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História Magic Fate - Don't leave me alone


Escrita por: janenatalysehun

Capítulo 22 - Don't leave me alone


Fanfic / Fanfiction Magic Fate - Don't leave me alone

Pov. Jimin

Era um alívio saber que agora eu podia fazer algo. Ultimamente estava me sentindo inútil, como se todos tivessem me protegendo, e eu apenas olhando de longe e aceitando sua gentileza de bom grado. Ver que eu enfim consegui alguma coisa, mesmo que pequena, já me era motivo de alegria.

Já em casa, eu lia um livro que Namjoon havia indicado, ele falava sobre o surgimento dos cernes, e como cada bruxo o descobria. A parte mais interessante, era que nossos poderes funcionavam como um tipo de energia, mas precisávamos de algo forte para acendê-lo, como carga emocional grande, ou na minoria dos casos, quando se tem alta concentração.

Era de se esperar que algo assim acontecesse, mas tudo ainda estava confuso para mim. Os sonhos de uma memória passada, ainda estavam na minha mente, e era difícil entendê-las, pois cada uma guardava um segredo obscuro, como se a cada cena fosse parte de um enorme quebra-cabeça. O problema era que eu não sabia que imagem aquilo poderia formar, e apenas eu poderia encontrá-la.

Taehyung acabara de chegar, e pelo que me parecia estava acompanhado por alguém. Ambos conversavam animadamente, como se conhecem a muito tempo.

- Boa noite Chimchim! – Tae me veio dar um abraço, e logo olhei para o outro garoto na sala. Senti algo estranho nele, mas eu não sabia se era algo bom ou ruim.

- Boa noite Tae.

- Hoseok, esse daqui é o Jimin, meu melhor amigo. – O garoto de sorriso largo me cumprimentou.

- Prazer Hoseok.

- Tae fala muito de você.

- Espero que tenha dito coisas boas. –  Hoseok riu junto a Tae, mas porque ele estava com ele.

- Claro que sim. Bem , só vim entregar o Tae em casa, não queria que ele viesse sozinho. – Deu um abraço no meu amigo, e se despediu cuidadosamente, nos deixando no meio da sala.

- Tae, você pode me explicar o que está acontecendo? – O garoto se envergonhou, ficando vermelho por um instante.

- Hoseok é um amigo que conheci esses dias, apenas quis que você o conhecesse.

- Sei, então por que está vermelho? Não minta para mim. – ele parecia estar ponderando a ideia, mas enfim resolveu falar.

- Nós estamos nos conhecendo Jimin, ele não é uma má pessoa.

- Não foi isso que eu quis dizer. Mas como o Yoongi se encaixa nisso? Você havia dito que gostava dele.

- Eu gosto dele Jimin, eu tenho certeza disso, mas não posso dizer que não sinto nada pelo Hoseok.

 

Pov. Jungkook

Enquanto ainda estávamos preocupados com o manipulador de metal, resolvi tentar encontrar outras evidências de magia negra. Eu não podia ficar parado, precisava solucionar tudo de forma rápida, pois pessoas estavam correndo risco.

Havia um senhor de muita idade que ganhava a vida vendendo artefatos na maioria falsos numa pequena loja escondida da cidade. O que muitos não sabiam era que aquele homem era um bruxo, muito rabugento por sinal, e sabia muito bem quais eram as criaturas que entravam e que saiam da cidade. O problema seria tentar arrancar essa informação dele.

Fui até o local numa tarde, entrando na loja espaçosa, cheia de objetos confusos e empoeirados, logo o sino tocou o avisando que mais um cliente havia chegado. O senhor saiu daquele velho balcão, ajeitando seus óculos para vir ao meu encontro.

- Boa tarde,o que deseja? – Virei meu rosto para si, o fazendo me reconhecer.

- Boa tarde Sr. Lee. – Na mesma hora sua feição simpática sumiu.

- Jeon Jungkook, o que faz aqui? Sabe que não é bem-vindo.

