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História Make a Wish - IV


Escrita por: LittleKitsune

Capítulo 4 - IV


Já era a quarta vez no dia que eu levava uma bela bronca de meu chefe por estar aéreo demais. Eu sabia que não poderia ficar pensando em Hyukjae ali, mas era impossível. Eu tentava, tentava mesmo, me concentrar nos papéis a minha frente, mas logo o gosto doce de seu beijo voltava até mim, e lá estava eu, soltando inúmeros suspiros apaixonados.

Ontem a noite, trocamos mais alguns beijos até eu me despedir e entrar em minha casa. Se dependesse de mim, eu nunca mais sairia daquele carro e ficaria abraçado a Hyukjae para sempre, mas eu sabia que teria que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar, assim como ele.

Logo de manhã, assim que abri meus olhos sonolentos e desliguei o alarme do celular, recebi uma mensagem de Hyuk.

“Bom Dia! Espero que tenha tido uma ótima noite de sono. Tenha um ótimo dia no trabalho!”

Fiquei tão emocionado com sua mensagem, que não resisti antes de apertar o celular contra o peito, como se estivesse abraçando-o. Não hesitei antes de responder.

“Bom dia, Hyukkie! Dormi sim, tive ótimos sonhos, inclusive. Boa sorte na escola <3”

Cliquei em enviar e não deixei de me perguntar... Será que eu estava sendo precipitado demais? E se eu quebrasse a cara? Rapidamente balancei a cabeça para tirar aquilo de lá, mesmo que não desse certo, por Hyukjae valeria a pena.

E agora, mesmo no trabalho, essas perguntas ainda martelavam em minha mente, e era por isso que eu me distraia tanto. Mas eu faria de tudo para dar certo, mesmo que eu soubesse que não tivéssemos nada. Foram só alguns beijos, nós nem erámos íntimos ainda.

 

Durante toda a semana, eu e HyukJae trocamos mensagens durante o dia. Na quinta-feira, ele até fora me buscar no horário do almoço no trabalho, e assim almoçamos juntos em um restaurante maravilhoso. Assim que ele estacionou seu carro em frente o prédio onde trabalhava, ele não me deixou sair sem antes me roubar alguns beijos aos quais prontamente correspondi. Sai de seu carro com as pernas tremendo, já que Hyukjae tinha ousado um pouco e dado vários selares em meu pescoço.

Voltei para meu trabalho parecendo uma pimentinha, e atraí vários olhares maliciosos e questionadores em minha direção, mas apenas ignorei-os e abaixei a cabeça, tentando inutilmente me concentrar.

                O sábado finalmente tinha chego e eu já estava nervoso, mesmo que faltasse uma hora e meia até que eu o encontrasse. Eu estava há um bom tempo em frente ao guarda-roupa procurando algo que fosse bonito e descontraído. A maioria de minhas roupas eram estampadas com personagens de desenhos e heróis, o que limitava minhas escolhas. Decidi então pegar uma blusa azul clara com alguns dizeres em preto que eu usava raramente para ir ao serviço, uma calça de lavagem clara e com rasgos na coxa, e um tênis branco. Simples, mas pelo menos eu não iria parecendo uma criança. Tomei um banho bem quente pra ver se a água levava todo meu nervosismo e insegurança embora, o que funcionou, já que sai de lá mais leve e tranquilo. Afinal, era aquilo que eu almejava. Ter amigos, sair com eles e me divertir.

Estava me trocando quando decidi ligar para HyukJae para saber onde deveria esperá-lo caso chegasse primeiro. Com o celular no viva-voz em cima da cama, terminava de calçar os sapatos quando ouvi sua voz.

— Alô?

— Oi Hyuk!

— Oi, Hae, tudo bem? Aconteceu algo?

Sorri enquanto tentava escolher entre meus perfumes. Tinham aqueles caros que eu raramente usava, e algumas colônias infantis, que eu gostava de colecionar.

— Não aconteceu nada, não se preocupe. Apenas queria saber onde devo esperar caso eu chegue primeiro.

— Ufa, fiquei com medo se você não ir. Pode ser no ponto de ônibus em frente ao bar. Emprestei meu carro a Sora, vou ter que ir de ônibus.

— Ah, Hyukkie, claro que não. Eu posso te buscar, se você quiser.

Como ainda estava frio naquela noite, vesti uma jaqueta preta enquanto a risada contagiante de HyukJae emanava de meu celular.

— Já disse que você é maravilhoso?

— Já sim! Me passa seu endereço que em meia hora eu estou ai.

