História Make me yours - O Kookie ama o Jimin

Jungkook

Eu havia ferrado com tudo, dessa vez era certeza, Jimin nunca me perdoaria... meu primo disse que eu estava exagerando, mas eu sabia que não. Foi no ano que nos conhecemos, eu ainda era um alfa ignorante e não acreditei nas palavras daquele ômega indefeso... eu era um monstro.

Naquela época, Jimin acabou me perdoando, mas e agora? Será mesmo que eu o merecia... talvez aquele tal de Yebun fosse mais digno do meu ômega. Odeio chorar, ainda mais quando a culpa é minha, eu o machuquei e jamais saberei como me redimir. 

Vou até o banheiro para lavar o rosto e vejo o meu relfexo, um alfa fraco que foi capaz de ferir um ômega tão delicado... era isso que eu via. Saio do banheiro depois de secar o rosto e meu corpo congela ao vê-lo, seus olhos seguem até mim e posso ver os mesmos levemente vermelhos de quem havia chorado.

- Jungkook. - sua voz é baixa e seu cheiro me indica que está com medo, e saber disse me mata por dentro.

- Me perdoa. - caminho até ele e meus joelhos cedem indo de encontro ao chão, mas meu olhar fica preso ao seu. - Eu sei que eu não mereço o seu perdão, mas não me odeie, por favor.

Ele respira fundo, mas não se mexe, meu lobo entra em pânico e meus olhos marejam, só que eu não queria chorar em sua frente, porque sabia que isso o faria mal.

- Você merece tanto um alfa melhor do que eu, mas eu sou muito egoísta e não consigo deixar você ir. - ele morde o lábio para ajudar a segurar as lágrimas. - Eu sinto muito por ter te batido logo quando nos conhecemos, sinto muito por ter feito você se apaixonar por mim, sinto muito por ter esse ciúmes possessivo, sinto muito por te fazer passar por isso aqui.

Jimin havia me mudado e eu tinha medo do que iria acontecer se ele me deixasse.

- Eu sei que é injusto, mas eu não posso perder você, meu amor. - pego em suas mãos puxando-o para mim e para a minha surpresa, Jimin se ajoelha a minha frente, deixando-nos quase do mesmo tamanho.

- Jungkook. - respira fundo e olho no fundo dos olhos. - Eu te perdoo.

Foi tão simples, mas ao mesmo tempo tão forte... aquelas três palavras me fizeram abraça-lo com força, amassando-o contra o meu peito enquanto eu murmurava vários "eu te amo" e "prometo ser um alfa melhor".

- Você não precisa ser um alfa melhor, Kookie. - Jimin ergue o rosto e nossos narizes se tocam. - Só quero que você confie em mim.

- Eu confio... juro que confio. - toquei uma de suas bochechas. - É só que eu tenho medo...

- De me perder. - ele me corta e dá um sorriso contido. - Você nunca vai me perder, Jungkook, não se depender de mim.... porque eu estou apaixonado por você, Kookie.

Aquilo foi o máximo que eu aguentava sem ter os seus lábios para mim, então num ato rápido eu o beijei e tão logo senti as mãos pequenas do ômega segurarem o meu rosto, impedindo que eu me afastasse... como se eu fosse louco de aumentar a distância entre nós.

Meus joelhos já começavam a doer de estar naquela posição, por isso comecei a deitar, deixando que o mesmo ficasse por cima de mim, assim ele ficaria mais confortável. Jimin arfou ao ser encaixado no meio das minhas pernas, mordo-lhe o lábio inferior antes de unir as nossas bocas mais uma vez, o meu ômega tem um gosto tão único, era o meu vício favorito.

Nunca entenderia nem queria entender como pude amar tão rápido e tão profundamente esse ômega, antes de Jimin, eu só curtia a vida, pouco me importanto com os sentimentos alheios. Porém o Park mudou a minha visão do mundo assim como me mostrou que era sim possível que um alfa se visse perdidamente ligado a um ômega.

E agradeço aos céus por esse ômega ser o meu pequeno, pois Jimin conhecia todos os meus lados e mesmo assim me amava. Então o mínimo que eu podia fazer era demonstrar como ele era importante para mim, mas do meu jeito mesmo que fosse de um modo possessivo.

Para mim, Jimin era tão perfeito que até o seu peso sobre o meu corpo parecia certo, sorrio diante o pensamento e seus olhos me fitam carinhosamente, ficamos um tempo ali deitado nos observando, vi um sorriso começar a se formar em seus lábios.

- Kookie. - ele me chama manhosamente.