- Sei disso Sr. Lee , mas creio que o senhor saiba do por que estou aqui. – O homem sabia de alguma coisa, mas não iria me dizer tão fácil. – Creio que com algum dinheiro você me diga.

Sr. Lee abaixou o olhar para que eu o seguisse, passando pelo corredor estreito, entrando por uma pequena porta perto dos fundos do local. O lugar era de longe agradável, possuía pouca iluminação, e o cheiro de mofo estava presente.

- Diga logo o que quer, ou me melhor dizendo, me pague primeiro.

- Te dou metade agora, e a outra depois do final. – O Sr. Contorceu sua frase, sabia que teria que aceitar minha proposta.

- Certo, diga logo.

- à algum tempo atrás, descobri que há entre nós um manipulador de metal. Não sei ao certo quando ele chegou, mas sei que tem algo nele que preciso descobrir.

- Ah, você está falando do garoto prodígio? Acho melhor não se meter com ele.

- Me diga logo quem ele é, e para quem trabalha? – O homem pareceu sentir medo, algo que não era muito comum.

- Eu direi, mas não me diga depois que não te avisei Jungkook. Não posso dizer ao certo quem, mas sei que o garoto tem uma energia forte o protegendo. Não me lembro ao certo seu nome, todos o conhecem como “prodígio”. Se não me falha a memória seu sobrenome é Jung.

 - Obrigado Sr.Lee, acho que já disse o bastante.

Entreguei o dinheiro em suas mãos, mas ele me segurou com força para que eu não fosse.

- Tenha cuidado Jeon.

- Ele é um manipulador de metal Sr. Lee, não deve ser tão difícil.

- Não digo sobre Jung, mas a quem ele serve.

 

Fui com mais perguntas do que vim, de fato aquele tal de “prodígio” estava metido com magia negra,  e tenho certeza de que está atrás de Jimin. Antes de tudo eu precisava descobrir quem ele era, e para quem estava trabalhando, pois Sr. Lee não era alguém que sentia medo, e se ele o teve, deve ter alguma razão por trás disso.

Pelo menos eu possuía um sobrenome, Jung.

 

 

Pov. SeokJin

Aquela memória não saia da minha cabeça. Agora eu entendia do porque de sua aversão por Videntes.

Namjoon estava sentado no meio de um quarto com alguns brinquedos. Ele parecia ter apenas sete anos na época. No andar de baixo seus pais discutiam, enquanto o pequeno tentava não escutar a conversa, se distraindo com os bonecos a sua frente. Sua mãe veio subindo as escadas correndo, indo de encontro ao garoto.

- Namjoon. – Ela abraçou a criança enquanto chorava, pegou o menino no colo e beijou seu rosto. – Você precisa se esconder.

A mulher segurou a criança e a colou dentro do guarda-roupa que era embutido na parede. Sem entender o que acontecia, a criança começou a chorar, mas sua mãe tentava o manter calmo. De repente se ouviu um estrondo no andar de baixo.

- Namjoon, você tem de ficar quieto, não chore querido. – O abraçou mais uma vez e beijou sua testa com carinho materno. – Nós te amamos Namjoon, não se esqueça disso.

A mulher trancou o guarda-roupa, e ficou a sua frente, tampando a pouca visão que Namjoon tinha. Os barulhos ficaram cada vez mais altos, até que as luzes da casa se apagaram.

- Você sabe que nunca trai você ! – sua mãe gritava desesperada. – Me deixe em paz.

Pela penumbra surgiu uma senhora coberta por uma capa, mas pelo fato de sua mãe estar a sua frente, não conseguia ver quem era.

- Então por que mentiu?!

Os tremores começaram a aumentar, enquanto a mãe ainda se colocava a frente, para proteger seu filho.

- Não! Por favor! Eu não tive escolha!

- Pois eu também não terei!

