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História Mais uma noite - Futuro passado


Escrita por: JesusAmaral

Notas do Autor


Minha primeira história. Realmente não sei dizer se ficou boa. Há alguns capítulos prontos. Espero que prenda a atenção e que não seja muito chata! Rsrsrs Estou usando a oportunidade para melhorar a minha escrita que não é das melhores! Obrigado a todos os que lerem.

Capítulo 1 - Futuro passado


Paris, 1793, ano de turbulência política e social na França revolucionária. Pessoas perdem a cabeça diariamente na guilhotina e o terror se espalha. Nunca se sabe quem será o próximo inimigo do povo a ter a vida ceifada. Em tempos como esses, todos são inimigos de todos e a tensão toma conta do país.

 

_ Rápido! Temos que nos apressar ou ela não sobrevive. Disse exasperada uma mulher ao redor de 50 anos subindo apressadamente as escadas.

_ Lamento dizer isso, mas acho que mesmo que viesse numa carruagem de 8 cavalos, ela não sobreviveria. Retrucou o médico Dr. Edouard Montespan.

_ Mesmo assim, não podemos desistir. Ela tem febre há 3 dias, já tentamos de tudo, o senhor é nossa última esperança.

 

Chegaram então ao quarto onde a jovem estava. Deitada na cama, sua pele pálida e seus lábios, antes vermelhos, agora praticamente sem cor, faziam destacar ainda mais suas bochechas vermelhas, ardendo em febre.

 

_ Mademoiselle Morineau? Consegue me ouvir? Indagou o jovem médico.

_ O senhor veio me curar? Perguntou com voz fraca.

_  Heer.. -  ele fraquejou na resposta - Sim! Eu vim!

_ Lamento, mas chegou tarde. Disse isso e seus olhos se fecharam.

 

Paris, 2003. Um homem 30 anos, nascido nos anos 70, em Lyon, tendo uma vida tranquila, concluiu sua faculdade de arquitetura em Montpellier. Ao se mudar para Paris, alugou um studio por questões financeiras, enquanto não tinha condições de migrar para um apartamento digno de um arquiteto. Vivendo sua monótona vida, ia do trabalho para casa e de casa para o trabalho, sempre pensando em seu apartamento dos sonhos, no carro dos sonhos, na viagem dos sonhos... Amar nem de longe era um sonho, seu último amor terminara melancolicamente, quando ele abandonou sua namorada em Lyon, para cursar sua faculdade. Tivera alguns namoros rápidos, mas nada que o fizesse criar raízes. Seu nome, Phillipe Avril.

 

_ Bom dia, Sr. Avril. Disse a secretária, que por sinal ele não lembrava do nome, da empresa em que ele trabalhava.

_ Bom dia... heeer… Senhorita!

_ O Dr. Bontemps o espera em seu escritório.

 

Bontemps era um bom homem, com seus 70 anos, fundou e administrava seu escritório, um dos mais bem sucedidos de Paris, sempre sendo gentil, mas sério, com seus empregados. Depositava grandes esperanças em Avril, apesar de achá-lo um inovador demais, sabia de que ele poderia, no futuro, ser um grande arquiteto e, em geral, ele nunca se enganava.

 

_ Bom dia, Avril, você está 3 minutos atrasado. Como sabe, sou um homem ocupado, portanto vamos direto ao ponto. Preciso que você trabalhe num projeto para o governo. Será construído um novo anexo da Universidade de Paris e eles esperam algo moderno, mas que esteja de acordo com a história da cidade. Clássico e moderno deverão se misturar em perfeita harmonia. Você sempre diz que tem boas ideias para inovar essa cidade, sem esquecer o nosso glorioso passado, tem 30 dias para me provar que consegue. Os anexos com todos detalhes do projeto já foram enviados para seu e-mail. Afim de evitar transtornos de deslocamentos, você trabalha em casa nos próximos 30 dias, enviando relatórios periódicos sobre o progresso e ocasionalmente vindo até aqui para discutirmos alguns aspectos. Fui claro?

_ Claríssimo! Respondeu Avril ainda atordoado com a quantidade de informações recebidas e a capacidade de falar sem parar de seu chefe.

_ Bom dia e faça um bom trabalho. Completou com o tom de quem encerra o assunto.

 

Voltou para casa pensando no quanto teria que trabalhar e no tempo que não teria de curtir a cidade luz. Chegou em casa, checou seu e-mail, anotou as informações e começou a trabalhar no projeto. O fez dessa maneira por dez longos dias, trabalhando até quinze horas por dia. com poucos momentos de descanso. Em um destes momentos, sentado em sua escrivaninha, sentiu um perfume que nunca sentira antes. Um perfume de rosas, desses que não se fabricam mais. Não deu importância, afinal havia umas senhoras velhas que eram suas vizinhas e que, na certa, utilizavam perfumes do começo do século.

No fim do dia, decidiu ir dormir para descansar. Fechou os olhos e adormeceu, diferentemente do que acontecia, não teve nenhum sonho. Acordou no meio da noite como se algo frio passasse sobre seus pés. Olhou para os lados, acendeu a luz, mas não viu nada. Voltou a dormir.

_ Droga! Exclamou, no dia seguinte quando se deparou com seus papéis, que estavam organizados em cima da mesa, ou pelo menos ele se lembrava assim, estavam no chão. Organizou e percebeu que estava tudo certo, nada havia sido perdido. Feito isso, voltou à sua rotina de trabalho.

Após mais dois dias de trabalho exaustivo, foi ao escritório e mostrou os seus desenhos, sendo muito elogiado por seu chefe, voltou para casa orgulhoso de seu trabalho. Contudo, ao abrir a porta de seu studio, viu uma mulher de pé, em frente à janela. Uma tempestade cerebral o deixou perdido. Quem seria essa intrusa? Como conseguira entrar na sua casa? Deixou suas chaves caírem no chão e no afã de apanhá-las, a porta se fechou. Quando reabriu, a casa estava vazia.

Entrou na casa, sentindo cheiro de rosas, achando que a intrusa ainda estaria lá, mas olhou em todos os cantos de seu pequeno apartamento, e não a encontrou. Ficou então convencido de que poderia ter visto no apartamento da frente, afinal ela estava na janela e cansado como estava poderia ter pensado que ela estava em sua casa. Desse modo, resolveu esquecer o incidente e focar no seu trabalho. Entretanto, não conseguia se esquecer da beleza da jovem, seu rosto delicado, com fortes olhos azuis, cabelos negros caindo sobre os ombros e lábios vermelhos. Voltou a trabalhar. Entretanto aquele rosto não saiu de sua mente. A moça era inegavelmente bela, diferente de todas que já havia visto. Sua expressão enigmática não o deixava concentrar, mas ele precisava trabalhar.



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