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História Mais Um Dia - Mais Um Dia


Escrita por: SeokSeok

Notas do Autor


*Betado por ~sweetlemonadee
Obrigada mana ❤ ❤

Capítulo 1 - Mais Um Dia


Mais um dia.

 

E mais uma vez eu o observava.

 

Sempre me pergunto quando foi que comecei a percebê-lo de forma diferente.

 

Eu sempre fui sério e controlado. Não gosto muito de pessoas barulhentas e que tenham energia de sobra, e foi exatamente por isso que eu não consigo entender como fui me apaixonar justamente por ele, o maknae, 4 anos mais novo. A criatura não para um segundo, sempre fazendo barulho.

 

Vai entender.

 

Lembro perfeitamente da época em que ele conquistou a todos, inclusive o Bang PD Nim, com seu talento e energia, apesar de ser muito tímido naquele tempo. Ele parecia desconfortável quando estava comigo, pelo menos no início. Provavelmente, minha cara de ‘poucos amigos’ não abria muito espaço. Hoje em dia ele já percebeu que eu, simplesmente, não consigo negar nada que ele me peça.

 

Depois de todos esses anos, sou obrigado a admitir que não seja apenas um desejo físico por ele. Você precisa entender que quando ele entrou em minha vida ele parecia uma criança indefesa. Eu precisava protegê-lo, cuidar de seu frágil coração para que ele pudesse crescer bem, sem precisar passar pelas decepções pelas quais eu vivi.

 

Mas ele era, e ainda é rebelde. Nunca aceitou meus conselhos, ou sequer seguiu minhas orientações. Ah! Mas ele consegue despertar algo aqui dentro, algo que eu nem lembrava mais que poderia existir. Vê-lo sorrir docemente enquanto assiste algum anime; vê-lo corar muito rapidamente quando algum dos membros ressalta o seu porte físico recém adquirido; quando ele chora, pois ele chora e muito, algo se contorce em agonia em meu peito. Preciso protegê-lo, minha pobre criança.

 

Atualmente ele tem uma aparência máscula, seu rosto, ainda que aparente certa inocência travessa, está mais definido e com um semblante adulto. Quando ele arqueia as sobrancelhas, me olha de lado e mordisca levemente o lábio inferior (ele tem essa maldita mania e faz isso o tempo todo), eu perco o fôlego e nem lembro mais meu nome. Só o dele.

 

Jeon Jungkook...

 

Eu o desejo. Eu o amo.

 

Sempre me pergunto quando o sentimento de protegê-lo passou a mudar para algo a mais. Pode ter sido no seu segundo ano em nosso dormitório. Sempre fizemos rodízios de quartos entre nós para não se tornar chato e repetitivo, era verão e eu estava apenas de boxer preta deitado em minha cama, ele entrou muito quieto e tímido, não falou absolutamente nada comigo, deixou suas malas sobre a cama ao lado da minha e saiu o mais rápido possível, de cabeça baixa e bochechas levemente coradas, ele estava simplesmente adorável!

Ou talvez, tenha sido no dia em que o peguei chorando pela primeira vez enquanto ouvia uma música qualquer, seus olhos normalmente grandes estavam arregalados pelo susto de me ver e muito vermelhos pelo choro, tentei ao máximo não esboçar nenhuma reação exagerada e me segurar para não abraçá-lo no mesmo instante. Tomá-lo para mim ali mesmo.

Ou então, talvez tenha sido naquela primeira premiação, em nosso momento de Rookies, que enquanto eu formulava meu agradecimento em frente à câmera, ele me abraçou por trás e mordeu lentamente a ponta de minha orelha, um arrepio passou pelo meu corpo desde o dedão do pé ao último fio de cabelo do meu corpo, novamente controlei minha expressão, não poderia demonstrar o quanto aquilo me afetou.

Não sei se foram por todas essas vezes, mas de alguma forma, ele me fez parar apenas para vê-lo.

 

Dessa vez estávamos no camarim, todos os sete devidamente maquiados e de roupas trocadas. Namjoon estava focado em seu celular enquanto Jin descansava a cabeça em seu ombro. Hoseok e Jimin falavam sobre uma parte da coreografia de Blanket Kick enquanto que Taehyung e Jungkook discutiam sobre um jogo no celular.