Encerrei a chamada após obter seu endereço. Não era muito longe, em vinte minutos no máximo eu chegaria lá. E, nossa, vou conhecer a casa do Hyuk...

Durante todo o percurso eu criava conversas ilusórias comigo mesmo, treinando para quando conhecesse os amigos dele. Tinha certeza que nada daquilo me ajudaria, eu com certeza ficaria nervoso e acabaria fazendo besteira, mas não dava para agir naturalmente.

Com o carro estacionado em frente da suposta casa de HyukJae, toquei a campainha, desejando que estivesse no lugar certo. Quem atendeu a porta fora uma senhora que deveria ter uns 50 anos, que sorria para mim.

— Posso ajudá-lo?

— Eu, hum... Estou procurando alguém chamado HyukJae, ele mora aqui? — Cocei a nuca.

— Oh, você é amigo de meu filho? Prazer, me chamo DukBoon, pode entrar, vou chamá-lo.

Agradeci a simpática mulher e pedi licença ao entrar. Ela disse para que eu ficasse a vontade, e logo ela sumia pelas escadas, provavelmente para chamá-lo.

O lugar era bem aconchegante, os móveis claros combinavam com as paredes pintadas em um tom de bege. Tinha um móvel com uma TV atrás de onde eu estava, e uma estante ao lado. Nela haviam livros e portas retratos espelhados. Um casal com duas crianças, ou as duas crianças juntas. A que mais me chamou a atenção e que quase me fez parecer um retardado com tanta fofura, era uma em que tinha HyukJae bebê em uma banheirinha e ele estava com a mãozinha apoiada no queixo, como se fosse um galã de filmes e quisesse conquistar alguma mocinha.

Minhas mãos quase voavam para pegar aquela foto para mim assim que ouvi passos na escada, e Hyuk aparecia em meu campo de visão, agraciando-me com seu sorriso brilhante e seus olhos profundos.

— Oi, Hae. Demorei? — Ele me deu um abraço rápido e eu apenas neguei com a cabeça, ainda anestesiado por seu perfume. — Ei, o que foi? Porque está me olhando como se quisesse me apertar que nem um ursinho?

Senhora Lee entrou na sala assim que pronunciei: — Acabei de ver sua foto de bebê na banheira e é a coisa mais fofa que eu já vi nesse mundo!

— Já gostei de você, Donghae. Vivo dizendo para esse teimoso que ele era o bebê mais lindo que existiu, mas ele sempre diz que eu exagero demais. — Ela sorria para mim.

— Ai, não comecem vocês dois! —Revirou os olhos e virou a cabeça, envergonhado.

— Viu? Um teimoso! Aliás, querido, HyukJae me contou que você fora muito bom para ele. — Senhora Lee pegou minhas mãos e olhou em meus olhos antes de continuar — Então lhe agradeço por cuidar dele. Vejo que ainda existem pessoas boas nesse mundo.

Meio envergonhado, apenas sorri.

— Podemos ir agora, Hae!? Eles já devem estar chegando lá, e não quero dar motivos para Heechul passar a noite toda reclamando.

Me despedi de sua mãe e após ela dar um beijo no filho, fomos até o bar no centro.

Estacionei o carro na rua de trás e HyukJae segurou minha mão, me guiando até dentro do bar bastante movimentado. Meu estômago se revirava animado, e eu quase o beijei ali mesmo, no meio de todo aquele povo.

Em uma mesa, no canto esquerdo do recinto, tinha um homem com cabelos negros até a altura de seu ombro e com uma roupa, digamos, difícil de não olhar, acenando em nossa direção. O homem estava ao lado de um casal, concluí já que ambos estavam de mãos dadas sobre a mesa.

Hyuk me puxou mais forte, apressando nossos passos até eles. Aquele que nos acenava deveria ser Heechul, e o casal ChangMin e KyuHyun.

— Até que enfim, achei que não viriam mais. — O rapaz de cabelos escuros e curtos disse, fazendo um bico para nós.

— Nem demoramos tanto assim, vai. Bem, Donghae, esses são KyuHyun, ChangMin e Heechul. Pessoal, esse é o Donghae.

Então eu estava certo, aquele era mesmo o tal Heechul, e o que reclamou de nossa demora fora KyuHyun. Changmin tinha os cabelos castanhos um pouco compridos, dando um charme em seu visual. Todos eram bem bonitos, e automaticamente fiquei nervoso e um pouco vermelho, apertando o braço de HyukJae e querendo me esconder.

