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História Make it Rain - Make it Rain Parte II


Escrita por: LilyCosci e CorregioKL

Notas do Autor


Música do capítulo: Make it Rain - Ed Sheeran

Capítulo 17 - Make it Rain Parte II


Quando cheguei na casa tinha acabado de escurecer. Avisei que cheguei para Hinata e Temari na sala rapidamente, agradecendo Hinata por ter me coberto e me enfiei no meu quarto sem dizer mais nada. Sentei no futton, tirei a garrafa de sakê da sacola e a fitei. Suspirei, pesadamente, a garganta seca, a vontade de virar o conteúdo para dentro de meu corpo e esquecer, bêbado, de tudo que estava acontecendo. Fazia algum tempo que eu não tinha essa sensação de embriaguez, de esquecimento, e ela fazia falta. Cheguei a abrir a garrafa e levar perto de minha boca, mas me refreei. Eu era uma merda de ninja em missão. Tinha acabado de dizer para minha mãe, a menos de uma hora atrás, que eu não faltava com as minhas responsabilidades, mas era isso que eu estaria fazendo ao beber daquela garrafa. Novamente, a vontade de chorar formou um nó na minha garganta e eu me permiti, de novo, deixei aquelas lágrimas cheias de dor e raiva lavarem meu rosto em um choro silencioso.

As horas que se seguiram, eu passei ali, sentado, refletindo sobre a merda da minha vida e chorando. Em algum momento, levantei e escondi a garrafa, envergonhado de tê-la até mesmo comprado. Céus! Eu tinha passado tantas vezes por aquilo, por esse dilema de me embebedar para esquecer Temari, e ela nunca esteve tão perto nesses momentos como estava agora, no outro cômodo, ainda conversando com Hinata. Queria levantar e ir até lá, tomá-la nos braços e não deixá-la nunca mais. Eu queria poder resolver tudo isso da forma mais simples, a forma que meu coração pedia: Casando-me com ela.

Quando Manami me chamou para jantar, eu já havia parado de chorar. Neguei, afirmando estar sem fome e ela insistiu ainda uma vez antes de desistir. Ainda sentado no meu futton, continuei pensativo, introspectivo. Resolvi que precisava de um banho em algum momento e levantei. Chorei de novo embaixo do chuveiro, me sentindo tão impotente com tudo isso, fraco. Voltei para o quarto vestindo uma roupa leve para dormir, torcendo para não encontrar ninguém no caminho e não encontrei. Novamente, me joguei no futton, mas não consegui dormir.

Não percebi o tempo passar e só me toquei de como era tarde quando novas batidas na minha porta me despertaram.

-Sim? -minha voz estava rouca devido ao choro e as horas sem uso, então pigarreei.

-Posso entrar? -a voz da dona dos meus pensamentos soou atrás da porta e eu senti meu estômago se revirar.

Eu não queria ver Temari naquele momento. Não queria conversar com ela, pois eu não sabia se conseguiria refrear meus impulsos e eu acabaria fazendo merda novamente.

-Pode. - contrariei meus próprios pensamentos ao permitir sua entrada.

Ela abriu a porta e me fitou da entrada com o cenho franzido. Ela estava já vestida para dormir, em uma yukata leve que ela usava com frequência para tal.

-Você está bem? -perguntou e entrou, fechando a porta atrás de si.

-Estou. -respondi debilmente.

Ela me fitou, sem acreditar. Sentou-se na frente da mesa de shogi e me fitou por um momento antes de perguntar:

-Não quer jogar?

-Não. -respondi e suspirei -Sora?

-Dormindo. -ela respondeu. - O que houve Shikamaru? Foi algo na reunião? -eu ia dizer novamente que estava tudo bem, mas ela me cortou -Não minta pra mim, eu te conheço.

A resposta dela fez meu estômago se revirar novamente, e a vontade de chorar voltou, mas a segurei. Decidi que tanto fazia afinal, decidi que a merda devia ser jogada no ventilador de vez. Decidi que iria dizer a verdade e, dependendo da reação de Temari, mandar o resto do mundo se foder.

-Aparentemente, eu vou me casar também. -respondi, a voz carregada de sarcasmo e mágoa. - O clã acha que já está na hora e até mesmo já arrumou uma noiva pra mim, se eu não tiver alguém em mente.

