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História Make a Wish - Jily - Cap. 46


Escrita por: JheyMcKinnon

Capítulo 47 - Cap. 46


Sexta (17/05)

Pov's Lily

Lily mordia o lábio inferior e batucava os dedos na coxa de tanto que era seu nervosismo.

Ela sentiu o táxi começar a parar depois de um tempo, que nem fez questão de contar. Olhou pela janela e viu que era uma área verde, deveria ser um parque.

O táxi parou de vez. James o pagou e desceu primeiro. Abriu a porta para a ruiva, dando a mão para a mesma segurar. E ela resolveu tomar coragem e saiu. Assim que saiu, o táxi foi embora.

Olhou bem ao redor e constatou: sim, era um parque.

Ainda segurando a mão dela, ele começou a caminhar por um caminho no meio das árvores.

– Er... Jay...MES. – Ops, quase escapou. – James, uh, para onde estamos indo? O que ta acontecendo? Você vai querer meu corpo nu? Eu vou ser morta? Você vai me jogar num esgoto? Ai Jesus, eu não mereço ser jogada num esgoto. É muito nojento! Não me jogue no esgoto. Por favor não me joga no esgoto, meu perfume foi caro demais pra me encontrarem fedida! Foram 240 reais pra serem jogados ao ar, ou, nesse caso, ao esgoto. – É, quando fica nervosa, Lily não fala coisa com coisa.

James riu das palavras da ruiva.

– Então acha que quero seu corpo nu? – Perguntou dando um sorriso de canto.

– Sério que de toda a merda que falei, você só prestou atenção nisso? – A garota perguntou meio indignada.

– Prestei atenção em tudo, mas seu corpo nu me parece mais interessante que um perfume e meus planos de te assassinar. – E gargalhou da cara que a garota o fez quando terminou a frase.

– Idiota!

– Não me chame assim, idiota é um apelido carinhoso.

– Eu sei. – Murmurou tão baixo que pensou que ele não tivesse ouvido.

Ele apenas continuou sorrindo e não falou mais nada. Estavam chegando no local que ele queria.

Lily sorriu ao avistar um lago, que brilhava a luz do luar, e uma cesta de piquenique sobre uma toalha estendida.

– Piquenique? Meio clichê, não? – Perguntou ainda sorrindo.

– Sou clichê por você.

Estava frio, mas eles não se importaram e sentaram-se sobre a toalha. Lily estava com o coração tão acelerado, que teve medo de acabar tendo um ataque.

Já fazia certo tempo que eles estavam lá. Já haviam comido e James tentava tomar coragem pra falar.

– Eu queria cantar pra você, mas eu não sou bom nisso e eu to tão nervoso que ia errar tudo. Aquele dia você me ouviu e, uh, achei melhor colocar uma música pra você ouvir. E ela vai dizer tudo o que sinto. – Ele disse claramente nervoso.

Uma melodia começou a tocar. E ela reconheceu. Era uma de suas músicas favoritas. Ela estava bem, o coração apertado, mas bem.

"[...]
Agora ela está se sentindo tão para baixo, desde que ficou sozinha
Há um buraco no meio do meu coração, como um pólo
E isso não tem graça para mim
Então podemos fazer isso tudo de novo?

Se você está fingindo assim, desde o começo
Com o coração apertado, então o meu beijo
Pode consertar o seu coração partido
E eu posso esquecer tudo o que você disse para mim [...]"

Só que quando essa parte chegou, ela não aguentou e seus olhos se encheram de água. Tentou ser forte e as segurar. Conseguiu, mas por quanto tempo?

"[...]
Diga-me com sua mente, corpo e espírito
Posso fazer suas lágrimas caírem como os chuveiros britânicos
Independente de estarmos juntos ou separados
Podemos os dois remover as máscaras e admitir que nos arrependemos desde o começo. [...]"

Por pouco tempo, já que não conseguiu mais ser forte e uma lágrima acabou descendo, sendo seguida de outras.

"[...]
E eu posso te emprestar pedaços
Que podem se encaixar assim
E vou te dar todo o meu coração
Então podemos começar tudo de novo."

Ela não sabia se chorava mais pela música ser tão compatível com sua realidade ou se por estar naquele momento com James e ele estar olhando para ela e quase chorando também.

A música acabou e ela já estava soluçando. A confusão de mais cedo voltou e ela não sabia o que fazer. Seu coração queria porque queria perdoa-lo, mas sua mente alertava que ela não devia.

