História Make me yours - Ei, calma, pequeno

Jungkook

Nós já estávamos seguros dentro do castelo, mas nem assim o pequeno ômega queria ficar perto de mim, na verdade, agora ele mal tocava no próprio Taehyung. Suspiro cansado e peço para uma das ômegas, que trabalham para nós, levá-lo para tomar um banho e cortar o cabelo se possível.

É claro que eu escolhi a ômega mais carinhosa, filha da senhora que foi como uma mãe para mim. Sang Bin era tão carinhoso e meiga que nem mesmo o assustado Jimin se sentiu ameaçado com a sua presença.

- Jimin tem fome. - ele disse baixinho.

Naquele momento eu só queria segurá-lo em meus braços e lhe dar tudo que desejasse.

- Quer comer antes de tomar um banho, Jimin-ssi? - ela pergunta com um sorriso.

- Jimin quer. - ele assente, mas ainda sem sorrir.

Ah, se você soubesse a saudade que eu tenho de ver o seu sorriso, do jeito como seus olhos quase se fecham formando uma lua minguante virada para baixo... tão adorável, tão você, meu pequeno.

Bin pega em sua mão e o conduz até a cozinha, permaneço parado apenas observando-os até sumirem do meu campo de visão. Olho em volta e noto que Yoongi já saiu, provavelmente nem se despedira.

- TaeTae! - viro-me apenas a tempo de ver um ômega se jogar em cima do meu primo.

Olho a cena e meu lobo decide sumir, deixando-me sozinho para enfrentar o sentimento incomodo que sobe pelo meu peito, conhecido como inveja... o que eu daria para ter Jimin em meus braços agora.

- Onde você esteve? - o ômega com cheiro de pera choraminga.

- Eu fui salvar o ChimChim. - diz com um sorriso, ao certo se divertindo com o desespero do próprio ômega. - Deixe-me apresentar vocês.

O ômega de cabelo castanho assim como o meu, desgruda-se do alfa e me fita com uma certa timidez.

- Jungkookie, esse é o meu ômega, o Hobi. - Tae comenta e finalmente descubro quem diabos era Hobi. - Hobi, esse é aquele meu primo que eu disse que tem aquele ômega bem fofinho.

- Aquele primo que é chato? - Hobi sussurra em seu ouvido, mas posso ouvir claramente por ser um alfa.

- Esse mesmo. - Tae dá uma piscadela ao ômega que sorri grande.

- Não sou obrigado. - bufo e saio da sala, indo em direção aos meus aposentos, mas no caminho acabo vendo a porta, que dá para o jardim, aberta.

Respiro fundo e fecho os olhos, sentindo os aromas únicas de cada uma das flores.


Eu estava sentado em um dos bancos do jardim apenas observando como o ômega se divertia com algo tão simples, mas belo. Jimin cheirava e sorria para cara uma das flores diferentes que achava pelo caminho, sua pequena mão gordinha às vezes se atrevia a tocá-las delicadamente como se fossem do mais frágil vidro.

Sorrio ao vê-lo se assustar com uma abelha, ele parecia ser tão frágil, porém algo me dizia que ele era mais forte do que qualquer um poderia imaginar. Pois domar um ômega não é a tarefa mais fácil do mundo, mesmo que ômegas sejam os mais submissos entre as classes. 

- Jungkook, querido. - a voz da omma me desperta do transe. - Vejo que já marcou o ômega. - seu tom é levemente decepcionado.

- Não se preocupe, não vamos devolvê-lo. - dou-lhe um sorriso e ela senta-se ao meu lado. - O que te aflige?

- Você sabe que ele é só um brinquedo, certo? Um servo. - ela suspira. - Eu ainda quero que você se case com uma linda ômega.

- Omma, eu já disse que não vou me casar com a Minji. - bufo. - E eu não pretendo casar com esse ômega.

Essa ideia dela de que eu e a Minji fazemos um ótimo casal me deixa írado.

- Não? Então eu posso casar com ele? - a cabeça do Tae aparece no meio das nossas por trás de nós dois.

