História Magcon Tour - Recomeços

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@HannahCollins Aquela foto de fã.

@JustinBieber, @CameronDallas, @NashGrier, @MatthewEspinosa, @CarterReynolds, @MahoganyLox, @AaronCarpenter, @ShawnMendes, @JackJ, @JackGilinsky, @TaylorCaniff  + 2.997.499 mil curtidas.

@NashGrier E nessa foto podemos ver claramente o quanto o @JustinBieber se abaixou para receber um beijo da Naninha

@TaylorCaniff Poderosa

@MissGrier Cheguei porque meu neném apareceu por aqui

@EuVouMagconTour MEUS ÍDOLOS JUNTOS, ALGUÉM ME SEGURA

@BabyDoCam MENTIRA QUE ELA CONHECEU O JUSTIN, mas ainda prefiro o Cam, sorry Bieber

@FCMagcon GENTE QUE AMOR ESSES DOIS

@HillaryGrier Hannah sendo gente como a gente

@MagconMyLife  HANNAH PODE COMEÇAR A CANTAR QUERIDA, QUERO UM FEAT

@LifeOfMagcult FOTO DO ANO, SIM OU CLARO?

@INeedMagconTour Oi meninas hoje vamos aprender a lacrar com @HannahCollins

@ILoveHannah As inimigas acham que eu tenho inveja delas, querida inveja eu sinto é do Bieber que conheceu a Hannah e eu não

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Poucos minutos antes do show

Hannah

Estávamos sentados no camarote, Lox, Shawn, Matthew, Taylor, Nash, Lily e eu, aguardando o início do show. Eu era menor de idade, mas aproveitamos que uma das assistentes da marca que era maior idade estava nos acompanhando e havia pedido bebida suficiente para todos. Aproveitei para experimentar novos tipos de álcool, ainda sabendo que dá última vez isso tinha dado muito errado.

Estava com um vestido que caía até metade das coxas, era azul escuro com decote coração, porém o decote era fechado por uma renda. A saia rodada dava movimento ao tecido. Nos pés um salto, chamado Cone segundo Lily, era preto, aceitei usá-lo desde que ela me guiasse já que eu era péssima em caminhar de salto. Por fim minha maquiagem com rímel, delineador, sombra e batom vermelho combinavam com o cabelo recém-descolorido nas pontas para o evento, já que segundo o mesmo Taylor que havia me incentivado a pintar, não combinaria com a ocasião atual. Acredite, ele havia sugerido que eu pintasse de preto, mas eu ignorei a sugestão. Ele caía em ondas até minha cintura.  Também tinha levado um blazer preto por precaução.

— Cameron queria chamar a gente para ir a uma balada perto daqui, mas eu disse que teríamos o show. — Nash comentou.

— Você não disse que eu viria, disse?

— Não, ele não me deixava falar, só ficava perguntando toda hora se eu realmente gostava de você, se eu pretendia te pedir em namoro, coisas desse tipo.  — Riu.

Peguei mais um copo do que parecia ser uma vodca. Bebi em um só gole.

— Ei vai com calma, você só tem quinze anos. — Taylor segurou meu copo. — Você também Shawn, quer se embriagar ou o que?

Notei que Shawn também parecia entretido com as bebidas.

— Você não tem moral para falar isso. — Retruquei, analisando a garrafa de vinho que estava ao seu lado vazia.

Ele revirou os olhos.

— Mas eu tenho e acho bom você se segurar sabemos quais foram às consequências da última vez que bebeu assim. — Lox me encarou, séria.

Cruzei os braços. Muitas vezes odiava o fato dela ser tão protetora comigo.

— Alias essa assistente vai estar muito ferrada se contarmos sobre isso aqui. — Ela apontou para as bebidas.

— Lox você não pode fazer isso, ela foi legal com a gente. — Nash suplicou, com as mãos unidas. — Imagina se o Bart tivesse vindo, estaríamos comendo pudim. — Riu.

— Ei, mas pudim é bom. — Lily retrucou, animada.