— Olá, Donghae! Ouvimos falar muito de você. Venha, sente-se conosco. — HeeChul apontou para uma das cadeiras vazias em volta da mesa, e eu olhei para Hyuk como se pedisse socorro.

Toda minha coragem havia se extinguido assim que fui apresentado a eles.

— Calma, Hae, não precisa ficar nervoso. —Com suas mãos sobre as minhas em um carinho simples, mas reconfortante, sentei ao lado do homem de cabelos descoloridos, abaixando a cabeça, ainda um pouco nervoso.

— HyukJae nos disse que você é tímido, mas não se preocupe. Todo amigo dele, é nosso amigo também. — ChangMin disse sorrindo em minha direção.

Com as bochechas quentes, apenas sorri para eles, enquanto tentava a todo custo ignorar minha timidez e me divertir com todos.

— Você é bem fofo, Donghae. — Heechul tinha um olhar simpático, mas malicioso em minha direção, me encolhi um pouco na cadeira. — HyukJae, ChangMin, vão logo pegar algumas bebidas! Andem, andem!

— Seu folgado, porque não vai você?! — KyuHyun esbravejou, segurando forte a mão do namorado.

— Por que não estou a fim. — Rebateu olhando suas unhas. — Vão logo!

Antes de sair da mesa, Hyuk me roubou um beijo, ali, na frente de seus amigos.

Se antes minhas bochechas já estavam quentes, agora elas estavam um forno, e meu rosto inteirinho queimava.

— Nossa, mas esse cara é realmente um atirado, hein?

— Não fale assim dele, você sabe o por que dele fazer isso. Ei, Donghae, você gosta de nosso HyukJae?

Como Heechul conseguia ser tão sincero, eu não sabia. Gaguejei muito para falar um mísero sim.

— Nossa, mas tão rápido assim? — KyuHyun olhava para mim com os olhos arregalados.

— Eu... Eu acho que sim. — Engoli seco.

— Ah, mas que fofo! Mas fique feliz, Donghae. HyukJae já se envolveu com muitas pessoas fúteis e idiotas. Mulheres que eram um verdadeiro pé no saco e mentirosas, até homens que o traíram sem pensar duas vezes. Se ele se envolveu com você tão rápido assim, é porque ele sabe que você vale a pena e ele quer conquistá-lo a todo custo. Ele mesmo falou isso pra mim, sabia?

A cada palavra que saia de sua boca, as borboletas em meu estômago davam piruetas, eu sorria que nem um retardado, me apaixonava mais e queria a todo custo ficar a seu lado para sempre.

— Porque você foi abrir essa boca, Heenim? Agora ele vai ter um troço aí e a culpa é sua! — KyuHyun esbravejava com o amigo e eu apenas ficava lá, encarando o nada e me sentindo a pessoa mais importante e feliz do mundo.

HyukJae gostava de mim! Ele estava interessado mesmo em mim!

Senti uma mão em meu ombro me sacodindo de leve, e já sabendo quem era, apenas me aconcheguei em seu peito.

Suas mãos começaram a acariciar meu cabelo enquanto eu o olhava profundamente. Suas íris brilhavam límpidas para mim. Beijei sua bochecha esquerda e olhei para Heechul, que nos olhava sorrindo.

— Obrigado, Heechul. Não sabe o quanto me deixou feliz ouvir isso!

— Ouvir o que? Ei, Hae, o que ele falou pra você? Estavam falando mal de mim? — Hyuk olhava de mim para seu amigo com seus olhos desconfiados, tentando descobrir algo.

— Não é da sua conta! — Ele mostrou a língua e riu da reação do homem a meu lado, depois piscou para mim.

Quando comecei a beber uma garrafa de cerveja, ChangMin e KyuHyun já tinham tomado várias, assim como Heechul. Pelo que disseram, eles estavam acostumados e era difícil ficar bêbado, ao contrário de mim que não tinha o hábito de beber, então duas garrafas já eram o suficiente para me deixar mais solto e poder conversar com eles sem parecer uma criança com medo.

A felicidade de saber que Hyukjae gostava de mim ainda borbulhava em meu corpo, e várias vezes ele percebia meu olhar em sua direção e ficava constrangido. Mas eu não podia evitar, oras. Era quase um sonho que alguém tão perfeito como aquele se interessasse em mim.

— É sério, Donghae. Não confie nessa carinha de anjo que nosso Hyuk tem não! No colégio ele faltava direto as aulas, colava em provas, gritava com os professores... Sinceramente, não sei como acabou virando professor! — Todos riamos das histórias que Heechul contava para nós.