Naquele hora a mulher com uma força mística a matou de forma bruta, sem ao menos ter dado chance de revidar. O corpo esguio da mulher caiu bem a sua frente, fazendo com que o rosto da outra aparecesse. 

Namjoon viu sua própria mãe morrer.

 

Eu conhecia aquela pessoa como ninguém, a mulher que havia matado sua mãe, era na verdade minha avó, a quem tive tanto carinho e admiração.

 

Era por isso que eu não poderia deixá-lo saber. Como ele poderia olhar para mim, quando descobrir que minha única família foi a culpada de extinguir a sua. Mesmo que não tenha sido eu, me sentia culpado. Namjoon não merecia nada daquilo.

Eu tentava evitá-lo da forma que podia. Sempre indo mais cedo para casa, nunca o olhando nos olhos, e quando eu o via, pensava em coisas aleatórias como receita de bolo. Aquilo estava me matando por dentro, não queria acreditar que aquilo era verdade, e mais do que isso, eu não podia me deixar levar por Namjoon, ele não podia ficar do lado de alguém como eu.

E de forma alguma eu deixaria que ele soubesse a verdade.

 

Já em casa, deixei meus pertences na entrada, andando pelo corredor, ou melhor dizendo, me arrastando. Cheguei até meu quarto, arrancando as roupas do meu corpo para finalmente tomar um banho, e tentar descansar. Isso mesmo, tentar, porque depois que vi o passado de Namjoon, foram poucas as vezes que consegui dormir.

A água escorria pelo meu corpo, e o garoto de cabelos platinados não sai da minha cabeça, como se ele estivesse em mim o tempo todo. Era uma tortura, mas de vez em quando, pensar nele me fazia bem, só as vezes mesmo.

Assim que terminei, percebi que estava com fome, então tratei de cozinhar ao para o jantar. Logo Jeon Jungkook chega, com uma expressão pensativa.

- Jeon? Você está bem? – Ele finalmente percebeu que não estava sozinho no cômodo.

- Ah ... me desculpe Jin, estou sim, só estou um pouco curioso.

- Daqui a pouco eu termino o jantar, quer conversar? – E pegou a cadeira e sentou perto do balcão.

- Na verdade eu nem sei o que falar. – respirou fundo como se desistisse, mas logo levantou a cabeça em minha direção. Mas e você Jin? O que anda acontecendo entre vocês dois?

Quase me engasguei com a comida.

- C-como assim?

- Você e o Namjoon. Ou pensa que eu não vi suas trocas de olhares?

- Você está imaginando coisas Jungkook. – tentei me distrair na cozinha, não queria falar sobre isso.

- Ele está mal hyung. – Falou perto de mim, e dessa vez ele não estava brincando.

- O que ele tem?

- Namjoon não tem saído mais, e das poucas vezes que tentei falar com ele, não consegui entender o que estava acontecendo consigo. Tenho medo de que seja por causa do feitiço, ele pegou uma carga muito alta.

Eu me senti culpado novamente, parecia que tudo relacionado a ele eu conseguia estragar. Se não fosse por mim, Namjoon seria feliz com a família dele até hoje, estaria com aquele maldito sorriso com covinhas no rosto, tudo teria sido melhor.

- Eu nunca quis me intrometer na vida dele, mas ele se guarda demais Jin, e isso me preocupa. Você poderia me ajudar?

- Como Jungkook?

- Tente conversar com ele, tente acalmá-lo. Sei que você é especial de alguma forma para ele. Namjoon parece que te ouve mais do que a mim.

 

Agora eu já me encontrava a frente da porta do apartamento de Namjoon. Como eu vim parar aqui as 22:00 num dia chuvoso? Simples, não consegui dormir depois de ouvir o que Jeon havia dito, a minha maldita consciência atacara como sempre.

Ainda nervoso toquei a campainha, meu coração batia rápido, por que eu me sentia assim? Minha respiração ficou mais ofegante, e mal percebi que ele estava chegando. Apenas consegui ver a maçaneta se mexendo, e um garoto completamente bagunçado abrir a porta.