- Sim? - seguro o riso ao ver um pequeno bico se formar em seus lábios.

- Um dia... eu quero ter uma família com você. - suas bochechas coraram e sua cabeça teria se escondido em baixo do meu pescoço se meus dedos não tivessem segurado o seu queixo.

- Seria um sonho realizado, meu amor. - admito e Jimin fica ainda mais vermelho. - Você é lindo.

- Aigo! Já disse para parar de me envergonhar, Kookie! - então se aproxima e amassa os meus lábios.

De início fiquei surpreso, porém logo meu lobo entrou em ação e começamos a nos beijar como se fizessem dias que não nos tocávamos. Um gemido rouco e baixo acaba escapando do ômega e não preciso abrir os olhos para saber que o mesmo está enrubescido. Sem conseguir resistir, aperto a sua bunda com força, gemendo em deleito ao sentir o quadril do ômega se pressionar mais contra mim.

Infelizmente, o ar nos faz falta, abro os olhos vendo os lábios inchados e vermelhos do ômega entreabertos, sorrio bobo ao ver os seus olhos se transformaram em dois risquinhos e seu lindo sorriso aparecer.

- Pequeno... eu espero que os nossos futuros filhos sejam tão fofos como você. - confesso e seus olhos se arregalam, mas depois se suavizam quando Jimin assente tímido.

Ahhh, Amaterasu, por qual motivo me deu um ômega tão perfeito?

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Os dias pareciam estar se passando bem devagar, não que isso fosse uma reclamação afinal eu e Jimin estávamos gradativamente acertando o nosso relacionamento. Eu prometi a ele que jamais tomaria nenhuma decisão importante sem o seu consentimento, também jurei confiar nele... não que antes eu não confiasse, mas eu preciso controlar o meu ciúmes possessivo.

- Kookie! - ele me abraça por trás. - A carne está queimando.

- Não está não, pequeno. - viro as carnes na churrasqueira portátil. - Isso tudo é fome? - pergunto referindo-me ao seu estado manhoso.

Então me viro e ficamos frente a frente, seu eye smile me deixa hipnotizado por alguns segundos até que Jimin se ergue um pouco para me dar um rápido selinho.

- Só isso? - finjo mágoa.

- Por enquanto. - brincou com um sorriso sapeca. - Vai demorar muito, Kookie?

- Mais uns minutinhos, meu amor. - explico e começo a enche-lo de beijinhos, do jeito que ele gostava. - Que manhoso. - digo ao ver um bico se formar em seus lábios.

Se Jimin ainda tivesse cio, eu diria que estava próximo, mas desde que descobrimos sobre a ausência do seu lobo, o ômega não apresentou nenhum sinal de sede por sexo. De certo modo, eu ficava triste, pois tinha medo de que ele não pudesse mais ter um bebê, mas vou me manter esperançoso.

- OLHA O FOGO! - e lá vinha o estraga prazeres.

- TaeTae! - o esposo tentou segurar o alfa teimoso. - Não seja assim, querido.

- Assim como? - o meu primo olhou o marido com um sorriso malicioso. - Eu já disse o quão gostoso você fica com a minha camisa?

- Já, mas eu tenho certeza que você me prefere sem ela. - o Hobi deu uma rosnadinha, que devia parecer sexy, mas eu fiquei com nojo.

- Dá para irem se comer no quarto? - rosnei e o casal me encarou rindo. - Aish! 

- Isso se chama inveja. - Tae cantalorou e ouvi a risada do meu pequeno, e só por isso eu não fiquei nervoso.

Então eu respiro fundo e dou um beijo na testa do meu ômega antes de voltar a me concentrar na churrasqueira, já Jimin decidiu ficar grudado nas minhas costas fazendo um sorriso bobo surgir em meu rosto. Alguns minutos depois a carne estava pronta, mas é claro que apenas servi eu e meu ômega, os recém casados que se virem.

- Waahhh! - Tae faz aquela cara de desânimo. 

- Você tem ótimos braços e pernas, Taehyung. - reviro os olhos enquanto direciono Jimin até uma das mesas que haviam naquele enorme jardim. - Pode muito bem cuidar de você e do seu ômega sem a minha ajuda.

Depois de algumas reclamações, foi o Hobi quem teve de alimentar o marido preguiçoso e eu teria rido da situação se Jimin não estivesse me observando tão intensamente.

- O que foi, pequeno? - suas bochechas ficam vermelhos por ter sido pego no flagra. - Eu sou tão lindo assim?

- Pare de ser convencido, Kookie! - então ele começa a comer com força, era sempre assim quando Jimin emburrava.

