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História Magical Blood - Provas e visitas inesperadas


Escrita por: rbweasley

Notas do Autor


Boa tarde!

Depois desse só vamos ter mais 3 capítulos! E tenho como meta terminar ainda esse ano! E que sabe ainda dar uma surpresa para vocês de natal hein?! Não prometo nada, mas espero que dê tudo certo.

No próximo capítulo vamos ter um momento muito esperado (não, não envolve momentos hots haha Dica: É a final de quadribol e teremos outra visista).

Espero muito que estejam gostando. COMENTEM, POR FAVOR ♥

Muito obrigada pra quem ainda está por aqui!

Capítulo 44 - Provas e visitas inesperadas


Fanfic / Fanfiction Magical Blood - Provas e visitas inesperadas

 

Todos os alunos do 5º ano estavam em uma câmara ao lado do Salão Principal. Rose murmurava com ela mesma sem parar a maior quantidade de feitiços que conseguia se lembrar.

Nenhum dos amigos de Rose falava, estavam nervosos demais para isso. Mas Rose estava começando a perder a paciência com Oscar Creevey e Henry Allen que não paravam de conversar e revisar feitiços em voz alta, outros alunos também conversavam, mas os dois pareciam empolgados demais e suas vozes ecoavam por toda a sala.

Ela soltou um olhar raivoso na direção deles e Alice colocou a mão em seu ombro.

- O importante é tentar manter a calma, Rose.

Era a primeiro prova prática que teriam, a de feitiços, e eles aguardavam serem chamados pelos examinadores.

Um por um era chamado e a vez de Rose estava demorando tanto que ela sentia que vomitaria a qualquer momento.

- Não sei por que Rose está tão nervosa se disse que foi bem na prova teórica – Alvo bufou. Ele achava que talvez não tivesse ido bem na prova que tiveram pela manhã e estava mal humorado por conta disso.

- Eu acho que fui – Rose deu de ombros – Mas não sei...perdi tanto tempo na questão sobre contrafeitiços em vez de me empenhar mais nas outras...O que vocês responderam na questão 15?

- Você já nos perguntou isso, Rose – Scorpius respondeu – Podemos, por favor, não falar mais sobre a prova? Minha cabeça vai explodir.

Rose assentiu, voltando sua atenção para tentar lembrar cada um dos feitiços que tinha estudado.

- Alice Longbottom, Caleb Lehmann e Brian Lange – chamaram.

Alice saiu parecendo em pânico.

Algum tempo depois voltaram a anunciar.

- Scorpius Malfoy, Córmaco McLaggen Junior, David Mcmillan.

- Acabe com o McLaggen – Alvo disse para Scorpius antes dele sair.

- Isso é uma prova, não uma competição – Rose disse a ele.

- Não importa – Alvo respondeu – Apenas jogue um feitiço na cabeça dele e finja que foi sem querer.

Scorpius riu e saiu da sala.

- Quase 6 meses com Alice e ainda não superou o lance do McLaggen? – Rose riu.

- Não é por causa da Alice, eu só não gosto dele – Alvo respondeu de um modo nada convincente.

- É claro – Rose respondeu irônica.

Mais alguns nomes foram chamados, Alvo foi antes de Rose que ficou sozinha na sala com Katherine Wolf e Melody Williams, num silêncio pesado. Rose queria que tudo aquilo acabasse logo.

Então, depois do que pareceram horas, finalmente as chamaram.

Quando ela entrou no Salão Principal, que tinha sido transformado para os testes, o professor indicou a elas qual examinador aplicaria o teste em cada uma.

- Weasley, você fará o teste com a professora Marchbanks – Disse o Professor Flitwick e Rose assentiu, indo até uma senhora idosa com cabelos muito bem arrumados.

- Rose Weasley? – ela perguntou se levantando e apertando sua mão – Sou grande fã de sua mãe.

- Obrigada – Rose disse nervosa, sem saber o que dizer. Nunca sabia.

- Bem, se estiver pronta, podemos começar – a senhora disse, sua voz era rígida e o que fez Rose não se sentir muito a vontade.

Mas por fim sentiu que foi muito bem, a examinadora pareceu impressionada com seu feitiço de levitação.

