História Maga Classe S - O Livro dos Condenados (pt2)

Anteriormente:

-Livro interessante senhor.... – uma garota encapuzada apareceu no quarto de Zeref.

-Isso é apenas um conto de fadas para esconder a realidade do que aconteceu naquele tempo... – Zeref falou vendo que a garota observava o livro que ele tinha em mãos olhando por cima de seu ombro – Não deveria estar aqui...

-É só uma projeção de pensamento... – a garota falou sorrindo.

-Vejo que está aprimorando bem esta magia... – Zeref falou impassível.

-Hai... Mas senhor se essa não é a verdade sobre o que aconteceu... O que é? – a garota perguntou curiosa.

-Não me entenda mal, isso não é mentira, apenas colocaram um final feliz para que as pessoas possam se iludir com essa falsa versão... – Zeref falou simples.

-E sobre o que mentiram? – ela perguntou.

-Segundo meu conhecimento, essa garota a qual viria a estabelecer um direito de igualdade para usuários de magia, morreu de uma forma bem trágica, assim conseguindo criar um livro, o livro mais poderoso que já existiu, ou que existe... – Zeref deu uma breve pausa sorrindo de canto – O Livro dos Condenados...

[...]

Agora:

Gray on

    Lucy acabou dormindo comigo ontem, ela chorou por horas e horas, dormir parecia impossível, então quando ela dormiu não me atrevi a me mexer já que ela poderia acordar e recordar de toda a sua dor. Mas o que mais me partia o coração era ver que mesmo dormindo, ela ainda chorava... Ela gemia e soluçava enquanto chamava pelo nome de Natsu e pedia perdão.

    Nunca foi fácil vê-la sofrendo, porque pra mim, ela era uma das pessoas que eu mais considerava. Queria reconforta-la e de algum modo lhe assegurar que tudo iria ficar bem, porém nem mesmo eu tinha este poder. Mas vê-la daquele jeito, molhando meu peito com suas lágrimas me fazia querer isto, querer ter o poder de acabar com aquele que fez isto, mas isso não asseguraria que o selo sumisse.

    Apenas a abracei quando a vi assim, e continuei nesta mesma posição enquanto ela dormia, simplesmente preocupado com seu sono, que Deus a livrasse de ter um pesadelo ou algo do tipo, a vida da coitada já era em si um pesadelo, não precisaria de outro em seus sonhos...

    E foi assim que eu passei a noite, em claro olhando Lucy dormir e chorar em meus braços... Nem imagino o que o esquentado falaria se visse nós dois assim. Provavelmente ele me socaria pra longe pra trocar de papel comigo. Ri com este pensamento.

-Natsu... – Lucy murmurou se aconchegando mais a mim.

    O finos raios do sol passavam por entre as aberturas que a cortina dava a janela, e bom, eu não sabia o que fazer. Não poderia me mexer com Lucy tão próxima de mim, e não podia ficar ali, logo mais ela acordaria e provavelmente bateria em mim me chamando de pervertido.

-Ahmmwr – ela bocejou e eu paralisei.

    Aos poucos ela foi abrindo aqueles olhos inchados dela e me fitou tentando relembrar do dia de ontem.

-Ohayo... – ela falou com um sorriso triste e eu sorri aliviado.

    Sem agressão, ótimo começo...

-Ohayo loirinha – falei alisando seus fios loiros com uma das minhas mãos.

-Q-quanto tempo eu fiquei aqui? – Lucy perguntou finalmente se sentando e checando sem saber disfarçar suas roupas.

-Hey eu não sou nenhum tipo de aproveitador okay? – falei realmente chateado com tal especulação.

-Gomen Gray e-eu não quis insinuar algo assim... – ela falou triste e toda minha pose se desfez.

-Está tudo bem... – falei me apoiando na cama com os cotovelos.

-É só que eu... Estou muito vulnerável, e não sei que merda eu posso fazer... É como ficar bêbada entende? – ela perguntou e eu ri.

