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História Mais que uma canção - Capítulo I


Escrita por: hinahyuuga27

Notas do Autor


Olá, esse é a minha primeira fanfic. E ela já é muito especial pra mim por se tratar de algo que eu realmente amo.
Boa leitura a todos!

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Mais que uma canção - Capítulo I

   Por que sempre acordava atrasada? Era impressionante a sua capacidade de não conseguir calcular o próprio período de sono. E principalmente agora, no último ano do ensino médio, que também é conhecido por não ser fácil, Hinata teria que tirar notas excepcionais, e ela não era uma garota que se deixava ficar para trás.
 
   Ano passado teve, finalmente, a coragem de discutir com seu pai sobre a sua futura carreira. O Sr. Hyuuga não é muito conhecido por sua capacidade de compreensão, o que levou Hinata a ensaiar o seu discurso durante meses, sua maior preocupação era que Hiashi recusa-se sua proposta quando dissesse que não queria seguir no curso de direito. Ela sabia que deveria apresentar fatos concretos e argumentos indiscutíveis para o pai, decidiu então levar tudo na maior seriedade possível. Marcou uma reunião com o Hyuuga, elaborou um seminário excelente, onde abordava questões do porque ter escolhido jornalismo e como aquele curso era perfeito pra ela, além de mostrar os benefícios que iria trazer para a empresa da família. Ao final de sua apresentação, seu pai se levantou e disse algo que Hinata nunca mais ia se esquecer.

   - É um grande orgulho ter você como filha, Hinata.

   Ela ficou tão extasiada com as palavras do pai, que abandonou completamente a postura de séria e pulou em seus braços. Momentos de carinho com ele eram considerados raros, pois os dois, tanto pai quanto filha, possuíam personalidades plenamente diferentes, o que acabava resultando na falta de comunicação entre eles, mas quando o pai o fazia era especial. Logo após o abraço, o Sr. Hyuuga voltou a sua postura de sério novamente, mostrando para a filha que não estava de brincadeiras.

   - Como você sabe, eu sempre te disse que decidir uma profissão é uma das escolhas mais importantes na nossa vida. E não é só a escolha dela que realmente importa, mas também o caminho que se trilha até chegar lá, sempre haverá obstáculos quanto a isso e nosso dever é conseguir ultrapassa-los mostrando que realmente somos capazes. - Hinata viu um sorriso nos lábios de seu pai - E hoje minha filha, você mostrou que tem a capacidade de transpor esses obstáculos, mas esse só foi o começo de muitos que irá passar, e por isso quero que mostre o melhor de si nesse empreitada.

   - Pai, estou muito feliz que o senhor tenha me dado essa chance. Irei mostrar para todos... Não! Irei mostrar a mim mesmo que tenho a capacidade de decidir as minhas próprias escolhas, não irei decepciona-lo, o senhor verá que sou digna para tal oportunidade. -Os dois sorriram e deram as mãos como um sinal de "negócio fechado".

   Aquele tinha sido um dos dias mais importantes na vida de Hinata e não queria que as palavras de seu pai tenham sido em vão, iria honra-lo. Desceu as escadas encaminhando-se para a cozinha, vendo seu pai levantando da mesa posta para o café da manhã. Pegou uma maçã e a colocou na boca enquanto passava geleia na torrada.

   - Eu te disse que ela ia se atrasar. Tá me devendo dez pratas! - Hanabi disse, enquanto sustentava uma cara de que mais uma vez tinha se saído vitoriosa.

   - Hinata, é esse o comportamento que quer dar para Hiashi? - Neji repreendeu Hinata, mas as duas meninas a mesa sabiam que ele estava irritado por ter perdido a aposta.

   - Foi mal, é que eu tava estudando, você sabe né primo, as férias deixa a gente meio enferrujado. - Hinata piscou para o primo, dando um sorriso maroto, mas antes que este pudesse responder, ouviram o som da garagem sendo aberta.

   - Vamos logo, senão a gente vai se atrasar ainda mais! - Neji suspirou.

   Os três saíram de casa e entraram no carro, onde Hiashi os aguardava. Neji se sentou no banco do passageiro e as duas irmãs ocuparam os bancos traseiros, como sempre acontecia quando iam à escola. Mas Hinata, e ela achava que Neji também, aproveitariam mais esses momentos em família a partir de agora, pois os dois iriam frequentar uma faculdade no próximo ano, sendo que esta era muito longe de sua casa, então conversaram com Hiashi e decidiram que iriam se mudar. Para Hinata, essa tinha sido uma escolha muito difícil, mas ela tinha certeza que iria valer a pena.

   Viu Hanabi conectar o celular no cabo USB ligado ao rádio, e lembrou que aquele era o dia de sua irmã escolher a playlist. Na verdade a distância de sua casa até a escola não era tão grande, mas era o suficiente para poder ouvir quatro músicas. E para Neji, quando se tratava do dia de Hanabi, aquela pequena distância se tornava absurdamente grande. As vezes ele pensava que aquilo era uma maldição, por ter sido ele a colocar a primeira música no rádio.