- Não! - rosno. - Você realmente ama me irritar, hein, Taehyung?

- Por que não? - omma pisca surpresa. - Pensei que você não quisesse casar com o Jimin.

- Eu não quero, mas isso não signifca que não o queira como servo. - afirmo ao cruzar os braços, odiando o rumo dessa conversa. - Ele é muito dócil, vai ser útil no futuro.

- Aigo! Você é um egoísta, Jungkookie! - Tae rosna e depois sai em direção ao meu ômega.

Remexo-me desconfortável, meu lobo também não está gostando da intimidade que o meu primo quer ter com o nosso ômega. Deixo um rosnado escapar e minha omma me olha brava, pelo visto alguém estava querendo trocar o meu presente.

- Espero que saiba sobre as suas responsabilidades como príncipe. - suspira antes de se levantar e sair do jardim.

- Aish. - reviro os olhos e me levanto, indo em direção aos dois.

Posso ouvir Tae se fingindo de burro ao perguntar sobre as flores para o Jimin que respondia tudo com um sorriso no rosto. Rosno baixo, mas seus olhos caramelo se focam em mim até que Tae toca em suas mãos e ele se afasta num pulo.

- Eu não vou te machucar, ChimChim. - Tae deixa seu lobo aparecer um pouco, tentando atrair o pequeno. - Venha aqui.

- Não sou ChimChim. - responde com um bico. - Sou o ômega do amo Jeon.

Jimin vem até mim e eu lhe agrado com um carinho em baixo do pescoço.

- Muito bem, Jiminnie. - dou-lhe um beijo na testa e depois mostro a língua para o meu primo que está sorrindo feito um idiota. - Por que sorri?

- Porque eu nunca achei que fosse ver o meu priminho gostar mesmo de alguém. - fala com um bico e parando a minha frente. - Só admita logo.

- Admitir o que, seu idiota? - odeio quando me confrontam assim.

-Que está gostando desse ômega cheiroso. - cruza os braços. - Qual é, Jungkook, você tem ciúme dele e mal deixa o garoto sozinho, e outra, você tem medo de que não possa tê-lo para sempre.

Minha vontade é de socar o meu primo, mesmo ele estando certo... era a primeira vez que um ômega havia me chamado tanto a atenção. 

- Eu gosto dele, mas não como você pensa. - resmungo e olho para baixo sendo surpreendido por um Jimin de olhinhos curiosos. - Vá pegar umas frutas, Jiminnie.

- Como desenhar, amo Jeon. - ele assente fofamente e se direciona para a saída do jardim.

- Feliz agora? - rosno. - Por que fica me provocando?

- Porque eu quero que você pare de ser medroso e aceito logo que finalmente achou um ômega pra você. - Tae revira os olhos. - E dane-se o que sua mãe quer.

- Duvido falar isso na cara dela. - debocho. - E Tae, ele é só um servo, só isso...

- Está tentando enganar a quem? - ele suspira.


Abro os olhos e deixo um sorriso surgir em meus lábios, demorou mais alguns dias para que eu admitisse que gostava do pequeno Jimin. 


- O que é aquilo, amo Jeon? - ele puxa a ponta da minha camisa enquanto aponta para uma loja colorida.

- É uma loja de doces, pequeno. - respondo com um pequeno sorriso ao ver os seus olhos me fitaram. - Você quer um doce?

- O que é um doce? - indaga calmamente.

De ínicio, julguei ser uma brincadeira, mas Jimin prosseguiu com uma cara confusa e curiosa ao mesmo tempo.

- Venha, vou te comprar uma caixa de doces. - pego em sua mão e o puxo até a loja.

Mas que diabos de lugar ele vivia para nunca ter visto ou comido um doce? Sim, eu entendo que Jimin provavelmente foi treinado desde pequeno para ser um bom submisso, mas nunca dar um doce para um ômega? Isso já era exagero.

- Bom dia, senhor Jeon. - como esperado, a atendende logo me reconheceu. - O que deseja hoje?

