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História Make a Wish - Monday


Escrita por: momoeirin

Notas do Autor


Olá~
Espero que gostem do novo capítulo
Perdão por qualquer erro.

OST; Bts - Let Me Know, Hip Hop Lover

Capítulo 14 - Monday


Seus olhos ainda pesados de sono, despertando, ela sentia que havia dormido demais pois sua cabeça latejava, percebendo então, antes de abrir totalmente suas pálpebras, que a casa estava silenciosa demais.

Sentando-se na cama, o lençol deslizou para seu colo, ainda estava com a roupa da noite anterior a não ser pelos sapatos.

Sunhee não lembrava-se de muito além dos segundos anteriores de apagar totalmente.

Ao lado de sua cama, do outro lado do quarto, a cama de Taehyung estava intacta, e ela sabia muito bem que Tae não era do tipo que arrumava a própria cama e provavelmente dormirá no quarto de Jungkook e Jimin, como era de costume desde quatro anos atrás.

Andando pela casa, ela constatou, que estava de fato completamente sozinha.

Que droga, ela suspirou, descendo para o banheiro, ninguém lembrou de me acordar hoje.

Ela odiava acordar tarde, e lembrava-se muito bem de deixar isso claro para todos.

Deviam estar apressados, suspirou mais uma vez, com a água gelada do chuveiro molhando seu corpo.

Aquela era sempre a melhor sensação, da água gelada pela manhã.

Mas, desligando o chuveiro, a casa voltou a mergulhar no silêncio, a cada gota de água, Sunhee percebeu que odiava aquilo, muito mais do que acordar tarde.

Ela desejou, em meio ao silêncio, que aquilo fosse somente passageiro, e imaginou, se algum ponto o silêncio seria tão mais assustador.

Saindo do banheiro, de roupas frescas, cabelos presos ainda que de alguns fios úmidos, respirou fundo sentindo a barriga roncar.

– Espero que tenham deixado comida, – reclamou alto, brigando com o ar ao imaginar que deveriam ter devorado tudo, cortando a sala com os passos apressados.

E na mesa ela encontrou o pacote, um pouco amassado, mas ainda morno, abrindo-o, sentindo a barriga roncar mais e mais.

O sanduíche era de um bom tamanho, mas Sunhee não pode deixar de notar a mordida na borda direita.

Jungkook... 

Ou Jimin, ela imaginou, franzindo a testa levemente.

Mordendo o pão, ela fechou os olhos.

– Está uma delícia, – ela se pegou mais uma vez falando sozinha, no completo silêncio da casa, – Jin, você se superou dessa vez.

Dizia, com satisfação, devorando o sanduíche.

Vendo o relógio, que estaria a dar meio dia quase, com o sanduíche ainda em mãos ela apressou-se, saindo de casa.


×


O prédio, na cidade, não era muito pequeno, mesmo que para os cinco se tornasse um pouco sufocante durante os dias mais quentes.

Aquela era uma manhã parada, especialmente entediante e... Parada.

Jogando-se sobre a poltrona, de corpo mole, dias como aquele faziam seu corpo trabalhar muito mais lentamente, era o que Yoongi dizia aos outros.

Sentindo seu peito mover-se com sua respiração, percebendo que aproximava-se da hora do almoço, será que ela já comeu? Perguntou-se ao se lembrar do simples sanduíche que havia preparado antes de sair.

Lembrando-se subitamente da noite anterior, sem perceber, a inquietação em seu peito.

– O quê está acontecendo hoje? – Taehyung deitado no sofá ao lado, sentou-se tirando a revistinha do rosto, jogando-a sobre a pequena mesa. Sentia os olhos de Yoongi sobre si.

– Se as pessoas não tem problemas, – Namjoon, da mesa logo atrás onde seus pés se recostavam, falou, – então elas não vem.

– O que me surpreende é as pessoas não terem problemas nesse bairro.

E Yoongi suspirou em resposta, pois a inquietação de Taehyung fazia completo sentido.

– Uma hora alguém vai matar alguém e teremos que fazer o resto do trabalho, – ele disse, após outro longo suspiro.

Havia começado como uma simples ideia, de ajudar, e ao fim, em tantos anos havia se tornado uma grande sujeira.

E era aquele os seus trabalhos, limpar a sujeira, ou torná-la maior.

Faz-tudo, alguns davam-lhes apelidos, cães do Matsumoto.