Os olhos dela se arregalaram e seu rosto perdeu a cor. Ela abriu a boca para responder uma, duas, três vezes e a fechou logo em seguida. Ela olhou pra mim, pro tabuleiro, pras próprias mãos, pra janela. Depois voltou a olhar para mim, mas não parecia saber o que dizer. Eu sabia como ela se sentia. Eu havia passado pela mesma coisa a dois anos atrás.

-Você... -ela tentou dizer algo, mas não conseguiu novamente. Ela assentiu por fim, se levantou devagar -Eu... Eu preciso...

Antes que ela pudesse dar um passo em direção a porta, eu a alcancei e segurei seu braço com delicadeza. Ela virou para me fitar, os olhos ainda arregalados e úmidos.

-Está tudo fodido, Temari. –eu disse pra ela, minha expressão transmitindo todo meu desespero com a situação, todo meu desespero em não ser ela.

-Shika... –ela tentou dizer de novo, mas hesitou novamente.

Eu a trouxe para mim, um dos meus braços circulou sua cintura, encostando seu corpo no meu, meu corpo se arrepiou com seu calor.

-Eu te amo. –disse pra ela, tocando seu rosto, olhando em seus olhos. Uma única lágrima caiu e eu a sequei rapidamente com o polegar. Temari não mostraria mais que isso, ela nunca chorava e uma ou duas lágrimas era o máximo que já havia visto cair de seus olhos. –O que você falou ontem...

Senti os dedos dela em meus lábios, me impedindo de continuar, sua mão indo para minha bochecha.

- Nós já estamos feridos. - Ela falou simplesmente, aproximando o rosto do meu. - Nós podemos ter um pedaço do paraíso nesse inferno. - Foi a última coisa que ela falou antes de colar os lábios nos meus.

Eu não precisei de tempo para pensar no que ela me propunha. Se Temari queria dessa forma, se ela queria tanto quanto eu viver aquilo, que o resto fosse pro inferno. Eu tinha a mulher que amava em meus braços. Ela me abraçava agora, os braços ao redor do meu pescoço, e me beijava, com toda a calma do mundo, como se pudéssemos fazer isso pra sempre. Nos afastamos devagar e olhamos um nos olhos do outro. Eu pude ver ali minha Temari, naquela mulher tão quebrada quanto eu. Nossos cacos se juntavam e eu aproveitaria aquele instante de felicidade que a vida tinha me oferecido, mesmo que no fim tudo ruísse. Temari afundou o rosto no meu ombro, me abraçando mais forte e eu a apertei mais contra mim, apreciando o calor quente de seus braços, sentindo seu cheiro e como as coisas dentro de mim pareciam no lugar quando ela estava aqui.

Nos afastamos um pouco, sem deixar de estar entrelaçados, os olhos um no outro novamente. Ela tocou meu rosto com carinho, sorriu de forma terna e eu a beijei. Eu tinha tanta saudade dela, de poder beijá-la e tocá-la, e fazer isso sabendo que ela não iria me repudiar logo depois me deixava menos tenso. Sentir seu gosto, seu corpo, eu estava ficando inebriado com tudo aquilo. Não queria largá-la, não queria me afastar dela. Nossos lábios se afastaram, mas encostei minha testa na dela. Nossos olhos dentro um do outro, queria decorar novamente os diferentes tons de verde em sua íris.

-Dorme aqui comigo hoje. –eu pedi num sussurro e torcendo aos céus para ela não negar meu pedido. –Eu... Não quero te soltar. –confessei.

Ela sorriu e sua bochecha corou. Parecia que ela tinha perdido o costume de me ouvir falar essas coisas, de ser elogiada por mim, de me ter por perto. Eu queria que ela se acostumasse com tudo isso novamente. Ela pensou apenas por um momento e respondeu:

-Durmo.

