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História Máfia Potter - Amizade


Escrita por: AnneCGB

Notas do Autor


Boa noite gente!!
Espero que gostem e comentem!
Capa feita pela linda da tia Clara!! Beijos!! :)

Capítulo 5 - Amizade


Fanfic / Fanfiction Máfia Potter - Amizade

Pov Harry:

                Mais um mês havia se passado desde a minha última briga com a Gina. Trocávamos mínimas palavras, e evitamos qualquer reunião para socializar, afinal, sair seria o mesmo que ouvir “e o herdeiro vem quando?” pergunta essa que nenhum dos dois saberia responder.  A  única coisa que mudou com relação ao meu sentimento com a Gina, foi o desejo, eu nunca a desejei ou a olhei com outros olhos, mas desde quando brigamos e eu lhe beijei, passei a desejar ela, e algumas noites ia até seu quarto só para observar suas belas curvas, eu sei que isso parece meio tarado, mas estamos casados afinal.

                Olho mais uma vez para aquele livro, com um mapa enorme estendido na minha frente na mesa do escritório, olho o horário no relógio, exatamente uma e quinze da madrugada, eu simplesmente não aguento mais pensar. Tomo mais um gole generoso de wisk, dessa vez sem o tradicional gelo que eu sempre colocava, meu pai estava colocando uma máxima responsabilidade em mim na Máfia, não que eu não gostasse, mas de fato meu pai me preparava para liderar esse império, e eu entendia que isso era maior do que eu, do que minha felicidade, do que qualquer coisa, se tratava de um legado, um legado que por toda vida deveria pertencer a um Potter. Rony jamais poderia assumir a Máfia, só restava eu, cedo ou tarde eu deveria assumir, estávamos vivendo tempos de guerra. Voldemort estava de volta e até agora só conseguimos descobrir que ele está buscando algo que tenha a ver com os irmãos Peverell, fundadores da Máfia, mas não sabemos o que pode ser, onde está, nem como começar. E ele estava na frente, estávamos vulneráveis. O tempo não favorecia o meu capricho, se algo acontecesse ao meu pai, e Gina nem estivesse esperando um herdeiro da máfia Potter, seríamos exposto a uma guerra, e perderíamos de vez o controle dela. São mais de cem gerações de Potter nesse posto e tudo seria perdido por um capricho, sem falar que não conseguia parar de pensar no que Ralph falou, baniria Gina da máfia, ela ficaria completamente sozinha. Eu não tinha raiva da Gina, talvez da situação, mas não dela. Gina era a caçula da família, sempre foi paparicada pelos irmãos e de repente eu a jogaria nesse mundo sozinha, poderia dar a baixa para Ralph, mas meu orgulho me impediria disso, fora que os dois juntos lá fora, e se ela engravidasse dele? Correria sérios riscos de alguém descobrir que eu nunca a toquei, e aí eu estaria destruído dentro da máfia. Espanto meus pensamentos por não conseguir mais me concentrar, coloco mais Wisk e olho para o livro. Peverell, segundo Sirius, existia uma lenda antiga sobre os três irmãos. Mas eu já havia vasculhado cada livro e não tinha encontrado nada, olho o mapa como se ele pudesse me dar qualquer resposta.

— Mas que inferno — Eu digo com raiva e jogo o copo de Wisk com tudo na parede, porém, antes de jogar ele se parte na minha mão com a raiva que eu estava o segurando. Solto um rugido de dor, e antes que pudesse pensar em catar os vidros, a porta do escritório é aberta e Gina entra, usando apenas uma camisola fina verde. Não posso deixar de notar, a camisola era quase transparente o que me permitiu olhar melhor para o seu corpo.

— Você se machucou.— Ela afirmou pegando um pano e um gelo no bar. Veio em minha direção, limpou o sangue e olhou.

— Corte superficial — Ela observa e coloca o gelo enrolado no pano.

— Pressiona ele aí.— Ela disse e foi catar os cacos de vidro, sorte que não se espatifaram em mínimos pedaços.

Vejo ela reparar no livro sobre a mesa.

— Está pesquisando sobre os irmãos Peverell?

— Estava tentando, não consigo encontrar absolutamente nada- Digo decepcionado.

