História Máfia Potter - Ela sempre será minha.

Pov Harry: 
Olho para a minha sala toda revirada, garrafas de bebidas quebradas meu computador estava no chão junto com vários papéis, depois que Gina foi embora tive um ataque grande de raiva. Eu não conseguia acreditar que teria uma filha e Gina veio me dar a notícia com a maior cara de inocente, como ela pôde?
Estava levantando uma cadeira quando Hermione entrou pela minha sala esbaforida e toda bagunçada, demonstrava um sorriso de felicidade que morreu assim que ela viu o estado que minha sala e eu nos encontrávamos.
— O que aconteceu por aqui?—Ela perguntou assustada.
— Gina—Eu me limitei a responder.
— O que você fez com ela?
— Por que você acha que eu fiz algo para ela e não ao contrário? Ela que veio aqui me dar aquela maldita notícia que o bebê que ela espera na verdade é uma mulher.— Eu disse com nojo e Hermione se aproximou de mim a passos largos me acertando tapas de formas descontroladas.
—Como pode ser tão idiota?
—Eu vi o exame.—Eu gritei segurando os pulsos da minha irmã.
— Você viu o meu exame, trocamos eles por um acidente. Gina espera um filho homem. E mesmo que fosse uma mulher, como pode ser tão mesquinho, eu espero uma menina, por acaso não vai amar sua sobrinha?
— É diferente, ela representa a fraqueza do pai dela, não a minha.
— As vezes me recuso a acreditar que viemos da mesma mãe e do mesmo pai.  Você é odioso, Harry Potter. Sinto pela Gina ter que ter você ao lado dela. Mas sinto mais pena de você, um homem que tem tudo para ser feliz e não percebe a sorte que tem, é um verdadeiro infeliz. —Ela disse e saiu com lágrimas de decepção, nunca tinha sido atingido por palavras como aquelas, talvez eu merecesse. Larguei tudo, peguei as chaves do carro e fui correndo até em casa. Assim que cheguei fui procurar Gina no lugar mais óbvio, o quarto do James, mas ao entrar só encontrei meu filho dormindo, o que me trouxe um pouco de paz. Talvez Hermione tenha razão, eu não sei perceber o homem de sorte que sou, fui até o quarto da Gina não a encontrei, mas a porta do seu banheiro privativo estava entreaberta fui até lá com calma, e lá estava ela, dentro da banheira com seus olhos fechados, me aproximei e ela pareceu perceber a minha presença, abriu os olhos e sem cerimônia se levantou pegou seu robe, fez um coque no cabelo e foi em direção ao seu quarto.
— O que você quer? Acho que eu já ouvi o suficiente.—Ela falou.
— Eu vim pedir desculpas, Hermione me explicou sobre a troca dos exames e que na verdade você espera um menino.—Eu falei tentando me aproximar mas ela se afastou.
— Você acha que agora eu mereço desculpas porque o que carrego é um filho homem e não mulher? — Ela riu sem humor.
— Só Deus sabe o quanto eu lutei para que a gente desse certo. O quanto eu quis formar uma família com você. E como que inutilmente eu lutei para ter o seu amor, o seu carinho. Quando James nasceu, nasceu dentro de mim uma vontade maior ainda de fazer dar certo e depois esse bebê. Mas quer saber? Eles não merecem isso, não merecem crescer em um lar sem amor. Com um pai agressivo, machista, retrógrado que não tem o menor senso de respeito ou de carinho. Você me destruiu Harry Potter. Quando você me disse antes de casarmos, que não facilitaria minha vida, não achei que você a destruiria. Que você me arruinaria.—Ela falou e caiu no choro.
—Você está falando como quem desiste, ainda temos uma vida pela frente.—Eu disse tentando me aproximar mas ela me empurrou.
— Não, não depois do que eu fiz, eu não vou esconder isso de você. Se seu orgulho é a única coisa que você preza, eu vou destruir isso. Eu já destruí. Eu permiti que outro homem me tocasse — Ela falou com um sorriso e eu a olhei completamente surpreso, com raiva e ao mesmo tempo destruído, não pelo meu orgulho mas pelo que eu sentia.
— O que você disse?