- Bom dia... eu não sei ainda. - viro-me para Jimin que estava concentrado nos doces coloridos ao seu lado. - Você quer esses, pequeno?

Ele apenas assente com a cabeça, ocupado demais observando as cores e sentindo os cheiros. Pego-me sorrindo e acabo lhe fazendo um afago no topo da cabeça, Jimin finalmente me dá atenção com um pequeno sorriso envergonhado.

- Jiminnie. - pego uma cestinha. - Vá andando e colocando nessa cestinha tudo que você quiser, está bem? - entrego-lhe a cestinha.

- Sim, amo Jeon! - ele parecia tão feliz.

Meus olhos o seguem, vendo a sua feição infantil se maravilhar a cada nova descoberta. Mas minha cautelosa vigia acaba sendo interrompida por um cochico de duas atendentes e o assunto parecia ser o meu ômega.

- Algum problema? - meu tom sai mais rude do que pretendia.

- N-Não, senhor Jeon. - uma delas se desculpa e rapidamente vai atender outro cliente.

- O que estavam falando do meu ômega? - ergo uma sobrancelha.

- N-Nada demais, s-senhor. - dou um rosnado baixo e ela desembucha. - Estávamos comentando que ele é muito fofo e que vocês formam um casal bonito, mas nós sabemos que ele é só um brinquedo para o senhor... não se preocupe.

- Ele não é um brinquedo! - rosno mais alto e ela dá um passo para trás. - Agora vá fazer algo útil antes que eu a faça ser despedida. 

- S-Sim, senhor. - ela corre para trás do caixa.

Bufo sentindo meu lobo irritado, mas porque fiquei irritado por isso? Eu sempre deixei claro para todos que eu estava em uma época de me divertir e não era a primeira vez que chamavam um dos meus ômegas de brinquedo... entretanto ouvi-las tratarem o Jimin como objetivo realmente me deixou puto.

- Terminei, amo Jeon. - ele vem até mim com a cestinha cheia de balas, chicletes e principalmente chocolates.

Dou-lhe um sorriso e pego a cestinha de suas mãos, depois ando com ele ao meu lado até o caixa e encaro a moça que o havia insultado.

- Quero uma caixa de cada um desses doces. - ignoro a educação ao me recusar a pedir por favor. - Agora! - rosna quando noto que ainda está parada.

Sem resposta, ela sai correndo e pede ajuda para uma das outras funcionárias, então aproveito para dar atenção ao meu ômega.

- Gostou dos chocolates, hein pequeno? - passo o polegar pela sua bochecha, fazendo um carinho na mesma.

- Chocolates são os com cheiro parecido com cacau? - assinto e ele sorri. - Gostei de chocolate então!

Rio e dou-lhe um beijo na testa, depois um no nariz e por fim um nos lábios, Jimin choraminga quando nos separo e me fita pedindo por mais. Ômegas... sempre tão carentes. 

- Agora não, pequeno. - comento.

Para a minha surpresa, Jimin não faz cara feia ou chora, apenas para de sorrir tanto e se contenta em segurar a minha mão.

- Aqui está, senhor. - a mulher faz menção de me entregar uma grande sacola

- Ah, esqueci de dizer, mais tarde um dos meu empregados irá vir buscar as compras. - comento com um sorriso. - Espero que não haja problemas em deixá-las aqui um pouco.

- Problema nenhum, senhor Jeon. - um alfa entra na loja. - Querida, deixe isso guardado e identificado aí no caixa, por favor.

A mulher concorda rapidamente e começa a identificar as sacolas enquanto o alfa entra na área do caixa e faz o meu pagamento. Jimin se mantém em silêncio, mas eu sei que está se sentindo inconfortável pelos olhares que esse alfa está lhe dando.

- Vai ficar olhando o ômega dos outros? - rosno e ele me encara.

- Oh, não se preocupe, senhor. - ele dá uma risadinha que me irrita ainda mais. - Só o estou observando para um futuro próximo, afinal ninguém dura muito tempo, não é?

- O que está insinuando? - quero voar no pescoço dele.

- Bom... o senhor se enjoa fácil de seus brinque...