Eu suspirei aliviado e ela riu de leve. Não queria a soltar, mas o fiz. Desliguei a luz do quarto e acendi o abajur na cômoda, queria poder enxergar ela de alguma forma, saber que ela estava aqui. Voltei para perto de Temari e segurei sua mão e a puxei para meu futton. Deitei e esperei por ela, que hesitou um momento, mordendo o lábio inferior, antes de deitar também. O espaço era limitado, o que fazia nossos corpos ficarem próximos. Deitamos um de frente pro outro, olhando um para o outro. Nos fitamos por um tempo, subi a mão para acariciar o rosto dela e ela fechou os olhos, mordendo o lábio novamente. Quando parei com o carinho, desci a mão para sua cintura e ela abriu os olhos. A trouxe para mais perto, beijando sua testa com carinho. Ela se aconchegou nos meus braços por um momento e ficamos em silêncio até ela suspirar de forma pesada.

-O que foi? –murmurei me afastando um pouco.

Ela levantou os olhos e me olhou, depois desviou o olhar e confessou:

-Não consigo ficar perto de você desse jeito depois de tanto tempo e não te querer.

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Era incrível como ela conseguia me inflamar apenas com poucas palavras. Fiz um carinho em sua bochecha com o polegar, antes de aproximar o rosto do seu. Ela rompeu o resto de espaço que ainda existia entre nós, me empurrando para deitar de barriga pra cima. Nos fitamos por um momento, os cabelos soltos dela fizeram cócegas no meu queixo, e ela me beijou. Minhas mãos rumaram para sua cintura, enlaçando-a e trazendo seu corpo para junto do meu. Temari se ajeitou, colocando uma perna de cada lado do meu corpo. Soltei um dos braços de sua cintura e o apoiei no futton, me sentando com Temari no colo. Ela ficou levemente mais alta que eu, mas nossos lábios não se desgrudaram, o beijo calmo e o ritmo ditado por ela. Suas mãos rumaram para meu cabelo, soltando-o do rabo de cavalo e se infiltrando entre os fios. Temari gostava deles soltos, eu sabia, mas nunca tinha perguntado o porquê.

Nos separamos devagar e voltamos a nos encarar, as respirações já levemente aceleradas. Olhei no fundo dos olhos verdes e lá estava todo o amor que ela sentia por mim, junto com aquela sombra de receio, de medo. Toquei seu rosto novamente, fazendo um carinho singelo, ela inclinou o rosto em minha direção a minha mão e fechou os olhos suspirando. Eu também sentia medo, mesmo que talvez não pelos mesmos motivos. As imagens da varanda vinham a minha mente, eu havia sido afobado, eu sei. Eu sentia todo o arrependimento por ter tido Temari daquela forma. Minha mente continuava a pensar e me lembrei de como ela se afastou de mim depois, de suas palavras duras ecoando em minha mente. Seus olhos se abriram. Apoiei minha testa na dela, fechando os meus.

-Diz pra mim que você não vai sair daqui de manhã e fingir que nada aconteceu. –pedi num murmúrio –Diz pra mim, mesmo que seja mentira.

Ela arregalou os olhos de leve e depois os estreitou. Logo depois, ela tomou meus lábios novamente em um beijo um pouco mais sôfrego e, ainda contra meus lábios, ela disse:

-Eu não vou. –ela acariciou meus cabelos e mordeu meu lábio devagar –E não é mentira.

Suspirei pesadamente, tomando seus lábios em um novo beijo, minhas mãos desceram de sua cintura para suas coxas descobertas, a yukata havia subido quando ela sentou em meu colo, apertando e alisando enquanto ela bagunçava mais meu cabelo. Minhas mãos voltaram para sua cintura, desamarrando o obi que prendia a yukata em seu corpo e jogando-o para o lado. Ela se mexeu em meu colo, me fazendo suspirar de novo, e separou sua boca da minhas, puxando minha blusa pela barra e tirando-a pela minha cabeça. Ela parou um momento e me olhou de cima a baixo, admirando meu corpo como eu também queria fazer com ela. Temari passou os dedos pelo meu ombro, descendo pelo meu peito até minha barriga, contornando os músculos do meu abdômen com as pontas dos dedos, fazendo um novo arrepio percorrer minha coluna e meu pênis pulsar dentro da calça quando ela chegou na barra da mesma. Ela subiu de novo os dedos, laçou meu pescoço novamente e me trouxe para mais perto, me beijando de novo.

