História Magcon Tour - Coachella Parte 1

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@MatthewEspinosa E no fim, sempre foi você. #Coachella2015

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@TaylorCaniff @AquelaClaire

@AquelaClaire TE AMO

@NashGrier @AquelaClaire O MATT É MEU

@HannahCollins @MatthewEspinosa A CLAIRE É MINHA

@NajasSquad QUAL É O PROBLEMA DE MARCAR PESSOAL? ACHO QUE VOU CRIAR UM TUTORIAL

@ShawnMendes Casal diabetes

@AquelaClaire BERRO QUE O SHAWN É A NEW NAJA

@MulherDoEspinosa Nunca gostei dela

@INeedMagcon Diria que é meu casal preferido mas sigo firme no #TeamDallins, por falar nisso, CADÊ INTERAÇÃO MORES? @CameronDallas @HannahCollins

@UnitedForMagcon @MulherDoEspinosa Ninguém se importa

@MagconMyLife MINHA FILHA CLAIRE CRESCEU TANTO

@GirlOfGrier ALGUÉM TIRA UM PRINT DAQUILO ANTES QUE ELA APAGUE

@LifeOfMagcult MEU AMOR A CLAIRE É A RAINHA DO AFRONTE SE TEM UMA COISA QUE ELA NÃO VAI FAZER É APAGAR, TE AMO @AquelaClaire

Hannah

Depois da repercussão na premiação do Teen Choice Awards, Cameron decidiu me surpreender com ingressos para o Coachella e pela primeira vez estávamos agindo como adolescentes normais que se preparavam para o evento.

Iriámos dirigir a noite toda até o local, como um velho grupo de amigos e passar três dias acampando no festival.

— E até hoje você ainda não me contou o porquê daquela última crise de ciúmes. — Comentou enquanto colocava as últimas malas no porta-malas.

— Não sei por que você insiste em saber. — Retruquei encostando-me a Kombi.

Ele colocou uma das mãos rente com a minha cintura e me encarou nos olhos.

— Porque eu me importo com você.

— Então, estava com ciúmes porque me importo com você. — Sorri, me desvencilhando dele.

Cameron suspirou.

— Pode confiar em mim sabia?

— Acha mesmo que se eu não confiasse entraria nesse carro com você dirigindo? — Brinquei, fugindo do assunto.

— Não me lembra de que é ele quem vai dirigir, estou quase desistindo. — Claire comentou.

Gargalhei.

— A culpa não é minha se o meu namorado é maior de idade e o seu não. — Retruquei, Matthew fez cara de ofendido e eu apertei suas bochechas.

— Faltam só alguns meses. — Respondeu.

Despedi-me do meu pai e de Jackson que relutou muito antes de me deixar ir e adentramos a estrada rumo ao Coachella. Durante a viagem, colocamos os assuntos em dia e Taylor trocou bandanas comigo para usar no evento, cada dia mais ele alimentava meu vício. Nash não parava de comer, e senti vontade de expulsar Matthew e Claire por tanta melação dentro do carro.

— Pelo amor, será que vocês podem parar? — Briguei, empurrando Matthew para cima de Claire para que eles parassem de cair em cima de mim toda vez que iniciavam um beijo novo.

Todos presentes começaram a rir, sendo Shawn, Aaron e Maia, Taylor e Summer, Matthew e Claire, Justin e América, Lilith e Nash, Cameron e eu.

— Só você está incomodada amiga. — Claire riu, limpando o batom no canto da boca.

— Aposto que Shawn também está. — Cruzei os braços, indignada. Mas Shawn levantou a mão para batermos um hi-five.

— Shawn sempre vai estar incomodado, ele nunca sai da fossa. — Taylor brincou, colocando o braço em volta do pescoço de Summer gerando algumas risadas.

— Não sai porque ele não quer, tem um monte de garotas atrás dele, mais do que de você. — Retruquei, gerando mais uma crise de riso.

— Acho bom, já que eu estou de olho. — Summer beijou a bochecha dele.

Desde que eles haviam começado a namorar, ela era quem apartava minha relação de amor e ódio com Taylor. 

— Tudo bem, agora acho que é a minha vez de dirigir. — Justin selou os lábios de América e saltou para o banco da frente.

— Você não nos contou mais sobre aquele estágio no Brasil, cumprimos a missão de te fazer ser demitida e agora está aqui para se vingar? — Taylor soltou, naturalmente.

Ela sorriu.

