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História Mais Além - Atrasada


Escrita por: Nosei

Notas do Autor


Olá! Aqui está minha primeira história com personagens originais.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Atrasada


Fanfic / Fanfiction Mais Além - Atrasada

07:40, Rio de Janeiro – Ponto de vista de Lorena

 

— Só mais cinco minutinhos. - Falei virando-me para o outro lado da cama.

— Tem certeza, Lorena? Já são 7:40.

— O que?! - Levantei-me de um pulo - Mãe! Por que não me acordou antes?! Vou chegar atrasada logo no primeiro dia de aula! - Falei enquanto me arrumava.

— Mas eu te chamei! Você que não levantou. Bem feito. - Minha mão falou, enquanto observava bem tranquila a cena de sua filha desesperada se ajeitando.

— Obrigada pelo apoio, querida mãe. - Ironizei. Corri para a cozinha, peguei uma panqueca e corri para a porta.

— Lorena, você vai de pantufas? - Minha mãe perguntou rindo. Olhei para meus pés e revirei os olhos. Corri para o quarto, calcei qualquer coisa e voltei.

— Tchau, mãe! - Ela apenas acenou ainda com o sorriso no rosto. É porque não é ela que tá nesse desespero todo.

     Por sorte, o ônibus que pego não demorou muito pra chegar. Entrei e sentei-me ofegante. Meu Deus, como posso me atrasar logo no primeiro dia de aula da faculdade?! Lorena, você é demais! Palmas. Eu já estava atrasada e o trânsito não colaborava. Olhei no relógio, eram 07:55. Ótimo, não estamos nem na metade do caminho e só faltam cinco minutos. Acho que devo ter levantado com pé esquerdo, hoje não é meu dia. Lorena, sem essa de superstições! Meu subconsciente me alertava.

- Iih, o pneu estourou, pessoal! - O motorista gritou. Okay, o universo já tá de sacanagem comigo. Qual é?! O que eu fiz de errado?!

— Fala sério! - Bufei revirando os olhos claramente irritada com aquela situação.

     Desci da droga do ônibus e fiquei orando por um táxi. 8:00. Suspirei de olhos fechados, pedindo pra Deus forças pra aguentar tudo isso. Abri os olhos e olhe só! Um táxi! O percurso até a Universidade fora bem rápido, pelo menos. Dentro de 7 minutos já me encontrava dentro da enorme Universidade, à qual não faço a mínima ideia de onde fica minha sala.

     Agora imagine você, pela primeira vez em uma Universidade, sem saber onde raios fica sua sala, e ainda de bônus: Atrasada! Quem consegue essa proeza na vida? Isso mesmo, a Lorena aqui. Nunca queiram isso pra vida de vocês. Certo que haviam aquelas placas indicando qual bloco e tal, mas optei por perguntar à um segurança logo, que me deu as informações necessárias. Dirigi-me até a sala e já eram 8:15. Repito: Nunca queiram isso pra vida de vocês. Respirei fundo e abri a porta. Ótimo! Apenas todos os olhares se voltaram para mim. Devo ter ficado da cor de um tomate bem maduro, porque senti minhas bochechas queimarem numa intensidade que deu vontade até de coçar.

— Com licença. Desculpa o atraso. - Falei envergonhada e com um sorriso meio torto.

— Tudo bem, sente-se. - O professor sorriu amigável.

     Meu olhar percorreu a sala inteira à procura de um lugar vago. Alguns ainda me fitavam, outros cochichavam e eu nem dando à mínima. Sentei-me na única carteira vazia - Só faltava você mesmo, sua trouxa! Pensei.

— Hey, garota que acabou de chegar! - Ouvi a voz do professor.

— Sim? - Perguntei.

— Não à conhecemos ainda. Pode se apresentar? - Oh, God. Fiz uma careta e o professor riu. Antes que eu começasse a falar, ele me interrompe. Permita-me me apresentar primeiro. - Assenti. Ele pigarreou e começou - Sou Daniel, professor de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. - Ele sorriu. - Sua vez. Diga seu nome e o porquê de ter escolhido Pedagogia.

— Bom, me chamo Lorena. Escolhi Pedagogia porque simplesmente amo criança. Amo a fase em que elas estão aprendendo as coisas, sabe? E poder ser o instrumento repassador, digamos assim, da educação da criança me fascina. É Pedagogia por amor sim, sem dúvidas. - Sorri e todos aplaudiram.

— Obrigado, Lorena. Vamos continuar, pessoal.

     A aula foi um tanto proveitosa, além de eu amar o que faço, o professor tornou a aula bem divertida. Bom, eu não sou a nerd, apenas gosto bastante de estudar. E bom, estou aqui por mérito meu, então, nada mais óbvio do que me esforçar, não é mesmo?

     Percebi que alguns alunos mexiam no celular, outros, praticamente, dormiam, outros olhavam para o professor, mas a cabeça estava em qualquer outro mundo, menos na aula. Opa! Percebi que eu estou mais observando as pessoas do que prestando atenção na aula. Ser observadora, às vezes, me atrapalha. Voltei a prestar atenção na aula, estava bem mais interessante, obviamente.

(...)

— Luana! - Avistei minha melhor amiga e fui ao seu encontro. - Você acredita que cheguei atrasada? Pois é.

— O que aconteceu pra você chegar atrasada logo no primeiro dia de aula? - Luana perguntou.

— Você quer a versão mais explicada ou a direta?

— Direta! - Eu ri.

— Acordei tarde; Trânsito e o pneu do ônibus estourou. Dá pra acreditar?! Sem contar esses corredores enormes.

— Wow. Hoje não é seu dia de sorte, amiga, definitivamente, não é! - Rimos.

— Pois é! Agora estou rindo, mas você precisava ver minha cara de desespero. - Rimos juntas. Estávamos quase saindo da Universidade, quando uma criança vinha correndo, tropeça e cai bem na nossa frente.

— Meu Deus! - Me agachei e ajudei a criança a levantar. Ela aparentava ter uns 3 anos. - Se machucou? - Perguntei.

— Aqui. - Ele disse apontando para o joelho. Era um garotinho.

— O que houve? - Um garoto perguntou, se agachando perto da gente. E, se não me engano, ele era da minha turma.

— Ele vinha correndo, tropeçou e caiu. Mas não aconteceu nada demais, né garotão? - Falei acariciando o rosto do garotinho e em seguida, me levantando.

— Acontece. - O garoto que acabara de chegar disse e sorriu. - Diego, cadê o papai? - O garotinho apontou para um homem que vinha em nossa direção. – Ah, ele é meu irmão.

— Ah, sim. - Assenti sorrindo.

— Bom, brigada aí, Lorena, né? - Assenti - Somos da mesma turma.

— Não foi nada...- deixei a frase no ar, insinuando que ele deveria dizer seu nome.

— Thomas. - Ele sorriu.

— Thomas. - Sorri de volta.



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