Entre punhos ou ameaças de morte, eles faziam seus trabalhos melhor do que ninguém ou de qualquer outra autoridade.

A paz, ou o meio termo até ela, seriam eles os responsáveis até certo ponto.

Escutando as risadas do lado de fora, as crianças aproveitavam o dia.

Sem alguém para se sujar, Namjoon havia dito, anos atrás, serão eles quem se sujarão.

Mas, até que certo ponto poderia se punir a violência com a própria violência?

Seria um ciclo sem fim…

Punir um homicídio com outro homicídio.

Namjoon franziu a testa, largando o livro sobre a mesa, esfregando os olhos com os dedos.

Estava cansado de pensar, em seus próprios fantasmas e no próprio sangue que havia em suas mãos.

Pelas escadas, no primeiro andar, era onde Seokjin passava maior parte de seu tempo, trancado em seu próprio escritório cuidando de suas pilhas de papéis.

Conhecida como a área restrita, enquanto a porta estivesse fechada ninguém ousaria o atrapalhar.

Mas, mesmo com a porta fechada diante seus olhos, Namjoon encostou sutilmente os nós de suas mãos, esperando e então dando duas leves batidas.

Dentro, através da porta, escutando as batidas Jin parou o que estava fazendo, deixando os papéis ao lado de sua grande e gorda xícara de café.

– Pode entrar, – disse, sabendo instintivamente quem poderia ser.

Entrando, Namjoon não sabia ao certo o que poderia ser dito, muito menos o que fazia ali, pois havia somente seguido seus pés.

Pelo silêncio, Seokjin ergueu as sobrancelhas.

– Precisa de ajuda? – Namjoon falou, rapidamente se dando conta do silêncio constrangedor.

– Sempre preciso de ajuda, – respondeu, sorrindo brevemente, – mas eu posso dar de conta.

Ele assentiu, sabia que ele sempre dava de conta.

Entre os dois, durante os anos muito havia deixado de ser dito,  pela desistência ou pela presunção de que um havia desistido do outro…

– Seu café deve estar frio, – Namjoon aproximou-se, pegando a xícara.

– Eu acabei de colocar, – retrucou, puxando-a de volta.

Seus dedos, em pequenos centímetros de pele, encostaram-se. E de uma leve sensação Namjoon parou, ali mesmo, ao lado, sem mover sua mão.

Não era o calor do café que o prendia ali.

– Porque está só parado aí? – sorrindo, Jin puxou rapidamente sua mão, – Está me assustando.

Ele engoliu em seco.

Voltando a olhar em seus olhos.

– Tem certeza que não posso ajudar em nada?

Por segundos, ou minutos, ou tempo demais, os dois se encararam, em um silêncio em que palavras seriam brutas demais.

Levantando-se, de seus olhos ainda fixos, próximo demais de Namjoon, face a face.

– Vamos almoçar? – perguntou, sem esperar por uma resposta, passando por ele.

– Espera, – segurando seu braço, impedindo que se afastasse mais, fazendo-o novamente olha-lo em seus olhos.

Namjoon havia se tornado um homem firme em suas mãos, ele podia sentir em seus braços.

Seu corpo estremeceu.

Percebendo que a distância entre seus corpos diminuía.

Namjoon, hesitou.

E o coração de Seokjin apertou-se, em um impacto.

Ele sabia o que vinha a seguir, os dois sabiam.

Subitamente, as batidas na porta.

– Está na hora do almoço, – podiam escutar a voz arrastada  de Taehyung do lado de fora, quase como uma birra, – estamos com fome, se não se apressarem iremos na frente.

– Não pensem em roubar toda a comida para vocês, – soltando-se de suas mãos, abrindo a porta, afastando-se.

Até que ao longe Namjoon somente pudesse escutar seus passos descendo a escada.

Fugindo.

Como se de fato fugisse de algo.


×


Assentindo com a cabeça, com os braços ocupados em segurar o monte de papéis, escutando a porta se fechar, encerrando o barulho das conversas que vinham de dentro da sala de aula.

Pelo corredor da escola, Jihye caminhava para a biblioteca, a pedido do mesmo velho professor de sempre, e seus sorrisinhos sujos.

Não era de surpreender, ela sabia o que todos falavam quando passava pela multidão.

Sabia o quanto poderia ser a garota mais linda que alguém poderia encontrar, e também sabia do ódio e inveja que aquelas mesmas bocas podiam guardar em suas gargantas.

