História Magic Or Love - Capitulo 2

/POV Emma/
Um barulho impertinente assombrava meu sono e eu fui obrigada a levantar para atender a porta. Atualmente morava na casa que era de inicio para eu e Gancho, mas as coisas não saem como planejamos e cá estou eu, dormindo no sofá e sozinha. Antes de sair da sala eu desliguei a TV e fui atender a pessoa que não dava uma folga na campainha -estou indo!! -falei já chegando perto, abri a porta e quando a vi a pessoa atrás da mesma meu sangue ferveu -eu disse pra não aparecer -já fui fechando a porta mas Regina colocou o pé impedindo que a mesma se fechasse 

-trouxe lasanha -a morena estendeu a tigela na minha direção e eu revirei os olhos. Sério que ela achou que seria tão fácil se redimir? 

-não estou interessada -me virei e voltei a ir pra sala, sem fechar a porta pois sabia que ela impediria novamente 

-qual é Swan, não dificulta -Regina entrou e colocou a tigela com lasanha sobre o primeiro móvel que viu e em seguida veio caminhando na minha direção. Parei em frente a lareira, de costas pra ela e de braços cruzados. Ao que percebi, Regina parou a uma certa distancia de mim e me mesmo estando de costas, podia sentir seus olhos me fitando -Emma, vc pediu pra eu te ajudar e foi isso que fiz, não tenta piorar a situação, vai

-oque vc fez não foi ensinar -suspirei apoiando a mão na prateleira de madeira da lareira -Regina vc podia ter me colocado naquela corda, eu não me importaria tanto, mas o Henry? -tomei coragem e me virei encarando o rosto sinuoso da prefeita, com seus lábios carnudos onde tinha depositado um batom cor de vinho e no meio disso se encaixava perfeitamente uma cicatriz

-que droga Emma! Não era o Henry! Eu já cansei de falar... pergunte pra ele, pergunte oque ele fez ontem. O Henry é tanto meu filho quanto seu, eu jamais colocaria ele em perigo e daria a minha vida para protege-lo! -ela se aproximava de mim e essa proximidade, junto com seu tom de voz me assustou 

-eu sei mas... -já estava sem argumentos, onde foram parar? minha mente branqueou quando vi o olhar firme e determinado de Regina 

-mas, oque? -ela parou e suspirou olhando pra cima, dando meia volta e parando logo em seguida, virando novamente pra mim -pq sou uma vilã, não é Swan? 

-não foi oque... ? -que droga! Cadê minhas palavras? voltei a fitar seus olhos e aquilo não me deixava dizer nada contra ela. Dei uns passos me aproximando dela novamente, parei na sua frente te olhando

-eu posso ter a reputação de rainha má mas não machuco quem amo e ele é tudo que mais amo, Swan! -eu voltava a avaliar sua expressão facial. Não mantinha meu olhar em seus olhos, mas sim em sua boca, que parecia ter um imã que insistia em atrair meus olhos -entendeu? 

-entendi... -foi oque consegui falar, que saiu junto com um suspiro ao ver ela se afastando e indo pra porta

-ótimo! Agora, me encontre as duas horas (PM) na floresta, no mesmo lugar -a segui e quando ouvi oque disse coloquei a mão em seu ombro a fazendo parar 

-por que quer continuar me ensinando? -ela se virou pra mim e estávamos muito próximas, eu não sabia se fitava seus olhos ou se encarava seus lábios. Regina ficou um tempo calada, ela parecia apreciar em mim, as mesmas coisas que eu apreciava nela, depois por fim ela raspou a garganta e disse 

-pelo Henry e pela Branca. Falhei muito com eles. Agora se me da licença -dei um passo pra trás e ela seguiu o caminho pra fora, olhei ela passar a passarela de pedra no jardim e virar a direita já na calçada, seguindo seu rumo pra casa, ou seja lá onde ela ia. 

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/POV Emma/

-estava realmente achando que não viria, Swan -disse Regina de costas pra mim

-eu vim... -como sempre eu estava desconcertada. Sua postura majestosa me deixava assim -a propósito. A lasanha estava ótima

-eu sei costumo cozinhar bem quando estou sozinha -a prefeita se virou e caminhou na minha direção quase me fazendo encolher -sou melhor ainda com maçãs

-hum... Acho que essa ai eu dispenso -nós duas rimos e eu só conseguia ver seu sorriso que iluminava o ambiente

-podemos começar? -ela perguntou se recuperando e eu concordei mas antes ela se lembrou de algo -Antes tenho que te dizer algo, quando aprendi magia meu professor não era muito... benevolente, entende?

-Rumple... 