   Pelo o que se lembrava, o dia anterior ao acontecido não havia sido um dos melhores, tinha brigado com Tenten e recebeu uma nota horrível no simulado que fez, além de aquele dia ser aniversário da morte de seus pais. Apesar de fazer muito tempo em que viveu com os pais pela última vez, há exatos onze anos, ainda se pegava pensando no dia em que os dois iriam aparecer para lhe buscar, nunca se sentiu tão solitário. Em hipótese alguma mostrou seus sentimentos, até a manhã seguinte que entrou no carro. O silêncio que existia ali era sufocante e a única coisa que queria era chegar logo ao colégio, mas se depararam com um enxurrada de automóveis, anunciando o trânsito que não deixaria tão cedo a cidade. Foi aí, no meio da avenida, que Neji extravasou. Começou a xingar todos que passavam, pegou o cabo USB da bolsa e conectou no rádio de uma maneira tão enfurecida que o o conector nunca mais saiu de lá. Colocou a música mais barulhenta que tinha no último volume e gritou. Gritou tanto que parecia que suas cordas vocais iam estourar, gritou até sentir lágrimas saírem de seus olhos. Depois simplesmente chorou.

   Não se sabe quanto tempo ficou ali, mas viu a prima mais velha falar algo ao pai, que virou a primeira esquina que encontrou. Só soube distinguir que fazia horas que estava ali quando o corpo começou a demonstrar desconforto pela posição. Apenas encostou a cabeça no vidro da porta e adormeceu, onde só foi acordado quando Hanabi o chamou.

   - Por quê a gente veio pra cá? - Disse Neji, observando a construção simples, do que parecia ser uma casa rural.

   - Vêm, você precisa sair desse carro. -Hanabi apenas o ignorou.

   Mais tarde descobriu que aquela era a casa de campo de seus pais, Neji chorou novamente por isso, junto de suas primas e seu tio. Passaram uma semana inteira lá, as vezes conversando ou apenas olhando para a intacta paisagem que possuíam. Mas naquele momento, Neji soube que nunca mais se sentiria sozinho.

   - Graças a Deus chegamos! Eu estou seriamente pensando que quando for o seu dia, eu prefiro ir caminhando.

   - Eu tô nem aí, se for assim pelo menos eu vou sentar na...

   - A gente já tá saindo, agora você vai poder ir na frente, até mais! - Hinata que não queria passar por outra briga, se despediu levando Neji consigo - Vocês dois ainda vão me levar a loucura.

   - Eu não fiz nada. - As vezes ela entendia como Hanabi se sentia, suspirou cansada.

   - Como sempre. Eu tenho que ir pegar algumas coisas no armário, a gente se vê no intervalo. - Hinata se despediu do primo, seguindo para o prédio Leste.

   Os dois eram do mesmo ano, mas frequentavam horários completamente diferentes. O que Hinata achava bom, pois suspeitava que Neji as vezes a vigiava. Não que ela tenha feito coisas erradas, mas a imagem que passava para os alunos  do colégio não era uma das mais bacanas. Tímida, insegura e solitária, Hinata era quase uma santa naquela escola. É claro que ela tinha amigas e até que era um pouco tímida, mas isso não significava que era uma pessoa fraca.
  
   Na verdade ela não ligava muito para rótulos, mas as pessoas nem ao menos tentavam conhece-la, será que ela cheirava mal? Não sabia, porque nunca ninguém teve a coragem de lhe dizer algo do tipo, ou lhe dizer algo.

   Percebeu que chegou ao seu destino ao se deparar com uma porta dupla vermelha. Toda manhã quando chegava na escola ela precisava dar uma olhada naquela sala, mas na maioria das vezes viajava naquele mundo que não a pertencia, assim sempre chegava atrasada a primeira aula, apesar de não poder evitar.

   A placa acima da porta anunciava que ali era o clube de música da escola, mas isso Hinata já sabia havia muito tempo. Ergueu os pés para conseguir enxergar através do pequeno vidro de uma das portas. E o viu. Aquele menino estranho que sempre sorria e usava laranja, estava sentado em um banquinho, afinando o violão. Já conversou com ele, mas apenas falas superficiais, ele sempre estava rodeado de amigos, então nunca conseguiu aprofundar para saber mais sobre ele. Mas ela também sabia que esse momento era o único que o rapaz ficava sozinho.

   E é por tudo isso, que Hinata Hyuuga queria fazer parte do mundo de...

   - Naruto Uzumaki. - e ela sorriu


Notas Finais


Obrigada por terem lido até aqui, espero que vocês tenham gostado dessa minha história.
Sintam-se a vontade para criticas e elogios, ou caso vocês queriam saber algo mais que ficou subtendido.


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