— Eu quis sair. — Explicou. — Percebi que coloquei a minha carreira acima do que eu sentia e já estava na hora de acabar com isso, por sorte, os Estados Unidos me recebeu com uma nova oportunidade de trabalho que não ocupava tanto meu tempo quanto era lá.

Parei por alguns segundos absorvendo a informação, quando Cameron abre a porta ao meu lado e se senta agarrando minha cintura. Aproveitei para colocar minhas pernas em seu colo.

— Pelo visto não foi só os Estados Unidos que te recebeu de braços abertos. — Taylor respondeu, apontando para Justin que gargalhou. — Não podemos esconder o quanto o Cameron, principalmente, ficou feliz com seu aparecimento América, sério. — Acrescentou.

Cameron arregalou os olhos, e eu fiz o mesmo.

— Como assim? — Ela questionou.

— Você não sabia que o Justin já quis pegar a Hannah? — Comentou.

Senti minhas bochechas enrubescerem, mas ainda sim Taylor continuou despejando nosso passado para América que ria descontraída, tentei calar ele várias vezes, mas ele se divertia com a situação tanto quanto a morena. Cameron parecia um tanto quanto tenso em falar sobre isso, mas encostei minha cabeça em seu ombro e acariciei sua nuca o que de alguma forma o fez relaxar, e depois disso, adormecer.

...

Chegamos por volta das três da madrugada, e como Cameron não estava mais na Kombi infelizmente fui acordada pelos gritos mais que indelicados de Taylor. Ajudei Claire a arrastar suas três malas até o camping, onde pegaríamos uma tenda, mas antes disso precisamos colocar as pulseiras de identificação e preencher a documentação necessária.

O camping era enorme, de grama verde e bem aparada e com grandes tendas espalhadas. Ele ficava dentro do próprio evento e optamos por essa forma de hospedagem por não levar muito tempo para chegar ao local. Encarei o número 43 no papel entregue por um segurança para nós, e reconheci o mesmo em uma tenda afastada.

Avaliando a aparência externa jamais deduziria o quão grande era à tenda. Composta por uma cama de casal e uma de solteiro, dois pequenos criados mudos com abajur e um pequeno guarda roupa que com toda certeza teria apenas capacidade para as roupas da loira.

Lilith se jogou na cama de solteiro e bastou um olhar entre eu e Claire para largamos as malas e corrermos para a cama de casal pulando inúmeras vezes.

— Qual é o problema de vocês? — A morena arregalou os olhos assustada.

— Teste drive, nunca ouviu falar? — Coloquei a mão na cintura, encarando-a.

— Para mim, está aprovadíssima. — Claire disse, jogando-se na cama e eu fiz o mesmo deitando ao seu lado.

...

Dormir cedo com certeza estava fora de cogitação, estávamos tão em êxtase com a chegada que permanecemos conversando a madrugada toda e somente no outro dia, por volta do meio dia levantamos ao som das atrações que já rolavam no festival.

Empurrei Claire de cima de mim, peguei minha mochila e corri até o trailer mais próximo para realizar minha higiene matinal. Não demorou muito para que elas chegassem também e passássemos a discutir o traje daquele dia. Fui a primeira a terminar os preparativos, estava com uma saia longa florida, cropped preto, uma sandália baixa e inúmeras pulseiras no pulso. Meu cabelo estava levemente ondulado, solto e um chapéu preto protegia do sol forte que fazia.

— Como assim você não vai usar bandana hoje? — Taylor enlaçou seu braço em meu pescoço enquanto caminhávamos pelo camping.

— Há essa hora é meio impossível. — Olhei de canto para o sol, abaixando a cabeça em seguida.

Ele bufou.

— Chapéu é para os fracos. — Riu, pegando o objeto e saindo correndo.

Precisei morder o lábio inferior para não gritar em público, por sorte Summer estava saindo da tenda na hora.

— Será que você pode conter seu namorado? — Coloquei as mãos na cintura. — Ele tem cinco anos ou o que?

— Não é só ele. — Retrucou, encarando a brincadeira de Taylor, Nash e Cameron.

Ainda não conseguia acreditar que eram essas mesmas criaturas que eu não conseguia viver mais sem.

Claire e Lilith aparentemente estavam prontas, assim como América que alisava o vestido florido. Caminhamos para fora do camping até um restaurante próximo e comemos algumas frutas antes de ir até o palco principal onde rolava o show de bandas alternativas.