 Depois de cada prova eles voltavam para a biblioteca e tentavam estudar o máximo possível para as provas que ainda teriam. Depois da prova de feitiços, veio a prova de Defesa Contra as Artes das Trevas, na terça-feira, que Rose sentiu que foi muito bem na prova pratica e na teórica, e Alvo também parecia estar se sentindo muito bem com ele mesmo. Na quarta, foi a prova de Herbologia, que Rose não teve muita dificuldade e Alice saltitava animada por ter ido tão bem na prova pratica. Na quinta tiveram Transfiguração. Na sexta História da magia, que Rose conseguiu responder todas as perguntas sem problema nenhum, para seu grande alivio, enquanto Alvo e Scorpius juravam que nunca mais entrariam em uma aula de história na vida deles.

Teoricamente deveriam descansar durante o fim de semana, mas a biblioteca esteve lotada a maior parte do tempo por alunos desesperados. Nem houve festa da Grifinória aqueles dias, e até Luke e Tiago foram vistos estudando. Diziam que as N.I.E.Ms eram ainda mais difíceis.

E então o fim de semana acabou e as provas recomeçaram.

Segunda-feira Alvo, Scorpius e Alice tiveram prova de Adivinhação e Rose de Aritimancia, o teste mais difícil que Rose tinha dito até o momento. Terça foi a fez de Poções, a matéria que ela mais tinha medo, mas achou que conseguiu se virar bem. Alvo saiu arrasado da prova, mas Scorpius parecia bem aliviado.

Ainda faltavam algumas provas e todos pareciam muito nervosos e estressados.

Durante a prova de Runas, na quarta-feira, Rose quase cometeu erros bobos por estar com a cabeça cheia demais, mas por sorte viu isso a tempo de corrigir. Para o alivio deles, a prova na quinta foi de Trato das Criaturas mágicas, que foi bem tranquilo, Hagrid ficou muito feliz quando lhe contaram que achavam que tinham ido muito bem.

Na sexta teriam apenas prova de Astronomia, a teórica de manhã e a pratica de noite. Por isso tiveram um tempo para estudar de tarde.

- Hoje a noite o 7º ano vai fazer uma festa no nosso salão comunal...pra comemorar o fim das provas. Querem ir? – Alvo perguntou quase dormindo na mesa da biblioteca.

- Depois da prova de Astronomia eu vou querer deitar na minha cama e acordar só no domingo – Alice respondeu. Eles estavam exaustos.

- Só mais uma prova, só mais uma prova – Scorpius repetia para si mesmo.

- Weasley? – lhe chamaram e Rose se virou.

Chloe Keller, a monitora da Lufa-Lufa, estava parada próxima a eles.

- A diretora está chamando você e o Malfoy na sala dela, agora.

Os dois se entreolharam, de repente alertas.

- O-ok – Rose respondeu e a garota foi embora.

- Não deve ser nada demais – Alvo deu de ombros.

Rose e Scorpius se levantaram.

- Esperamos vocês aqui...só não garanto que estaremos acordados – Alice respondeu com o rosto apoiado na mão.

Os dois assentiram e saíram da biblioteca.

- O que acha que ela vai dizer? – Scorpius perguntou enquanto andavam até a sala da diretora.

- Fizemos tantas coisas erradas nos últimos meses que fica difícil dizer – ela respondeu preocupada.

- Não fizemos nada errado – ele disse sem entender o que ela queria dizer.

- Como não, Scorpius? – Rose deu uma risada nervosa – Fomos na Floresta Proibida, saímos do castelo de noite para ir a Hogsmeade, andamos pelo castelo várias vezes fora do horário, fizemos uma poção polissuco, você dormiu no meu quarto...

- Ok, ok – ele a interrompeu ao ver que ela tinha uma enorme lista – Realmente fizemos algumas coisas erradas, mas não tem como a Professora McGonagall ter descoberto.

- Acho que tem muitas coisas que não sabemos sobre Hogwarts, até onde eu sei podem ter vigias invisíveis pela escola...

- Você está exagerando um pouco – Scorpius riu, enquanto subiam para a sala da McGonagall.

 

Rose nunca havia estado na sala da diretora antes, mas assim que abriu a porta não teve tempo para avaliar a sala, pois se deparou com uma cena que nunca esperava que veria na vida.