— Só existia um livro deles no mundo, consegui ler um pouco antes de sumir misteriosamente da biblioteca da escola da Máfia.

— Você leu sobre eles? — Perguntei descrente.

— É curioso não acha?

— O que seria curioso neles?

— Eles inventaram a Máfia, regras, pilares, nunca teve curiosidade de saber como isso aconteceu? Como isso foi e é administrado?

— Eu não, mas pelo visto você sim. O que sabe sobre eles? — Nesse momento me sento e já estou curioso com o que ela sabe.

— Eu sei o que li há muito tempo no livro, eles fundaram a Máfia, e quando sentiram que estavam próximos de morrer, criaram regras e três atestados, que dava poder a três famílias na Máfia. Porém nas entrelinhas desses atestados, somente uma família seria “verdadeira” o suficiente para assumir todo o controle da Máfia.— Gina falou contando um pouco sobre o que lembrava.

— Voldemort está atrás desses atestados, mas por qual motivo?—  Falei mais para mim mesmo do que para ela.

— Não está parecendo óbvio, ele acha que esses atestados provam que ele é o herdeiro legítimo da Máfia, que ele tem que controlar tudo.

— Mas não pode ser, os Potters controlam a Máfia a anos.

— Mas vocês já viram os atestados?

—Nem sabíamos que eles existiam, pode ser uma lenda, não?

— Acha mesmo que Voldemort se mobilizaria por uma lenda? A família dele era aliada da sua, por que brigaram?

— Talvez o diário do meu avô tenha a resposta, mas meu pai não deixa nem tocarmos nele. Você viu a discussão no último jantar.— Eu falei e ela ficou pensativa e automaticamente seu olhar ficou triste, deve ter se lembrado do que eu falei no jantar, sobre herdeiros.

— Bom, pelo que eu já ouvi sobre a família Servolo uma coisa é certa, eles não jogam para perder. Se Voldemort está atrás desses atestados, é porque ele acha que a probabilidade deles existirem são grandes.— Ela disse e ficamos em silêncio.

— Vou dormir— Ela falou depois de alguns minutos.

— Não se esqueça que amanhã vamos almoçar na casa dos meus pais, seus pais estarão lá.— Eu disse e ela assentiu, quando ela ia sair acabou voltando.

— Vai pedir nosso divórcio nesse almoço?— Ela fez a pergunta que estava entalada em sua garganta.

— Não sei, Gina. Estou com muitas coisas para pensar.

— Quero saber quanto tempo ainda tenho com a minha família. Não quero mais passar pelo constrangimento de não saber o que responder quando me perguntarem sobre filhos.

— Amanhã resolverei isso.— Eu disse e ela assentiu saindo.

(...)

No outro dia de manhã, fomos para o almoço na casa dos meus pais em silêncio. Chegamos lá e fiquei observando cada movimento da Gina, ela e minha irmã conversando, as duas sempre se deram muito bem, ela com os pais, com os irmãos, até mesmo com a minha mãe, ela tinha o poder de encantar a todos. Fiquei perdido em Gina e não reparei na minha irmã se aproximando.

— O que pretende fazer, Harry? — Hermione perguntou com uma leve decepção na voz, que me quebrou.

— Do que está falando?— Perguntei inseguro.

— Gina, você não tocou na Gina.— Ela afirmou falando mais baixo.

— Se ela te disse isso...— Eu ia falando mas a minha irmã me interrompeu.

— Ela não me disse, e por isso eu sei que você não encostou nela, se tivesse encostado ela teria me falado teria compartilhado. Conheço Gina e conheço nossa amizade, sei que ela compartilharia suas dúvidas e angustias comigo, porque foi isso que aconteceu comigo. O que você pretende, Harry?

— Eu não sei —  Disse sincero.

— No começo iria pedir o divórcio alegando que ela era impotente.— Eu disse e minha irmã se horrorizou.

— Eu não acredito que você seria tão mesquinho a esse ponto.— Ela falou horrorizada.

— Eu sei, pensando no que eu faria percebo o quanto eu seria cruel. Eu sei da minha responsabilidade, eu nunca vou amar, Hermione. Sei que sou incapaz de sentir isso.— Eu disse frustrado, amar parecia tão fácil para qualquer pessoa, mas não era para mim.

