Após bater o pé no chão e fazer pirraça, a garota decidiu arranjar algo pra fazer.
Todos tinham uma função, mas a garota nem se deu ao trabalho de prestar atenção nos homens e mulheres que a encaravam, estava procurando uma pessoa. E se aquele projeto de marginal não ficasse com ela, iria colocar uma coleira nele.
— Então nós v... — Um garoto de cabelos pretos e olhos verdes encarou a menina por vários segundos, então ele se escondeu atrás de uma menina ruiva.
— Vamos... Comprar...er...Coelhos! — Ela gritou enquanto saía correndo, deixando Chara com a expressão confusa.
Ela conhecia aqueles dois? ... Não. Ou será que sim? Esqueletinhos são todos iguais, é difícil distinguir.
Viu um rapaz loiro de olhos claros, ele ficava olhando muito para o seu corpo e com certeza isso deixou-a um pouco desconfortável, conheceu um tal de Jesse, uma menina chamada Muffet e ouviu falar do irmão de Sans, Papairus...? Papirus...Papyrus!
Mordeu os lábios e olhou para trás, viu um homem alto e musculoso a encarando, ele usava um gorro velho e tinha os olhos vidrados nela.
— Sumiu uma pistola. — Ele exclamou enquanto avançava um passo. — Acho que vou... Ter que achar quem fez isso.
Chara arqueou a sobrancelha e continuou andando, sentiu as mãos do homem em sua cintura e tratou de arquear a sobrancelha.
— Vadias devem ser punidas. — Ele exclamou enquanto sorria.
A garota apenas ergueu a mão e estalou o pescoço, então o puxou com força e deu-lhe uma rasteira, o homem que parecia ser um prédio caiu no chão como se fosse uma criança.
— Não roubei pistola nenhuma, vai caçar outra vagina pra extravasar.
Assim que virou para continuar andando, pôde ver vários rapazes a encarando, pelo jeito quando você derruba um, derruba todos.
— Acho que agora eu vou... Correr. — Ela exclamou enquanto avançava pelos corredores na tentativa de despistar pelo menos um deles, comemorou internamente quando viu o albino conversando com um homem que vestia rosa demais.
Assim que parou, escondeu-se atrás do homem de cabelos brancos e ficou quieta.
— Cachorro, teus filhotes são um porre.
— Mandei você não arrumar confusão. — Sans revirou os olhos enquanto a empurrava para frente. — Já viu meu novo bichinho, Mettaton?
— Espera... — Mett arregalou os olhos. — Essa não é a Chara?!
Mettaton era um homem com jeito afeminado, mais alto que Sans e um pouco mais magro também, cabelos lisos e pretos, pele clara, mas não tanto como a de Sans, olhos próximos ao rosa e usava um batom preto.
— Sim, a cadelinha da gangue agora. — Sans a encarou com um sorriso malicioso. — Vai, late pra mim.
— ....acho melhor não perguntar. — Mettaton pôs a mão na cintura e encarou o mais velho. — Eu ainda não entendi o porquê de tantas lingeries.
— Lingeries? Como assim?
— Ora, ontem chegou um pedido seu de 20 lingeries na minha loja.
— ....ah não. — Sans pôs a mão na testa e estalou a língua. — Lilyana.
Chara cruzou os braços e ficou quieta, pelo visto a presença de Sans acalmava os esqueletinhos.
E quem era Lilyana?! Bem, ela não tinha tempo pra pensar nisso agora, estava com raiva de Sans...Não é? Quer dizer, é claro que estava.
Raiva era pouco.
Tratou de erguer a mão e dar um belo peteleco na testa do mais alto, viu algumas pessoas a encarando com surpresa, mas ignorou.
— Você me pediu pra latir? Lambe meu sapato que eu penso no caso, se quiser reclamar fala com essa Lilyana ai, tô sem saco pra idiotas de cabelo branco e suas prostitutas.
Cruzou os braços e saiu pisando forte.
— Argh, você já causou confusão demais. — Sans bufou e puxou o braço de Chara com força. — Cachorro preso não faz merda por aí.
O albino a levou a força para seu escritório, e ignorou alguns cochichos das pessoas que estavam no local. Quando abriu a porta do cômodo, praticamente jogou a moça no sofá.
— Você não vai ficar perambulando sem mim, então quero que fique aqui, me ouviu?
— Não prometo nada. — Ela exclamou enquanto cruzava os braços e virava de costa para o mais velho.
A garota o encarou por cima do ombro e virou o rosto novamente.
— Idiota.
Sans soltou uma risada e aproximou-se de Chara, pôs a mão em seu pescoço e apertou levemente.
— Cuidado com as palavras, cadelinha. — Murmurou próximo ao ouvido dela.
A garota ergueu a mão e deu um belo tapa na perna do mais alto.
— Não sou sua cadelinha e não quero ficar trancada, não sou um animal pra você me trancar.
— ...sabe, eu até ia ser legal com você e te destrancar a noite. — Pegou a chave que estava em cima da mesa e foi em direção à porta. — Mas agora você vai dormir aqui.
Antes que ela dissesse algo, Sans bateu a porta bruscamente e a trancou.
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