- Vovô?

Sentados em poltronas estavam o Senhor Weasley, Draco Malfoy e, para a surpresa maior de Rose, Lucius Malfoy.

Os três imediatamente se levantaram.

A Diretora tinha o rosto duro.

- Rosie – O Senhor Weasley a cumprimentou, mas não parecia feliz - Eu recebi uma carta do Malfoy com um convite estranho – Rose olhou de relance para Lucius Malfoy que a olhava com desprezo - Disse que deveríamos conversar com nossos netos. O que ele quer dizer com isso, Rose?

Lucius pigarreou para chamar a atenção deles.

Scorpius discretamente entrelaçou seus dedos com os de Rose, sabendo que o que vinha a seguir não seria bom.

- Deixe-me explicar, Weasley – O Senhor Malfoy se aproximou com sua bengala prateada, mas não muito, como se quisesse manter uma distancia segura – Meu filho Draco descobriu algo interessante há um tempo, e infelizmente ele manteve segredo de mim – Arthur olhava para ele atentamente, enquanto Draco mantinha a cabeça baixa  – Tenho certeza que esse caso poderia ter sido resolvido a muito tempo se ele não tivesse tentado resolver tudo sem a minha ajuda, mas por sorte descobri tudo, graças a uma carta que Scorpius mandou para minha nora.

Scorpius arregalou os olhos, surpreso.

- Aquela carta não era sua! – Scorpius disse irritado – O senhor não tinha o direito de ler a carta da minha mãe!

- A correspondência foi enviada para a minha casa, então é minha – ele respondeu rispidamente – Além disso, sabia que havia algo acontecendo, seu pai estava agindo de modo estranho. Preocupo-me com a minha família, eu precisava descobrir - Scorpius permanecia em silêncio, mas seu maxilar estava travado e ele parecia se segurar para não dizer o que realmente queria. Lucius tirou sua atenção do neto e voltou a falar com Arthur – Descobri por essa carta que algo realmente sério estava acontecendo com meu neto...pelo o que entendi sua neta colocou o meu em uma situação vergonhosa.

- O que? – Arthur perguntou alarmado.

Rose olhou para Scorpius sem entender o que estava acontecendo, mas ele parecia tão confuso quanto ela.

- Quando li a carta, tudo ficou claro para mim – Lucius continuou - Todas as provas estavam lá. Sua neta utilizou algum tipo de poção do amor em Scorpius.

Arthur o interrompeu.

- Você está acusando minha neta? Rose nunca usaria uma poção do amor! – Seu rosto estava um pouco vermelho de irritação.

- Vô, você sabe que não tem poção nenhuma – Scorpis respondeu inconformado.

- E como pode ter tanta certeza? – perguntou irritado ao neto - Você não saberia se estivesse sob efeito da poção, certo? – continuou rispidamente e depois se virou novamente para o Senhor Weasley – Não vejo outra explicação para o que está acontecendo. Afinal todos sabemos que um Malfoy nunca se apaixonaria por uma Weasley... Scorpius nunca se aproximaria de alguém com um nível tão abaixo do nosso, uma meio-sangue – disse com desprezo e Arthur fechou os pulsos com força - Não estou querendo ofender sua neta, é claro – ele disse, mas era possível notar um pouco de sarcasmo em sua voz – Temos apenas que tomar providencias para que isso acabe e nunca tocar no assunto novamente, ninguém precisa saber sobre isso, é melhor para todos.

Estava claro para todos ali que Lucius Malfoy havia pensado muito bem em tudo aquilo, colocar a culpa em Rose e em uma poção do amor para não sujar a imagem de sua família.

Arthur respirou fundo e fechou os olhos, tentando se acalmar.

- Se apaixonar? Do que estamos falando aqui? – perguntou irritado.

Rose se aproximou do avô, antes que Lucius continuasse com seu discurso nojento.

- Eu e Scorpius estamos juntos, vovô. Mas não tem poção nenhuma, eu juro – ela lhe disse. Sentia as pernas tremendo. Não era assim que imaginava que contaria a seu avô sobre seu namoro.

- Oh... – O senhor Weasley disse, suas sobrancelhas arqueadas pela surpresa.