—Isso mesmo que você escutou, Potter. Ralph Thomas me tocou,  e ele sim é um homem de verdade, ele só me deu prazer e não se preocupou com ele, ele sentiu o meu sabor, coisa que você nunca fez por conta dessa regra estúpida, ele me levou ao verdadeiro orgasmo coisa que você não esteve nem perto de fazer. E eu não me importo que você mande me executar amanhã, morrerei feliz, pois um homem de verdade me satisfez e ele não foi o meu marido.— Ela cuspiu as palavras na minha cara, eu não tinha reação na hora, eu só conseguia sentir que eu tinha perdido, eu perdi a melhor coisa que já foi minha. Voltei para o banheiro e soquei o espelho com força, fazendo os vidros se dissiparem e cortarem a minha mão, enrolei a mesma em uma toalha e voltei para o quarto, ela me olhava assustada.
— Isso não vai ficar assim.— Eu disse e saí de casa as pressas, dirigi com muita dificuldade mas cheguei aonde eu queria, ao hospital. Logo veio uma enfermeira me atender.
— Precisa de pontos, senhor Potter.
— Quero que eles sejam dados pelo Doutor Thomas.— Falei de forma fria e ela assentiu, não demorou muito e Ralph veio me atender parecia cansado mas assim que me viu recuperou a compostura e olhou para o meu ferimento.
—Precisa de pontos, Potter. Vamos até a minha sala.—Ele disse me dando espaço, entrou na sua sala e fechou a porta.
— Foi aqui?— Eu perguntei enquanto ele se preparava para me dar pontos.
— Não entendi.—Ele respondeu.
—Foi aqui que você tocou a minha mulher.— Eu disse com raiva enquanto ele dava os pontos, o que eu falei não o abalou nem um pouco, nem por um momento. Reparei que ele não havia me dado nenhuma anestesia para dor, meu sangue estava tão quente que eu não sentia nada, mesmo com ele costurando minha mão. Vi quando ele retirou a minha aliança, ainda calado.
— Eu exijo uma resposta.—Falei entre os dentes.
— Sim, foi aqui e foi a melhor sensação da minha vida.—Ele disse sem tirar os olhos dos pontos que dava nas minhas mãos.
— Ela é minha.—Eu disse com ódio com amargura.
—Gina é uma pessoa, Potter. Não uma arma. Não se tem pessoas, se conquistam elas. Se você é incapaz de fazer isso não me culpe.
— Na verdade eu tenho vontade de te matar.
— É isso que veio fazer aqui então?— ele perguntou debochado.
— Na realidade não, eu quero que você sinta o que eu senti o que eu estou sentindo agora.
— Como acha que eu me senti quando eu me apaixonei por ela e vi ela casando com você, tendo filhos com você.—Ele disse e eu ri.
—Dessa vez é diferente. Você alimentou uma esperança, pois achava que eu não amava a minha mulher. E ela não se sentia amada, mas agora isso mudou, devo te agradecer na verdade. Eu amo a Gina, e eu não sei como, nem quando, mas eu vou provar isso para ela e eu vou reconquistar o amor dela e julgando que somos casados e ela é minha mulher, eu tenho uma vantagem nisso.
—Então isso virou um jogo para você?
— Não, isso me mostrou que a Gina é a melhor coisa que já me aconteceu, e nem o meu orgulho é maior que o meu amor por ela. Se não a essa altura vocês dois já estariam mortos. Eu precisei deixar isso acontecer, para ver a mulher que tenho ao meu lado. Se mesmo depois de tentar a Gina não estiver feliz comigo, eu crio uma nova lei. Dou a ela o divórcio e a vocês o direito de serem felizes. Estou te dando o direito de algo justo. Mas estou te garantindo, eu não vou desistir da minha mulher.—Eu disse e ele me olhava sem acreditar, reparei que ele já havia terminado de dar os pontos e peguei minha aliança.
— Sugiro que não a coloque, até que os pontos cicatrizem.—Ele disse saindo do transe.
— Ela me da força, ela me deixa mais forte.—Eu disse colocando a aliança.
— Potter, se isso for alguma armadilha...—Ele começou.
—Terá que pagar para ver, Thomas.