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História Make me yours - Você é tudo para mim, meu amor


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Mais uma sexta o/

Boa leitura.

PS: temos NOVIDADES nas notas finais!

Capítulo 21 - Você é tudo para mim, meu amor


Fanfic / Fanfiction Make me yours - Você é tudo para mim, meu amor


Jungkook

A dor em meu abdômen causada pela bala de prata, não era nem de longe tão ruim quanto assistir o meu ômega naquele estado. Tudo começo com um grito, então ele desabou e vieram as lágrimas, e enquanto eu mal consigo dar um passo, Jimin não escuta aos meus chamados e está se auto-ferindo.

- Jimin! - já posso até sentir o cheiro do seu sangue, de tanto que ele esfrega a mão no chão. - Park Jimin! - uso a voz de alfa e ele para de se mexer.

Dói ter de apelar para a minha parte alfa, porém era necessário, ficamos num silêncio por alguns segundos, escutando apenas o barulho do vento batendo nos galhos das árvores.

- Jimin, meu amor. - continuo com a voz de alfa, só que um pouco mais suave. - Olhe para mim.

Ouço a sua voz, contudo não consigo identificar o que fala, dou mais uns dois passos e acabo caindo de joelhos no chão. Respiro com um pouco de dificuldade sentindo os efeitos da prata em meu organimos, ergo o rosto e encaro o meu ômega, vejo a sua boca se mover minimamente e enfim escuto o que fica repetindo.

- Eu o matei. 

Então era isso que estava acontecendo, a culpa o estava corroendo, não sei como não percebi antes, Jimin é um ser muito puro e cometer um homicídio, mesmo que para se defender... não é algo que ele vá saber lidar sozinho.

- Jimin, pequeno, olhe para mim. - peço mais uma vez e sua cabeça se vira bem devagar. - Isso, meu amor, venha aqui.

Forço os meus braços em sua direção mesmo que todo o meu corpo dóa com esse movimento, seus olhos focam em minhas mãos e é horrível ver a culpa em seu olhar, apagando assim o seu brilho de sempre. 

- Vamos, meu pequeno ômega. - minha visão fica um pouco turva e um gemido doloroso me escapa.

Talvez o som da minha dor tenha feito o sentido protetor do meu ômega despertar, pois no instante seguinte eu estava deitado no chão com a cabeça em seu colo, sentindo seus dedos acariciarem a minha face.

- Jimin... - murmuro ao fechar os olhos, foi como se o seu calor ajudasse a suportar a dor.

- Shhh... eu estou aqui. - sabia que não era de fato o meu Jimin ali e sim o seu lobo, porém não consegui protestar, não consigo faze-lo voltar a si. - Eu vou cuidar de você, meu alfa.

- Amor... - estava perdendo a luta, sentindo meu inconsciente ir se escurecendo. 

- Não diga nada. - e lá vinha o seu lobo domando o meu lobo. - Descanse, meu alfa.

E sem mais nem menos, eu o obedeci, permitindo que o meu corpo pesasse e a minha mente vagasse para longe.

#

Meus olhos se abrem devagar e uma dor de cabeça me atinge em cheio, gemo de dor, sinto uma ardência em meu abdômen e ergo o rosto. Noto que é de dia, pois a luz bate nas cortinas, percebo também que minhas feridas foram tratadas e provavelmente a bala de prata retirada. Mas eu me sentia tão mal... tão incompleto...

Jimin

Sento na cama e já me arrependo pelo movimento rápido, respiro fundo e tento me forçar a levantar, mas meu corpo parece mole e os meus comandos demoram a ser "aceitos".

- Você está louco, Jeon Jungkook? - encaro a porta aberta vendo a Bin noona com as mãos na cintura. - Você precisa descansar. - vem até mim e me força a deitar na cama.

Estava tão fraco que cedi facilmente, mas eu podia sentir o meu lobo lutando contra isso e pedindo pelo nosso ômega.

- Jimin. - minha voz quase não sai, sinto-me tão dopado.

- Ele está bem. - ela diz com um pequeno sorriso. - Assim como o beta.

Meus olhos seguem até ela e tento puxar a sua blusa, mas meus braços mal se aguentam.

