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História Mais de você. - E agora?


Escrita por: Takkano

Notas do Autor


Você sabe quando algo é inevitável, mas segue adiante evitando o inevitável. Até que... ele te cerca.

Capítulo 4 - E agora?


No outro dia bem cedo, Dante acordou e não encontrou o irmão dormindo ao seu lado como era de costume. Bem, costume de a alguns três dias pelo menos.

Torceu o nariz irritado e foi e foi se arrumar para mais um dia cansativo de trabalho. Bem, ao menos agora ele tinha Vergil, e além do mais velho ser “útil em casa”, talvez ele fosse mais prestativo também nas tarefas extras de Dante; caçar demônios. Isso. Pediria ajuda ao irmão, afinal Vergil jamais negaria uma boa matança que aliás, era sua atividade favorita.

Desceu as escadas e sentiu um maravilhoso cheiro de café vindo da cozinha.

Em uma bancada de mármore ao centro do cômodo, havia uma xícara, uma garrafa de café e um recipiente com alguns pães de queijo bem quentinhos.

— Eh… talvez não seja tão ruim assim ter alguém com dotes femininos em casa.

— Não vou usar aquela sainha de pregas igual à da My Lady, seu tarado idiota.

Dante quase derrubou todo o café quente em cima de si. Não havia notado o irmão ali emburrado no sofá da sala.

— Ah, oi Verg.

Dante se jogou ao lado do irmão quase derrubando café nele também, o que fez o mais velho ranger perigosamente os dentes.

— Calma Verg, perai… - Dante colocou a xícara em cima de uma pequena mesa ao centro e puxou o queixo do irmão beijando-o de forma romântica – Nossa Verg, como você consegue corar com um beijinho tão simples assim? Quem te viu, quem te vê.

Vergil queria matá-lo. Não literalmente, mas Dante com certeza era um porre, e o pior é que ele conseguia ser assim quase o tempo todo. Não era de se admirar que o idiota estivesse sozinho até hoje.

A porta da agência se abriu e uma morena com olhos de coloração diferentes entrou farejando pelo local.

— Que coisa. – disse a moça encenando um drama – não sei o que me choca mais, ver os dois irmãos pervertidos namorando no sofá como se fossem casados, ou esse cheiro de café da manhã vindo da cozinha.

Vergil se levantou, foi até a cozinha, serviu um pouco de café em outra xícara, pegou os pães de queijo e os levou até a morena.

— Fique à vontade My Lady, Dante acabou com o meu apetite.

— Oh, mesmo? Então vou comer tudo – a morena pegou o café e a vasilha sentando-se onde Vergil estava a pouco – Sabe Vergil, você não gostaria de viver aqui com o Dante; ele é um porco, insensível, grosso e mulherengo.

Lady olhou para Dante que estava ao seu lado com cara de poucos amigos.

— Ah, não se ofenda, Dante.

— Oh, não que isso My Lady – o sarcasmo na voz de Dante era muito evidente. Lady sorriu cínica. Constranger Dante, ainda mais na frente do irmão o qual ele amava tanto era realmente prazeroso.

— Bem o fato é que… eu somente vim até aqui suportar Vossas Majestades para pedir ajuda contra um dos servos de Mundus.

— Ah, demorou My Lady, estávamos loucos para bater em alguém, né Verg? 

Dante pulou do sofá puxando Vergil pela mão. O problema é que o outro travou, se recusando a levantar.

Lady e Dante se surpreenderam com a atitude de Vergil. O rapaz sustentava um semblante aflito, triste e mantinha a cabeça baixa. Em nada lembrava o homem raivoso e frio que todos conheciam.

— Vergil que merda tá acontecendo com você? Estamos falando de Mundus, lembra? O cara que matou o seu pai, a sua mãe e que agora quer acabar com você e com o seu irmão. Se não fizer nada tem noção do que ainda pode perder? Sua família seu idiota! Tem que se arriscar para proteger aqueles que ama.

