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História Mais Tempo - Um


Escrita por: Sugar_Dragon

Notas do Autor


Primeira fic que posto, tô nervouser ><

Capítulo 1 - Um


Fanfic / Fanfiction Mais Tempo - Um

Min Yoongi, ou Suga, como era conhecido ironicamente por aqueles que o contratavam, era um traficante de informações. Ele as vendia, trocava, escondia, passava adiante, destruía, em troca de dinheiro. Relativamente jovem, já havia construído o próprio nome no Mercado de Seoul e atualmente contava com uma satisfatória quantia monetária e subordinados.
    Recentemente recebera um serviço mais sério do que estava acostumado. Os dados daquela mala eram importantes não só para quem o pagara para mantê-los a salvo mas, sim, para praticamente todas as pessoas da Coréia do Sul. Eram documentos que continham provas de um intrínseco esquema corrupto envolvendo o governo e as forças policias aliados aos traficantes de estimulantes químicos.  Min Yoongi não exigia saber as informações com que trabalhava, mas o contratante dessa vez era um conhecido e fez questão de dividi-las com o traficante, para ressaltar a importância daquele serviço feito.
─ Essa merda vai dar um trabalho... ─ Yoongi murmurou enquanto lavava o rosto na manhã seguinte à que conversara com o contratante. 
Ele já tinha a localização da mala, tudo o que precisava fazer era com que ela atravessasse Seoul em segurança e tomasse um avião para fora do país, onde as provas poderiam ir a tribunal internacional na ONU. No entanto, todos os três lados do esquema estavam cientes de que haviam sido descobertos, e fariam o possível para impedir a divulgação das provas. Yoongi sabia disso muito bem.
─ Preciso de um avião. ─ Ele deu a ordem a Kim Namjoon, Jung Hoseok e Kim Taehyung, ao entrar na sala de reuniões ─ Arranjem alguém de aparência simples e discreta, de preferência que não tenha outra opção senão nos fazer esse serviço, principalmente se oferecerem uma compensação gorda.
Os três rapidamente se levantaram e saíram, enquanto Yoongi começava a traçar a estratégia com os outros.