-Sabe que eu nunca faria nada contigo se você não quisesse não é? – perguntei sorrindo e ela me olhou surpresa e corada.

-Q-q-que e-eu não q-quisesse? – ela perguntou ficando como um tomate e eu me toquei do que havia falado.

    Eu. Me. Odeio.

-Não! – falei me levantando e ela se assustou – Quer dizer, eu nunca faria nada a você! Você é minha melhor amiga! E-e-e meu melhor amigo te ama e... Ai! – eu me enrolei todo e ela riu.

    Fiquei feliz em vê-la rir, pelo menos uma vez.

-Hai, hai, entendi – ela falou sorrindo mais docemente e eu sorri.

-Mas eu te amo ta? – falei convencido – Se Natsu bobear depois que tudo isso passar eu te roubo! – brinquei e ela riu alto.

-Gente que honra! Dois caras incríveis me disputando! – ela fingiu estar emocionada e eu ri – Eu também te amo seu idiota – ela falou sorrindo e eu pulei da cama.

-Mas o esquentado chegou primeiro, é uma pena... – fingi desapontamento e ela riu pelo nariz.

-Quanto drama – ela falou se levantando da cama e vindo até mim – Hey Gray... Arigato – Lucy falou sorrindo meio triste.

-Pelo que? Não fiz nada loirinha – confessei e ela negou com a cabeça.

-Fez sim, você fez o que sempre faz, me deixou alegre e me fez rir depois que achei que não ia mais conseguir... Então Arigato, mais uma vez – ela falou sorrindo docemente.

-Cala boca sua idiota, é meu dever – falei puxando sua cabeça para um abraço – Lembra que sou seu irmão mais velho?

-Você desafiou Natsu agora pouco pra duelar por mim seu idiota – ela falou me fazendo rir.

-Ah isso é um pequeno detalhe – falei e ela riu mais alto.

-Hai, só um pequeno detalhe – ela falou sorrindo.

-Agora vai pro seu quarto e toma um banho, fica bem lá que eu vou buscar algo pra você comer... – falei e ela assentiu – Anda, anda, anda que você já tá grudada em mim há horas! – zoei e ela inflou as bochechas.

-Baka... – ela falou e saiu porta a fora para seu quarto.

    Suspirei passando a mão em meu cabelo. Cara definitivamente, eu vou matar Zeref se ele não tirar aquilo dela, e principalmente porque ele a fez chorar, nem que pra isso eu tenha que fingir ser leal a ele.

[...]

Lucy on

    Era incrível como Gray me fazia bem, ele era realmente como meu irmão mais velho... Prova disso eu tive hoje, que mesmo com a minha vida desmoronando em minha cabeça, ele me fez sorrir e me aguentou uma noite inteira grudada – literalmente – em seu pescoço chorando. Eu ia mata-lo se acordasse e o visse na mesma cama que eu obviamente, mas antes de fazer isso, ainda bem que eu me recordei de como tinha ido parar lá, antes que o fizesse.

    Fico feliz em ter Gray aqui, pelo menos com isso, eu posso me esforçar para sair desse inferno de castelo, com aquele demônio do Zeref, e esse pesadelo de “profecia”. Não importa se tem um selo me prendendo a ele, eu vou fazer como sempre fiz, uma coisa de cada vez... Apesar de que isto significa ter que me deixar ser treinada por ele.

    Entrei no quarto e segui rapidamente até o banheiro, já retirando minhas roupas e deparando-me com o selo em volta da marca. Suspirei e abri a torneira deixando a agua quente passar a preencher aquela banheira de mármore branco. Assim que encheu eu entrei e tentei relaxar com aquela agua quente envolvendo meu corpo e músculos, olhei para o teto e comecei a me lembrar da ultima vez que estive com Natsu, até que sem perceber lagrimas quentes passaram a percorrer meu rosto.

