História Mais Um Dia - Algo mais...

Yoongi’s POV

Fazia alguns dias desde que eu resolvi ceder e começar isso com Jungkook. E só nesses dias que passaram eu já perdi a conta de quantas vezes fui puxado para corredores e quartos vazios para que nos beijássemos. E eu não reclamei em nenhuma delas.

Beijar Jungkook é como se viciar em algo. Ele era inebriante, me deixava aéreo, fora de mim, sempre querendo mais, e eu não conseguia mais dizer que não, mas nunca passamos disso, eram beijos molhados e que nos deixavam por vezes ofegantes e descabelados, mas nem sequer nos atrevíamos a passar para a próxima etapa.

Eu entendia a timidez e a falta de coragem dele, por isso queria que tudo corresse o mais natural possível. Aliás, não pensava em fazer nada a mais com ele enquanto eu ainda gostasse dele e ele nem se quer soubesse disso. Mas, às vezes, Jungkook se passava.

Ele tinha vergonha, mas era visível que ele esperava que eu tomasse alguma atitude de aprofundar as coisas que fazíamos. Só que eu não fazia. E ele ficava visivelmente frustrado e emburrado comigo. Até demorava um ou dois dias para me procurar novamente. Essa criança é alguém realmente difícil de lidar.

Estávamos em uma das salas que quase não eram usadas no último andar da empresa, já era um hábito entrarmos e começarmos a nos beijar sem nem falar nada, estava virando necessidade já. Mas os toques de Jungkook dessa vez estavam muito mais urgentes do que de costume, ele estava intenso demais e eu não saberia se podia controlar tudo isso muito bem.

“Hyung, quero tentar algo hoje, quer dizer, queria que fizéssemos de novo.” - Ele me olhou com os olhos brilhando e as bochechas coradas levemente, quase suplicando. Ele estava falando que queria que nos tocássemos? Da mesma forma que fizemos quando eu o ajudei pela primeira vez?

Eu parei de conseguir pensar quando ele começou a beijar meu pescoço e descer as mãos para entrarem por baixo da minha camisa.

Seus toques eram fortes em minha pele, ele passava os dedos massageando, dedilhando cada costela, fazendo movimentos circulares por onde passava a mão. Ao mesmo tempo ele se aproveitava da pele de meu pescoço, sugando mais forte às vezes, roçando os dentes. Ele sabia que não poderia deixar marcas, né?

Eu gostaria muito de tocá-lo de volta na mesma intensidade, mas eu estava queimando, derretendo, me afogando nas sensações, no cheiro, nos meus sentimentos.

“Jungk..” - Minha fala se perdia no toque dele, que agora havia chegado onde queria, dentro de minhas roupas íntimas, alisando e apertando com força o meu membro.

“Me toca também hyung. É tudo que eu preciso hoje.” De certa forma era ele me dizendo que precisava de mim, não é? Eu sei que gostava de me iludir, mas não havia alternativa, eu estava em seus braços, sendo engolido completamente pelo fogo e pela eletricidade que passavam de um corpo ao outro. 

***

Eu o abracei forte e o beijei apressado em sentir seu gosto, em passar as mãos por suas costas e senti-lo perto de mim.

Parece até uma brincadeira como as coisas estavam avançando no âmbito físico, claro, ele ainda não gostava de mim, mas desde que ele sugeriu algo a mais no nosso ‘isso’, que até então só envolviam beijos, nós começamos a nos aventurar. Sempre que possível, e que queríamos, nos tocávamos até chegar ao fim enquanto nos olhávamos e riamos da situação que nos encontrávamos.

Dessa vez quem puxou Jungkook fui eu. Jin hyung tinha saído com um amigo e eu estaria sozinho por algum tempo em meu quarto. E eu o queria. Muito.

Eu não me cansava de sentir sua língua deslizando com a minha, ora suave e ora de forma possessiva. Isso tudo me tirava do sério. Suas mãos já se aventuravam pelas minhas costas assim como as minhas nele.

O cheiro de Jungkook estava tão forte, tão presente, que parecia me afogar no aroma da pele dele. Os meus cabelos já estavam secos do banho, mas ele nem esperou secar. Seus fios ainda estavam úmidos e extremamente desgrenhados.

Nos beijávamos e nos sentíamos. O deslizar das mãos dele por minha pele me causava arrepios, ele sempre era o mais apressado em tirar as roupas. Tirei sua blusa, logo após ele retirar a minha, e constatei que não foi só o cabelo que ele não esperou secar, ele provavelmente apenas se vestiu depois do banho sem nem se preocupar em pegar uma toalha.

“Você não se secou quando saiu do banho, garoto.”

“Eu estava com pressa e tinha esquecido a toalha.” - Falou enquanto ria e passava o nariz em meu pescoço.

Ah! Como eu me perdia quando ele fazia isso.