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Park SoDam sentiu a bofetada do pai queimar no rosto, enquanto se erguia do  chão. Mal o fizera,veio outra pancada, acompanhada dos gritos furiosos dele.
─ Vadiazinha inútil! Nem pagando os homens iriam te querer! Não serve pra nada! Você deixa todos enojados!
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Os subúrbios de Seoul eram os melhores lugares para se conseguir um aviãozinho. A maioria das pessoas ali vivia desamparada sobre a linha entre a vida e a morte, portanto, não era necessário oferecer muita coisa para que aceitassem os serviços propostos. Os três traficantes passavam por uma ruazinha especialmente precária, com casas de tábuas úmidas e mofadas apertadas umas contra as outras.
Vários sons e ruídos vinham de todas as casas, misturando o barulho da televisão a choros de bebês, conversas e discussões. Quando os rapazes passavam por uma casa de onde vinham gritos masculinos irados, a porta se abriu de supetão e uma figura magra caiu aos pés deles, estatelada no chão sujo. Logo atrás veio um senhor de meia idade, provavelmente o dono da voz que gritava, pois ainda o estava fazendo. Em uma das mãos, erguida, carregava um cinto largo dobrado ao meio. Os olhos saltavam das órbitas quando ele encarou os três homens. Namjoon se abaixara e levantava a moça trêmula do chão. Seu rosto jovem estava coberto de marcas vermelhas e algumas cicatrizes. Sangue saía de seu lábio, num corte que parecia ser constantemente reaberto. 
─ Quem diabos são vocês? ─ Gritou o homem, puxando a filha violentamente pelo braço, soltando-a de Namjoon.
─ Isso não te interessa, amigo ─ Respondeu Taehyung, dando um passo à frente. A voz grave do rapaz fez o velho titubear um pouco, e seus olhos dançaram entre os rostos dos três. 
Sem dizer outra palavra, o homem deu as costas, puxando consigo a moça, que olhava assustada para os outros três. Dessa vez quem avançou foi Hoseok, soltando o braço da moça do aperto do pai com um golpe rápido e agarrando o velho pelo colarinho da camisa mal abotoada. Ele o empurrou até que batesse de costas na parede da casa e falou próximo ao seu rosto, a voz ameaçadora.
─ O que você acha que está fazendo? ─ O homem ficou paralisado por um instante, mas logo recobrou a fala, cuspindo as palavras.
─ Isso não é da conta de vocês! Não se metam na minha família! Essa menina merece muito mais que isso por ser uma imprestável! Não vai casar-se nunca, quanto mais conseguir um marido que pague um dote!
Park SoDam estava atordoada. As mãos finas cobriam o rosto manchado por lágrimas e hematomas, e ela observava a cena sem saber o que fazer. À menção do dote por seu pai, ela viu o rapaz que a erguera do chão ir até ele e perguntar:
─ É isso o que você quer? Um pagamento por sua filha? ─ Namjoon fez uma pausa, trocando olhares rápidos com Hoseok, que começava a entender o que se passava na cabeça do amigo. ─ Quanto? 
Taehyung, que se aproximara de SoDam e abria a boca para perguntar se estava muito machucada, ergueu a cabeça e encarou Namjoon. O olhar do parceiro era firme e ele já tinha uma das mãos no interior do blazer, procurando a carteira.
─ Quatro milhões de wons! ─ Zombou o pai de Park SoDam, gargalhando estrondosamente. 
Namjoon pegou a carteira, tirou dela a quantia e bateu com o dinheiro no peito do velho. Taehyung estava boquiaberto, assim como SoDam e seu pai. Hoseok lentamente soltou o colarinho da camisa do homem, que segurava as notas dadas por Namjoon como se duvidasse que fossem reais. 
─ As coisas dela, por favor. ─ Falou Namjoon em tom baixo, fazendo-o sobressaltar-se e correr para dentro de casa.
─ O... O quê? ─ murmurou SoDam, encarando Taehyung, que estava parado ao seu lado ─ Ele quer casar comigo? Por quê?
O rapaz olhou para ela como se pedisse desculpas com os olhos, e fez um sinal para que esperasse. Se aproximando de Namjoon e Hoseok, sussurrou:
─ Vocês têm certeza disso? 
─ O Suga não vai gostar nadinha, eu sei... Mas... ─ Namjoon fez uma pausa, olhando para a moça assustada ─ Olha só pra ela...
Os outros dois assentiram mentalmente, repreendendo a si mesmos por demonstrarem tal fraqueza emocional.
O pai de SoDam voltou pela porta, carregando uma única mochila escolar e uma sacola de pano e estendendo-as para Namjoon. Taehyung se adiantou e pegou as coisas, andando novamente em direção à moça. Namjoon e Hoseok se demoraram mais um segundo encarando o senhor, que ainda tinha um olhar estupefato estampado no rosto, e partiram atrás de Taehyung. Passando por SoDam, Namjoon tocou seu ombro e a conduziu a andar com eles.
Andaram até onde haviam deixado o carro, fora dos subúrbios, para que chamasse menos atenção. Hoseok sentou-se no banco do motorista e Namjoon no carona. Taehyung abriu a porta traseira para SoDam e sentou-se ao seu lado. Quando fecharam as portas, Namjoon virou-se para a traseira e falou, dirigindo-se a SoDam:
─ Perdoe-nos. Ninguém aqui vai se casar com você. ─ Ele fez uma pausa, analisando a reação da moça ─ Precisamos de alguém com suas características para fazer um serviço remunerado.
Park SoDam absorvia as palavras do rapaz tentando não esboçar reação. Mas, ao ouvir as palavras “serviço remunerado”, sua mente foi invadida por imagens de bordéis que contratavam mulheres em situações como as dela, e ela estremeceu.
─ Que tipo de...serviço? ─ Perguntou, a voz baixa e trêmula.
─ Só podemos te dizer isso quando chegarmos em casa e falarmos com o chefe ─ Taehyung respondeu.
─ Por quê? Eu só quero saber o que vou fazer, vocês me tiraram de casa como se eu fosse me casar e agora me dizem que vou fazer um “serviço”!
Namjoon ergueu uma sobrancelha.
─ Você queria se casar?
SoDam franziu o cenho
─ Não, mas...
─ Digamos que você vai precisar levar uma coisa de um lugar pra outro. ─ Cortou Hoseok, virando para frente, preocupado, e dando partida no carro. Já podia imaginar a reação do doce Suga ao contarem o que haviam acabado de fazer.
    Quando estavam partindo, Taehyung acrescentou:
    ─ A propósito... Qual o seu nome?
    ─ Sou Park SoDam.


Notas Finais


Desculpem algum erro...


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