- SeokJin? O que faz aqui? Por que está todo molhado? Entre logo. – Pois é, a anta aqui havia se esquecido de levar um guarda-chuva, o que me fez correr igual a um louco para tentar não me molhar. Namjoon me puxou para dentro, chocando seu corpo com o meu.

Aquilo se tornou um pouco estranho, então me afastei.

- Você está bem Jin? – Me perguntou enquanto apoiava suas mãos nos meus ombros.

- Estou sim. -  Me distanciei um  pouco, não queria que ele se aproximasse mais. – Mas e você Namjoon? O que são essas olheiras? Por que está assim? Todo desarrumado. – Ele apenas riu sarcástico.

- Não é como se você se importasse comigo Jin, não precisa fingir.

- Isso é por causa do feitiço não é? Você se sente sobrecarregado Namjoon, me deixe ajudar. – Tentei tocar sua face, mas ele tirou minha mão. Aquilo me doeu.

-  Feitiço? Acha mesmo que sou como você SeokJin? – Namjoon parecia um pouco alterado, e eu já estava ficando um pouco assustado. – Eu sei muito bem como controlá-lo, não fico como você, sofrendo pelos cantos, lamentando minha vida. Você não entende o que aconteceu, você não sabe quem eu sou Seokjin.

O pior de tudo era que eu sabia, talvez fosse por isso que as lágrimas saíam livremente.

- Por que veio aqui?

- Porque eu me preocupo com você seu idiota! Então se existe algo que te incomoda tanto, fale de uma vez! – Eu já estava alterando minha voz, eu já estava explodindo de tanta coisa que eu guardava dentro  de mim.

- Então me responda Jin, por que se afastou de mim? Do que você tem medo? Me diga logo! Você tem medo de mim?

Pude ver seus olhos marejados enquanto me olhava fixamente. Ele era tão lindo, que eu não podia simplesmente respondê-lo.

- Namjoon, eu não posso te dizer, vai te machucar, e eu não quero ver você sofrer.

Foi então que ele se aproximou desesperado e me abraçou fortemente, fazendo com que eu sentisse o calor do seu corpo em choque com a minha pele fria.

- Tudo bem se não quiser dizer, mas não me afaste Jin. – Falou enquanto se aconchegava perto do meu ouvido. – Promete?

- Prometo.

- Mas antes, vai tomar um banho você vai ficar doente. – Se desvencilhou do meu abraço, e sorriu enquanto bagunçava meu cabelo.

Fiz aquilo que eu havia pedido, tomei um banho e depois peguei uma de suas roupas emprestadas. Elas tinham o cheiro dele. Era tão bom.  Namjoon já havia arrumado a cama, deixando de modo que nós dois deitássemos confortavelmente.

Nós já havíamos dormido uma vez juntos, mas ainda assim era um pouco embaraçoso.

- O que foi Jin?

- N-nada.

- Não precisava ficar assim, não vou fazer nada que não queira. – Falou num tom brincalhão, apagando as luzes logo em seguida, enquanto eu já havia me enfurnado no meio das cobertas. Senti que ele já havia deitado ao meu lado, mas eu ainda estava de costas para si.

- Boa noite Namjoon. – Pensei que ele apenas aceitaria de bom grado, porém não foi o que aconteceu. Por debaixo da coberta, ele circundou minha cintura com seus braços, deixando sua respiração perto da  minha nuca, o que me causou arrepios.

- Nem pense em retrucar, é o mínino que você pode fazer.

- Mas Namjoon ... – Eu não queria dizer que aquilo estava me incomodando pelo fato das conseqüências que aquela respiração quente me trazia.

- Então só deixe te abraçar Jin, eu não quero ficar sozinho.

Por instinto me virei para olhar seus olhos, e então dei um breve selinho em seus lábios.

 - Você não vai mais ficar sozinho Namjoon.

- Como? Por que?

- Por que eu gosto de você Namjoon. 



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