Draco não dizia nada, estava em silencio observando tudo seriamente com seus olhos cinzentos.

- Vê o problema aqui, Weasley? – Lucius perguntou a Arthur.

Arthur estava raivoso.

- Então o senhor deduziu que Rose fez isso com seu neto?

- Ora, não se ofenda, Arthur. Isso é claramente apenas uma paixonite adolescente. Scorpius chamou a atenção dela e sua neta decidiu dar uma poção a ele, todos nós já cometemos pequenos erros assim enquanto éramos jovens, não é?

- Eu já vi muitas pessoas sob o efeito da poção do amor, Malfoy. E eu garanto que seu neto não apresenta nenhum dos sintomas, então não acuse minha neta de algo assim.

- Entendo que queira proteger sua neta – Lucius disse, num tom superior que deixava Rose cada vez mais irritada – Eu mesmo vim aqui hoje para fazer a mesma coisa. Não me importa quem começou isso, mas temos que acabar com essa bobagem. Por isso o chamei aqui, para fazermos algo sobre isso.  Preciso que fique de olho em sua neta, porque a melhor opção que temos é separá-los.

- O que?! – Scorpius perguntou receoso.

- Tenho certeza que o efeito passará assim que sair de Hogwarts – Lucius prosseguiu – McGonagall me disse que suas provas já terminaram, então não vejo motivo para continuar aqui no castelo – à medida que ele falava o coração de Rose disparava cada vez mais rápido em seu peito, Lucius voltou a falar com Arthur – Eu garanto que meu neto não irá atrás da sua e espero que possa me garantir o mesmo. Evitamos problemas para as duas famílias. Então Scorpius entra de férias mais cedo e depois decidimos o que fazer, talvez devesse mudar de escola. Durmstrang seria uma boa escolha...

- O senhor não pode estar falando sério – Scorpius disparou e depois olhou para o pai, em desespero – Pai! Ele não pode fazer isso, não é?

Draco levantou os olhos para o filho, mas logo desviou o olhar sem responder.

Rose estava ofegante e suas mãos tremiam.

- Entenda, Scorpius – Lucius falava para o neto, fingindo se importar com ele, mas um pequeno sorriso parecia escapar de seus lábios - a ideia parece terrível no momento, mas é só porque a poção faz com que se sinta assim, não vai durar muito tempo...

- NÃO TEM POÇÃO NENHUMA! – Scorpius explodiu em raiva.

Lucius deu alguns passos na direção do neto, ficando frente a frente com ele. Seus olhos queimando.

- Não grite comigo! Como se atreve a gritar comigo?!,

- Isso tudo é ridículo!

Lucius olhava o neto com desprezo.

- Não seja tolo, apenas faça o que eu digo para acabarmos com toda essa bobagem – ele respondeu.

Arthur olhou preocupado para Rose, ela sabia que ela deveria estar parecendo muito pálida e trêmula naquele momento.

- Você sabia que esse dia chegaria – Scorpius não deu nenhum passo para trás, o enfrentando. Rose sabia o quanto aquilo era difícil para ele depois do medo que o avô havia colocado nele durante anos – Algum dia eu finalmente faria algo que abalaria esse seu mundinho nojento de família sangue puro perfeita, e não adianta disfarçar tudo colocando a culpa em Rose ou em qualquer coisa, porque eu não sou como vocês e o senhor sempre soube disso.

- Scorpius, por favor – Draco finalmente falou, olhando de modo suplicante para o filho – Não torne tudo isso mais difícil.

Scorpius olhou incrédulo para o pai.

- Você não pode estar do lado dele.

- Eu sei o que é melhor para você – Draco respondeu, tentando parecer firme, mas parecia não ter muita certeza do que estava fazendo.

Lucius deu um sorriso satisfeito e finalmente se afastou de Scorpius.

- Você ouviu seu pai, Scorpius – ele se virou para o neto – Vá arrumar suas coisas. O lado bom disso tudo é que finalmente vai sair daquele timinho da Grifinória.

- Senhor Malfoy – A diretora o chamou, preocupada – Não seria melhor pensarem mais sobre isso. Seu neto realmente gosta da nossa escola, suas notas tem melhorado...

Lucius a interrompeu.