— Por que não tenta?

— Eu não vou tentar amar a minha mulher, Hermione. Se é isso que está pedindo. Estamos juntos a dois meses, a única coisa que eu consigo sentir pela Gina é desejo, e isso eu sinto por qualquer mulher bonita.

— Qual é a solução então, Harry? Destruir a família? Destruir a vida dela? Separar ela dos pais? Impor a máfia a uma maldita guerra, porquê você não pode passar por cima dos seus caprichos? Por que você não tem coração?  Eu me recuso a pensar que você seja tão sem sentimentos assim, eu acho Harry que você não nasceu frio, escolheu ser. Eu nunca, nunca vou te perdoar pelo que você vai fazer com ela, e pior do que se esforçar para amar alguém, vai ser conviver com esse sentimento deplorável que se chama remorso. Você tem duas opções, Harry tentar ser feliz ao lado de uma pessoa maravilhosa, ou ser assim o resto da vida e terminar seus dias amargurado e com remorso.— Ela disse e ia saindo quando eu a chamei.

— Hermione, você é minha irmã, esperava que você me entendesse.

— Harry, você é meu irmão, teve a mesma criação que eu, esperava que tivesse coração. Pois é, Harry nem tudo é como pensamos.— Hermione disse e saiu ficando próxima a Gina.

Na hora do almoço mais uma vez meu pai tocou no assunto.

— Harry e Gina, como anda a fabricação do herdeiro da Máfia?— Ele perguntou e Gina olhou para mim, segurei sua mão e olhei firme para o meu pai.

— A fabricação está indo bem, acho que logo teremos um resultado. Seria bom um pouco menos de pressão, estamos fazendo nossa parte, acredite. — Eu disse sorrindo e dando uma piscada de leve para o meu pai, todos deram sorrisos sem graça na mesa e Gina me olhou como se tentasse me desvendar com o olhar.

O almoço ocorreu bem,  depois do que falei para o meu pai, não tocaram mais no assunto herdeiros. Quando deu a hora de ir embora, Gina e eu seguimos em silêncio para casa, silêncio que era comum entre a gente. Assim que chegamos em casa, cada um foi para o seu quarto. Estava sufocado, não conseguiria dormir sem falar com Gina e sei que ela também queria me perguntar porquê eu havia falado aquilo para o meu pai. Fui até o seu quarto, e como havia pensado, ela estava acordada andando de um lado para o outro, assim que me viu, perguntou:

— Por que disse aquilo? Você está fazendo algum tipo de jogo comigo? Está tentando me enlouquecer?

— Não, não e definitivamente não. Estou tentando não enlouquecer, Gina. A situação da Máfia não está nada boa, depois de ontem a noite pensei no que você falou, que aliás foi de muita ajuda para mim, devo agradecer. Foi uma surpresa você saber e pensar de forma tão estratégica, posso dizer que fiquei admirado.

— Se a Máfia fosse menos machista, talvez vocês pudessem ver que nós mulheres somos capazes de grandes coisas.

— A questão não é a participação da mulher na Máfia. Gina, eu vou falar francamente com você. Da forma que eu nunca pensei que pudesse fazer um dia, preciso que você ouça tudo o que eu vou falar e depois eu vou te dar o poder de escolha — Eu disse e ela assentiu atenta.