Fiz seus braços deixarem meu pescoço ainda em meio ao beijo e desci por seus ombros a yukata. Ela não vestia nada mais na parte de cima do corpo e seus seios de tamanho médio me pareceram por demais convidativos quando seus lábios deixaram os meus e eu pude admirá-la. Ela corou com meu olhar, me senti por um momento novamente o adolescente que era quando fizemos amor pela primeira vez. Abaixei um pouco o rosto, enfiando meu nariz entre seus seios, aspirando seu cheiro, cada mão minha segurou um deles e os massageou lentamente. Ela suspirou, minha boca foi até um dos mamilos, circulei-o com a língua antes de capturá-lo com meus lábios e sugar, Temari gemeu, agarrando minha nuca e inclinando a cabeça para trás. Seus gemidos preenchiam meus ouvidos, Temari sempre tivera os seios sensíveis, mas suas reações nunca haviam sido tão intensas. Seu corpo havia mudado após a gravidez, e aparentemente isso era algo que havia ficado mais intenso.

Segurei firme em sua cintura, trocando o de seio em minha boca, e a deitei no futton, ficando por cima dela. Demorei um momento para perceber que os sons que denunciavam seu prazer tinham cessado e ela tinha ficado tensa. Abandonei o que fazia, olhando para ela curioso. Ela tinha um olhar amedrontado e desconfortável, o mesmo olhar da varanda. Meu coração se apertou com aquilo. Saí de cima dela, deitando ao seu lado apoiado no cotovelo. Ela fechou seus olhos forte formando uma leve ruga entre as sobrancelhas. Depositei uma das mãos em sua bochecha fazendo uma leve carícia aproximando meus lábios e dando um leve beijo em sua testa.

-Hey... - chamei em um tom de voz suave. - Olha pra mim. –ela abriu os olhos, mas a ruga não se desfez. –Sou eu, Temari. –ela me fitou confusa - Seu Shikamaru. Sou eu.

Ela assentiu devagar, suas bochechas coraram um pouco mais e nós trocamos um intenso olhar antes de sua mão me empurrar pelo ombro, me fazendo deitar novamente no futton e ela voltar a ficar em cima de mim, uma perna de cada lado do meu corpo, suas mãos apoiadas em minha barriga. Ela se sentia à vontade daquela forma, era como costumávamos fazer com mais frequência e ela queria assim. Se aquilo a fazia associar aquele momento a mim, era o que ela teria. Ela podia fazer o que quisesse de mim. Eu pertencia a ela.

Minhas mãos voltaram a correr sua cintura em um carinho suave e ela fechou os olhos, suspirando e subindo as mãos pelo meu peito e descendo de novo para minha barriga, minha respiração ficou mais pesada conforme ela aproximava a mão cada vez mais do cós da minha calça e se movia de leve, bem em cima da minha ereção ainda coberta. Ela tinha os olhos fechados e parecia relaxar conforme minhas mãos desciam pelas suas coxas e voltavam para sua cintura repetidas vezes. Ela abriu os olhos e nossos olhos se encontraram, Temari abaixou-se e me beijou demoradamente, movendo o quadril de encontro ao meu de forma lenta, em um rebolar suave e que começava a me deixar louco.

Enquanto ela ainda me beijava, uma de minhas mãos subiu para um de seus seios e a oura escorregou por sua coxa até o meio de suas pernas, onde toquei o ponto que ela roçava seu corpo no meu ainda sobre o tecido da calcinha. Ela gemeu na minha boca, mordeu meu lábio inferior e se pressionou mais contra minha ereção.

-Céus, Tema... –eu suspirei e a mão em seu seio subiu para seu pescoço, trazendo ela para um novo beijo lento e cheio de paixão.

Meus dedos invadiram o tecido da calcinha e toquei diretamente em seu clitóris, a fazendo segurar um gemido mais alto. Ela endireitou o corpo, olhando em meus olhos enquanto eu massageava seu ponto de prazer. Aqueles olhos verdes nublados de desejo me inebriavam. Ela apoiou as mãos novamente em meu peito, tentando não gemer alto demais, pois não estávamos sozinhos em casa, seus olhos se fecharam com força e escutei meu nome sair deles em um gemido:

-Shika... –não me contive soltando um gemido de prazer ao ouvir meu nome –Isso...Um pouco mais... Rápido...Ah! –ela mordeu o lábio inferior quando atendi seu pedido, não conseguindo conter mais os gemidos.