E aquilo me fez pensar que era realmente difícil imaginá-lo lecionando para adolescentes. Mas ao imaginar a cena de HyukJae em uma sala, com seus cabelos descoloridos charmosamente bagunçados e um óculos de leitura, já me deixava com as pernas moles. Deveria ser uma cena tentadora de se apreciar.

O ambiente ao nosso redor era bastante acolhedor, mesmo com o barulho da música e das pessoas conversando. Eu me sentia leve ali, e consegui conversar bastante com todos, sem medo. Eu estava extremamente alegre, não estava mais sozinho e estava me divertindo.

Entre várias risadas e conversas, saímos do bar quase as três da manhã. ChangMin, KyuHyun e Heechul iam embora de táxi, já que moravam próximos, e eu não tinha bebido mais do que uma garrafa de cerveja, então me sentia plenamente disposto para dirigir.

No meio do trajeto até sua casa, HyukJae adormeceu. Com o sinal fechado, analisei seu belo rosto adormecido. Os lábios cheinhos entreabertos e vermelhos, os olhos fechados e fofos, os cabelos brancos caídos em várias direções. Tudo nele me fascinava, cara detalhe em seu corpo que era visível a meus olhos eram razões para vários suspiros apaixonados. Em apenas uma noite, HyukJae ja tinha meu coração na palma de sua mão, e eu desejava que o seu logo, logo estivesse comigo.

Decidi dirigir até minha casa, já que seria ruim ter que acordar sua mãe com sua chegada. Essa era minha desculpa para tê-lo perto de mim.

Estacionei o carro com cuidado e cutuquei-o de leve.

— Ei, Hyukkie, acorda!

Ele apenas resmungou e virou a cabeça para o outro lado. Já vi que aquilo seria difícil...

— Hyukkie, acorda, por favor! Nós já chegamos!

Ao ouvir minhas palavras instantaneamente ele abriu os olhos, me olhou, olhou em volta e depois novamente para mim.

— Eu não queria acordar sua mãe, tem problema você dormir aqui hoje? Ou quer que eu lhe leve de volta? — Perguntei mordendo os lábios um pouco nervoso.

— Não precisa, obrigado. Vamos?

Assenti e saímos do carro, HyukJae ainda um pouco grogue pelo sono quando entramos em casa.

— Quer comer ou beber alguma coisa? — Ofereci assim que tranquei a porta.

— Não, comi bastante lá. Quero só uma cama quentinha.

— Fique a vontade para pegar algo se quiser. Eu também irei me deitar, qualquer coisa me chame, está bem?

— Sim, obrigado.

— Boa noite, Hyukkie. — Sorri em sua direção e girei para seguir para meu quarto, mas quando ouvi sua voz, voltei a encará-lo.

Hyukjae pôs as mãos em minha cintura e me puxou em sua direção, atacando meus lábios antes que eu pudesse reagir. Puxou minhas mãos e as colocou em seu pescoço enquanto adentrava sua língua em minha boca, aprofundando nosso beijo.

Seu aperto em meu quadril ficava mais forte conforme nosso beijo se tornava cada vez mais luxurioso e afobado. Seus cabelos eram puxados por mim, e meus lábios eram mordidos pelos seus. Eu nunca deixaria de sentir minha cabeça girar quando ele me beijava, era absurdamente maravilhoso sentir sua boca cheinha tomando a minha e nos conduzindo.

Tivemos que interromper nosso beijo para respirar e o hálito quente dele batia contra minha face, e eu só queria beijá-lo mais e mais. E mesmo assim seria pouco.

— Agora sim eu terei uma boa noite. — Disse após nos recuperarmos.

Seus lábios estavam tão tentadores naquele instante, inchados e vermelhos. Dessa vez não contive o impulso e fiz exatamente aquilo que queria, lambendo e sugando toda aquela perdição que ele chamava de boca.

HyukJae estava tão desejoso quanto eu, e não demorou para que suas mãos apertassem minha bunda e lambesse e chupasse todo meu pescoço, me deixando entregue.

Mas quando ele colocou as mãos na barra de minha camiseta, eu sabia que estávamos indo longe demais. Eu era virgem, e sabia que não estava preparado para aquilo ainda.

Impedi que sua mão puxasse minha blusa e isso o fez sair da bolha de luxuria da qual nós estávamos nos jogando. Ele me olhou preocupado, e eu apenas sorri fraco em resposta, tentando dizer que não estava chateado com ele, mas sim comigo mesmo por não estar pronto ainda.

