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História Mais de você. - Frio outra vez.


Escrita por: Takkano

Notas do Autor


E depois de tudo, quando o arrependimento bater, você finge que aquilo não foi nada, e se torna aquilo que você sempre foi; frio outra vez.

Capítulo 2 - Frio outra vez.


A água quente volta a aquecer seu corpo, porém Dante sabe que é apenas superficialmente. Por dentro ele ainda sente o gélido olhar de Vergil sobre ele, como se desprezasse a sua existência.

Maldito. Dante não consegue entender; Vergil parecia querer tanto quanto ele, afinal foi ele quem se insinuou primeiro.

Dante desligou o chuveiro e enrolou uma toalha na cintura. Saiu do banheiro e, ao chegar no quarto, se deparou com o irmão já com as calças e as botas, colocando seu colete azul-marinho em frente ao espelho. Dante se sentou em sua cama ficando exatamente de costas para ele. Ali ele apenas observava o belo corpo do irmão, tão bem desenhado que, se não soubesse eram gêmeos, julgaria ser impossível existirem dois deles. "Dois de nós", aquele pensamento passou como um flash na cabeça de Dante.

– O que está olhando, idiota! - Vergil despertou Dante de seus sonhos mais obscenos o olhando irritado através do espelho. Ele se virou como se esperasse alguma resposta além da que havia feito, porém a única coisa que ele encara é o chão.

– Nada! - Dante responde tentando parecer indiferente, voltando a secá-lo com os olhos.

– Ah, quer dizer que agora eu sou nada? Muito estranho vindo de alguém acabou de… - Vergil se cala rapidamente como se algo o impedisse de sequer lembrar do que havia acontecido entre eles a alguns minutos atrás.

– Para alguém que acabou de o quê? De te comer? - o mais novo abre um sorriso cínico e debochado – Qual é Verg, vai bancar o carente agora? O que foi? Será que eu não te “dei” o suficiente, irmãozão? "É agora eu abusei da paciência dele!"

Vergil se irrita e empurra Dante na cama, furioso, sentando-se sobre o seu corpo coberto apenas pela toalha.

– Pois é, isso responde bem! - Dante desliza as mãos pelas laterais de seu corpo apertando-o com força desnecessária – Parece mesmo que não foi o suficiente – seu membro já desperto pulsa violentamente sob suas nádegas, e Dante se delicia vendo ele arfar nervoso com o contato.

Vergil aperta um pouco mais a garganta de Dante parecendo realmente irritado com suas gracinhas.

– Cala essa boca, seu imbecil! Esqueceu quem eu sou?

– Quem? Minha vadia?

Dante acaba se arrependendo da piadinha ao sentir o ar faltar em seus pulmões com mais um aperto de Vergil.

– Sou seu irmão, seu verme doente!

– Não me importa quem você seja, desde que eu possa te comer de novo daquele jeito.

Um forte soco o atinge arremessando-o ao chão da cama ao lado. Dante tenta se levantar para devolver o pequeno presente que seu querido irmão havia acabado de dar, porém o que vê o faz voltar novamente ao chão totalmente estático.

Os olhos azuis gelo agora, se derretiam em lágrimas. Sim lágrimas. Aquele belo par de olhos tão frios e totalmente desprovidos de sentimentos, agora se encontram turvos em pranto, e pareciam revelar muita dor; uma dor tão grande que até mesmo Dante, foi capaz de senti-la.

– Então eu sugiro, Dante Sparda, que você mude a sua dieta , e volte a comer lixo na rua. Porque eu não sou parte desse seu cardápio vagabundo.

Vergil faz menção de pegar seu sobretudo azul, porém Dante o segura pelo braço se levantando em seguida, ainda chocado ao ver aquele imenso bloco de gelo se derretendo bem à sua frente.

Vergil puxa o braço quase levando o de Dante junto.

– O que foi Dante? Você só queria “comer” mesmo, então que diferença faz, não é? - e dizendo isso ele pega a yamato e sai ainda aos prantos batendo com força a porta do quarto.

O mais novo fica ali, paralisado com um monte de dúvidas e confusões com as quais agora ele não sabia lidar. Vergil acabara de se comportar como as garotas com quem costumava dormir. Era até submisso como elas… - ah, ainda bem que Vergil não podia ler pensamentos, senão, com certeza, Dante estaria morto agora.

Mesmo assim, Dante não podia apenas ignorá-lo e procurar outra, como costumava fazer. Por que agora existia algo que nunca existiu antes. Algo realmente grande para fazer com que Dante Sparda, se vista apressadamente, pegue seu casaco e saia em baixo de uma chuva infernal, apenas para procurar desesperadamente por alguém que, com certeza, iria chutá-lo como um cachorro sarnento e dizer um monte de merdas, das quais, se fosse outra qualquer ele provavelmente até mesmo arrancaria a cabeça fora.



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