- Eu sei que quer respostas. - afirma séria. - Mas agora você precisa descansar e tudo o que posso lhe dizer é que... Yejun nos avisou sobre o que havia ocorrido e conseguimos trazer vocês três para o castelo.

- Jimin. - murmuro de novo, pouco me importo comigo, eu quero saber do meu ômega e do meu filhote.

- Já disse que ele está bem. - posso perceber que está mentindo. - Tivemos que seda-lo também, mas ele vai ficar bem quando acordar. - pelo menos isso era uma verdade. - Jungkook, você precisa descansar para que seja forte... Jimin realmente vai precisar de você.

Aquela frase realmente me assustou e sabia que não conseguiria ficar deitado naquela cama enquanto o meu pequeno precisava de mim.

- E o bebê? - indago receoso.

- Está bem também. - ela sorri o que me tranquiliza um pouco. - A gravidez não corre risco.

- Deixe-me... vê-los. - peço num suspiro. - Por favor.

- Vou pedir para o Yoongi falar com você. - ela suspira tristemente e sai do quarto.

E é claro que eu já estava tramando a minha fuga, contudo logo o capitão entra no quarto, fechando a porta em seguida. Seu olhar é como sempre neutro, mas o seu cheiro o denuncia... algo de ruim havia acontecido.

- Tente me convencer a deixar um alfa debilitado ver o ômega grávido e acabado psicologicamente. - diz com os braços cruzados e uma sobrancelha erguida.

Então era isso que a Bin estava tentando em esconder, Jimin deve ter tido algum surto... tudo por causa da culpa e do peso de ter matado aquele alfa. Se eu tivesse sido mais forte nada disso teria acontecido.

- Pode parar de se culpar. - revira os olhos. - Ou eu realmente não vou te deixar ir vê-lo.

Isso quer dizer que existe alguma chance do capitão frio me deixar ficar com o meu pequeno? Sorrio de leve e ouço a sua risada seca, foi como se ele dissesse "pode começar, porque não será fácil me convencer".

- Eu preciso estar ao lado do meu ômega quando ele acordar. - digo firme. - Ele vai precisar de mim, do seu alfa... não quero que ele acorda se sentindo sozinho, quero estar lá para poder lhe dar todo o meu amor.

- O Jimin realmente te fez muito bem. - dá um minúsculo sorriso e meu peito se aperta, ansiando pela resposta positiva. - Eu vou te levar até ele... mas espero que você entenda que quando o seu ômega despertar, você terá que estar preparado para enfrentar a época mais difícil da sua vida.

- Por que está me dizendo isso? - eu estava tão confuso e com tanto medo.

- Porque agora ele é como um boneco quebrado, Jungkook. - explica. - E você precisa estar disposto a dar cem por cento do seu tempo para ele... e não, não é carência... é algo muito mais complexo que isso. - aproxima-se. - Você entendeu? - assinto e ele prossegue. - Posso confiar em você?

- Pode, claro que pode! - rosno baixinho. - É do meu ômega que estamos falando!

Então ele riu, fazendo-me revirar os olhos, odiava essa bipolaridade do Min.

- Muito bem. - parou de rir do nada. - Se troque e eu venho te buscar em dez minutos, se não conseguir, não te levarei ao seu ômega... essa é a condição final.

Dito isso, ele se retirou do quarto, respirei fundo e sentei na cama, sentindo cada músculo protestar. Ahhh... mas não seria essa dor que me faria desistir. 

#

Parecia que havia um buraco em meu peito e o sentimento de inutilidade não estava ajudando muito com isso, solto um longo suspiro e acaricio as suas bochechas. Jimin é um ômega tão delicado e ao mesmo tempo forte, e é por isso que eu acredito na sua capacidade de vencer esse trauma. Admito, tirar uma vida não é fácil, e imagino que deva ser pior ainda aceitar isso quando você é um ser tão puro e gentil quanto o meu pequeno.

- Eu sempre estarei contigo. - sussurro bem próximo ao seu rosto. - Eu te amo e preciso que você acorde, meu amor.