— Me desculpe, acho que me empolguei um pouco. — Disse ele envergonhado e me puxando para um abraço.

Fiquei completamente embaraçado e vermelho quando senti alguma coisa cutucar minha pélvis. Tentei responder sem gaguejar, mas tive que respirar fundo várias vezes para conseguir.

— Eu não me sinto preparado para isso ainda, desculpe...

— Shhh. - Hyuk me deu um selinho, me impedindo de continuar. — Você não tem que se desculpar por nada.

Segurei seu rosto com minhas mãos e o enchi de beijos, sentindo o quão feliz ele havia ficado com meu ato. Pelo que percebi, HyukJae gostava de bastante carinho. E eu não hesitaria em lhe dar tudo o que ele quisesse. Quer dizer, no momento, quase tudo.

— Vem, vamos deitar. — Entrelacei nossas mãos e o puxei em direção a meu quarto e não o de hóspedes. Eu queria que ele dormisse comigo hoje, me aquecendo e protegendo.

Abri a porta e acendi a luz, revelando para ele pela primeira vez o local onde eu ressonava sozinho todas as noites. Seus lindos olhos analisavam todo o recinto, e seu sorriso brilhante apareceu para me agraciar quando ele apontou o dedo em direção a minha cama.

— Você deixa o Scooby que lhe dei ao seu lado? — Ele parecia emocionado.

— S-sim... Eu costumava dormir com todas minhas pelúcias, mas depois que você me deu ele, eu coloquei os outros na estante. — Indiquei o que falava. A estante ficava ao lado direito da espaçosa cama.

O olhar que ele me lançou diziam tantas coisas, mas eu era leigo demais para entender o significado delas. Eram tantos sentimentos juntos, que só consegui identificar um: alegria.

— Você quer um pijama emprestado? — Perguntei indicando que ele se sentasse na borda da cama.

— Uma calça está bom. Você se importa se eu dormir sem blusa?

Ai, nossa, HyukJae...

— Não, fique à vontade. — Enfiei minha cara no guarda-roupa para disfarçar meu entusiasmo com suas palavras. Eu iria sentir a pele quentinha dele sobre meus dedos, tinha como ficar melhor?

Com meu pijama em mãos, tentei disfarçar o rubor em minhas bochechas quando lhe entreguei uma calça de moletom e fui ao banheiro para me trocar.

As palavras de Heechul voltavam frescas novamente em meus pensamentos enquanto me vestia. Hyuk achava que eu valia a pena... Todo aquele sentimento que eu sentia se somou ao fato de que eu poderia dormir com ele me aquecendo hoje. Não aguentei tanta alegria e soltei um gritinho, realmente feliz com tudo que estava acontecendo.

— Donghae? Está tudo bem ai? — Sua voz ecoou atrás da porta, e só então me liguei que ele ouviu meu grito ridículo.

— Ah, está sim. Eu só me assustei com... Uma barata! Isso, uma barata! — Eu sou tão lerdo que não consigo nem mentir direito.

Abri a porta devagarinho, encontrando HyukJae a alguns passos de mim, com seus braços cruzados em cima de seu peito forte.

Eu vestia uma blusa de frio cinza e uma bermuda de moletom preta. Os braços dele eram fortes e trabalhados, e eu torcia tanto para ele abaixar os braços para eu ver seu torso por completo.

Parecia que ele leu meus pensamentos e me proporcionou uma visão divina: A visão de seu abdômen definido. Fiquei tão maravilhado com seu corpo que não duvidava que escorria baba de minha boca.

HyukJae apenas riu de minha reação e segurou minha mão, me puxando em direção a sua cama.

— Quer que eu encoste a porta? — Ele perguntou atencioso assim que me escondi no edredom.

— Sim, por favor.

Quando finalmente senti a pele daquele homem maravilhoso na ponta de meus dedos, eram como se milhares de correntes elétricas percorressem meus dedos. Seu corpo era extremamente macio e quentinho. Com minha cabeça apoiada em seu peito, e escutando seu coração batendo calmamente, não demorei a dormir enquanto ele me aninhava.


Notas Finais


Pode ser que o capítulo da semana que vem atrase graças a minha professora de filosofia e o professor de Química que decidiram passar dois trabalhos fodidos em cima da hora, mas tentarei escrever assim que possível! Inclusive esse capítulo era um pouco maior, mas decidi cortar para ter um pouco do cap pronto e poder continuar logo ^^
Aliás, agradeço pelos comentários do capítulo anterior, muito obrigada!
Até breve! xoxo
:*


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