História Mais uma Vez - Sofá

     "Sabe do que precisamos agora? Vinho!" Ele exclamou, afastando-se e caminhando até a cozinha.
     "Você quer me deixar bêbada, isso sí!" Paola disse, fazendo bico para ele, que olhou para trás. 
     Alguns segundos, e ele voltou com as taças cheias novamente, entregando uma delas para Paola. Os dois estavam gritando de desejo um pelo outro, porém, queriam continuar aquele jogo de provocação. Suas bocas estavam próximas, e Paola teve certeza que aquele seria o momento certo para o beijo, mas enganou-se, a Fogaça levar a taça a boca, degustando um gole. 
     "Quanto mais esperar, melhor!" Ele soltou, fazendo Paola sorrir. 
     "Você tá brincando com a minha cara, não tá? Você tá me torturando desde hoje à tarde" disse num tom bravo.
     "Você fica linda irritada" ele disse, rindo da reação dela "E isso me deixa com mais vontade de te satisfazer do jeito que você merece" falou referindo-se a relação de Paola com Jason. 
     Ela iria responder, mas não teve estruturas para isso, suas pernas bambearam e os pelos de seu corpo arrepiaram. Paola fechou os olhos e pressionou os lábios, tentando se controlar ao máximo.
     "Vai ter troco" Paola respondeu sussurrando no ouvido dele com seu sotaque enlouquecedor. 
     Ele estava adorando aquela brincadeira de provocações, mas sabia que não iria aguentar por muito tempo. 
     Fogaça pegou Paola pelos pulsos, e empurrou até a parede. Foi tão rápido que ela demorou a entender o que tinha acabado de acontecer. Sentiu o frio da parede em sua pele, arqueando o corpo.
     Ela virou a cabeça para o lado, deixando seu pescoço livre para ele depositar beijos. Sentia a língua quente em contato com sua pele, e isso a deixava louca. 
     Até que em fim, o tão esperado momento do beijo aconteceu. Fogaça larga os pulsos dela, deixando suas mãos livres para tocar em si. Do pescoço, parte com sua boca para o rosto dela, raspando a barba na sua pele fina. Pressionou seu corpo mais ainda contra o dela, fazendo perceber o quanto estava excitado.
     Suas respirações seguiam em plena sintonia, em um beijo firme e cheio de desejo. O quanto tempo estavam esperando por aquilo? 
     Sem pensar duas vezes, Paola puxa a camisa de Fogaça, e ele apenas ergue os braços para facilitar a retirada. Pararam de se beijar por aquele momento, mas logo deram continuidade, estavam sedentos um pelo outro. 
     Paola o observou por alguns instantes, mordendo o lábio ao ver aquele homem, com as tatuagens a mostra assim, na sua frente. Ele jogou a camisa longe, depositando sua mão na cintura dela, deixou escorregar até o botão da calça, o abrindo lentamente.
     Diminuiu a intensidade do beijo ao abrir o longo zíper. Ela gemeu, mas sem parar de beija-lo, e sentiu espasmos tão fortes que pensou que chegaria ao ápice ali mesmo.
     Fogaça deixou sua mão deslizar para dentro da calça, fazendo com que Paola desencostasse parcialmente seu corpo do dele. Ele a puxou de volta pela cintura, e continuou. Sentiu que ela estava muito mais excitada do que poderia imaginar. 
     Ele a olhou como quem diz "eu fui o responsável?" arqueando a sobrancelha. Paola corou, mas não poderia mais negar o que estava sentindo. Um outro olhar trocado pelos dois e esse foi  o sinal de que deveriam ir para o quarto, ou melhor, sofá mais próximo.