//Flashback on//

    Subimos na roda gigante logo após termos mostrado os ingressos, Lucy parecia nervosa a cada centímetro acima que o brinquedo subia, era engraçado até que ela segurou a manga de minha camisa firmemente, seu olhar era de incomodo, mas parecia se sentir segura ao fazer aquilo, e eu só sorri disfarçadamente.

-Hey...- a chamei.

-H-ha-hai!- me atendeu nervosa.

-Não precisa ficar tão nervosa assim Luce, sabe de uma coisa?- perguntou Natsu em um sussurro e eu fiz que não com a cabeça - Ta vendo aquele Sol lá no horizonte depois das montanhas da floresta?- perguntou e eu me virei para vê-lo - Pensamos que ele estar se pondo é só algo natural, algo cotidiano e nada surpreendente, mas ele repete esse fenômeno a cada dia a mais, e por isso mesmo quando o céu está nublado, não deixamos de crer que ele voltará, então se em algum momento algo te preocupar, te peço que olhe pro sol, lembre do que estou dizendo, e me veja como seu sol Luce...- eu voltei a olha-lo e nisso nós dois percebemos o quão próximos estávamos- Podemos nos separar o tempo que for, seja por qualquer coisa que acontecer... Assim como tem certeza de que amanhã terá um novo amanhecer com aquele mesmo sol que está se pondo atrás de você, tenha certeza que onde estiver eu estarei junto a você, mesmo que sejam mil quilômetros de distancia, ou do outro lado da terra, vou sempre... Cuidar de você...- falou por fim Natsu e eu percebi o quão estava corada, mas não desviava meu olhar do dele, nossos lábios estavam tão perto, mas com certeza tão distantes...

//Flashback off//

    Até que... Nos beijamos. É, nos beijamos, e foi o beijo que mais revirou meu estomago, lembrar daquele dia ainda revira meu estomago. Me peguei olhando para o sol que raiava por entre a fenda da janela, e isso me fez sorrir, pois de uma forma ou outra, Natsu sempre estaria comigo, mesmo a quilômetros de distancia não é mesmo?

    Me levantei da banheira e me enrolei a minha toalha saindo pela porta do banheiro e dando de cara com Gray.

-GRAY O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?! – gritei jogando uma almofada, depois um vaso nele.

-HEYY CUIDADO!! – ele falou se desviando de ambos os objetos – LUCY LARGA ESSA CADEIRA AGORA! – ele gritou apontando o indicador para mim que já me preparava para tacar uma das cadeiras caras do castelo.

-Se vira logo para eu me vestir! – falei impaciente e ele levantou as mãos em rendição se virando e rindo – Louco... – murmurei enquanto mentalizava no reequip a roupa que eu queria.

-Eu disse que te traria um café da manhã... – ele falou e eu olhei por cima do ombro para uma bandeja cheia de comidas que eu gostava em cima da cama – Imaginei que não iria querer ver Zeref logo na manhã seguinte a noite que passou chorando por... – interrompi Gray rapidamente já reequipando.

-É não quero mesmo... – falei em meio a um suspiro e ele riu pelo nariz.

-Imaginei... – ele falou.

-Pode se virar... – falei e o mesmo se virou me vendo já vestida enquanto secava meu cabelo.

-Lucy eu sinto muito pelo seu cabelo... – Gray falou com um olhar de pena e eu suspirei triste.

-Não é nada comparado ao que já perdi embarcando nessa missão suicida – falei e sorri – Mas arigato por se preocupar Gray... – falei e olhei para a bandeja cheia de guloseimas que eu gostava em cima da cama – Você é incrível Gray... – falei sincera e me sentei na cama quase babando pela comida a minha frente, logo comecei a devorar tudo e Gray riu.

-Nada de dá falta de fome não é loirinha? – Gray zoou e eu revirei os olhos enquanto comia.

-Não vai pegar nada mesmo? – perguntei com uma sobrancelha arqueada.