- Com todo respeito, Professora McGonagall, mas esse é um assunto de família.

A diretora lhe lançou um olhar severo, mas decidiu não discutir.

- Eu não vou a lugar nenhum! – Scorpius respondeu.

Rose não aguentou mais apenas assistir a tudo aquilo calada. Precisava fazer algo.

- Se o problema é o nosso namoro, eu posso resolver isso – ela se adiantou, falando tudo num fôlego só para não correr o risco de desistir, enquanto Lucius lhe lançava um olhar de desprezo – Dou algo para acabar com o efeito da poção do amor e nunca mais vou atrás dele, prometo! Ele não precisa ir.

Scorpius parecia petrificado, seu rosto estava em choque.

Ela esperava que ele percebesse que ela estava blefando. Se tivesse que esconder o namoro deles novamente tudo bem, desde que Scorpius não fosse embora. Rose não podia permitir aquilo.

- Não sei se poderia confiar...em nenhum de vocês – Lucius respondeu depois de pensar brevemente sobre a proposta, mas ele não poderia admitir na frente da diretora e do Senhor Weasley que ele sabia muito bem que não existia poção do amor ali – E além disso, sair de Hogwarts faria bem a Scorpius, essa escola errou conosco varias vezes a partir do momento que permitiram que um Malfoy fosse para a Grifinória.

- Não faça isso, por favor – a voz de Rose falhava – Ele é seu neto! Não quer a felicidade dele?

- A senhorita é jovem demais para entender isso – Lucius riu sarcasticamente – É pela felicidade dele que estou fazendo isso. Evitando que ele estrague ainda mais o futuro dele.

Rose tinha vontade de cuspir naquele homem miserável.

- Não banque o avô amoroso – Scorpius riu, mas sua voz era cheia de raiva – todos aqui sabem que está pensando apenas em você mesmo. Lucius Malfoy sempre foi um covarde!

- Scorpius, pare! – Draco pediu, mas o filho o ignorou.

- Você só ficou ao lado de Voldemort porque era covarde e precisava se esconder na sombra de alguém mais poderoso – Scorpius cuspia as palavras com tanto ressentimento que qualquer um ali perceberia que ele guardava aquilo dentro dele há muito tempo - Quando ele caiu você nem ao menos teve a coragem de admitir que esteve todo o tempo do lado dele, enquanto os outros comensais eram capturados você se escondia mais uma vez como um covarde nojento!

Rose olhou para as mãos de Scorpius e notou que ele tremia. O rosto de Lucius se encheu de fúria.

- Cale a boca! - Lucius puxou a varinha e a apontou para Scorpius.

Rose prendeu a respiração enquanto Scorpius olhava espantado para a varinha de seu avô em sua garganta.

Na mesma hora Draco também puxou a sua e apontou para seu pai.

- Abaixe essa varinha - Draco disse com a voz falhando.

McGonagall, o Senhor Weasley e Rose também ergueram suas varinhas em direção a Lucius.

- Senhor Malfoy, peço que se acalme – McGonagall pediu.

- Eu não admito ouvir besteira de um garoto insolente! – Lucius rosnou - Não depois de tudo o que eu fiz! Você não tem ideia de como foi! Eram tempos sombrios! Eu só pensava na segurança da sua vó e de seu pai!

- Abaixe essa varinha, agora! - Draco disse com mais firmeza.

Lucius virou o rosto para ele, com um sorriso debochado.

- Meu próprio filho apontando a varinha para mim?

- Eu estou falando sério, pai! –Draco tremia, seus olhos cinzas estavam furiosos – Abaixe a varinha!

Scorpius não recuou, encarava o avô nos olhos sem demonstrar medo algum.

Em meio toda aquela bagunça, em que Rose segurava sua varinha com força enquanto mal conseguia respirar, ela reparou que seu avô tinha se aproximado mais dela, o braço esticado em sua direção preparado para defendê-la se fosse preciso.

- Senhor Malfoy – Arthur o alertou.

Olhando ao redor e vendo que estava encurralado, Lucius abaixou a varinha. Rose voltou a respirar, mas sua mão mal conseguia segurar a varinha de tanto que tremia.