De rosas para facadas, Jihye não via muita distância.

Ela, antes de conhece-lá, acreditava ser a garota mais bela da cidade, do mundo talvez.

Mas o mundo, as pessoas e seus olhos curiosos demais, não eram bons o bastante para compreender a beleza.

Mesmo bela, graciosa, Jihye era odiada por todas as garotas, e canibalizada por todos os garotos, como um pedaço de carne… E ela, não poderia negar que tinha uma certa culpa.

Sua primeira amiga não fora na infância, muito menos na pré-adolescência. Foi a dois anos atrás, quando Sunhee surgirá do nada, atirando um balde de água nas garotas que rotineiramente até aquele dia buscavam encrenca com Jihye.

Ele sorriu, lembrando daquele início de noite. Uma garota de tapa-olho, que mal possuía tamanho para se envolver em uma briga.

Jihye de fato, nunca poderia imaginar que um dia poderia ter uma amiga. 

Alguém além de seus vários namorados.

E não muito longe, na entrada do Colégio local, a garota de tapa-olho andava de um lado para o outro, um pouco inquieta, percebendo que ao menos Hani já deveria ter saído de sala.

Cada vez mais inquieta, pelos passos que se dirigiam em sua direção, pelos garotos e garotas que já saíam de sala.

Passando por Sunhee, os olhos curiosos, ela podia sentir sobre ela, os dedos apontando.

O mundo era um ambiente selvagem, sentia Sunhee.

– Que estranha, – ela escutou, o sussurro vindo de um grupo de garotas.

– É ela?

Ela virou seu rosto, em direção da voz que se pronunciava claramente, vendo que mais um grupo misto de garotos e garotas a encaravam.

– Ei, ela está olhando! – uma das garotas desviou os olhos.

– É ela mesmo, – um dos outros garotos continuou, – meus pais me falaram, de uma garota que anda com os cachorros mandados do Matsumoto.

Aquelas palavras, não era a primeira vez que escutava, não era a primeira vez que sentirá as palavras acumulando em sua boca.

– Sun, – a mão puxou seu braço, delicadamente, – o que está fazendo aqui?

A voz de Jihye, preocupada, havia escutado da biblioteca os murmúrios dos outros alunos.

A face rubra de Sunhee acusava sua irritação, algo que não se desfez tão rápido quanto queria, obrigando-se a conter sua raiva.

– Vim um pouco mais cedo hoje, – disse, o sorriso marcando as bochechas rosadas.

– Olá, garotas bonitas, – a voz alegre e marcante de Hani aproximou-se, passando cada braço pelo ombro de cada uma, abraçando-as – desejam companhia?

Dizia, forçando a voz para soar o mais grossa possível, levantando uma das sobrancelhas.

Arrancando uma breve gargalhada de Jihye e pegando Sunhee de surpresa.

– Pensei que fosse um dos ex-namorados da Jihye, – disse Sunhee, – me assustou.

– Eu nunca namorei com ninguém que falasse assim, – se defendeu, olhando incrédula para Sunhee que exibia um largo sorriso ao lado de Hani.

– Já sim, – disseram, em uníssono, – mas são tantos que você não lembra, – continuou Hani, logo recebendo um tapinha de Jihye.

– Ah, por que não falamos sobre o milagre de Sunhee não estar usando preto hoje? – indagou, mudando de assunto, enquanto Hani andava a frente, liderando o caminho.

Olhando para as próprias roupas, ela não havia dado conta de suas roupas até aquele momento.

– Verdade, – disse, quando Hani virou-se para olhar também, – mas preto é minha cor favorita.

– Mas não combina com você, parece que está sempre pronta para um velório, – Hani falou, vendo o rosto levemente emburrado de Sunhee.

– Tive uma ideia, – Jihye dizia, com um pequeno sorriso.


×


– Abra a boca, – dizendo, Hoseok estendia seu braço, com os talheres envoltos em tiras de carne, em direção a boca de Jimin.

Chegando perto de sua boca, curvando o braço, para sua própria boca.

– Hmmm! – gesticulou, com uma expressão deliciada, a boca cheia para que pudesse falar e os risos dos outros ao ver a expressão desapontada de Jimin, – está uma delícia.

– Então me deixe provar um pouco, Hoseok hyung, – retrucou, pegando seu prato e despejando mais da metade de sua comida para si.