Tinha algo que eu queria fazer há algum tempo, mas não queria assustá-lo, mas apenas pensar em sentir seu gosto de forma mais íntima ainda já me deixava com água na boca. Ele me excitava fácil, só com beijos e suaves toques eu já estava duro e gotejando e ele se aproveitava dessas situações para me puxar pelo quadril colando minha ereção na sua. Ele também já estava bem animado.

Me permiti desfrutar do sabor de sua pele, o beijando bem devagar pelo pescoço, sugando de leve, por vezes passando a língua e o mordendo sem deixar marcas, sentindo o gosto da pele quente dele. Enquanto isso ele começava a se movimentar, friccionando nossas ereções ainda escondidas de forma lenta, quase torturante.

Eu adorava beijá-lo devagar pelo pescoço por que ele sempre ressonava nesses momentos, parecia um gatinho ronronando, ele fechava os olhos e aproveitava as carícias nem tão puras assim. Vez ou outra ele mordia os lábios para controlar a excitação e eu sabia que estava no caminho certo, mas hoje eu queria provar outro lugar além de sua pele do pescoço. Fui guiando-o em direção a cama enquanto ainda nos beijávamos, lentamente o deitando e aproveitando para olhá-lo. Naquele momento ele era meu. Meu como eu sempre sonhei.

Tirei um tempo para admirá-lo, era difícil encontrar alguém tão lindo por ai, e tão entregue a mim assim. Lindo como a pessoa que eu amo há tanto tempo. Demorei o suficiente para ele sussurrar para eu andar logo e deitar sobre ele enquanto ele tocava de leve seu próprio membro, quase sem se conter.

“Você sabe que precisa controlar melhor os seus barulhos, né Kookie? Estamos no dormitório e não seria bom que os outros ouvissem.”

“S-sim hyung. Eu vou me controlar.”

Não tinha por que esperar mais, então deitei-me sobre ele e voltei a sentir o sabor de seus lábios enquanto deslizava minhas mãos pelo abdômen perfeito dele, me atendo a cada detalhe, gravando os contornos de seu corpo, dedilhando cada pedaço como ele fazia comigo vez ou outra. Logo depois fiz o mesmo, mas com meus lábios, passando muito lentamente por seu pescoço, roçando os dentes em seu lóbulo antes de descer um pouco mais e passar a língua pela sua clavícula.

Enquanto ouvia os suspiros deliciosos que ele liberava às vezes eu continuei meu trajeto, o mesmo que sonhei em fazer tantas outras vezes, descobrindo onde ele preferia um toque mais forte, ou mais suave, tendo sempre como guia a forma que ele me apertava de volta e seus resmungos de prazer.

Enquanto continuava descendo aproveitei para estimulá-lo com minha mão, fazendo movimentos tão lentos quanto os dos meus lábios, ainda por cima dos tecidos que o cobriam.

“Você está me torturando, hyung!” - Ele ofegava mais forte agora, não era segredo que ele gostava das coisas acontecendo rápido. Só que hoje não poderia ser assim.

De alguma forma eu gostaria que ele sentisse o amor que tenho por ele em cada toque. Não era apenas excitação, eu o amava de verdade, então tentava mostrar o meu amor em forma de toques, já que não poderia contar-lhe sobre.

Minha boca chegou a um dos seus mamilos, tão rosados e delicados. Lambi seu mamilo esquerdo com vontade enquanto o sentia arquear levemente as costas, sem parar de estimulá-lo em seu membro também.

“Isso é bom Kookie? Posso continuar?” - Não poderia continuar fazendo tudo o que eu gostaria sem que ele concordasse, precisava da aprovação dele, apesar de que não seria hoje que iríamos realmente até o fim.

“hm, isso é muito bom hyung, você pode continuar.” - Quem diria que o rebelde Jungkook ficaria como um gatinho manhoso ronronando por mais carinho quando era tocado dessa forma. Queria tanto poder ter certeza de que era por minha causa também, gostaria de poder pensar que não seria com todas as pessoas que ele agiria assim, mas que fosse por mim.

Eu sei que estava querendo e exigindo demais dele, sei que ele não correspondia meus sentimentos e também sei que logo virá alguém que o tirará de mim e dessa coisa sem nome que fazemos.

Ele suspirou um pouco mais alto, me tirando de meus pensamentos. Desci minha língua pelo seu abdômen, me concentrando em morder e sugar em sua linha do sexo, descendo cada vez mais. Ele parecia impaciente, como sempre, mas eu faria tudo devagar, queria senti-lo comigo, queria gravar suas expressões e os sons que ele fazia, queria guardar seu gosto pra mim.

Lentamente fui retirando sua calça e já era visível a marca de pré-gozo em sua boxer vermelha. Sorri com a lembrança de já ter trocado nossas cuecas por engano, eram tempos mais tranquilos aqueles.

Quando retirei sua boxer e toquei diretamente em seu membro ereto Jungkook ergueu-se na cama, se apoiando nos cotovelos, ele queria ver o que eu faria em seguida.

