — Eu falei com raiva e ela se enfureceu.

— Você é um estúpido, arrogante e prepotente. Julga os outros por você! Acha mesmo que eu te trairia? Que eu me prestaria a um papel tão lixo? Esse papel presta para você, não para mim, não me confunda. Você quer realmente saber o que eu vou fazer lá?

— Mas é claro.

— Eu estou grávida. E eu vou começar o meu pré natal. E por mais que eu quisesse que as coisas entre a gente ás vezes acontecessem de forma especial, elas nunca vão acontecer. Simplesmente porquê você não é especial. — Ela disse tudo em um fôlego só e subiu as escadas com James no colo me deixando sozinho processando a informação e a minha atitude.

 

Pov Ralph:

                Isso tinha que parar, Voldemort tinha chegado longe demais ele ia levar todos que tivessem qualquer envolvimento com os Potters a morte. Ele não queria só o controle ele queria a morte de todos e de forma lenta. Só que a mulher que eu amo é uma Potter e isso eu não posso permitir. Paro meu carro nas portas da grande mansão que há muito eu não ia, continua escura e deserta. Mas tenho certeza que ele está por ali com os fiéis membros da Máfia falida dele. Buzinei de forma incontrolável, até que apareceu um rapaz magro, alto e loiro. Conforme ele se aproximava pude reconhecer, Draco Malfoy.

— Olha só quem resolveu aparecer. Como dizem mesmo? O filho pródigo sempre volta né?

—Sem paciência para suas piadas, Malfoy. Ele está em casa?

— Como sempre, sim.— Draco respondeu entrando e eu o acompanhei.

Assim que entrei em seu escritório pude me deparar com aquele ambiente escuro onde o cheiro de cigarro reinava e bebidas quase vazias.

— Lembrou que tem um pai?— Voldemort perguntou

— Você nunca foi meu pai. Pai não abandona, pai não tem filho para ser plano, para ser arma no futuro. Ou porquê precisa de um herdeiro apenas. Essa filosofia ridícula da Máfia me enoja, você e sua decadência me enojam.

— Você sabia o tempo todo que eu queria o controle da Máfia do Potter.  Por um tempo você me ajudou.

— Eu era um adolescente e acreditava que era justo o controle da Máfia ser seu por toda a história pelo que Charlus Potter fez a minha vó. Mas nunca jamais eu ia imaginar que sua intenção era liquidar a família, matar a todos. Você ameaçou uma criança. Você tem noção do que é isso?— Eu disse batendo na mesa.

— Eu precisava fazer isso, um primeiro herdeiro é sempre o mais importante. Essa criança é uma ameaça.

— Você e o Potter são mais parecidos do que pensam, duas criaturas frias, vazias, que se alimentam de uma filosofia ridícula.

 

 

— Já chega— Ele disse com raiva batendo as mãos na mesa.

— Se não veio para ajudar pode voltar, meu único herdeiro é uma decepção.

— Isso tudo por conta de uma mulher que você nunca vai ter, nunca.

— E todo seu esforço, por algo que você nunca vai ter. Nem a sua mãe de volta nem o prestígio dos Potters. Só vim dar um recado, não mexa com a Gina ou com o seu filho. Ou o Potter será o menor dos seus problemas.— Eu disse e saí.


Notas Finais


Beijos e comentem!! :)


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