Já era tradição, praticamente todos os dias, que todos os setes rapazes se reunissem para almoçar, no mesmo local.

– Ah, outra pessoa poderia pagar, – suspirou Jungkook, baixinho, – sempre que o Yoongi hyung paga o almoço temos que comer carne.

Do outro lado da mesa, os ouvidos de Yoongi estavam sempre atentos.

– Do que está reclamando? Se quiser pode ficar sem comer, – falou Yoongi, assustando Jungkook que logo negou com a cabeça, – assim sobra mais pra mim.

– Não seja tão assustador com ele, – riu Hoseok, vendo a rápida reação de Jungkook, deixando que Yoongi risse para si mesmo.

– Por que nunca trazemos Sunhee para almoçar? – Jimin perguntou, antes de encher sua boca.

– Olhe ao redor, – Seokjin respondeu o mais rápido possível, – só homens vem aqui.

O que Jimin nunca perceberá, até em então.

– Jin é realmente um pai muito cuidadoso, – acrescentou Namjoon, as mesmas palavras que todos pensavam naquele momento, e os risos foram a melhor respostas.

E o rosto de Seokjin corou, rápido demais.

– Alguém aqui tem que pensar para cuidar de uma garota, – falou, voltando a mexer na comida com os talheres.

– Ele se empenha muito nisso, – Jungkook falou, fazendo todos se lembrarem dos presentes, da mesada, da comida e todo o resto que Sunhee recebia de Seokjin.

– Você a mima demais, – Yoongi comentou.

– Se não fosse eu seria você, – Jin rebateu, coincidentemente ao mesmo tempo que Taehyung engasgou-se.

– Você está bem? – Namjoon exclamou, dando tapinhas em suas costas. E bebendo do líquido gelado em seu copo, Tae afirmou que sim.

A atenção de Namjoon somente foi interrompida quando Seokjin se levantou, arrastando a cadeira, havia terminado de comer antes de todos e não iria repetir, o que era raro.

– Vou levar o almoço de Sun, – já adivinhando o que Namjoon e Hoseok perguntariam.

– O pai cuidadoso entra em ação, – sorriu Jimin, provocando-o.

– Não me chame assim, – disse, colocando as mãos no quadril, incitando os risos.

A refeição foi repetida ao todo duas vezes por Taehyung, Jimin e Jungkook, e três vezes por Hoseok e Yoongi.

Namjoon estava sem fome, e a segunda rodada no prato de Taehyung mal havia sido tocada.

– Como vai ser hoje? – Hoseok perguntou, quando os pratos foram retirados, longe dos ouvidos dos garçons.

– Eu posso ir? – Jungkook perguntou, a voz animada.

– Não, – responderam Namjoon, Jimin e Hoseok, – cuide da Sunhee, – terminou Hoseok.

Ele suspirou, com força, mesmo que soubesse que seria a mesma resposta de todos os anos.

Duas vezes por semana, os rapazes se organizam para fazer uma ronda pelo bairro durante a noite.

– Jimin e Taehyung ficam com o primeiro setor, – disse Namjoon, – Hoseok e Yoongi vem comigo, ficaremos com o segundo setor.

Com um pequeno aceno, Yoongi se levantou, jogando as notas de dinheiro sobre a mesa.

– Tenho que me encontrar com uma pessoa, – dizia, ao sair da mesa, – as seis eu volto, não comecem sem mim.

Suspirando, Tae brevemente imaginou que Yoongi parecia desapontado.

O que ele havia visto? Perguntou-se, com um gole em seco, ao imaginar que ele tivesse visto um pouco mais…


×


Com Jihye e Hani, Sunhee caminhava, em pleno sol, e pela brisa úmida seus cabelos balançavam.

– Podemos passar naquela loja que abriu, o que acha? – Jihye perguntou, virando-se para Sunhee.

– Ah, estava pensando no vestido que vi na outra, – respondeu.

– Podemos passar lá depois, – respondeu Hani.

– Mas está tudo bem mesmo, Jihye? – perguntou, franzindo o cenho.

– Claro que está, – Jihye, sorrindo, abanando a mão, – Seokjin vai te dar sua mesada, certo? Logo você me paga.

O que seria uma mentira, pois Jihye não estaria disposta a lembrá-la de pagar por um presente e muito menos Sunhee lembraria por conta própria.

Jihye era boa com mentiras.