— Está enganada, My Lady. – sua voz parecia firme agora – Justamente se eu entrar nessa guerra é que posso perder o que realmente me restou; talvez a única pessoa que posso dizer que realmente estará comigo.
Vergil se encolheu no sofá como se tentasse proteger algo. Ele não parecia se sentir bem.

Lady pegou Dante pelo colarinho.

— Que merda Dante! O que você fez com ele? Transformou seu irmão em uma donzela medrosa?

— Qual é Lady, eu não fiz nada com ele. Nada para deixá-lo assim.

— Não é verdade, seu burro! É justamente por algo que você fez que eu estou assim agora, de mãos atadas.

— Mas que bagunça é essa aqui? Cambada de crianças.

Uma mulher de longos cabelos loiros e muito bonita entrou na agência Devil May Cry.

— Não foi nada Thirst, é só a My Lady com ciúmes de mim; e implicando com o Vergil.

— Não estou nem ai para você, seu pateta! O problema aqui é o Vergil que desde que começou a ficar “mais próximo” do Dante, tem agido de forma estranha.

Thirst foi até Vergil e sentou se ao seu lado colocando uma das mãos em sua testa. Vergil se sentiu acuado. Ele sabia que a loira, assim como ele e Dante, não era humana; e isso só pioraria se ela também fosse esperta.

— Não está com febre, mas… definitivamente seu corpo está mais quente que o normal. É uma sensação estranha.

De repente a expressão da loira mudou de impassível para um certo pânico. Ela moveu-se mais para a frente do corpo de Vergil tapando propositalmente a visão de Lady e Dante. Desceu discretamente a mão pelo abdômen de Vergil pressionando ali.

Então tudo fez sentido.

Thirst olhou chocada e penalizada para Vergil que parecia carregar uma angústia pior que a ira de Mundus. Ela viu lágrimas se formando nos olhos do mais velho; Vergil não suportaria ser exposto ali na frente de todos daquela forma.

A loira se levantou calmamente.

— Ele está bem por enquanto, só precisa descansar um pouco.

— Por quê? Ele está doente ou algo assim? – perguntou Dante fazendo menção de pegar o irmão no colo, sendo empurrado em seguida por ele.

— Eu sei andar, imbecil! Não vai me pegar no colo na frente de duas mulheres.

— Viu só Thirst, ele está bem. Continua sendo o mesmo cretino de sempre.

— Droga Dante apenas ajude ele a subir as escadas – bufou a loira já perdendo a paciência com toda aquela criancice dos dois.

Dante colocou a mão nos ombros do irmão o conduzindo até o quarto deixando as duas mulheres na sala.

Ao chegarem no quarto, Dante fechou a porta e passou a olhar de forma inquisidora para o irmão.

— O que foi? – Vergil parecia irritado e nervoso.

— Vergil, quer me dizer o que está havendo com você?

— Não. – foi a única resposta de Vergil o que fez Dante avançar furioso contra o outro o prensando na parede.

— Calma Dante, cuidado assim você vai me machucar.

Dante o olhou confuso.

— Ah? O que foi isso? Desde quando se importa em se machucar, principalmente pelas minhas mãos?

Vergil tinha de achar uma saída para aquela situação. Já estava começando a ficar perigoso ter que dar as respostas a Dante.

Vergil então abriu de maneira sedutora o colete. Pegou ambas as mãos de Dante e as deslisou sobre seu peito sentindo o irmão tremer de excitação.

— Desde que descobri que prefiro isto – e roubou os lábios do mais novo em um beijo cheio de paixão e desejo, o qual foi prontamente correspondido.

Depois que o beijo se desfez Dante o olhou nos olhos e lambeu um de seus dedos fazendo o mais velho gemer.

— Você não presta Verg. – o outro apenas gemeu longamente.

— Humm… eu sei Dan, e que tal você repetir isso em outro lugar?

Dante sorriu triunfante, e Vergil agradeceu o fato de que quando se tratava de sexo, todo o resto se dissipava na mente do irmão caçula.



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