-E vai sobrar mesmo para você me oferecer? – Gray perguntou rindo e eu joguei uma almofada nele rindo junto com o idiota.

-Perdeu o direito do bolinho! – falei e ele riu.

-Perdi é? – ele perguntou e eu assenti enchendo minha boca com o chantilly daquela banana Split. Quando menos esperava Gray pegou o bolinho recheado de chocolate e pôs inteiro na boca fazendo meu coração doer.

-Gray Fullbuster! – eu gritei levantando e correndo atrás dele que fugiu de mim passando pela porta e indo para o corredor, antes que eu pudesse atravessar a porta para pega-lo ele a fechou e eu comecei a bater na mesma pedindo para que ele abrisse, claro não resultando em nada – Gray! Abre essa porta! – bati novamente na mesma e depois de alguns minutos nisso ele abriu rindo como uma hiena – Não tem graça! Você comeu meu bolo de chocolate! – falei irritada.

-Okay loirinha eu te pago um quando tudo isso acabar, pode ser? – Ele perguntou estendendo seu dedo mindinho para mim e eu bufei.

-Eu não tenho mais cinco aninhos... – falei relutante quando a parte do dedo mindinho.

-Fala isso porque não se viu correndo atrás de mim por causa do “roubo do ano de bolinho” hahahahahaha – ele falou e eu revirei os olhos e depois sorri – Então senhorita Heartphilia, vai ou não querer seu bolo de volta quando isso acabar? – ele perguntou por fim e eu o olhei com um olhar preocupado.

-Mas quem pode nos garantir que tudo ficará bem? – perguntei e ele sorriu terno.

-Então prometa pra mim que quando isso acabar iremos tomar um café e comer bolo, assim você terá que cumprir o que disse e saberá que tem que fazer algo depois de tudo, e isso te dará forças para passar pelo agora. – Gray falou e eu sorri encaixando meu mindinho ao dele.

-Quanto tempo não ouço você filosofando Gray hahaha – falei rindo e ele riu junto – Então... É uma promessa. Você vai ter que se virar para comprar meus bolos!

-Que história é essa de “bolos”? – ele perguntou tirando seu mindinho de perto do meu.

-Vou amar te deixar paga-los para mim – falei sorrindo e ele riu.

-Isso é sacanagem – ele declarou e eu ri.

-Sacanagem é fechar a porta na minha cara! – inverti as posições da discussão e ele me olhou com cara de “ah vai ser assim?”.

-Sacanagem é você não comer o café da manhã que eu te trouxe completo – falou e eu estranhei e ri – Anda, anda, anda você vai comer porque eu não o fiz pra nada – ele falou me empurrando para dentro do quarto comigo protestando.

-Ei! Para de me empurrar! Aonde você vai? – perguntei vendo que ele fechava a porta enquanto me colocava para dentro.

-Vou resolver uns assuntos. Eu sei que você me ama e tals, mas eu já estou a mais de 24hrs contigo – ele falou e eu desviei o olhar como quem não soubesse de nada – Vamos com calma porque eu sinto que estamos indo rápido demais e eu não quero me envolver em um relacionamento agora... – Gray brincou fazendo uma voz mais afeminada e eu comecei a gargalhar alto.

-Hahahaha você não presta Fullbuster – falei tentando controlar o meu riso e ele assentiu convencido.

-Aham. Bom, eu vou lá, até mais loirinha – ele falou e eu assenti – Vai ficar bem? – ele perguntou e eu assenti.

-Claro, estou melhor agora. Arigato por tudo... – falei e ele me puxou para um abraço e beijou minha testa em forma de carinho.

-Se precisar de mim me chame viu – ele falou e eu assenti, ele desfez o abraço e saiu pela porta, mas antes que eu deixasse de ouvir seus passos ouvi seu grito: - E vê se come! – dei risada de imediato, de fato, Gray é o melhor amigo que eu poderia querer, o irmão mais velho que sempre quis.

[...]