- Ok. Certo. Deixem que ele cometa essa loucura – Depois seus olhos caíram em Scorpius com tanto nojo que Rose sentiu a raiva crescendo em seu peito – Esse garoto nunca foi o neto que eu quis, desde que ele era pequeno eu sabia que tinha algo muito errado com ele – disse com raiva– Eu me esforcei, fiz de tudo para que ele aprendesse algo, mas nunca funcionava! Ele sempre foi um bruxo medíocre, fraco, sem talento. Uma vergonha!

Scorpius parecia incapaz de responder. Absorvendo cada uma das palavras maldosas de seu avô que ouviu tantas vezes durante toda sua vida e que o magoavam tão profundamente.

- Pare! PARE – gritou Rose.

Lucius ficou furioso.

- E agora sua namorada sangue-ruim acha que tem algum direito de me enfrentar!

- Chega! – Arthur disse autoritário.

O Senhor Malfoy apenas deu uma risada incrédula e voltou a olhar para o filho.

- Vai ser um alivio finalmente me livrar dele. Não o quero mais em minha casa.

- Nós não voltaríamos lá de qualquer maneira – Draco respondeu irritado – Não depois de tudo isso. Eu concordei em tirar Scorpius daqui, mas o senhor passou de todos os limites.

- Você ainda tem muito a aprender, Draco. Ainda vai se arrepender por ter feito a escolha errada – Lucius respondeu com um sorriso presunçoso – Além disso, sabe bem que ele não pode mais manter o meu sobrenome – disse lançando a Scorpius um olhar enojado - E nem você e sua esposa se escolherem ficar do lado dele.

- Isso vai causar nossa falência! – Draco exclamou surpreso.

- Não me importo, vocês pagarão pelo o que estão fazendo com a nossa família – respondeu com indiferença.

Draco se aproximou do pai.

- Scorpius está certo, você é um covarde. Prefere arruinar sua família a deixar que todos saibam que seu neto é um bruxo muito melhor do que nós dois juntos! – Draco olhou para o filho, seus olhos transbordavam de culpa – E o pior é que eu quase fiz a mesma coisa.

- Astoria finalmente conseguiu te transformar em um desses adoradores de Sangues-ruins.

O senhor Weasley voltou a pegar a varinha.

- Se eu fosse você pensaria muito bem antes de falar mais alguma besteira – Arthur disse entredentes.

Lucius começou a rir sarcasticamente.

- Você deve estar se divertindo, não é mesmo, Weasley? Vendo meu filho e meu neto se tornado traidores do sangue iguais a você.

- Preciso admitir que é muito bom ver você mordendo a própria língua – Arthur provocou.

Lucius lhe fuzilou com os olhos e segurou a varinha com mais força.

A diretora McGonagall agiu rápido e decidiu intervir.

- Agora se não tiverem mais nada para resolver, peço que se retirem. Rose e Scorpius deveriam estar estudando para a prova agora.

Lucius a olhou, irritado, mas depois respirou fundo, como se juntasse toda sua força para não atacar o Senhor Weasley.

- Não tenho mais nada a dizer – Lucius disse secamente, agarrando sua bengala e andando com passos firmes até a porta. Depois se virou novamente para olhar Draco e Scorpius – Esperarei ansioso pelo dia que perceberão o erro que cometeram e se arrependerão. E acreditem, esse dia ainda vai chegar.

Depois foi embora, fechando a porta atrás de si.

Todos ficaram em silêncio, enquanto se acalmavam.

E então Draco se aproximou de Scorpius com o rosto triste.

- Desculpe. Eu realmente sinto muito pelo o que eu fiz....Quando eu vi meu pai agindo daquele jeito, eu me vi nele...Isso fez com que eu visse que o que eu estava fazendo era uma enorme bobagem. Nada do que ele disse é verdade. Você é um grande bruxo, Scorpius, assim como sua mãe.

Scorpius sorriu e bateu amigavelmente no ombro do pai, que em troca lhe puxou para um abraço.

- Pai! – Scorpius o repreendeu.

- Eu sei que você é um adolescente e que demonstrar afeto por seu pai na frente da sua namorada deve ser um pouco constrangedor, mas acho que podemos abrir exceção só hoje, o que acha? – Draco riu.

Scorpius também acabou rindo e retribuiu o abraço.