- JIMIN NÃO É UM BRINQUEDO! - grito e meu lobo rosna. 

Sinto meus caninos rasgarem a gengiva e todo o meu corpo fica tenso, sedento pelo sangue desse alfa imbecil. Ele engole em seco e estou pronto para pular esse caixa se for necessário só para arrebentar a cara desse idiota... quando Jimin faz uma pressão maior no nosso aperto de mão.

E como se ele tivesse apertado um botão, meu lobo começa a se acalmar e meu corpo relaxa gradativamente, respiro fundo e me permito olhá-lo. Jimin me encara com o cenho franzido de quem está preocupado, afago a sua mão com o meu polegar num sinal de que está tudo bem agora.

Oh, Amaterasu, o que esse ômega estava fazendo comigo? O controle que ele tem sobre o meu lobo, como diabos isso é possível? 


E foi naquele dia que eu descobri ser um alfa extremamente ciumento, possessivo e protetor... mas essa não foi a única descoberta do dia, eu também percebi que pela primeira vez na vida estava considerando a ideia de ter um único ômega por um longo tempo.


Se já não me bastava duas ômegas enxeridas e um alfa inconveniente, agora eu tinha dois alfas em cima do meu ômega, observando-o como se fosse um pedaço de  carne. Se isso está me irritando? Você não tem ideia. Respiro fundo e Jimin sai do provador com mais uma das roupas que escolhemos.

Era uma calça de moletom preta, que Jimin pediu por se sentir confortável nela, e uma blusa vermelha fina de manga comprida que o deixava muito desejável. E tudo estava bom, até ele dar uma voltinha para mim e um dos alfas soltar um comentário indecente sobre a bunda do meu ômega.

- Qual é o problema de vocês? - rosno ao me levantar do banco onde estava. - Vão ficar olhando para o ômega do príncipe até quando?

Um deles arregala os olhos e decide se retirar, mas o outro, exatamente o infeliz que comentou sobre a bunda abençoado do Jimin, continua lá. Cruza os braços num claro sinal de confronto, rosno e ele apenas dá um passo para trás.

- Senhor, com todo o respeito, mas por que esse showzinho todo para um ômega que você vai jogar fora como os outros? - ele afirma sem medo algum.

- Eu não vou descartá-lo. - rosno mais uma vez só que mostrando os caninos agora. 

- Não vai? - ele me encara duvidoso. - Eu duvi...

- Cale a boca! - aumento o tom de voz. - O Jimin é meu ômega e eu já disse que vai ser por um bom tempo. - afirmo sério. - Agora faça como o seu colega ou eu juro que você só vai sair daqui em um caixão.

- Entendi. - ergueu as mãos em sinal de rendição e saiu.

Respiro algumas vezes com calma tentando me recuperar, viro-me na direção do provador e vejo um Jimin com os olhos marejados.

- Você vai descartar o Jimin? - e lá estava o Jimin assustado.

- Não, pequeno. - vou ao seu encontro.

- Mas todo mundo diz que você vai abandonar o Jimin. - ele está prestes a chorar.

- Não chore, meu pequeno, eu não vou te abandonar. - faço um carinho em sua bochecha. - Eu fiz uma promessa, lembra?

- Uhum. - ele se aproxima e encaixa a cabeça em baixo do meu pescoço.

- Tão manhoso. - sorrio e o envolvo em meus braços.

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Eu finalmente tomei coragem de ir até o chalé da família Sang, e eu juro que não esperava encontrar o Taehyung na cozinha deles. Reviro os olhos e ele me dá um sorriso malicioso, o que eu fiz para merecer um primo desses?

- Como ele está? - indago para a Bin que parece estar preparando a janta.

- Ele está dormindo, senhor Jeon. - explica. - Quer que eu vá acordá-lo?

- Não precisa. - digo rapidamente, sentado-me em uma das cadeiras. - E obrigado por cuidar dele, Bin.

- Não precisa agradecer, senhor. - faz uma pequena reverência. - Afinal, o pequeno Jimin é um ômega tão bonzinho.