Gray on

    Suspirei fundo ao finalmente deixar a presença de Lucy. Preciso fazer com que Zeref retire a enorme desgraça que ele fez a ela, nem que pra isso eu tenha que vender minha alma a ele...

    Continuei caminhando até vê-lo no jardim atrás do castelo através de uma janela do corredor. Ele observava alguma coisa nas arvores do outro lado do lago, mas isso não importa agora não é mesmo? Fui até ele rapidamente e parei de andar um pouco antes de chegar próximo a ele.

-Zeref! – o chamei e ouvi o suspiro do mesmo.

-E lá vamos nós ao ato nobre e cavalheiresco do melhor amigo defender a amiga tentando me matar... – Zeref falou com ironia e se virou para mim com seus olhos e rosto impassíveis como sempre.

-Eu tomei minha decisão quanto ao seu plano de impedir Natsu – falei sem delongas irritado o bastante para regredir meu tempo de vida mais ainda com a magia Devil Slayer se fosse para mata-lo ali mesmo.

-Oh... E qual seria? – ele perguntou se mostrando um pouco mais interessado.

-Eu o farei, mas com uma condição... – falei friamente e ele olhou fundo em meus olhos.

-Você quer que eu liberte Lucy do selo de prisão... – ele deduziu rapidamente e eu permaneci inerte confirmando o que ele havia falado.

-Se libertar Lucy do selo de 1km, eu impedirei Natsu de chegar a Alvarez. – falei convicto, mas com cada palavra que pronunciava sendo como uma facada no peito.

-Pois bem... – ele falou e sorriu de leve para mim, que já ia me virando para ir embora – Gray... – ele me chamou e eu parei sem me virar esperando que ele prosseguisse – Por que se importa tanto com Lucy? Você não é nada dela que eu venha a saber... – ele falou e eu ri pelo nariz demonstrando sarcasmo.

-Nem que ela me odeie, ou me queira morto, eu jamais irei deixar de cuidar daquela garota. Porque a loirinha, a Lucy, ela é minha melhor amiga... – falei e o olhei por cima do ombro com um meio sorriso e me virei novamente – Partirei amanhã antes do sol nascer...

[...]

Autora on

//Cidade de Magnólia//

-Sting-sama... – Yukino chamou o loiro até então despercebido do que acontecia a sua volta, sentado no telhado da guilda Fairy Tail.

-Yukino...? – ele rapidamente olhou para a mesma que sorriu – O que está fazendo aqui? É perigoso, você pode cair e... – ele foi interrompido pela albina.

-Então porque o senhor está aqui se é tão perigoso? – ela retrucou ainda sorrindo fazendo com que Sting suspirasse um sorriso também.

-Eu só estava pensando na situação que o Natsu-san deve estar... – Sting confessou olhando novamente par o céu.

-Realmente, perder a pessoa com quem mais nos importamos é a coisa mais terrível que pode acontecer com alguém... – a albina falou compreensiva se sentando ao lado do loiro e olhando para seus pés.

-O Natsu-san ama a Lucy-san... – Sting deu uma leve pausa – Isso triplica a dor dele. – o loiro – Não imagino como seria pra mim perder a mulher que eu amo... – ele falou com um olhar triste o que fez Yukino palpitar quanto a essa mulher de quem seu amigo falava.

-Tenho certeza que o senhor fará de tudo para protegê-la se necessário... – Yukino falou sorrindo de leve sem olhá-lo.

-Espero estar lá por você se necessário então... – Sting falou e Yukino olhou para o mesmo com os olhos arregalados e o rubor em seu rosto começando a se destacar.

-Hey vocês dois! – ambos ouviram a voz de Mavis gritando por eles e olharam para baixo, Yukino nem tanto tentando esconder a vergonha que estava naquele momento – Venham logo! Vamos separar ambas as guildas em grupos! – Mavis completou e Sting assentiu.