— Tudo bem. Só dessa vez, porque não quero perder o show. — Lox finalizou, virando-se para o palco.

Como se a atenção de Lox no palco tivesse algum efeito, a luz do local se apagou e o imenso telão que havia no palco começou a exibir efeitos especiais e uma música de fundo animada. Levantamos para poder observar melhor cada detalhe e aproveitei para gravar um vine, foi nesse momento que Justin Bieber entrou no palco e uma gritaria sem fim tomou conta do local.

— Obrigado New Jersey, estou muito feliz em estar aqui. — Disse ao microfone, o que fez com que a gritaria se estendesse muito mais.

Ele estava com roupas brancas e um óculos escuro, seu cabelo estava penteado para trás como um topete, o que, para mim, trazia um charme a mais.

Ele deu início ao show ao som de All Around the World, cá entre nós, minha música preferida o que me motivou ainda mais a cantar cada vez mais alto.

— You're beautiful, beautiful, you should know it… — Cantei, virando de costas para o palco, mas com a câmera a minha frente gravando o momento. — I think it's time, think it's time that you show it…

E assim o show foi seguido por inúmeras fotos, gravações de vine, coreografias impecáveis e gritos, em pouco tempo eu já estava rouca até finalmente ser declarado o termino e as luzes do palco se apagarem.

O suor descia por minha testa e eu sentia que já estava extasiada não só pela animação, mas pelos copos a mais que havia bebido entre as músicas.

— Tudo bem Hannah? — Nash interrogou enquanto eu dava risada de algo que nem eu mesma sabia o que.

— Mas é claro, eu estou ótima. — Gritei.

Notei que algumas pessoas gritaram de volta, possivelmente reconheceram nossos rostos.

— Estão prontos para os bastidores? — Uma moça se aproximou de nós, sorridente.

Deveria ser a assistente do Justin.

— Mais que prontos. — Taylor respondeu.

Caminhamos alguns corredores sendo parados algumas vezes para uma foto ou um abraço de fãs que saiam do Meet com Justin. Conhecemos a equipe e o camarim, mas ainda não o ídolo.

Foi então que a última fã saiu e me aproximei lentamente, pois ele estava de costas.

— Oi! — Sorri.

Ele virou-se. Agora estava com roupas pretas e uma jaqueta de mesmo tom, mas os óculos escuros e o cabelo intacto permaneciam.

— Hannah Collins? Finalmente pude te conhecer. — Ele me abraçou.

Tudo bem, ele não só sabia meu nome, mas também havia me abraçado. Respirei fundo para não enlouquecer.

Retribui o abraço.

— Você me conhece? Isso é tão incrível.

— Não só você... Nash Grier, Taylor Caniff, Matthew e Shawn! Acompanho a Magcon, afinal ela já é um sucesso. — Piscou.

 Então os meninos se aproximaram animados.

— Suas músicas são realmente muito boas. — Nash comentou.

— Elas são sim, as letras são encantadoras e mescladas a sua voz ficam incríveis. — Respondi.

— Obrigado. Se tenho um elogio vindo de você acho que já posso começar a me achar. — Sorriu, olhando diretamente para mim.

— Na boa, você é o Justin Bieber, já deveria se achar faz tempo. — Taylor revirou os olhos.

Rimos.

Conversamos por longos minutos, o que me surpreendeu já que depois de um show daqueles esperei um Justin cansado e mal humorado, mas ele pareceu gostar da nossa companhia.

Tirei uma foto no local do Meet e quando estava digitando a legenda para postar no Instagram, ouvi Nash se despedir de Justin e de sua equipe, porém quando eu fui fazer o mesmo com ele, fui surpreendida.

— Não se sinta na obrigação por eu ser quem eu sou, mas, se eu pedir para você ficar, você fica? — Sussurrou em meu ouvido, antes de eu me afastar do nosso abraço.

— Fico e não, não é por obrigação. — Sorri, me afastando. Afinal não queria que ele visse a reação da surpresa em meu corpo, onde meus pelos ficaram arrepiados.

— Hannah você vem? — Nash chamou, antes que eu pudesse responder, Justin tomou a frente.