- Ele é. - Tae sorri quadrado. - E ele tem um cheiro delicioso também.

- Tae, sem provocações hoje, está bem? - suspiro cansado. - E o que o seu ômega pensaria disso?

- O Hobi sabe que eu só amo a ele. - dá de ombros. - Mas o ChimChim realmen...

- Eu sei que ele cheira bem, eu sei que ele é fofo, bonito e carinhoso... como também é o ômega mais manhoso que já conheci! - estou me segurando para não gritar. - Mas ele é meu e eu não quero que você fique falando dele com essa intimidade toda, porra!

- Noona? Bin noona? - sua voz se faz presente no silêncio que se alojou nesse cozinha.

Logo em seguida, Jimin aparece na porta da cozinha vestindo roupas grandes demais para si, deixando-o ainda mais infantil. Noto também que seu cabelo foi cortado e parecia com um pouco mais de brilho. Sorrio e seus olhos focam em mim, seu cheiro é uma mistura de medo com ansiedade, mantenho-me parado apenas o observando.

- Jimin-ssi. - ela o chama e seus olhos seguem até a ômega. - Está com fome?

- Não. - nega com a cabeça. - Noona, quem são essas pessoas?

Até mesmo o Tae que estava sorrindo até agora, tem uma expressão chocada em seu rosto. Quanto a mim? Eu estava tentando entender como diabos ele não sabia quem nós éramos.

- ChimChim, você nos conhece. - Tae afirma.

- Jimin não conhece vocês. - agora ele mudou levemente para arisco. - Jimin só conhece a noona!

- Ei, calma, pequeno. - chamo a sua atenção. - Nós somos amigos da sua noona.

- Isso mesmo, Jimin-ssi. - ela vai até ele. - Esses dois são os amigos da noona que o salvaram.

Passo a mão nervosamente pelas coxas, querendo arranca-lo de perto de todos e tranca-lo num quarto comigo. Mas eu respiro fundo e presto atenção em suas emoções e ações.

- Amigos da noona? - ela assente e ele relaxa um pouco. - Qual o nome dos amigos da noona?

- Eu me chamo Kim Taehyung, mas pode me chamar de Tae. - e lá vinha mais um dos seus sorrisos únicos.

- Jeon Jungkook. - digo e seus olhos caramelos voltam a me encarar.

Então ele para de me olhar e sussura no ouvido da Bin, que sorri sabendo que ambos estamos escutando.

- Jimin acha o Kookie mais bonito. - sua voz é leve. - Mas o Tae assusta menos o Jimin.

Agora eu estava num misto de felicidade com ciúmes, mesmo que eu entenda o fato do ômega achar o Tae menos ofensivo, afinal essa criatura mal parece um alfa.

- Jiminnie. - chamo-o e novamente seus olhos param em mim. - Eu lhe acho lindo.

Jimin arregala os olhos e cora tanto que suas bochechas parecem tomates, seguro o riso e ele se esconde atrás da outra ômega que ri contido.

- Ahhhh... ele está ainda mais fofo. - Tae faz um bico.

Eram nesses momentos que eu duvidava ter um primo alfa... como uma criatura manhosa desse jeito era um alfa?

- Mas por que será que ele perdeu a memória? - Tae pergunta, agora sério.

- Alguns traumas podem fazer isso. - Bin comenta com um semblante chateado. - Resta saber até onde ele não se lembra.

- E como vamos saber isso? - Tae parece muito interessado enquanto eu só consigo observar o meu ômega.

Jimin continua atrás da Bin, mas às vezes dá uma pequena espiada em mim, só que ele logo cora e volta a se esconder. Fazendo a minha vontade de levá-lo para casa ainda maior.

- Jimin-ssi. - Bin se afasta um pouco para que possamos vê-lo. - Quantos anos você tem?

Mas que diabos de pergunta era essa? Ele tinha perdido a memória,  não a sanidade mental... era óbvio que o Jimin ainda tinha vinte e cinco anos.

- Jimin tem quinze anos. - ele responde, assustando a nós três.