-Já estamos descendo Mavis-sama! – Sting falou e a pequena deixou ambos em paz novamente – Não acredito que ela tenha 10x a minha idade – Sting falou para Yukino rindo sem perceber muito o quão encabulada a albina estava.

-V-v-vamos d-descer! – Yukino se levantou rapidamente deixando Sting confuso, mas o mesmo não a questionou e apenas a seguiu.

[...]

-Bom como vocês sabem, a Sabertooth aceitou dar apoio a Fairy Tail após saber da situação de nossos companheiros, e com isso vieram nos ajudar de boa vontade – Macarov falou simples com Mavis e Sting ao lado dele.

-Todos os membros da Saber aceitaram ajudar a Fairy Tail e o Natsu-san, que aos poucos foi se tornando um amigo importante para todos. Então deem o seu melhor nessa batalha, porque eu tenho que lhes avisar, ela será catastrófica. – Sting falou mais seriamente e os membros de ambas as guildas ficaram hesitantes.

-Por isso, temos que perguntar agora. Se há alguém dentre os aqui presentes que não queira se envolver nessa guerra pode se manifestar agora, pois ficar calado só confirmará que todos estão de acordo em se comprometer a ajudar – Mavis completou e todos passaram a cochichar entre si.

-Eu quero ficar – viu-se uma mão levantada em meio a todos, e logo todos se voltaram para ver de quem aquela mão pertencia.

-Lisanna? – Macarov falou surpreso (ou nem tanto).

-Hai mestre. Eu não vejo no que meus poderes em batalha lhes seriam úteis numa guerra contra Zeref, e eu não tenho nenhum vinculo com a Lucy, então prefiro ficar – a albina falou e Erza se desvencilhou dos braços de Jellal.

-Você não acha que deve isso à ela depois do que fez?! – Erza perguntou irritada com a atitude de Lisanna.

-Erza... – Jellal pôs a mão no ombro da ruiva, mas a mesma continuou.

-Não Jellal, ela tem que ouvir! – Erza falou voltando ao assunto – Você e seu ciúmes de Natsu não apaga o fato de Lucy ser uma companheira de guilda sua! Ou que ela está em perigo para proteger a nós e a você! – Erza ralhou mais irritadiça.

-Eu já a ajudei mandando Gray atrás dela com Hope! – Lisanna retrucou irritada por ser posta contra a parede na frente de todos.

-Escuta aqui! – Erza ia falar, mas fora interrompida por Macarov naquele momento.

-Erza já chega! – ele a repreendeu e a mesma se calou surpresa – Nós acabamos de falar que se alguém não se sentir a vontade em ajudar, pode se retirar do plano. Não irei obrigar um de meus pirralhos ou alguém da Saber a ir nessa missão caso não queira. – ele falou simples e Erza se virou com raiva saindo dali puxando Jellal pela mão com ela.

-Tudo bem Lisanna, se quiser se retirar da estratégia poderá fazê-lo quando quiser... – falou Mavis calma e a albina assentiu e seguiu para dentro da guilda sem fazer muito caso.

-Tem mais alguém? – Sting perguntou estranhando alguém que aparentemente era próxima de Natsu não querer ajudar.

-Todos aqui vão ajudar – Falou Rogue ao lado de Minerva com um sorriso.

-Eles irão pagar por mexer com a Bunny Girl gehe! – Gajeel falou com os braços cruzados.

-Sei que Natsu não perdoará Zeref por mais esta, e eu com certeza também não. Podem contar comigo e o Raijinshuu – Laxus falou com um sorriso desafiante.

-Vamos recuperar a Lu-chan! – Levy falou convicta.

-Com certeza iremos trazê-la de volta – Minerva se pronunciou e Yukino assentiu.

-Vamos trazer a Lucy-san! – Yukino falou animada e com isso os três mestres sorriram.

-Yosh! – Sting gritou sorrindo e Mavis riu do mesmo.

-Arigato minna! – Mavis falou sorridente.

-Então vamos separar as tropas e seus líderes... – Macarov falou e todos assentiram.