- Você é tão fofo. - tasco-lhe um beijo na bochecha. - O ômega mais lindo e dengoso.

- Me deixe comer em paz, Jungkook. - e lá vinha a birra.

Rio e seus olhos me fuzilam, Jimin sempre odiou que dessem risada de si, porém como poderia evitar achar graça desse ser todo infantil?

- Você é um chato. - reclama e volta a comer, ignorando-me.

Acabo comendo devagar, pois meus olhos estavam muito concentrados no modo infantil do ômega, Jimin mastigava relativamente rápido e algumas vezes fazia um bico. Então ele me pega o fitando e sorri com as bochechas levemente vermelhas, eu quero tanto passar o resto da minha vida ao lado desse ômega, porém Jimin com certeza não aceitaria agora um pedido de casamento, certo?

- Estou sujo? Onde? - estica-se para pegar um guardanapo, mas eu sou mais rápido. - Aigo!

- Venha aqui, meu amor. - bato nas próprias coxas e ele olha para o casal, vendo que os dois nem estão ligando para nós, só depois Jimin dá de ombros e senta de lado no meu colo. - Agora vira esses rostinho lindo para mim.

- Jungkookie. - dá uma rosnada e eu seguro o riso. - Eu vou te morder se continuar tirando uma com a minha cara.

- Tirando uma? - um riso escapa e ele morde o meu nariz. - Aish!

Ele cruza os braços e empina o queixo, numa pose vitoriosa, meu lobo fica inconformado, mas ao mesmo tempo ansioso. Umedeço os lábios para enfim pressiona-los contra a pele clara e sedosa do seu pescoço, Jimin estremece em meu colo.

- Você tem um gosto tão bom. - fecho os olhos e raspo os dentes em seu pescoço. - E um cheiro tão delicioso, pequeno.

- Jungkook... quando você irá me marcar de novo? - aquela pergunta num tom tímido me fez arregalar os olhos. - Ou você não quer mais?

- É claro que eu quero! - então sua cabeça se encaixa logo abaixo do meu pescoço e uma de suas mãos passeia pelo meu peito e abdômen. - Eu quero muito deixar a minha marca em você, mas não quero te pressionar... você acha que está pronto?

Jimin ergue o rosto e suas mãos seguram as minhas bochechas, seu olhar é tão terno que acabo me perdendo nele, oferece-me um pequeno sorriso e sua boca se abre para confirmar ou recusar a minha pergunta, contudo meu ômega arregala os olhos ao ver algo atrás de mim.

Viro-me preocupado e um rosnado acaba me escapando ao ver a última pessoa que eu gostaria de ver no momento. Yejun parece constrangido e nenhum de nós parece saber como proceder, até que Jimin se levanta e me oferece a sua mão, num pedido silencioso para que o acompanhe.

- O-Olá, Min. - seguro-me com todas as minhas forças para não ser rude logo no começo, mas eu odeio essa intimidade. - Um alfa ruivo me disse que eu deveria vir aqui.

É hoje que eu mato Kim Taehyung.

- Oh, não tem problema, Yejun. - Jimin deu um sorriso.

O que aconteceu em seguida, eu imagino que nenhum de nós pudessemkos ter prevido, Yejun puxou o meu ômega para um abraço, Jimin ficou sem reação e demorou um pouco para retribuir o abraço enquanto eu tentava acalmar o meu lobo lhe explicando que um beta não era uma ameaça ao nosso relacionamento, mas mesmo assim eu me sentia receoso.

- Eu estava preocupado. - o loiro murmurou separando-se do Jimin. - Eu vi você chorando aquele dia.

Ok. Mais uma surpresa para o meu dia, tudo estava a mil maravilhas, mas esse beta tinha que vir aqui e estragar tudo. Jimin ainda era muito sensível a esse assunto e não gostava de lembrar do ocorrido, imagina eu então.

- Eu estou bem. - respondeu o ômega. - Foi só uma briga... de casal.

- Tem certeza? - o olhar do loiro me encarou duvidoso. - Esse alfa não está te obrigando a nada?

Quem esse beta acha que é? Eu juro que só estou calado por pedido do Jimin, porque se não já teria falado algumas coisas para esse intrometido, folgado e metido a besta.

- O Kookie? Não. - amei o fato de ele ter usado o apelido, toma essa intimidade, beta escroto. - Ele é meio possessivo, mas não é nada que eu não possa lidar.

1 a 0 para Jeon Jungkook. Estão escutando isso? É o grito de desespero dos haters.

- Mas ele bate em você! - no mesmo instante Jimin fica tenso, seu cheiro fica mais forte. - Eu posso te tirar daqui!

