História Mais de você. - Mas que bebe?

My Lady cuspiu uma grande quantidade de sangue pela boca, enquanto continuava segurando a Rebelion presa em seu abdômen. A moça começava a entrar em choque devido ao ferimento profundo.

Dante permanecia paralisado, com a mão ainda estendida em direção a espada. Ele simplesmente não conseguia se mover. Não acreditava no que tinha acabado de fazer. Nunca, jamais, teve a intenção de feri-la, pois por mais que estivesse profundamente magoado com ela, a garota sempre foi sua melhor companhia humana.

O pior de tudo é que Dante já tinha certeza que a moça estava grávida.

Dante olhou novamente o ferimento no abdômen de My Lady; sentiu náuseas pelo que havia feito.

Na verdade, toda a sua intenção assassina naquele momento, era para ser direcionada a Vergil. Sim, Dante iria mesmo matá-lo, aliás, essa não seria a primeira vez que faria algo assim, então, lá no fundo, era apenas a forma de Dante chamar a atenção do irmão para si. Mas novamente, My Lady ficou do lado de Vergil; inclusive acabara de dar a vida por ele. Era muita coisa mesmo, e Dante se sentiu ainda pior com isso. A criança realmente só podia ser do seu irmão, seu sobrinho, e agora ele havia acabado de matá-la. Será que o amor que a garota nutria por Vergil era maior que pelo próprio filho? Tinha algo muito errado nisso.

Vergil correu em direção a My Lady retirando a espada de seu abdômen. Uma quantidade absurda de sangue jorrou da ferida da moça.

— Por Sparda… Dante o que você fez? - Vergil estava em choque.

— Vergil… o bebe… o seu filho… – Lady levou uma mão trêmula até a barriga de Vergil.

— Não se preocupe com isso agora, fique quieta, pare de fazer esforços.

As portas do saguão se abriram, e duas pessoas entraram correndo.

Trish e o pai de My Lady pareciam já saber o que estava acontecendo ali.

— Vergil!? - a loira segurou o albino desesperada vendo sangue na blusa branca que ele usava, enquanto Arkhan verificava a situação da filha.

— Eu estou bem, o sangue não é meu, mais a Lady… ela…

— Ela está morrendo! Tenho que levá-la rápido! - o pai da moça começava a entrar em pânico.

Rapidamente, Dante a pegou no colo indo em direção a porta. Saiu entrando no carro de Trish, colocando a moça no banco do carona. Não ouve tempo de se perguntar ou explicar nada, e Dante partiu com a moça para o hospital que ficava bem perto dali.

Ao chegarem lá, Dante entrou correndo com My Lady nos braços. Ele estava sem o sobretudo e coberto de sangue. O médico veio correndo em direção a eles.

— Oh meu deus! - o médico mostrou desespero. – O senhor está bem? Esse sangue não é seu, certo? O bebe! E o bebe?

Dante ficou um pouco perdido e ainda mais abalado. Não sabia como contar – e se devia contar – que não havia mais bebe algum.

— Não o sangue não é meu é da Lady, por favor salve ela… pelo menos ela.

O médico pareceu se tranquilizar ao saber que o sangue ali era apenas da mulher. Dante não teve reação alguma a não ser sentar e sofrer ali enquanto via a amiga sendo levada as presas para a emergência.

Depois de um tempo uma enfermeira apareceu no corredor. Ela se dirigiu a Dante.

— Sua amiga está bem, conseguimos estancar o sangramento e religar os órgão afetados.

Dante apenas sorriu aliviado.

Antes que a mulher saísse, Dante a chamou novamente.

— Espere… e o bebe, ela realmente perdeu o bebe?

A mulher o olhou confusa.

— Desculpe senhor, mas ela não estava grávida; nunca esteve.