Sentei passando meu braço livre em volta de sua cintura, sem afetar os movimentos em sua intimidade, capturando seus lábios em um beijo. A penetrei com um dedo ainda a estimulando com o polegar e ela gemeu forte contra minha boca, movendo o quadril em minha mão, sua cavidade úmida e apertada. Eu desejava estar ali, me sentia latejar dentro da cueca. Ela abandonou meus lábios e me abraçou forte, seu orgasmo vindo abrasador, suas unhas se enterrando em minhas costas. Senti suas contrações em meus dedos e seu corpo amolecer sobre o meu, sua respiração descompassada em meu pescoço.

Eu a abracei de volta, a pele dela contra a minha, tão quente, me deixando mais desejoso dela. Porém, esperei ela se mover, se afastar um pouco de mim. Seus olhos encontraram os meus, me fitaram cheios de carinho e paixão. Tirei os fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto com um carinho e a beijei de leve, acariciando sua bochecha com a mão. Ela se moveu no meu colo, levantando e saindo de meus braços. A fitei um momento enquanto ela tirava sua calcinha devagar, jogando o pedaço de pano para o lado. Puxei-a pelo quadril, beijando suas coxas, passando as mãos por suas nádegas e pela parte de trás das coxas, ela levou as mãos até minha cabeça, acariciando meus cabelos e suspirando. Me afastei, olhando para cima e ela se ajoelhou, as pernas ainda uma de cada lado do meu corpo, e me beijou, me empurrando para que eu deitasse. Sem desgrudar seus lábios dos meus, ela ajudou-me a empurrar minha calça e cueca para baixo, meu pênis descoberto roçou em sua coxa e eu gemi em antecipação do que estava por vir.

Temari encerrou o beijo, seus olhos nos meus. Ali ainda tinha aquele receio, mas, por hora, eu preferi ignorar, pois, se ela quisesse parar, era ela que estava no comando ali, ela pararia a hora que quisesse. Nos encaramos aquele momento, as respirações ofegantes, a dela fazia com que seus seios se movessem levemente e eu desci os olhos por todo seu corpo, admirando a mulher maravilhosa que estava em cima de mim. Eu a cultuava com o olhar, como a deusa que ela era, ela merecia. As marcas de sua gravidez, as marcas de suas lutas como kunoichi... Tudo isso só a tonavam mais ela, mais deusa, mais minha.

-Tema... –chamei, olhando-a de volta nos olhos. Eu queria expressar todos meus pensamentos, toda minha adoração por ela, mas as palavras faltavam e eu só a olhei, seu rosto corado e olhos brilhantes de desejo e o cabelo grudado na face.

Ela sorriu de leve, desviando o olhar um tanto acanhada. Eu não precisava dizer, ela sabia o que eu queria falar só de olhar em meus olhos, só em ver ali o quanto ela era única para mim. Ela se abaixou de novo, roçando seus lábios nos meus e levantando o quadril, me fazendo entender com facilidade o que ela queria. Me ajeitei em baixo dela, segurando meu pênis em sua direção e Temari se sentou encaixando em mim.

Senti ela me envolver, quente e apertada, mordi o lábio, segurando um gemido alto e apertei os olhos, sentindo-a e ouvindo ela soltar algo entre um suspiro e um gemido. Senti ela se mover sobre mim algumas vezes, antes de abrir os olhos e ver ela sentar novamente em mim. Um gemido contido escapou de meus lábios e minhas mãos circularam sua cintura, apertando de leve. Temari tinha os olhos fechados e a boca entreaberta, por onde saiam curtos sons toda vez que ela se movia. Suas mãos se apoiaram em meu peito e ela rebolou, fazendo-me finalmente deixar escapar o gemido que estava preso no fundo de minha garganta. Joguei o quadril de encontro ao dela, que mordeu o lábio e franziu o cenho, movendo-se com um pouco mais de força contra mim.

Impulsionei o corpo para frente, sentando e a abraçando, trazendo seu corpo contra o meu, beijando seu pescoço. Ela fechou os olhos, suspirando, suas mãos se agarraram ao meu cabelo, os puxando, me fazendo levantar a cabeça. Senti seus lábios nos meus, arfantes. Nossas respirações se misturavam, ela apoiou sua testa na minha, ainda se movendo. Seus lábios e os meus se encontravam e se encostavam, sendo soltos rapidamente por conta das respirações aceleradas. Escorreguei os lábios de seus lábios pelo pescoço, o beijei, chupei, descendo na direção dos seios, e abocanhando um de seus mamilos, soltando suspiros ocasionais, sentindo-a me envolvendo e me deixando num ritmo delicioso. Temari jogou a cabeça para trás, puxando meu cabelo soltando um gemido estrangulado. Ela se movia, minhas mãos voltaram para sua cintura.