[...]

-Erza espera! – Jellal falou puxando o braço de Erza e a virando para si.

-Jellal me solta! Eu estou avisando! – ela ameaçou e o mesmo puxou-a pela cintura colando seus corpos e a mesma começou a bater no peito dele tentando se soltar.

-Ei! – ele a repreendeu segurando seus pulsos enquanto ela gritava incessantemente para se soltar. Então ele a beijou e a mesma parou de se debater surpresa, até que o mesmo separou seus lábios dos dela.

-O que...? – ela começou, mas fora cortada.

-Foi o único jeito de te calar. Agora vai me ouvir ou não? – o azulado perguntou e a mesma assentiu emburrada – O que foi aquilo? Por que está tão irritada? – Jellal perguntou completamente confuso e ela suspirou não querendo falar – Erza...

-Okay! – ela falou impaciente – Aquela garota que se retirou já brigou com Lucy por causa de Natsu e quase a feriu no processo. Me indigna que, no momento em que Natsu mais precisa dela para ajudar Lucy, que também é companheira de guilda dela, ela se retire jogando uma desculpa de “não serei útil e não tenho nenhum vinculo com ela”. – Erza falou ainda com raiva e Jellal suspirou.

-Mas não podemos força-la a ajudar Erza... – Jellal falou simples e Erza se soltou dele com raiva.

-Jellal até você?! – ela perguntou com raiva e o mesmo suspirou passando a mão no cabelo.

-Não é assim Erza... – Jellal tentou chegar perto novamente, mas Erza se afastou.

-Eu assim, só acho, que ela deve isso a Lucy! E ainda mais ela que se diz amar o Natsu. Como ela pode virar as costas pra isso e ficar com pessoas passando a mão na cabeça dela? Ainda mais o meu namorado que deveria estar do meu lado! – Erza falou completamente irritada e Jellal a olhou com um sorriso no rosto.

-O seu o que? – Jellal perguntou sorrindo e ela ficou o olhando tentando revisar o que tinha falado até que se lembrou e corou na mesma hora.

-N-não mude de assunto! – Erza falou gaguejando e ele riu.

    Jellal se aproximou da mesma que virava o rosto para esconder o rubor em seu rosto.

-Okay eu não vou mudar de assunto... – Jellal falou e deu um beijo na bochecha da ruiva de leve a fazendo virar o rosto e receber um selinho do mesmo – Mas o que pretende fazer quanto a isso Erza? Você não pode hipnotiza-la para fazer o que é certo... – Jellal perguntou e a mesma suspirou pesadamente.

-Eu sei... Mas não vou ficar aqui organizando tropas, pelo menos não depois disso. Se eu tiver que ver mais pessoas se afastando dessa causa eu vou explodir. – Erza falou cansada.

-E o que vamos fazer? – Jellal perguntou e Erza o olhou surpresa pelo “vamos”.

-Você é um idiota... – ela falou lhe dando um selinho enquanto o mesmo ria – Eu vou até Natsu, evitar que ele estrague o ataque da linha de frente, ao menos tentar acalma-lo para que ele não faça nenhuma besteira – Erza completou e Jellal assentiu.

-Okay, então quando você falar nós vamos – Jellal falou e a mesma sorriu.

-Okay... – ela falou e o ia beijar novamente, mas fora interrompida por uma voz conhecida.

-Erza-san? – ambos se separaram assustados ao ver Wendy com Charles e Happy consigo.

-W-wendy! – Erza se arrumou constrangida pela mesma ver seu quase beijo com Jellal.

-Etto... Gomene atrapalhar... – a azulada falou envergonhada – Mas será que eu posso ir com vocês dois até o Natsu-san? – ela perguntou.

-Onegai Erza! – Happy falou chorando.

-Happy você não estava com ele? – Erza perguntou confusa.