E o festival seguiu-se assim, lanches rápidos, fotos e vídeos para alimentar as redes sociais, e na maior parte do tempo ao som de algo dando preferências as nossas bandas e cantores prediletos como foi o caso de AC/DC, e devo mencionar que Taylor me fez usar uma bandana vermelha ao invés do chapéu que eu nem sabia o que ele havia feito com ele, e a noite, Cameron me acompanhou até a tenda onde eu notei que havia perdido uma das minhas companheiras.

— Claire não está aqui. — Comentei mais para mim do que para ele, pois eu sabia exatamente onde ela estava.

Cameron sorriu de lado.

— Acho que isso aqui é seu. — Ele revelou meu chapéu anteriormente escondido em suas costas.

— Não acredito que estava com você o tempo todo. — Resmunguei, deferindo um tapa em seu braço.

Ele acariciou fingindo sentir dor.

— Onde mais estaria?

— Eu sei lá, ás vezes acho que Taylor tem uma queda pelas minhas roupas assim como eu tenho pelas bandanas dele. — Expliquei, e ele riu.

E nesse momento ouvimos Taylor e Summer correrem para sua tenda que por sinal era ao lado da minha definitivamente eles não eram discretos.

— Espero que você consiga dormir hoje. — Ele comentou com as mãos no bolso da calça.

Involuntariamente percebi que sua bandana vermelha combinava com a minha.

— É, eu também. — Respondi, sem graça. Era engraçado como desde que eu havia colocado a minha primeira vez na cabeça tudo com ele fluía com certo receio. Anteriormente, o convidaria para a minha tenda e passaríamos a noite juntos, sem precisar de nada a mais, mas de repente, eu sentia medo de decepcioná-lo.

— Então, acho que é hora de ir... — Disse, assenti com a cabeça o que me fez ter mais raiva ainda de mim mesma e senti seus lábios tocarem os meus em um selinho. Em seguida ele caminhou de costas para mim.

— Cameron não vai dormir aqui hoje? — Lilith questionou saindo da tenda, ela segurava um pijama.

Neguei com a cabeça.

— Eu quero que ele fique, mas... Não consigo. — Cruzei os braços. — De uma hora para a outra parece que o mundo inteiro quer que a gente faça sexo para provar que estamos juntos.

— E quem falou em fazer sexo? — Lily arregalou os olhos. — Ah qual é Hannah, você não confia no seu namorado?

Instantaneamente senti minhas bochechas esquentarem.

— Não é isso é só que... — Tentei encontrar as palavras certas, mas simplesmente não saía nada.

— Um relacionamento vai muito, além disso. — Ela sorriu. — E eu acho que a única que está passando por uma provação aqui é você contra você, querendo ser como todo mundo. — Mordisquei o lábio inferior admitindo certa verdade naquilo. — Será que você pode simplesmente ser você? Afinal, foi por essa garota que ele se apaixonou. — Concluiu. Senti meus olhos marejarem e a apertei em um abraço que durou alguns segundos até Nash surgir das sombras acenando para ela.

— Vamos ver um filme hoje, vocês podiam fazer o mesmo. — Comentou antes de sair correndo. — E se rolar, rolou. — Piscou risonha.

Estranhamente eu me sentia mais confortável e talvez essa sensação que tenha me feito ir atrás dele ainda naquela noite.

...

Assim como da última vez Cameron estava de costas para mim, eu não sabia ao certo se ele encarava o céu ou a roda gigante, quem sabe os dois? Parecia distraído com as mesmas mãos no bolso e uma respiração tranquila. Abracei sua cintura por trás, e imediatamente ele despertou.

— Achei que não te veria mais hoje. — Virou-se, sorrindo para mim.

— É, eu também achei que não. — Sorri de lado, segurando seu rosto. — Me desculpe, eu tenho sido uma namorada horrível nos últimos dias. — Confessei.

Ele suspirou.

— Preciso concordar. — Arregalei os olhos, tudo bem eu sabia que era verdade, mas a confirmação vinda dele só piorava. — E novamente eu consigo despertar essa cara de choque mesmo depois de anos. — Gargalhou.

Revirei os olhos.

— Você faz brincadeira até das coisas sérias, assim não dá.

— Não tem como falar sério com você Hannah, olha o seu tamanho. — Brincou. Precisei dar outro tapa em seu braço mas ainda sim ele continuou rindo.

— Tudo bem foi uma péssima ideia te encontrar agora. — Fiz drama, caminhando para longe dele, mas imediatamente Cameron agarrou minha cintura, beijando meu pescoço, o que gerou um leve arrepio em meu corpo.

— O que posso fazer para você me perdoar? — Sussurrou.