Suas mãos desceram pelos meus ombros e braços, se apoiando no meu cotovelo, ela se inclinou para trás me puxando para ela. Demorei um momento para entender o que ela queria, meus sentidos embriagados pelo prazer que dávamos um para o outro. Sorri de leve, me ajoelhando entre suas pernas, ainda dentro dela, enquanto suas costas chegavam ao futton. Temari estava me cedendo o controle dos movimentos, confiando em mim, entregue. Estoquei devagar, ainda a segurando pela cintura e com seus braços nos meus e vi seus olhos rolarem enquanto ela gemia, deitando a cabeça no futton, levantando mais o quadril, as pernas se enlaçando em minha cintura. Estoquei com mais firmeza, num vai e vem lento que me fazia trincar os dentes para não fazer nenhum barulho alto, enquanto Temari segurava seus sons mordendo o lábio, ficando ainda mais linda. Ela abriu os olhos e nossos olhar se encontraram, me abaixei devagar, cobrindo o corpo dela com o meu em meio as estocadas, e beijei seus lábios, sem fechar os olhos, minhas mãos deixando sua cintura e se apoiando do lado de sua cabeça. Ela me abraçou, sua língua encontrou com a minha por um momento antes dela soltar um suspiro alto e enterrar o rosto no meu ombro, segurando-se mais firmemente em mim. Me impulsionei mais rápido dentro dela, sentindo meu limite se aproximar, sentindo o a respiração dela na minha pele, a sua pele contra minha...

-Shika... Quas.... –ela não completou, soltando um gemido –Mais rápido!

-Ah, Tema! –exclamei, suas pernas apertando-me mais forte.

Atendi seu pedido, sentindo seu interior me apertar logo em seguida. Temari arqueou as costas, soltando um gemido alto, que foi abafado por meus lábios rapidamente em um flash de racionalidade. Estoquei mais forte, deixando seus lábios, abracei seu corpo contra mim e fui correspondido. Não me segurei mais, me derramando dentro dela em um movimento mais fundo e engasgando um grunhido. Deitei sobre ela, com a respiração descompassada, ela também tentava normalizar a respiração. Me joguei pro lado, sem soltá-la e beijei o vale entre seus seios, subindo os beijos por seu pescoço, queixo e bochecha até chegar nos seus lábios. Senti seus dedos entrelaçando no meu cabelo em meio ao caminho e puxando os fios de leve enquanto trocávamos um beijo apaixonado e cheio do sentimento que tinha transbordado ali.

Nos separamos devagar, nossos olhos se encontram e eu sorri, beijando sua testa. Ela sorriu também, fechando os olhos. Levantei o corpo e puxei o travesseiro que estava do outro lado do futton, colocando-o abaixo da minha cabeça, ela apoiou a dela no meu braço e eu trouxe seu corpo o mais perto possível do meu. Ela enterrou o rosto no meu peito e eu beijei seus cabelos, passando a mão por eles enquanto ela acariciava de leve meu peito. Temari sempre reclamava do volume deles, da textura dos fios e eu sempre tinha os achado perfeitos do jeito que eram, combinando tanto com a personalidade de sua dona.

-Você continua gostando do meu cabelo, não é? –ela perguntou baixinho, como quem lê meus pensamentos.

-Claro. –respondi um tanto rouco, também murmurando –Gosto de tudo em você, Tema. Isso jamais vai mudar.

Ela ficou quieta depois de minha declaração, mas se inclinou e beijou meu peito, perto de onde batia ainda um pouco acelerado meu coração. Não falei mais nada também, deixando a sensação de plenitude e felicidade em ter Temari tão tranquila em meus braços me inundar. Eu poderia chorar naquele momento, de êxtase, de alegria. Mas me contive. Eu não queria assustá-la ou algo do tipo.