-O Natsu me pediu para voltar... Ele estava muito mal quando o vi pela ultima vez, ele teve um pesadelo e quando acordou me pediu para retornar do hotel que estávamos até a guilda. Disse que me queria seguro, mas... Ele é meu amigo! Eu não queria vir, mas ele me obrigou, dizendo que iria trazer a Luxy de volta de qualquer maneira e que não podia ficar se preocupando com a minha segurança se fosse realmente invadir Alvarez... – o pequeno Exceed falou em meio ao choro e Erza o olhou com pena.

-Então a situação é pior do que eu esperava... Natsu já está a caminho, e se ele não queria Happy por perto para invadir Alvarez... – Erza deu um breve pausa – Ele não vai ter diferenciar amigos de inimigos... – a ruiva completou e todos ali tiveram o mesmo pressentimento ruim – Eu já vi Natsu descontrolado... Isso não é bom! Temos que ir o quanto antes! – Erza falou preocupada e todos assentiram.

-Eu posso fazer com que voemos e cheguemos ao Natsu-san antes que ele chegue a Alvarez, mas se eu o fizer ficarei sem magia para curar qualquer ferimento que possa ocorrer... – Wendy falou e Erza assentiu.

-Faça-o em nós três onegai... – Erza pediu e a pequena assentiu se concentrando.

-Vento rápido que corta os céus... VERNIER! – a mesma falou e logo círculos mágicos surgiram nos pés dela, Erza e Jellal os capacitando de voar – Se formos rápidos poderemos chegar ao Natsu-san em dois dias – Wendy completou e Erza assentiu.

-Vamos alcança-lo sim... – Erza falou e todos partiram dali mesmo.

[...]

//Castelo do Imperador//Alvarez//

     Zeref procurava incessantemente por Lucy pelo castelo. Infelizmente, ao colocar aquele selo na mesma, ele ficou impossibilitado de ter a sua localização sempre que quisesse, era quase como um bloqueio a magia do selo naquele quesito.

    O mesmo desceu até a ala de treinamento e finalmente a viu. A mesma tinha ativado o materializador de obstáculos e estava impressionantemente fazendo as enormes rochas que vinham em sua direção se destroçarem com a pressão imposta pelo seu punho.

-Vejo que já se recuperou do recente novo trauma... – Zeref falou e Lucy continuou desviando e socando as rochas que vinham em sua direção, até que o mesmo desativou o projetor fazendo-a voltar sua atenção para si.

-O que o senhor quer?! – Lucy perguntou ríspida e Zeref a olhou um pouco surpreso. Um sorriso surgiu em seus lábios.

-Está agressiva hoje Heartphilia... – Zeref ironizou e ela bufou passando por ele em direção da saída da ala de treinamento.

-Estou indo... – ela falou curta e grossa e ele lhe segurou pelo braço a fazendo se virar para encara-lo.

-Você tem que treinar comigo – Zeref falou e ela o encarou friamente.

-Não eu não tenho – Lucy falou irritada e tentou se soltar falhando.

-Já se esqueceu do nosso acordo, de Acnologia ou do mundo? – Zeref perguntou irritado.

-E você se esqueceu do que fez a mim a não muitas horas atrás?! Que eu saiba aquilo não estava incluso em nosso acordo! – a loira ralhou sem paciência.

-E falar com Natsu estava?! – Zeref retrucou não se deixando vencer.

-Você quer que eu treine com o senhor não é?! – Lucy perguntou desvencilhando seu braço da mão de Zeref com força e batendo na mesma – Então vamos treinar! – Lucy falou e deu um pulo para trás e quando caiu deu um chute no chão fazendo o mesmo se rachar e Zeref ser obrigado a esquivar para não ser atingido pela enorme fenda que se abriu no chão.

-O que...? – Zeref perguntou surpreso pela tamanha raiva de Lucy, em nenhum treinamento em que ele estava ela havia conseguido fazer isto.

-Está na hora de acabarmos com esta droga de treinamento! – Lucy falou convicta e partiu novamente para cima de Zeref.

[...]

Continua...