— Já que ela ficou encantada com as letras das músicas, a convidei para conhecer um pouco mais do processo de criação. E ela aceitou, por livre e espontânea pressão. — Me encarou, rindo.

— Ah sim, claro. — Concordei, rindo.

Meus amigos me abraçaram, e Nash pediu discretamente que eu me cuidasse, respondi que já era grande demais para isso e ele riu, piada interna com a minha altura, certamente. Em seguida saímos do local do show sobre flashs de paparazzis e entramos em sua limousine, onde fomos levados para o hotel onde ele estava hospedado em New Jersey.

No caminho conversamos sobre a invasão da imprensa em nossas vidas e também sobre o lado bom da fama. Ele me contou como mudava de roupa tão facilmente entre o show e o meet & greet e como seus empresários eram chatos em relação aos seus envolvimentos amorosos.

— Isso deve ser realmente chato. — Confessei. — Ainda não cheguei ao ponto de ser controlada por empresários, mas imagino como deve ser horrível...

— Você nem sabe o quanto.

— Olha se tiver algum problema em eu estar aqui com você, pode dizer que eu vou embora.

— Se tiver algum problema eu ainda desconheço... Mas juro que vou embora com você.

Eu ri.

— Como assim?

— Fala sério... Você perderia a oportunidade de ser feliz?

— Oi? — Respondi, sem entender.

— É o que você tem feito a mim, desde o momento em que te vi cantando lá em cima, no camarote. — Sorriu, em seguida tocou minha mão. — Estou sendo feliz como nunca nos últimos meses. Sua empolgação é tão contagiante... Tão sincera.... — Respirou fundo. — Preciso arrancar mais sorrisos seus para que eu possa sorrir também.

Senti a brisa entrando pela janela da limousine, enquanto encarava seus olhos castanhos claros. Seu cabelo balançava conforme o vento e o sorriso extremamente branco. Talvez eu buscasse tantos detalhes nele, para ignorar o que acontecia em mim, uma sensação de nervosismo, mas feliz por ouvir que conseguia fazer com que alguém se sentisse feliz ainda estando destruída por dentro.

— Chegamos. — O motorista anunciou, interrompendo nossos olhares.

Entramos no quarto do hotel em que ele estava hospedado e lá conversamos mais sobre seu trabalho com as letras que muitas vezes compunha. Acompanhei alguns versos da música nova no violão e confessamos segredos em meio a copos de vodca, então meu celular vibra com mais de dez mensagens do meu irmão.

Jackson

“Então quer dizer que você está com Justin Bieber?”

“Hannah não faça nada que eu não faria.”

“Se não chegar em dez minutos, vou te buscar.”

“Hannah Rose Collins acho bom você começar a me responder.”

“Velho, é hoje que eu mato o Nash e você também, se não aparecer.”

— Justin, foi incrível te conhecer melhor... Porque você é uma pessoa incrível e... — Levantei da cama onde estava sentada, mas cambaleei para o lado, levemente tonta.

— Então quer dizer que já perdi você para seu namorado? — Ele levantou, segurando minha cintura.

— Namorado? Não, eu não tenho namorado...

— Hum, isso é bom. Porque eu tenho interesse.

Justin aproximou seu rosto do meu e eu senti sua respiração próxima a minha, certamente ele também já estava sob efeito do álcool. 

Mas nesse momento ouço batidas na porta e viro o rosto o que resulta em um beijo na minha bochecha.

— Acho que deveríamos atender.

— Eu discordo. — Ele alisou minhas bochechas, seu olhar agora era voltado para meus lábios.

Sorri sem graça.

Em seguida, com certa dificuldade, me desvencilhei de seus braços e abri a porta, me deparando com um Cameron de capuz e mãos no bolso e uma expressão curiosa.

— Eu vim buscar você. — Disse sério.

— Jackson mandou?

— Hãn... Sim claro... Jackson mandou. — Desviou o olhar.

Ah ele é um idiota, até parece que não sei me cuidar. — Revirei os olhos, mas quando fui dar um passo a frente tropecei e Justin novamente me auxiliou rindo.