Com mais alguns passos, Sunhee tinha um mau costume, pela timidez ou por qualquer outro motivo, de andar a olhar o chão e os próprios pés.

Ao seu lado, as duas pararam.

Percebendo, levantando seu rosto, para os pés a sua frente.

– Olá pequena.

E aquela voz, aquele tom, e aquela face contrastante em demasiado com os cabelos negros.

Yoongi a encarava, diretamente em seus olhos.

– O que faz aqui? – perguntou, subitamente assustada, corada.

– Eu moro nessa cidade, sabia?

Sua ironia, tão intacta ao longo dos anos quanto sua capacidade em deixá-la irritada.

Não irritada, em certas palavras. 

Desconfortável.

Sua boca abriu-se, hesitante, fechando-se.

E seus olhos, cerrando-se, ele desviou, de seus olhos curiosos, arredondados.

– Até mais, – disse Yoongi, não mais aguentando ficar ali mesmo que seus pés não se movessem, ainda frente a frente.

Ela não queria vê-lo, tão perto, tão cedo, quando os seus pensamentos ainda estavam frescos da noite anterior.

– O que deu em você? – ela resmungou, tomando a iniciativa ao andar, passando por ele.

Suas mãos, segurando seu pulso, tão fino, em suas mãos.

– Espera aí apressadinha.

– Diga logo,

Sunhee não conseguia soltar seu pulso, por desistência não por tentativa.

Yoongi trazia ao seu redor uma aura que parecia engolir tudo ao seu redor.

– Quero ter uma conversa.

Ela esperou, em seu olhos, por segundos.

– Amanhã, – ele continuou, soltando-a, afastando-se, – vamos ter uma conversa.

Como um buraco negro, as palavras vinham em sua mente, vendo suas costas, afastando-se.

– O que foi isso? – a voz levemente agitada de Hani foi o bastante para Sunhee voltar a si.

Ruidosamente, Jihye soltou todo o ar de seus pulmões.

– Acho que deixei de respirar, – disse, antes que Sunhee tomasse seu pulso e o de Hani, puxando-as, para longe.

Seu coração, doía, doía com uma grande rachadura.

Como ele podia ser tão cruel?

Seu rosto corava, cada vez mais.

Como?

Ela sabia, mesmo que seu coração ameaçasse a terrível ilusão.


×


Na casa, Jin já adivinhava que Sunhee não estaria. E sentando-se à mesa, com uma pequena lufada de ar pesada, ele desejava ter comido um pouco mais.

Pelo silêncio, e pelo frescor da tarde que mal havia começado, ele decidiu encher a chaleira e esquentar a água para o seu chá.

Jin teria que voltar, mas naquele dia em especial ele não queria.

Por longos minutos, ele imaginou, o que viria a seguir de Namjoon se não fosse pelas batidas a porta.

Suspirando, é melhor esquecer, pensava, pois em sua barriga um frio irritante se acumulava.

Quando a porta abriu-se, ele pensou nos primeiros segundos que seria Sunhee, mas pelos passos pesados, dirigindo-se a entrada da cozinha, entrando pela sala.

Seokjin estava novamente, frente a frente com Namjoon.

Um passo para trás, e ele se aproximava.

– Estou fazendo o chá, – disse, sem que qualquer outra palavras conseguisse sair de sua boca.

Mais um passo para trás, e ele mais dois a frente.

– Por que está fugindo?

Com palavras incisivas, de olhar penetrante. De anos atrás, ele conhecia esse Namjoon, muito melhor do que qualquer outra pessoa.

Para seus pés, suas costas, a parede, e não teria mais para onde fugir.

Na cozinha, o bule fulminou, a água fervia.

– Tenho que…

Antes que pudesse mover-se, o braço de Namjoon prendeu-o, apoiando na parede.

Jin estava encurralado.

– Sabe que odeio quando as coisas que quero, – seus lábios movendo-se, sua respiração, – simplesmente fogem de mim.

O coração pulsando em seu peito.

– Por que demorou tanto? – ele perguntou, os olhos presos aos seus lábios, deixando que sua respiração se agitasse.

– Também me pergunto, – dizia, em um sussurro, de seus lábios prendendo-se aos lábios de Seokjin, em um beijo ainda que atrapalhado pela violência de seus desejos, de sua euforia. 


Notas Finais


Espero q tenham gostado da leitura <3
Comentários são sempre bem vindos
Próximo capítulo será postado dia 12, fiquem atentos :3


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