Assim que soltou o filho, Draco se virou para a diretora.

- Bem...sinto muito por toda essa confusão, Professora McGonagall.

Ela assentiu.

- O importante é que parece que tudo se resolveu, Senhor Malfoy.

O Senhor Malfoy sorriu agradecido e depois olhou para Arthur e Rose, parecendo muito sem jeito, mas sem deixar de manter sua postura autoritária.

- Acho que devo desculpa a vocês também... – disse, se mexendo desconfortável. Rose arqueou as sobrancelhas, surpresa - Sinto muito por termos feito o Senhor vir até aqui para isso.

- Não tem problema algum. Depois da minha aposentadoria eu bem que senti falta de alguma movimentação – ele brincou em resposta.

Rose não pôde deixar de rir com aquilo. Porém quando Draco se virou em sua direção ela parou de rir imediatamente.

- Espero que isso não tenha interrompido seus estudos, Senhorita Weasley.

- É...claro que não, senhor Malfoy. Não se preocupe – ela respondeu educadamente.

Por um momento pareceu que ele lhe daria um sorriso, mas antes que isso acontecesse ele desviou o olhar.

- Eu vou indo, boa tarde a todos. Nos vemos em duas semanas, Scorpius – Draco disse, afagando carinhosamente o ombro do filho.

Scorpius acenou para o pai enquanto ele saia da sala.

O senhor Weasley se adiantou.

- Se não se importa, Minerva, eu gostaria de conversar com minha neta um pouco antes de ir – Arthur pediu, fazendo o estomago de Rose revirar de nervoso.

Finalmente tinha chegado o momento de Rose descobrir o que o avô achava sobre seu namoro.

- Claro, Arthur, fique a vontade – a diretora respondeu, se sentando em sua cadeira.

 

Eles saíram da sala da diretora, descendo as escadas.

- Está tudo bem, garoto? – Arthur perguntou para Scorpius que levantou o rosto surpreso.

- Sim, senhor Weasley – respondeu depressa.

- Sinto muito por tudo aquilo. Se tiver mais algum problema com seu avô pode me chamar, ainda tenho alguns contatos no Ministério.

- Obrigado. Mas espero que não seja preciso – ele respondeu desconfortável.

- Vamos torcer para que não seja – Arthur sorriu em resposta – Agora, se me permite, preciso bater um papo com Rose

- Claro. Foi...hum...um prazer te conhecer, senhor Weasley – Scorpius disse envergonhado.

- Digo o mesmo, rapaz – Arthur respondeu amigavelmente.

Então se virou e seguiu sozinho pelo corredor.

- Então... – Rose começou, ansiosa demais para esperar.

- Scorpius Malfoy, huh? – ele perguntou e para o alivio de Rose não parecia irritado.

- É – ela sorriu.

- Seu pai sabe?

- Não, ainda não – respondeu preocupada.

- Boa sorte com isso - Arthur deu uma risada divertida - Mas não se preocupe, logo ele se acostuma.

Rose o olhou surpresa. Seu coração dando um pulo.

- Então...está tudo bem pra você que eu e Scorpius estejamos juntos?

- Claro que sim, Rosinha. Qualquer um que enfrente Lucius Malfoy daquela maneira é bem-vindo na nossa família – ele respondeu dando risada.

Rose deu um pulinho e abraçou o avô, extremamente feliz e aliviada.

- Não sabe como estava com medo de que não aceitasse.

- Bobagem. Ele parece ser um ótimo garoto. Só peço que conte logo para seu pai, não vamos querer ter outro momento como o de hoje.

- Sim, senhor.

- É melhor eu ir. Sua vó já deve estar com o jantar pronto e sabe como ela fica se eu me atrasar.

- É melhor correr então – Rose brincou.

Seu avô lhe deu um ultimo abraço e foi embora.

 

Rose correu pelos corredores,ansiosa para contar tudo a Alvo, Alice e Scorpius. E como já era hora do jantar, imaginou que ele já deveriam estar no Salão Principal.  

E era exatamente lá que eles estavam

- Merlin, Rose! – Alice disse assim que ela se aproximou – Scorpius nos contou o que aconteceu! Que loucura! O que seu avô te disse?

