Naquela noite, tudo se apagou. Nenhuma luz, nenhum movimento, a única cara visível era a do escuro. Ninguém sabia se havia alguma vela disponível e foi aí que o imprevisto aconteceu.
Os barulhos dos passos ecoavam em sua cabeça juntamente com seus pensamentos , "Quem poderia estar a essa hora na rua, ainda mais com a falta de energia. Eu não deveria estar aqui, por que perdi aquele ônibus?". Ela olhava para trás a cada segundo, não tinha nada, ela estava sozinha.
Ela começou a andar mais rápido e os passos aumentaram, tinha alguém atrás dela, ela estava convicta.
Algumas gotas de chuva caíram e borraram seu óculos, seu nervosismo estava claro, os passos acelerados, a respiração rápida e irregular.
Mais gotas foram caindo, ela olhou para o céu que estava preto, mas com uma aparência melancólica. Ela decidiu correr, corria como se sua vida dependesse disso, o ar dos pulmões estava fazendo falta, sua mão tremia e seus pés estavam perdendo a força.
Deu uma última olhada para trás e viu uma sombra, o choque foi tanto que os pés da garota embaralharam e ela caiu. A sombra se moveu rapidamente e se jogou por cima da garota.
Um grito de pavor preencheu a pequena rua, a garota se debatia e tentava gritar, mas a mão desconhecida estava segurando seu pescoço com uma força brutal. Seus pensamentos eram voltado apenas para: "Não ande sozinha", "Não use roupa curta", "Mulher não deve sair à noite", "Olha o lugar em que está frequentando", " A culpa é sua".
A dor foi surreal, jamais tivera tanta dor em sua vida, a pouca dignidade que lhe restara já não estava mais lá. Se o ar lhe faltará antes, agora ele já não era tão necessário.
O barulho parou, a sombra se foi, um corpo ficou.
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