História Magic Girls (INTERATIVA) - Prólogo - Vagas abertas!

Sakamaki Reiji já estava cansado de tantas denúncias e tantos problemas.

Nomeado como chefe de seu caso no FBI, ele e seus cinco irmãos foram mandados por seu pai até Tóquio, no Japão, para que resolvessem alguns problemas que eram definitivamente estranhos demais para sua mente tão fechada.

Ora, o que alguém são acharia de um grupo de garotas que se autodenominava “Magic Girls” utilizando a mágica – ou melhor, um punhado de truques medíocres e previsíveis que impressionava os estúpidos humanos, diga-se de passagem – para roubar bancos de segurança máxima, invadir contas bancárias superprotegidas, entrar e sair de lugares do outro lado do mundo? Ou então fingirem as próprias mortes com tanto sucesso ao ponto de deixarem simplesmente corpos idênticos a elas no local?

Com seus simples truques de ilusionismo, essas meninas conseguiam causar todo aquele caos descontrolado pela cidade, enquanto claramente vingavam-se dos ricos que, em sua maioria, eram devedores e criminosos que jamais seriam entregues à justiça devido ao seu dinheiro. O grupo era admirado e idolatrado por uma multidão, que esgotavam os ingressos para seus ambiciosos shows em menos de trinta segundos, ansiosos para saber qual seria o grande número da noite.

E o pior de tudo era que nem mesmo o FBI conseguia capturá-las ou prendê-las. E isso o irritara profundamente.

“Não acredito que todos os agentes até hoje não tenham conseguido parar com essa bobagem ridícula” – O belo rapaz suspirou, tentando achar nos arquivos sobre o caso algo de útil para começar uma investigação mais a fundo, ou quem sabe, apenas uma investigação, visto que os imprestáveis do FBI não possuíam nada. – “Sinceramente? Isso está parecendo brincadeira de criança birrenta. Bom, sobre seus crimes... Um roubo de banco na Itália, dois na França e cinco na Alemanha, todos de segurança máxima e com ligações com os bilionários de Tóquio, além de esvaziarem a conta de seu próprio patrocinador. Quão ingratas elas podem ser? Teve o número no Palácio Imperial, onde sumiram com os documentos de guerra secretos do Imperador... Espere um pouco, roubaram a Monalisa do Museu do Louvre? Como isso é possível? Elas estavam aqui no Japão!"

Ele precisava de uma xícara de chá, urgentemente. Aquele caso estava lhe dando uma dor de cabeça...

TOC TOC! Batidas foram ouvidas na porta de sua sala, tirando-o de seus devaneios.

–Entre!

–Nfufufu, está tão engraçado vê-lo sem respostas pela primeira vez. Como é a sensação? – Seu irmão mais novo, Laito Sakamaki, estava parado na porta, sorrindo debochadamente. Apesar de mandado pelo pai, o ruivo jamais quis fazer o trabalho de agente (como todos os outros irmãos), e só se aproveitava disso para se exibir às meninas que se interessava sexualmente, é claro.

–Laito. – Os olhos do mais velho se estreitaram, irritado com a pergunta e com a zombaria do irmão. – Não deveria estar tentando rastreá-las e encontrar testemunhas? Ou está matando o turno de novo?

–Por que eu deveria fazer algo? Ayato deve estar vagando por aí, procurando algum restaurante de Takoyaki e gritando com o cozinheiro pela demora. Shuu não veio, ou se veio, está dormindo em algum armário, como sempre. Subaru está provavelmente esmurrando algum engomadinho que o tirou do sério. E Kanato, bom, a última vez que o vi, estava com Teddy, casando dois biscoitos de gengibre usando marshmallows como padrinhos...

– O quê? Ah, quer saber, não precisa explicar nada. Basta voltar ao trabalho. – Reiji suspirou, voltando novamente sua atenção aos arquivos.

Laito apenas sorriu.

– Não precisa ficar bravo, irmãozinho. Só vim aqui, de qualquer maneira, para te avisar que Morpheus quer nos ver na sala de reunião em uma hora, sem atraso. Parece que ele tem informações sobre as Magic Girls e sobre nosso pai... – E tão rápido como havia chegado, o ruivo havia sumido, deixando Reiji sozinho em meio a vários papéis e pensamentos desordenados.

O Sakamaki suspirou, olhando para o teto em um raro momento de puro desespero. Agora, querendo ou não, o caso havia se tornado parte de seu orgulho e honra. Era uma batalha contra ele mesmo que ele não estava disposto a perder.

– Vou pegá-las, nem que seja a última coisa que eu faça. Nem mesmo o ilusionismo pode fazer com que aconteça o contrário.