– Olha, Lily, eu realmente me arrependo de tudo. Eu não queria que isso tivesse acontecido, eu só queria você comigo de novo... porque tudo só funciona com você. Minha vida só tem sentido com você... e eu to aqui, chorando, e eu nunca chorei por garota alguma, mas você vale isso, você vale tudo que eu puder fazer. E eu não sei, eu sinto uma necessidade grande de te ter ao meu lado. E pode parecer precipitado, ou muito cedo para dizer, mas eu acho que eu te amo. Você pode não me perdoar e não querer me ver nunca mais e sair daqui agora. Eu não posso te impedir, mas saiba que eu não vou desistir de você. Eu nunca vou desistir de você! – Ele terminou de falar e fechou os olhos, pois não queria ver se ela saísse. Doeria mais se visse.

Mas o garoto logo se sentiu sendo abraçado. Ficou supreso, mas retribuiu ao abraço com toda força. Ele estava com medo de que, se a soltasse, ela acabasse indo.

– Eu... eu sinto muito também. Tenho culpa nisso também. Eu te pressionei quando você já estava sobrecarregado... me desculpe tamb... – Ela começou a soluçar.

– Shh, calma. Ambos nos arrependemos, certo? Então ta tudo bem! – Passou a mão no cabelo dela tentando acalma-la.

Ficaram apenas abraçados em um silêncio confortável, sem pensar em mais nada. Apenas sorrindo um para o outro. Ele brincava com o cabelo dela, ao passo que ela fechou os olhos e respirava sentindo o cheiro dele.

Estava bom, mas eles tiveram de se separar. Já era tarde e teriam de voltar para casa. A hora era mais ou menos 09:23 pm. Lily não acreditava como o tempo passou tão rápido. De certo sua mãe estava quase ligando para a polícia. Mas com certeza valeu a pena.

Eles estavam arrumando as coisas no cesto e uma dúvida surgiu na cabeça de Lily.

– Uh... Jay? O que nós somos agora? – Pergunto insegura.

Ele paro o que estava fazendo e a olhou. Parecia estar com dúvida de algo.

– Ahn... Sinceramente eu não sei. – Ele disse e a viu baixar a cabeça. – Mas bem... Er... Você me aceitaria de volta? – A insegurança era nítida em sua voz.

A garota o olhou como se ele fosse um idiota que tivesse perguntado a raiz quadrada de nove ou quanto era um mais um.

– Eu ainda estou aqui, não estou? – Embora o encarasse como se ele fosse um retardado, acabou por dizer delicadamente.

O garoto apenas sorriu largo. Mais largo do que já tinha sorrido a noite toda. Tão largo que sua bochecha doeu. Tão largo que seria difícil diferenciar ele do Coringa ou do Jeff The Killer. Ok, já deu pra entender que foi largo.

Ele começou a procurar algo em seu bolso. E, ao achar, tirou uma caixinha vermelha e a abriu. Dentro dela havia duas alianças de prata.

Ficou em frente a ruiva, que tinha os olhos arregalados.

– Entãovocêquernamorarcomigo? – Perguntou rapidamente.

Lily estava paralisada, mas na hora voltou ao normal.

– O que? – Não havia entendido o que o garoto falou, porém desconfiava.

Ele respirou fundo e disse novamente:

– Você quer namorar comigo?

A ruiva sorriu e o abraçou.

– É claro que quero, Jay! Eu quero muito. Se tem algo que quero, esse algo é namorar com você.

Logo os dois começaram a rir.

Ele colocou o anel nela e em si mesmo. Ela sorriu olhando o anel.

Ela estava namorando James Potter. Tem noção do que é isso? Não, você não tem, porque ele estava namorando com ELA.

Terminaram de guardar tudo e seguiram para casa. O parque que estavam não era longe, mas James queria fazer mistério para garota e, por isso, havia chamado o táxi na ida.

Se despediram com um beijo. Um senhor beijo que tirou todo o fôlego de Lily, que fique claro.

Sim, Lily quase ficou com suas costelas quebradas devido ao abraço de sua mãe. Sim, sua mãe estava preocupada. Sim, seu pai tentava acalmar ela. Sim, ela ligou pra polícia. Não, eles não levaram a sério e mandaram ela esperar 24 horas. Sim, ela devia ser internada.

Depois foi contar tudo o que aconteceu para sua mãe em particular, já que sua irmã não queria saber dela. E só enfim decidiu ir dormir. Estava cansada, mesmo que tenha dormido a tarde.

É, ela era quase um bicho preguiça, já que passava boa parte da vida dormindo.

Cansada, mas feliz. Esse era o humor de Lily antes de se deitar e fechar os olhos, para enfim adormecer.

Ela finalmente se sentia completa novamente.



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