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História Mais de você. - Eles são meus!


Escrita por: Takkano

Capítulo 13 - Eles são meus!


No outro dia, Dante apareceu novamente para ver como o irmão estava. Desta vez, apenas entrou bem quietinho pela porta dos fundos.

Depois da última noite em que acabou brigando novamente com o mais velho, teve medo de que Vergil se trancasse no quarto e se recusasse a falar com ele de novo. Agradeceu aos céus por Trish ter levado Lady para a casa dela.

Era claro que Vergil não seria uma boa companhia para a moça naquele momento; pelo menos não com Dante por perto.

— Por que está aqui de novo, idiota?

Dante deu um pulo quando Vergil apareceu atrás dele fechando a porta com um baque seco.

— Quê? Como assim? Você saiu ontem a noite para caçar e me deixou aqui falando com as paredes, morrendo de medo de que algo ruim acontecesse. - Dante parecia nervoso com ele.

— Uhm, como se você se importasse! - Vergil lançou um olhar gelado ao irmão.

— Eu me importo! E além disso, eu disse que hoje ia te ajudar com as coisas do bebe, lembra?

— Verdade, tinha me esquecido.

Os dois subiram até o segundo andar, onde ficaria o quarto do bebe.

Chegando lá Vergil se sentou em uma poltrona branca e começou a ler um livro.

— Fala sério Vergil, você vai ajudar, né?

— Não! - o mais velho respondeu seco sem nem ao menos prestar atenção em Dante.

— Droga, vou acabar fazendo tudo errado.

— Você sempre faz!

Aquelas palavras deixaram Dante bem chateado, mas ele sabia que o irmão tinha motivos para dizer aquilo. Disfarçou e começou a trabalhar.

— Parece que você andou se empolgando nas comparas. - Dante remexia e bagunçava as coisas do bebe em cima da cama. – Olha só tem tanta coisa aqui.

— Tem o suficiente, Dante.

— O suficiente para dois bebes.

— Exatamente!

Dante parou na hora o que estava fazendo. Fitou Vergil, que agora o encarava como se esperasse alguma reação por parte do irmão mais novo.

— Uhmm… - foi o único som que o mais novo conseguiu produzir de imediato. – São dois? - Dante expressava timidez e surpresa ao mesmo tempo.

— São… - Vergil também pareceu constrangido e inseguro em finalmente ter aquela conversa com Dante.

— Gêmeos?

— Com certeza? - Vergil revirou os olhos, é sério que Dante iria começar a fazer perguntas estúpidas logo agora?

Dante ficou visivelmente nervoso. Não sabia o que dizer ao irmão. Começou a caminhar pelo quarto passando as mãos pelos cabelos.

— Tem algo te incomodando, Dante?… “além de mim e dos bebes, é claro!” pensou Vergil, não exteriorizando a certeza de que era por causa deles que Dante estava chateado.

— Não… é só que… - Dante precisava dizer alguma coisa, qualquer uma que não deixasse o mais velho ainda mais nervoso. – É que você só comprou um berço… e eles são dois… então…

Era evidente que Dante não estava conseguindo manter algum argumento normal para falar sobre “os bebes”.

— Eles são pequenos, podem dividir. Além do mais, gêmeos gostam de ficar sempre juntos.

— É, eu sei, Verg.

Os dois trocaram um olhar silencioso. Era tão óbvio que aquele diálogo monótono não os levaria a lugar nenhum.

— Parece que vou ser o novo Sparda da família. Partindo do começo sabe; eu, você… – Dante fez uma longa pausa, como se fosse um tanto difícil continuar. – … os gêmeos.

— Só espero que eles não terminem assim, como nós. - a afirmação saiu como um desabafo do mais velho, que se levantou ficando de costas para o irmão.

— E quem disse que já terminamos, Vergil?

Dante se aproximou sorrateiro abraçando Vergil por trás. Ambos sentiram o corpo estremecer com o contato, que a tanto tempo não tinham um com o outro. Dante depositou um beijo suave no pescoço do mais velho que gemeu apenas com aquele singelo ato.