Continuamos trocando carinhos, sem nos olharmos, só nos sentindo. O sono começou a chegar naquele momento e eu fechei os olhos, sentindo que teria uma boa noite de sono pela primeira vez em muito tempo. Quando meus sentidos já estavam um tanto embaralhados e eu já quase não tinha consciência do mundo, Temari se mexeu, saindo de meus braços, o que me despertou totalmente. Ela se ajoelhou no futton para se levantar e eu segurei seu braço delicadamente antes que ela o fizesse.

-Você disse que não iria embora. –eu a lembrei, um tanto aturdido que ela pudesse ter se arrependido novamente e, novamente, fossemos voltar àquela situação desastrosa e agonizante.

-Eu não vou. –ela disse com suavidade –Só vou olhar a Sora, eu já volto.

Soltei o ar que eu não sabia que estava segurando e soltei seu braço, alívio me invadindo.

-Desculpe. –pedi por meu desespero.

-Não há por que se desculpar. –ela disse.

Observei ela se vestir devagar, a luz do abajur deixado sua pele um pouco suada com um brilho suave. Ela foi até a porta, mas, antes de sair do quarto, virou levemente para trás e me lançou um sorriso e um olhar doce, que retribui bobamente. Aproveitei a deixa e levantei também, vestindo minha cueca e calça e voltando a deitar, o olhar fixo na porta a sua espera. Eu mal havia assumido aquela posição e ela entrou no quarto novamente, o rosto vermelho e o cenho franzido, o olhar envergonhado.

-O que foi? –perguntei, curioso e receoso, sentando no futton.

-Manami está com Sora. –ela respondeu, andando até onde eu estava e se ajoelhando para deitar –Ela disse que cuida dela essa noite.

Corei também, coçando a nuca. Ri de leve e ela me olhou feio antes de rir também, ambos constrangidos. Me inclinei pra ela e beijei seus lábios de leve.

-Vem. –chamei, puxando o lençol para cima.

Ela sorriu e se deitou de novo nos meus braços, suspirando, parecendo tão feliz e aconchegada quanto eu.


Notas Finais


Lily: Finalmente chegamos no capítulo que deu nome a fic, sim nós tínhamos muita coisa planejada quando começamos a fic, mas tinhas duas certezas, a primeira é que a inspiração da fic seria a música Make it Rain do Ed Sheeran e a segunda é que teria um capítulo com os acontecimentos completamente baseados na música.
Nós mudamos muita coisa, replanejamos muita coisa, mudamos de ideia em relação a certos acontecimentos, mas esse capítulo, tudo o que pensamos pra ele, todo o sentimento, tudo que levaria a ele, todos os acontecimentos, nós mantivemos, era como nosso tesouro. Deixamos muitas coisas, que em certo momento pensamos em mudar, da forma que estava, e mudamos muitas coisas, para não afetar esse capítulo.
Essa música é muito especial pra mim, é um ligação muito forte com uma amiga que me mostrou a musica, mas uma ligação ainda mais forte com a KL, nós nos conhecemos por causa da coexist (<3 saudades eternas). E bom, é uma amizade a distância, onde ambas precisam se doar para manter. E a Make it Rain, a música, eu sempre imaginava uma história com ela, mas não tinha nada além de uma ideia vaga, e a KL tinha um enredo, e aqui estamos nós, com essa filha linda que é Make it Rain, a fanfic.
Esse capítulo é nós duas em todas as linhas, pensando nesse casal com carinho e pensando nos sentimentos deles até esse momento, e em tudo que levou a esse momento. Esperamos que gostem dele, por que foi feito com todo amor e carinho. E sim ele ficou longo, teve que ser dividido em duas partes que também ficaram longas, mas não tinha como, nós esperamos muito por isso.
Beijos. º3º

KL: Eu já tinha dito um pouco do que esse capitulo significava pra gente na primeira parte, mas aqui temos o ápice do capitulo. A Lily disse tudo que eu poderia querer dizer. Make It Rain, pra nós, é como uma filha e também uma parte muito importante da nossa amizade, pois temos quilômetros e quilômetros nos separamos, mas estamos sempre conversando (sobre outras coisas também, mas principalmente) sobre a fics e nos mantendo únicas. Espero que vocês tenham conseguido sentir todas as emoções que queríamos passar com esse capitulo.


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