Chegou em casa cansada. Cansada de ser tratada como um nada, cansada de sentir que não pertence a lugar nenhum, cansada de fingir que está bem, cansada de ser julgada, cansada de se decepcionar com as pessoas.
Ela prometeu que iria largar o vício e tentaria se curar, já que é a única que pode fazer isso. Mas, com tantas poucas opções, optou pela sua parceira fiel: a lâmina.
Desmontou seu apontador e cortou seus pulsos e a lateral do seu pescoço. Aquelas sensações que ela conhecia bem. A pele sendo cortada, o sangue escorrendo e a dor da ferida. Tudo parecia uma arte. "A dor precisa ser sentida", pensou ela.
A pior forma, para muitos, porém sua salvação. Talvez o costume ou até mesmo o prazer. Ela não sabia explicar porque fazia isso, mas era bom. Viciante.
O que a separa da morte, são os inúmeros cortes que ela ainda fará. E até lá, sua dor alivia temporariamente, até a engolir.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.