— Oh, perdão maninho, me esqueci o quão sensível você está agora. - Dante riu baixinho fazendo Vergil estreitar os olhos.

E lá estava ele, o velho e engraçadinho Dante Sparda.

— Por que, você acha isso ruim, Dante? - Vergil deslizou os dedos suavemente pela nuca do mais novo fazendo-o delirar.

— De jeito nenhum!

Dante puxou o queixo do irmão para unir seus lábios aos dele.

Desta vez, a intenção de Dante era realmente ser meigo com Vergil, porém, não parecia ser a vontade do mais velho, que rapidamente se virou o beijando afoito. Os braços do mais velho envolveram-no pelo pescoço puxando o corpo forte em sua direção. Os dois caminharam até Vergil bater contra a cama e cair sobre ela, com Dante totalmente preso a seu corpo.

Dante o olhou assustado.

— Vergil! Ficou louco, não faça isso… vai acabar se machucando.

— Mas você disse que nunca mais iria me machucar de novo, lembra?

— Eu sei, mas não abusa, tá?

— Abusar como… assim?

Vergil mordeu o lábio inferior de Dante beijando-o daquela forma sedenta de novo. As mãos do mais novo desceram apertando o corpo do irmão com vontade. Dante pulou assustado para trás ao ouvir Vergil soltar um gemido alto, que não pareceu ser de prazer.

— Meu Deus! Vergil desculpe, eu…

— Calma, tudo bem é que você apertou a minha barriga. - Vergil parecia respirar com um pouco de dificuldade.

Dante tentou se levantar ainda um pouco abalado por quase ter machucado Vergil e os bebes, mas teve seu braço brutalmente puxado, sendo jogado com violência de volta na cama. Dante não pode conter um sorriso com um misto de surpresa e curiosidade, vendo o mais velho subir em cima do seu corpo; nunca tinha visto o irmão agir daquela forma tão dominadora antes.

Mesmo assim, Dante empurrou Vergil, fazendo-o cair de cara no colchão.

— O que pensa que tá fazendo, idiota? - Vergil parecia muito furioso.

— Deixa isso para lá Vergil, se formos for até o fim, sabe que eu vou te machucar, não sabe?

Vergil suspirou derrotado se sentando na cama, ajeitando os cabelos para trás.

— É eu sei, me desculpe. - Vergil se levantou indo em direção a janela, parando para observar o movimento lá fora. – Isso não vai mais se repetir.

O mais novo acompanhou seu passos. Abraçou-o por trásnovamente, fazendo com que Vergil tivesse que se apoiar na moldura para não ir ao chão.

— Isso vai se repetir maninho, muitas vezes ainda. - Dante beijou seu pescoço, voltando a deixar Vergil desesperado. – Mas não agora! - o mais novo se afastou em direção a porta.

Quando Dante abriu a porta deu de cara com My Lady.

A garota estava muito pálida, mas sustentava a mesma expressão carrancuda de sempre.

— Dante? O que faz aqui a essa hora? Achei que você só viesse à noite, para dar uma olhada no Vergil.

— Ele veio me ajudar com as coisas do bebe. - Vergil não costumava se manifestar quando os dois conversavam, mas depois da última vez, achou melhor não arriscar.

Lady olhou pelo quarto, mas tudo o que viu foi a bagunça de sempre; ainda mais bagunçada.

— Bom já que estava aqui podia pelo menos ter montado o berço, né? - a moça deu um sorriso vitorioso.

Dante sorriu na mesma intensidade, arrancando um bico de Lady.

— Não se preocupe Lady, eu já montei o quarto todo, mas não aqui. Afinal esse não é o lugar deles.

Se Lady ficou furiosa e Dante se sentia vitorioso, nem uma dessas expressões superou o sentimento de felicidade de Vergil, que dessa vez, não conseguiu vestir sua máscara fria e séria de sempre.


Notas Finais


*-*


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