— Eu diria comprar um caminhão de sorvetes, mas aquela roda gigante parece mais perto do que nunca. — Encarei seu rosto, que desviou o olhar.

— Tem certeza de que não vai ficar com medo?

— Tem certeza de que sua preocupação real é essa? — Mostrei a língua, rindo. Não esperei uma resposta, segurei sua mão arrastando seu corpo até a fila, pagamos as entradas e logo já estávamos nas alturas.

Cameron encostou a cabeça no suporte e fechou os olhos, por um momento achei que como eu ele estava sentindo a brisa sobre os cabelos, ou quem sabe relaxando por finalmente ter um momento de paz diante de tudo, mas quando toquei suas mãos elas suavam frio.

— Então você tem medo mesmo? — Disse incrédula. Nash havia me dito uma vez, mas eu me recusava a acreditar.

Ele abriu os olhos e fitou o céu.

— Não é medo, é só que não tenho boas recordações de parques de diversão, você sabe, nunca fui muito enturmado na escola e nos passeios não era diferente. Medo consegue ser bem pior que isso. — Explicou.

Engoli em seco. Assim como eu, as lembranças escolares dele não eram nada boas.

— Do que você tem medo? — Soltei, encostando minha cabeça no suporte e mantendo minha mão segura na sua.

— De perder você. — Respondeu tão rápido que me perguntei se ele tinha pensado naquilo.

Senti as batidas de o meu coração acelerarem, e com toda certeza que suava agora era eu.

— E você? — Questionou, notei que ele ainda olhava para o céu. — Do que você tem medo?

Respirei fundo.

— Eu sou feita de medos, mas agora eu diria que meu maior medo é não ser suficiente para você.

Cameron levantou a cabeça, me encarando curioso.

— Como assim?

— Eu sei lá... Nós somos tão diferentes, e as meninas com quem você já namorou eram bem mais maduras que eu além é claro do fato de estarmos juntos e ainda não ter rolado nada enquanto todos esperam mais... — Desabafei, ele me encarava perplexo e precisei cobrir o rosto com as mãos para evitar o constrangimento.

Sua risada foi o que quebrou o silêncio.

— Então era isso? Quero dizer, suas crises de ciúmes sem um motivo aparente e o medo de ficar sozinha comigo? — Permaneci com as mãos no rosto, a cada nova frase eu me sentia mais envergonhada. — Porque não desconfiei disso? Afinal, você sempre foi tão única. — Ele segurou minhas mãos, levando elas até meu colo. — E é exatamente por isso que eu me apaixonei por você Hannah. — Pisquei algumas vezes assimilando o que ele dizia. — Porque você não é quem eu procurava, mas foi mais do que eu esperava. — Ele arregalou os olhos parecendo chocado com a própria fala e eu não contive o riso. — Entende de uma vez que eu quero só você garota, e vou te esperar pelo tempo que for. — Respirou fundo. — Hannah Collins é um tipo de vício que eu não me arrependo de cultivar. 

Eu queria escrever um discurso também, quem sabe agarrar seu pescoço e beijá-lo ali mesmo, ou talvez os dois? Mas tudo que eu consegui fazer foi dizer:

— Repete.

— Sobre o vício? Cacete, se seu pai me escuta falando isso provavelmente ele vai achar que ando fumando e...

— Quem você quer Cameron? — Interrompi praticamente gritando.

Ele revirou os olhos, rindo em seguida.

— Só você.

— Nada de modelos?

— Oque? Eu...

— Diga.

— É só você. — Retrucou, gritando.   

Era agora eu precisava sentir seus lábios nos meus e provar para mim que não havia insegurança capaz de mudar o que eu sentia por ele, e o que ele sentia por mim. Mas a funcionária abriu a cabine da roda gigante, expulsando a gente do local, eu não precisei chegar muito longe para enlaçar minhas pernas em sua cintura e iniciar um beijo seguro, cheio de vontade e desejo pelo qual ele respondeu com a mesma intensidade. Não sei quanto tempo permaneci assim, mas naquela noite, dormiríamos junto independente do que acontecesse, sendo com ele, eu me sentia segura porque sabia que seria perfeito.

Naquela noite não havia ninguém na tenda além de nós. Cameron me contou que não havia voltado para a sua porque Matthew estava lá com Claire e ele não queria fazer parte do que quer que eles estejam fazendo e não segurei o riso. Dormimos juntos na cama que anteriormente Claire estava comigo, ele me transmitia à segurança que eu precisava para uma boa noite de sono enquanto acariciava os fios do meu cabelo.