 

Eu apenas os observava.

 

Não era algo incomum, para eles pelo menos, que eu apenas ficasse olhando o mundo ao meu redor, enquanto tinha um turbilhão dentro de mim, que ninguém conseguia ver. Eu, com certeza, passaria despercebido.

 

Continuei o observando, como faço há anos. Era incrível o quanto ele mudou e cresceu em um curto período. O Golden Maknae, meu garoto de ouro.

 

5 minutos para entrarmos no palco e começar o último concerto da Turnê. Já posso ouvir o grito das ARMYs, a adrenalina habitual começa a circular por meu corpo.

 

Dou uma última olhada em Jungkook pelo espelho, ele nunca percebe mesmo. Ele levanta um pouco a camisa e se alonga, se preparando. Rio para mim mesmo, tentando evitar em reparar no seu abdômen perfeito e na calça de couro extremamente apertada que ele usa. Esse garoto me deixa louco e nem imagina.

 

É hora do show!

 

***

 

Entramos correndo no camarim, cada um correndo para vestir o próximo figurino, retocamos a maquiagem e cabelo para voltar ao show. Temos exatamente 3 minutos para isso.

 

“Hyung, você está pisando na calça que vou vestir!” – ele me fala, indignado. Eu apenas sorrio baixo e saio de cima da calça, mas não sem notar que ele estava levemente diferente, seu olhar brilhava meio alterado.

 

“Jungkook-ah, você está bem?” – pergunto, arqueando as sobrancelhas.

 

“Ah! Sim, hm, só... tudo bem.” – Ele sai correndo.

 

Hoseok passa por mim e bate de leve em meu braço. “Você está corado hyung, ele vai acabar percebendo assim” – e foi, me deixando com uma enorme incógnita na cabeça.

 

Como assim Hoseok sabia?

Será que estava tão obvio assim?

Se Hoseok sabia, quem mais poderia saber também? Me permiti apavorar-me um pouco, isso não poderia estar acontecendo.

 

 

***

 

 

Namjoon falava com as fãs e eu as observava, essa energia que sentia toda vez que estava no palco ajudava a me manter são nos dia sombrios, nos dias que eu não tinha energia própria para continuar.

 

De repente, seus olhos se grudam aos meus. Ele estava com uma expressão meio louca, meio apavorada e isso me assustou um pouco, Jungkook sempre é muito seguro de si no palco. Com toda a certeza ele não está bem.

 

Começa a próxima música e eu sei que estou perdido. Nossas coreografias sempre tiveram movimentos pélvicos exagerados e muitas reboladas significativas, mas nos últimos dois anos as coisas começaram a ficar piores.

 

Não preciso dizer o quanto era difícil nos ensaios, não é? Posso dizer que exercito mais meu autocontrole do que meus músculos. Você consegue imaginar a loucura que é esse garoto suado, ofegante, corado e rebolando loucamente na sua frente? TODOS OS DIAS DE ENSAIO?

Preciso assumir que foram muitas às vezes em que eu fugi da sala de treinamento e fui correndo me esconder e me aliviar. Não teria como esconder o volume em minha calça.

 

As luzes se apagam e todos nós corremos para o camarim novamente. Temos exatamente 13 minutos dessa vez.

 

Jungkook corre para o banheiro dentro do camarim, sua roupa já estava separada pela staff que sai apressada para esperá-lo ao lado da porta.

Nos trocamos em tempo recorde e enquanto ficavam prontos os outros iam subindo para esperar a entrada no show.

 

Ele ainda não tinha saído do banheiro.

 

Taehyung esqueceu a bateria do microfone em cima do sofá e a staff saiu correndo atrás do mesmo. Se não fosse Taehyung eu me surpreenderia.

 

Eu estava sinceramente preocupado com Jungkook, ele ainda estava trancado no banheiro e não tinha trocado de roupa. Como se ouvisse o que eu estava pensando ele saiu do banheiro meio assustado.