- Ele explodiu, não foi? Tenho certeza que explodiu – Alvo agitou as mãos, preocupado – Eu conheço meu avô.

- Bem...na verdade não – Rose respondeu, se sentando ao lado de Scorpius – Disse que Scorp parece um bom garoto.

Scorpius arregalou os olhos, surpreso.

- hum...aparentemente não conheço meu avô tão bem assim – Alvo disse, igualmente surpreso e depois voltou a atenção para sua comida.

Rose se aproximou mais de Scorpius, esbarrando levemente seu ombro no braço dele para que ele voltasse a olhar para ela. Seus olhos estavam sem o brilho habitual.

- Como você está? – ela sussurrou para que ninguém mais ouvisse.

- Ter que ouvir tudo aquilo...- disse com a voz triste.

Rose entrelaçou suas mãos por de baixo da mesa e Scorpius lhe deu um pequeno sorriso em resposta.

Mas não tiveram muito tempo para conversar, porque toda a atenção do salão se voltou para a outra extremidade da mesa da Grifinória, quando alguém gritou.

- PELAS BARBAS DE MERLIN!

Todos se viraram em direção à garota do 6º ano que havia gritado e se assustaram com o que viram.

Ela apontava para a pessoa a sua frente, apavorada.

- SUA CABEÇA! – outra pessoa gritou.

Todo o salão olhou perplexo para Brenno Thomas que os olhava de volta, confuso.

- O-o que foi? – ele gaguejou.

Uma das garotas que havia gritado pegou um pequeno espelho em sua bolsa e o estendeu para o garoto.

Quando ele viu sua própria imagem também soltou um grito, horrorizado.

Sua cabeça estava gigante e aumentando.

- QUE MERDA É ESSA?! – ele gritou.

McGonagall apareceu correndo, seguida pelo Professor Slughorn e o Professor Boot. Enquanto isso alunos da Grifinória e das outras mesas se levantavam para ver melhor aquela cena bizarra.

- O que está acontecendo aqui? – a diretora perguntou. Em seu rosto era claro o espanto de ver uma cabeça daquele tamanho. Já estava bem maior do que uma melancia.

Para a surpresa de todos Brenno se virou raivoso para Luke e apontou o dedo raivosamente em sua direção.

- Você me paga, Grenn!

Luke pareceu surpreso, enquanto toda a atenção do salão estava nele agora.

- Eu? Estava aqui tranquilamente comendo meu purê! O que tenho a ver com essa sua cabeçona?

Brenno quase se levantou para ir para cima de Luke, mas um de seus amigos o segurou.

- Eu sei que foi você! Eu vou te matar!

- Acalme-se – O professor Boot pediu - o senhor tem provas do que está dizendo?

O garoto de cabeça grande voltou a gaguejar.

- N-não, mas...

- Então, fim do caso – slughorn declarou, ainda olhando horrorizado para Brenno – o importante agora é diminuir essa...cabeça.

- Weasley – Mcgonagall chamou Dominique – Por favor, leve o senhor Thomas até a enfermaria.

Dominique assentiu, segurando a risada, e se levantou imediatamente.

Assim que Dominique saiu com Brenno, o salão irrompeu em risadas.

- Silêncio! Voltem a comer! – A diretora pediu.

McGonagall olhou pensativa para Luke, mas não disse nada, voltando para sua mesa.

Assim que a diretora e os professores se afastaram Luke e Roxanne começam a rir muito.

- Foram vocês, não é? – Rose perguntou, não como uma acusação, apenas como curiosidade, já que ela tinha que admitir que tinha sido muito engraçado.

- Ideia da Roxie – Luke respondeu, passando o braço por cima dos ombros da amiga – Genial, né?

Roxanne sorriu orgulhosa.

- Agora Thomas vai saber que não deve se meter comigo.

Eles passaram o resto do jantar rindo, enquanto Dominique contava do grito de susto que a Madame Promfrey deu quando viu a enorme cabeça do Brenno que naquele ponto quase não passava pela porta. E Rose não pôde deixar de notar que Luke não tirou sua mão do ombro de Roxy em nenhum momento e que a garota em certo momento entrelaçou sua mão com a dele, o que fez com que ele ficasse completamente vermelho e com um sorriso bobo no rosto.



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