— Mais cedo ou mais tarde preciso estar casado e com herdeiros, a Máfia vive um tempo difícil e não posso me dar ao luxo de deixar que seu poder caía nas mãos erradas, não posso deixar que cem anos de trabalho duro, sejam ruídos por um capricho meu. Entenda uma coisa, eu não te amo, e sinceramente falando, acho impossível que um dia isso possa acontecer. Eu não vou mentir ou ser hipócrita, em dizer que você não me atraí. E isso é um fato, mesmo que eu não queira admitir. Sinto tesão em você, o que pode facilitar as coisas no que diz respeito a herdeiros. Você é minha esposa, eu preciso de herdeiros, logo, sexo, uma hora ou outra vai ser algo que faremos. Não dormiremos juntos, isso é muito íntimo. Se aceitar ficar, saberá que vou te procurar quando tiver com vontade, não vou te forçar, depois que você me der o herdeiro que a Máfia precisa, terá liberdade para escolher ter relação comigo ou não. Isso deverá ser mútuo, não quero te forçar ou obrigar de forma nenhuma. Não prometo ser fiel, e não vou admitir qualquer escândalo ou ciúmes. Mas prometo ser o mais discreto que eu conseguir ser para não te envergonhar, o que eu proponho, Gina é uma amizade. Acho que poderemos ser bons como amigos, você me ajudou ontem e acho que isso pode acontecer mais vezes. Vamos partilhar a vida, e mesmo que não sejamos marido e mulher de uma forma tradicional, acho que podemos ter uma amizade, e mesmo torto, algum tipo de respeito e cumplicidade. Mas preciso que você tenha em mente, que isso nunca vai virar amor da minha parte, quero que você saiba onde está se metendo. Se aceitar, vamos nos adequar um ao outro, mas se quiser recusar eu compreendo. Vou te banir da Máfia, como foi acordado desde o nosso primeiro dia de casados.— Eu falei tudo de uma vez e ela estava perplexa com tudo, esperei que ela respondesse algo, e depois de recuperar a voz ela falou.

— Por que mudou de opinião?

— A Máfia é muito maior que meus caprichos. E a única coisa certa que aquele bosta do Ralph falou, é que seria injusto com você. E então qual é a sua resposta?

— Sim— Ela disse e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela completou.

— Mas tenho condições. Finalmente você entendeu que isso é mútuo, eu não quero ser banida da Máfia, por ter a minha família, e você precisa de mim para sustentar a Máfia. Eu preciso de você e você precisa de mim. Estamos iguais nisso, consegue entender, Harry?- Ela disse e eu assenti sem poder falar nada, tamanho era minha perplexidade, pela mulher decidida que estava na minha frente.

— Eu aceito suas condições, todas elas. Mas tenho a minha, e essa é única. Quero te ajudar no que diz respeito aos atestados, você não sabia sobre a lenda e pelo que pude perceber nas marcações que você fez nos mapas, não sabe ler mapas também.

— Andou mexendo no meu escritório, Gina Potter?— Perguntei em tom divertido e ela me olhou em desafio.

— Ok, eu admito, eu não sou nada bom com mapas, não conheço coordenadas e não sei ler as latitudes e longitudes. Feliz agora?— Eu disse e ela sorriu satisfeita.

— Muito feliz. Mas para a sua sorte, eu sei ler muito bem mapas. Podemos fazer isso juntos, Harry. Eu posso estar com você nessa.— Ela disse e eu pensei.

— Eu posso deixar você me auxiliar, tenho que admitir que você sabe algo que eu não sei. Porém, não posso permitir que você entre nas missões comigo, até porquê, precisamos fabricar um herdeiro o quanto antes e você não poderá se arriscar com ele — Eu disse e ela ruborizou um pouco.

— Bom, qualquer participação é melhor que nenhuma, e para um machista até que você já fez muito.— Ela disse dando de ombros.

— Não fale como se isso não fosse grande coisa, você vai me ajudar e isso é o máximo que uma mulher já chegou na Máfia.

— Você ainda não entendeu, Potter eu não sou qualquer mulher na Máfia. É preciso muita coragem para ser mulher de um mafioso, e se eu estou nesse mundo, vou viver com muita coragem e não em vão. — Ela disse tão decidida que chegou a me excitar.

— Agora se me der licença preciso dormir— Ela disse indo deitar, segurei seu braço, fazendo ela corar e me olhar preocupada.

— Sobre... sobre os herdeiros...— Ela tentou dizer mas estava nervosa.

— Precisamos de um, mas não vamos planejar, vai acontecer no momento certo. Boa noite, Gina- Eu disse dando um beijo leve em seus lábios e soltando seu braço, ela foi para cama e eu saí do quarto. Pela primeira vez, comecei e terminei uma conversa com a Gina, sem brigas e pude sair do quarto dela sem um quase tapa ou um objeto voando em minha direção.


Notas Finais


Beijos e comentem!! :)


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