 

“A Soo-Ra deixou sua roupa em cima do sofá, ela foi atrás do Taetae, ele esqueceu a bateria do microfone.” - Minha voz saiu meio estranha e fui me dirigindo à porta para sair.

 

Nesse momento ele já estava sem a camisa e lutava com o cinto para abrir sua calça. Era melhor eu me apressar para sair dali.

 

“Hyung!” - ele praticamente gemeu enquanto me chamava, paralisei com a mão na maçaneta da porta. “Não posso sair daqui assim Hyung, não ta funcionando!” - sua voz parecia desesperada.

 

Me virei para olhar em sua direção e constatar que o ‘não posso sair daqui assim’ devia-se ao fato dele estar extremamente excitado. Ele ainda estava sem a camisa e agora se encontrava com o fecho de sua calça aberto. Não pude evitar e o olhei sem pudor algum, dos pés à cabeça, sentindo um calor extra e já conhecido subir pelo meu corpo.

 

Autocontrole. Essa era a chave para que eu pudesse me virar e sair pela porta para voltar ao show como se nada tivesse acontecido. Eu precisava fazer isso.

“Hyung” - Dessa vez foi um gemido literalmente “O que eu faço? Quanto temos de tempo?”

 

Os segundos passavam em minha cabeça.

1.. 2.. 3..

Eu precisava tomar uma decisão.

 

“Arrrrhg” - Fechei a porta que eu mesmo tinha aberto, trancando-a.

 

Eu não acredito no que ia fazer, mas não pensaria nisso agora. Empurrei Jungkook para a parede e não perdi tempo, deslizei minha mão pelo seu abdômen perfeito e levemente suado descendo até o cós de sua boxer, minha mão esquerda segurando firmemente em seu ombro. Segurei na base de seu membro e comecei com movimentos de vai e vem de forma precisa e rápida e alguma vezes apertando sua glande que já escorria pré-gozo. Ele com certeza não estava esperando por isso. Estava de olhos arregalados de susto e sua pele se arrepiava com a surpresa de meus toques. Eu já estava perdido, em seus olhos, em seu cheiro, no calor de seu corpo tão próximo a mim e seu membro em minha mão. Eu já estava desesperado. Logo eu precisaria de alivio também.

 

“Ahn... Hyuuung, o q-que...” - Sua voz morreu e foi substituída por um gemido longo. Aumentei a velocidade em minha mão, infelizmente não tínhamos o tempo que eu gostaria. Meu membro doía preso em minha calça.

 

Ahh! Eu estava perdido...

 

Ele não parava de gemer e cada vez aumentava mais o tom de sua voz, alguém ouviria e seria o fim. Tirei minha mão de seu ombro e coloquei sobre seus lábios, tentando debilmente abafar seus gemidos e arfares.

 

Eu sentia que poderia gozar só de tocá-lo. Tanto tempo sonhei com isso, tantas vezes imaginei como seria. E acabo aqui, no camarim de um concerto tentando ajudá-lo em uma emergência, meu coração doeria mais tarde, já posso sentir a dor chegando, mas não era hora para isso.

 

Ele me surpreendeu quando desceu suas mãos até minha calça abrindo os botões que impediam seu acesso. Perdi o ar só em imaginar que ele me tocaria também, meu membro latejou em antecipação. Seus olhos estavam lacrimejando, seu pescoço levemente inclinado e a boca sob minha mão estava entreaberta, ele ainda gemia alto demais.

 

Ele alcançou meu membro sob o tecido que o cobria, circulando várias vezes com seu dedo minha glande já inchada. Não consigo segurar os gemidos baixos que saem de minha garganta. Ele acelera os movimentos, deixando em sintonia com os que eu fazia em si, e eu me perco mais ainda.

 

“Jungkook.. hmmm..” - Não pude resistir, eu precisava sentir seu gosto, seu sabor, precisava ter seus lábios nos meus e descobrir finalmente a textura dos mesmos. Mas, sobretudo, precisava fazer com que ele parasse de gemer tão alto. A staff estaria voltando a qualquer momento. Tirei minha mão de sua boca e me apoiei em sua cintura, aproximando nossos rostos. Seu hálito se misturava com o meu.