Vi Cameron revirar os olhos.

— Não precisava se preocupar cara, eu a levava em casa sem problemas. — Disse, levantando a mão esquerda para apertar a do outro. — Sou Justin.

— Cameron. — Ele sorriu de lado, se aproximando de mim o que o fez ignorar o cumprimento de Justin.

Surpreendentemente ele me pegou no colo e saiu caminhando.

— Cameron me põe no chão, eu nem me despedi dele... Não sou mal educada como você.

— Hoje você não está em condições de discutir comigo. — Respondeu.

— Justin, me desculpa. — Gritei no corredor, o que rendeu a reclamação de alguns vizinhos.

— Sem problemas, eu vou te ligar. — Gritou de volta.

— Ah eu odeio você. — Mostrei a língua para Cameron, que me encarou rindo.

— Então voltamos aos velhos tempos. — Disse.

Não sei se por cansaço ou por estar farto de ouvir minhas reclamações Cameron me pôs no chão na rua e encarei a hora no celular, quase quatro da manhã.

Dei de ombros. Jackson iria me matar de qualquer jeito, então eu só precisava aproveitar as últimas horas da minha liberdade.

— Tinha esquecido que o hotel do Justin ficava em frente à praia.

— Hannah não, nós vamos para casa. — Cameron retrucou.

— Ah qual é, seu velho. — Brinquei. — Nós vamos se você conseguir me pegar. — Disse, enquanto saia correndo pela areia.

Querendo ou não, ele correu atrás de mim. Ele me alcançou pouco antes de chegar ao mar, mas como eu não estava no meu equilíbrio pleno, caía de costas na água e ele caiu por cima de mim.

Engoli água com sal, mas levantei rindo daquele desastre inesperado. Cameron retornou minutos depois, cuspindo a água que possivelmente também tinha engolido e tirando o moletom, exibindo seu abdômen.

— Primeiro tenta me afogar, agora me seduzir, quer me matar mesmo garoto? — Disse, rindo.

— O afogamento não foi planejado, mas eu até entendo que possa matar, mas isso aqui? — Ele alisou seu corpo. — Não sabia que tinha esse poder todo.

— Metido. — Pensei. Em seguida arranquei meu vestido, eu estava com roupas íntimas, mas também com um short, velho método de precaução.

Definitivamente não sei o que deu em mim, porque quando ele começou a me encarar, senti minhas bochechas esquentarem.

— Uou. — Ele desviou o olhar. — Golpe baixo.

— Devolvi na mesma moeda. — Pisquei.

A madrugada era estrelada, mas aos poucos o sol ia surgindo por entre as nuvens. As ondas do mar nos afastavam da areia, e minha respiração estava muito próxima da dele, como da primeira vez. Senti que involuntariamente, estávamos aproximando nossos corpos e o toque de suas mãos em minha cintura gerava sensações estranhas em meu corpo que para mim já haviam sido extintas.

Mas então a cena, Bárbara e ele mais unidos em um beijo de tirar o fôlego e então eu empurrei seu corpo para trás, e disfarcei rindo.

— O que estou fazendo? De novo alimentando velhas expectativas. — Suspirei, começando a nadar de volta para a areia.

— Hannah... — Ele gritou, nadando até mim e segurando minha mão. — Eu preciso me desculpar com você... Não foi certo brincar com seus sentimentos por medo dos meus, eu sinto muito.

Eu sorri.

— Me desculpe também por pressionar você com isso, foi infantil da minha parte, mas eu finalmente entendi que somos melhores assim, amigos. — Beijei sua bochecha, me desvencilhando dele e voltando para praia.

Mas, por mais que eu quisesse acreditar em minhas palavras, algo dentro de mim se recusava a isso. Eu só precisava que ele dissesse que eu não estava errada em acreditar em nós, mas o silêncio contrariou minha vontade e também as velhas borboletas no estômago, que agora, estavam mortas.

Por isso, evitei olhar para trás, eu só queria seguir em frente.