E finalmente eu pude fazer o que queria ter feito desde a primeira vez, tocá-lo com calma, com tempo, desfrutando de todo o seu corpo. Deixei leves mordidas na parte interna das suas coxas enquanto ouvia os seus resmungos e o via jogar a cabeça para trás. Ele estava gostando e isso era muito bom.

Parei de enrolar e fui ao que interessava, lambendo da base de seu membro até a cabeça, percebendo que ele já pulsava e liberava mais pré-gozo ainda. Agora ele tentava realmente controlar os barulhos mordendo os lábios, mas ainda queria ver tudo. Rodeei a cabeça de seu membro com a língua sentindo o gosto que ele teria. De certa forma ainda era um pouco estranho, mas era gostoso demais para parar.

Afundei seu membro em minha boca deixando que deslizasse, sentindo até onde poderia ir sem engasgar, massageando a parte que não coube. Eu não era muito bom naquilo, em partes por que tinha medo de engasgar, então não ia até o fim, mas realmente queria dar prazer a Jungkook de uma forma que ele nunca sentiu, então eu me empenhava.

De qualquer forma valeria à pena.

Comecei a me movimentar suavemente deslizando minha boca e fazendo minha língua passar com um pouco mais de pressão por seu comprimento enquanto segurava seu quadril com um pouco de força. Se ele começasse a se mexer agora eu não sabia muito bem o que fazer, mas queria que ele chegasse ao orgasmo enquanto estivesse em minha boca. Queria provar tudo de Jungkook.

“hyung, por favor...” - Ele arfou antes de continuar. “Me deixa foder sua boca.” - Como eu poderia negar um pedido desses? Eu já estava há algum tempo desfrutando de si, tanto que ele provavelmente já estava chegando ao ápice.

Tirei seu membro da boca enquanto o puxava para fora da cama e me ajoelhava. Ele entendeu o que precisava fazer, ficando de pé em minha frente. Senti um arrepio passar por mim no momento em que ele acariciou meus cabelos, logo depois os segurando com mais firmeza, me guiando onde precisava. Assim que voltei a tê-lo em minha boca precisei colocar minhas mãos dentro das minhas calças, meu membro estava dolorido demais para aguentar mais tempo, eu nem fui tocado direito, nem fiz nada, mas já estava quase em meu limite, apenas por tocá-lo, por vê-lo dessa forma.

Enquanto segurava meus cabelos Jungkook forçava os seus quadris em mim, mas não tirava os olhos, dominadores nesse momento, dos meus, me fazendo enlouquecer e querer cada vez mais. Aumentei o ritmo das estocadas que eu mesmo fazia em mim para acompanhar o ritmo de Jungkook em minha boca. Ele parecia saber de meu receio e não ia até o fim para me fazer afogar, mas era visível que estava quase em seu limite.

Soltei meus cabelos de suas mãos e passei a sugar com vontade apenas sua cabeça, enquanto ele passou a se masturbar no mesmo ritmo que eu mantinha em meu membro.

Ele estava muito mais controlado na questão de gemidos do que da primeira vez, mas não conseguiu evitar os últimos gemidos mais altos e arrastados enquanto eu e ele chegávamos ao ápice.

Seu gozo começou a sair e ele gemia extasiado. Uma parte eu consegui provar, já o restante foi lançado em meu rosto enquanto ele jogava a cabeça para trás novamente, perdido em seu prazer. Eu sentia meu próprio gozo escorrendo por minha mão e o seu gozo escorrendo pelo meu rosto, me fazendo fechar os olhos momentaneamente, até ele começar a passar a mão para me limpar e fazer com que eu voltasse a enxergar.

Olhá-lo depois de tudo isso fez meu coração dar cambalhotas. Ele sorria, agora docemente, e essa mesma doçura eu encontrava em seus olhos também. Calmamente ele me ajudou a levantar e nos abraçamos. Era difícil explicar o porquê desse abraço que dávamos se o que fazíamos não exigia sentimento, mas de certa forma fazia meu coração não doer imediatamente. Essa doçura que ele me concedia me fazia confundir as coisas ainda mais. E eu sei que isso não era saudável.

Mas iria levando enquanto ainda pudesse, mesmo que não fosse saudável passar por tudo isso.

Essa primeira vez de Jungkook em meu quarto será lembrada sempre, principalmente pela ternura dos abraços e afagos, mais até do que o prazer que sentimos juntos, mas como tudo sempre se transformava em risada com ele, rimos bastante das coisas idiotas que ele falava enquanto nos vestíamos e limpávamos os rastros do que fizemos. Porém o medo de ficar sozinho novamente quando ele voltasse para seu próprio quarto já me assolava.

Eu sentia os tentáculos da dor e do frio de estar sozinho em um amor unilateral me prenderem pouco a pouco, garantindo que eu não fugiria de seus braços.