 

“H-HYUUNG.. Ah.. Ahn..” - o beijei finalmente. Era o paraíso, seus lábios úmidos e macios estavam quentes nos meus, seu gosto era melhor do que eu sempre imaginei. Nossas línguas dançavam apressadas.

Ele parou nosso beijo brevemente para recuperar o fôlego e anunciar que já estava chegando ao limite.

 

“E-eu estou.. Ahn.. Q-quas..”

 

“Hmm.. Goza pra mim Jungkook..” – Ditei, enquanto tomava seus lábios novamente nos meus.

 

Foi o que bastou para que nós dois nos desfizéssemos na mão um do outro. Eu já disse que era o paraíso? Então, eu estava no paraíso de Jungkook..

 

O tempo escorria entre meus dedos, junto com o prazer de Jungkook. Precisávamos voltar.

Uma batida rápida e frenética na porta nos desperta e faz com que desviemos o olhar um do outro. Ele parecia chocado com o que fizemos. Ele certamente se arrependeria depois. As pontadas da dor em meu coração voltaram.

 

“O que estão fazendo aí dentro? Vocês deveriam estar subindo no palco agora!” - As batidas na porta não paravam.

 

Eu sei que deveria ter dito que o amava. Mas naquele momento não poderia.

 

“Se limpa e se arruma, temos que voltar agora” - e saí da sala correndo para o banheiro do corredor o deixando ainda respirando pesado, todo desconcertado e sozinho.

 

 

***

 

 

Duas semanas haviam passado e ele ainda não falou comigo, não apenas sobre o que aconteceu aquele dia, mas sobre nada. Ele fugia de mim sempre que me via.

 

De certa forma, eu era o hyung e deveria resolver essa situação.

 

Graças aos céus Hoseok não tocou mais no assunto comigo e eu estava muito agradecido por isso, não aguentaria aquele ser humano rindo da minha cara pela situação em que me meti.

 

Era hoje e eu conversaria com ele. Se me sobrasse coragem, quem sabe até me confessaria e falaria sobre meus sentimentos. Nesses últimos dias ele apenas me olhava de longe com a expressão estranha, fazendo meu coração latejar e se contorcer. Eu sei que não deveria ter feito aquilo. 

 

Fui até o quarto que ele dividia com Namjoon atualmente, que estava na Big Hit trabalhando, então poderia conversar com o maknae em paz. Entrei e ele estava em pé, separando algumas roupas espalhadas pelo chão, novamente sem camisa e vestido apenas com uma bermuda curta e folgada. Respirei fundo e fechei a porta atrás de mim.

 

“Jungkook, podemos conversar?” - falei, receoso de sua reação.

 

Ele se virou e se aproximou de mim, mantinha as sobrancelhas franzidas.

 

“Hyung..”

 

“Deixe-me falar primeiro Jungkook.” O interrompi antes que perdesse a coragem de falar.

 

“Não Hyung!” – Ele nunca me ouve, mas seu semblante suavizou mesmo eu não conseguindo detectar o que poderia tê-lo feito mudar. “Eu estava pensando se você viria me ver ou não, estava com medo de ter feito algo errado e você não ter gostado de me ‘ajudar’, Hyung”

 

Ele estava com medo. ELE estava com medo? Não faz sentido.

 

“N-não eu.. Você.. n-não fez nada de errado” - passei a mão trêmula pelo meu cabelo, eu estava visivelmente nervoso. Ele prendia o lábio inferior nos dentes. Não faça isso, Jungkook!

 

“Então, Hyung..” - ele pontuou cada palavra com um passo, parando muito próximo de mim, precisamente beirando ao perigo. “Você, poderia me ‘ajudar’ outra vez, não é?” - e sorriu.

 

O desgraçado conseguiu sorrir e me fazer prender a respiração com isso. Ele me tinha sob controle e sem dizer palavra nenhuma sobre isso, ele já sabia.

 

Mais um dia. E mais uma vez eu o observava.

 

Então, ele me beijou. 


Notas Finais


Obrigada por lerem!

❤ ❤ ❤ ❤

PS: Talvez eu continue a fic, mas ainda não pensei direito sobre isso.


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