-Sim, Rumpelstiltskin -um sorriso ligeiro saiu dos lábios da rainha mas ela prosseguiu -ele me ensinou a me concentrar na raiva, no ódio quando quisesse usar magia e olha, sava certo. Sempre deu, pra mim. Mas vc não é eu e não quero ser responsável por ter escurecido o coração da salvadora. Então se concentra no amor, vai ser melhor. Pensa no Henry, na sua mãe, no Gancho... alguém mas sinta o amor, e só então a magia fluirá de vc. Bom, esta pronta, Emma? -eu estava hipnotizada na sua boca, foi quando disse meu nome que eu sai do transe e as palavras ditas por ela me deixaram confiante, me deram um gás que suponho que era oque eu precisava

-estou pronta! -falei firme e ela sorrio leve

-assim que eu gosto... bom, aqui vamos nós -Nem tive tempo de intervir, a sua fumaça roxa já havia nos tomado e quando abri os olhos vi que estava em uma ponte de cordas e ripas de madeira, embaixo da ponte corria um rio ferozmente e o vento estava tão agressivo quanto as águas. Me segurei nas cordas para não ser carregada pela ventania

-Regina?! -exclamei pela prefeita que estava segura bem a frente, ela tinha um olhar tão tranquilo, como se estivesse as folhas caindo de uma árvore, mas no caso, aqui a folha era eu

-sinto muito Swan. Disse que não podia mais colocar o "Henry" em perigo, não me disse nada sobre vc -ela disse alto e eu me esforçava muito para compreender, pois o vento e água não ajudava na comunicação 

-vc não perde a oportunidade né? -eu me segurava e resistia o máximo que podia para não ser levada ou cair nas águas furiosas e pedregosas. Regina deu levemente de ombros sorrindo e depois colocou as mãos dentro dos bolsos do sobretudo. Eu pensava no que ia fazer, magia seria a unica solução, a propósito, por isso que ela me colocou aqui. Mas e se eu falhar? se eu não conseguir? Regina me salvaria? Aquilo tudo era um tiro no escuro. Senti a ponte ir cedendo cada vez mais. Preciso parar de imaginar coisas e me concentrar na magia, não, espera. Na magia não... no amor. Ok. Amor, amor, amor, amor, amor, amor, Henry, mãe, pai, amor, amor, Henry, Amor, amor. Eu fechava os olhos e nada acontecia. Droga, acho que ficar repetindo a palavra "amor" não ajudaria. Apertei os olhos e me deixei levar por pensamentos e lembranças. Um filme se passou diante dos meus olhos, e até momentos que seria impossível  de lembrar, vieram a tona. Em um minuto eu estava ouvindo barulhos da agua e do vento, no outro eu não ouvia nada. O vento acabou e todo o clima mudou. Eu havia morrido? Possivelmente

-por que estamos no meu quarto? -ouvi a voz da Regina e suspirei aliviada, se eu morri, ela morreu junto. Abri meus olhos e pude ver os últimos vestígios de uma fumaça cinza. Olhei ao redor e de fato estávamos em um quarto, de acordo com Regina, estávamos em seu quarto

-nos trouxe pra cá? -perguntei confusa mas a prefeita parecia mais confusa ainda

-Não. VC trouxe!

-eu? Impossível

-magia, Swan. Como prova, minha fumaça é roxa, a que nos trouxe era cinza -era loucura. Eu nos trouxe mas não fazia ideia de como -parabéns Swan VC conseguiu

-eu consegui! -por fim comemorei com um ar de vitoria

-amanhã seguimos... Já estou em casa mesmo

-certo -coloquei as maos nos bolsos da calça e fui andando pra fora do quarto

-Emma... -Regina chamou e eu me virei prontamente

-sim?

-por que nos trouxe pro meu quarto? ela me olhava e percebi que realmente não fazia ideia

-não sei. Pensei no Henry, na minha mae, no meu pai... -suspirei olhando pro chão -no amor. E viemos parar aqui -Regina continuava me olhando e sem dizer nada eu me virei e sai dali pensativa

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-ei garoto -falei bagunçando o cabelo de Henry que havia acabado de ser liberado da aula. Eu gostava de busca-lo na escola, mesmo que não precisasse. Íamos andando e batendo papo, adorava conversar com meu filho, ele sempre sabe oque falar na hora certa.

-ei mãe -ele me abraçou e eu beijei sua cabeça

-Cadê o garotinho? -indaguei olhando pro Henry

-Roland? Não veio... Vovó achou melhor deixar ele lá para brincar com o Neal. Assim ele fica distraído -passei meu braço por cima dos ombros dele e fomos andando

-Ele ta bem pra baixo desde a morte do Robin né? -perguntei e olhei pro menino -Regina parece bem mas sei que se dói por dentro

-sim... Robin era um homem legal. Mas não era pra ela. Minha mãe é a rainha, a prefeita. Ela não é para ser mandada e sim pra mandar! Posso estar errado mas o Hood subestimava muito ela -no fim ele olhou pra mim

-Nossa garoto -foi tudo oque eu consegui dizer. As palavras instalaram na garganta e eu caminhei em silencio. Meu filho estava certo, certíssimo! Regina é rainha e merece ser tratada como tal! Como eu disse... O garoto é sábio!