- Como ousa?! - aproximo-me dos dois, porém Jimin coloca uma mão no meu peito e pede calma num sussurro.

Fuzilo o beta, mas me mantenho quieto, cruzo os braços para impedir que as minhas mãos chegem ao pescoço de Yejun.

- Isso foi um infeliz episódio do passado. - estou surpreso pela calma que Jimin está mostrando. - Não irá mais se repetir.

- Você sabe como alfas são. - o loiro segura nos ombros do meu ômega e eu apenas rosno um aviso. - Você disse que me amava.

- Eu amava, mas aí você morreu... pelo menos pra mim foi isso que pareceu, Yejun. - o ômega parecia bem desconfortável, mas eu sabia que me arrependeria de o interromper. - E eu fiquei sozinho.

- Mas eu estou de volta! - o beta parecia meio desesperado e eu não estava gostando nem um pouco aonde isso estava indo parar. 

- Mas eu não te amo mais! - Jimin afastou-se do beta, quebrando qualquer contato que eles tinham. - Quando você sumiu, eu perdi a vontade de viver... mas esse alfa aqui, esse teimoso, ciumento e que adora me ver com vergonha... esse alfa chamado Jeon Jungkook me fez querer viver de novo e lutar pelo nosso amor.

Jimin sempre foi muito bom com as palavras, só que dessa vez ele se superou, qualquer medo que eu tinha sobre perde-lo para esse beta, dissipou-se. Entretanto, o beta não parecia muito convencido ou talvez um pouco nervoso, foi por isso que me coloquei entre os dois... se o loiro pensa que vai machucar o meu pequeno está completamente enganado.

- Então é isso? Você virou masoquista agora, Jimin? - sua voz estava carregada de dor, e eu sabia o que ele estava tentando fazer... ele queria que Jimin sentisse um pouco da sua dor. - Você passou a gostar de apanhar, é isso?

- Por que está dizendo isso? - o ômega negou com os olhos marejados.

- Você sempre gostou, não é mesmo? E eu achando que você era uma vítima do meu pai. - o beta bufa com os olhos brilhando de raiva. - Só me responde uma coisa, Jimin.

Não estava gostando nada disso, porém o próprio Jimin se colocou a minha frente, provavelmente querendo enfrentar o beta de cabeça erguida, eu estava orgulhoso, mas muito preocupado também.

- Você errava de propósito só para ser castigado com aquele cinto marrom velho, não é? - assim que a pergunta terminou, seu rosto foi jogado para o lado com o tapa barulhento que Jimin desferiu em si.

Logo em seguida, Jimin caiu de joelhos no chão, gritando com as mãos na cabeça como se estivesse com muita dor, sem pensar muito, tirei o beta de perto do meu ômega e o mandei embora com apenas um olhar. Depois ajoelhei em frente ao Jimin que chorava alta e arranhava o próprio rosto, seguro as suas mãos impedindo que se machucasse mais e tentei traze-lo até mim.

- Shhh, pequeno, eu estou aqui. - respirei fundo, envolvendo-o em meus braços. - Passou... passou.

- Kookie, faça parar, por favor. - sua voz evidenciava o seu estado frágil. - Eu não quero me lembrar.

Num ato rápido, ergui o seu rosto com cuidado e o beijei, Jimin fechou os olhos e começou a tremer menos, então passei a língua pelos seus lábios esperando que os mesmos se abrissem, o que não demorou. Então eu o beijei com todo o meu amor, tentando mostrar que eu nunca o abandonaria apenas com esse simples juntar de bocas, depois de alguns segundos, o meu ômega pareceu relaxar. Separo-nos e vejo o seu semblante mais tranquilo, os olhos fechados, boca entreaberta e respiração estável... Jimin havia caído no sono.

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Já estava na hora de jantar quando Jimin finalmente acordou, eu sabia que ele estava começando a despertar, pois um som adorável e manhoso escapou de sua garganta, logo em seguida seus olhos se abriram e a primeira coisa que ele fez, foi me procurar com os mesmos.

- Kookie! - rapidamente se joga em meus braços, sentando de pernas abertas no meu colo, por sorte ambos estávamos na cama. 

Seu nariz foi de encontro ao meu pescoço cheirando-me, sorrio contido e acariciou as suas costas, depois que tem lembranças ruins, Jimin se torna por algumas horas alguém muito indefeso, algumas vezes até volta a falar em terceira pessoa. E mesmo que seja adorável vê-lo todo dengoso, parte de mim se quebra ao ver o medo presente em seus olhos devido há algo que ocorreu por toda a sua infância e adolescência.

