As vezes, nas madrugadas solitárias e que parecem que nunca irão acabar, eu coloco aquele disco velho do Frank Sinatra que você amava tanto, e fico vagando meio que sem rumo pela sala. Com passos bêbados de tristeza.
E acabo me transbordando numa folha de papel, com poemas que só fazem sentido na minha cabeça, disserto sobre tuas pupilas escuras, e seus joelhos ralados.
Eu me derramo, Yoongi, me derramo nos versos, assim como me derramei em você.
Eu me ofereci por inteiro, mas tu me quis apenas em pedaços
As vezes me encho de raiva, revirando na cama as quatro da manhã, com a garganta seca e os olhos encharcados.
Mas que porra, Yoongi, você poderia ter o mundo inteiro de mim. Mas preferiu desbravar ele sozinho.
Você sempre foi aventureiro demais, sonhador demais, e eu acomodado demais.
E aqui estou eu, com os pulmões colapsados por culpa dos cigarros, as mãos calejadas de tantas noites tentando explicar como seu sorriso é lindo, e em como eu estou destruido.
E Sinatra pede pra leva-lo para a lua e pra deixa-lo brincar com estrelas, enquanto eu , com o coração mais ralado que seus joelhos, te imortalizo com poesia ruim, uísque barato.
E uma boa dose de saudade
Você foi descobrir o mundo, meu amor, e quando tu se foi, eu perdi o meu
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