- Estou aqui com você, meu amor. - beijo o topo da sua cabeça. - Está com fome?

- Jimin tem fome, mas não quer ficar longe do Kookie. - afirma ainda com a cabeça ao lado do meu pescoço.

- Eu vou comer com você, pequeno, e você pode até ficar no meu colo se quiser... você quer? - era apenas com ele que eu conseguia ficar tão "manso".

- Jimin quer. - sua respiração quente bateu contra o meu pescoço, fazendo-me ter que contar até dez ou poderia ceder ao meu lobo.

- Então vamos, meu amor. - levantei da cama e logo Jimin enrolou as pernas em volta da minha cintura e os braços no meu pescoço.

Eu sempre me sinto mal e bem quando Jimin está assim, mal por ver o estado delicado que se encontra, precisando de todo o cuidado possível, mas bem por saber que ele procura o conforto em mim, apenas eu posso dar-lhe o amor e a proteção que precisa.

Assim que entramos na sala de jantar, toda a família Kim sorri ao ver que o pequeno ômega acordou e está todo manhoso, é nitida a preocupação e o carinho que eles tem pelo Jimin. Por algum motivo Minji não estava pelo castelo, o que me agrada e muito, odeio o modo como ela trata o meu ômega, e no estado delicado do meu pequeno, ela poderia machuca-lo de verdade. 

Sento-me devagar com ele ainda grudado em mim e ouço um "awn, que fofo" da omma Jin e do Hobi hyung. Tae parece bem preocupado, dou-lhe um sinal de que ele vai ficar bem e o ruivo sorri antes de voltar a comer. Já o appa Namjoon me faz um "joinha" e depois começa a provocar o próprio ômega, eu já disse o quanto eu gostaria de ser Kim Jungkook? Se bem que eu provavelmente não conheceria o Jimin se tivesse nascido aqui.

- Ei, pequeno, que tal se acomodar melhor para poder comer também? - sugiro e ele assente para depois se ajeitar de lado ainda no meu colo. - Agora me diga o que quer comer?

Seus olhos passam por todos os pratos até que aponta para a lasanha, dou-lhe um beijo na bochecha e coloco uma fatia generosa de lasanha no nosso prato, já que iríamos dividir. Jimin comia em silêncio e às vezes tentava me alimentar com um pequeno sorriso no rosto, e mesmo que pudesse ouvir os comentários engraçadinhos do Taehyung, aceitava o ato do meu ômega... não seria louco de recusar algo ao meu pequeno.

- Kookie, Jimin não aguenta mais. - avisou ao se largar em meu peito. - Jimin ama o Kookie. - suas bochechas ganham um tom róseo.

- Ele não é uma graça? - Jin parecia todo apaixonado pelo meu ômega, é claro que eu sabia que era no sentido maternal. - Por que vocês dois não eram assim? Nem que fosse um pouco? - a omma fez um bico.

- Eu até fui um pouco. - Tae se defende. - Mas o Jungkookie sempre foi esse bicho do mato.

- TaeTae, não seja mau com o Kookie. - Jimin me defendeu com um bico birrento em seus lábios.

- É verdade, Tae, pare de ser mau comigo. - não consigo parar de sorrir.

- Jimin tem você na palma da mão. - Namjoon comentou rindo.

- Como se você fosse diferente, né appa? - Tae estava afiado hoje.

E a "discussão" devia ter continuado, mas eu parei de prestar atenção quando o meu ômega me cutucou, pedindo por atenção.

- O que foi, meu amor? - indago suavemente.

- O Kookie e o Jimin podem ver as estrelas? - ele parecia ansioso para isso.

- Claro que podemos, pequeno. - assim que respondo, Jimin pula do meu colo e me puxa pela mão até o jardim. - Mas que pressa, meu amor.

Não demorou muito e estávamos sentados na grama, Jimin facilmente se encaixou entre as minhas pernas abertas e suas costas se acomodaram em meu peito. E enquanto sua doce voz me mostrava alguns desenhos que apenas a mente infantil de Jimin conseguia ver, eu o abraçava ao mesmo tempo que distribuia beijos pela sua bochecha gordinha.

- Jimin, meu amor. - sua cabeça vira em minha direção. - O Kookie ama o Jimin. - um grande sorriso surge em seu rosto.

- O Jimin também ama o Kookie! Ama muito! - ele se aproxima e apenas cola os nossos lábios.

Depois disso, o meu ômega voltou a falar sobre as estrelas enquanto eu lhe dava muito carinho. É, Jungkook, está na hora de pensar no pedido de casamento.