Já fazia algumas horas que Yoongi havia me deixado ali, e pelo que me explicou durante o caminho, foi que quando nos encontraram eu estava desmaiada com a cabeça no colo do Jimin, que apenas acariciava os meus fios de cabelo. Parece que ele não falava, não se mexia, não reagia a nada, a única coisa que ele fez foi manter-se perto de mim.

Então eles tiveram que nos separar quando chegamos ao castelo, Yoongi me disse que o meu pequeno começou a gritar e chorar, e que ficou realmente chocado com aquela reação. Foi por isso que o sedaram e o mantiveram assim até que eu acordasse e pudesse vê-lo... ou seja, haviam se passado três dias. 

- A Bin disse que o nosso bebê está bem. - comento, esperando que o mesmo esteja de algum modo me ouvindo. 

Olho atentamente em seu rosto, prestando atenção em cada detalhe, sua respiração é suave e o seu cheiro doce me faz sorrir como um bobo... fazendo-me lembrar do primeiro dia que acordei ao seu lado depois te ter finalmente aceitado os meus sentimentos pelo meu pequeno ômega.


A primeira imagem que vi ao abrir os olhos, foi o rosto sereno de Jimin com um pequeno bico formado em seus lábios, tão adorável. Puxo-o para mais perto de mim e ouço um tipo de ronronar, beijo a sua testa e ele se remexe, tão logo seus olhos se abrem.

Queria dizer que sentia muito por tê-lo acordado, mas eu estaria mentindo, queria Jimin desperto, falando comigo, sorrindo para mim e dando-me carinho do jeito que só ele sabia e só ele podia.

- Bom dia, meu ômega. - ele parece um bebê de tão fofo.

Jimin pisco os olhos algumas vezes e então suas bochechas começam a ficar vermelhas ao perceber quão próximos estamos, quero rir da sua timidez, mas mantenho um sorriso pequeno e agradável em meu rosto.

- Bom dia, amo Jeon. - sua voz sai rouca e meu lobo parece mais atento.

- É Jungkook pra você agora. - mordo o seu lábio inferior e o puxo antes de solta-lo. - Entendeu, Jiminnie?

- S-Sim. - ele responde constrangido e não consigo segurar o riso.

- Ahhh... Park Jimin, você me faz tão bem. - confesso e seus olhinhos se arregalam surpresos. 

Junto as nossas testas e vejo-o fechar os olhos, posso sentir a mistura de medo com alegria em seu cheiro, mas eu o farei confiar em mim e perceber que eu só quero ama-lo.



- Kook-kie. - sua voz sai quase inaudível.

Seus olhos ainda estão fechados, fico um pouco chocado ao ouvi-lo me chamar e acabo sem reação, até que o seu nariz começa a se mexer como se Jimin fosse um cachorro a procura de algo. Então eu me dou conta de que ele está buscando a mim, seguro uma das suas mãos e seus olhos começam a se abrir.

- Kookie? - seus olhos me acham e nos segundos seguintes começam a se encher de lágrimas. - Kookie.

- Eu estou aqui, meu amor. - ele se joga em cima de mim e quase caímos da cadeira. - Ei, calma, meu amor.

Seu choro é baixo e seu corpo treme um pouco, envolvo-o em meus braços tentando passar segurança para o meu pequeno, de repente seu rosto se ergue e suas mãos tocam o meu rosto, como se ele estivesse se assegurando que aquilo era real.

- Por favor... não deixe o Jimin. - ele pede com os olhos marejados e a voz tremida. 

- Eu jamais te abandonaria, meu amor. - sorrio pequeno antes de lhe dar um beijo na testa. - Você quer conversar sobre o que aconteceu? - ele nega, como já estava esperando. - Está com fome? - ele assente um pouco tímido. 

Pelo seu cheiro, percebo como está assustado e confuso, dou-lhe um beijo em cada umas das bochechas, essas que acabam se tornando róseas com o meu ato. 

- Você quer descer ou prefere comer aqui? - indago suavemente. 

- Aqui. - ele diz abafado pelo meu pescoço, descansando a cabeça no mesmo.

Então eu ligo pelo interfone, pedindo a Bin que traga algo para comermos, afinal também estava com fome e pelo visto não sairíamos tão cedo desse quarto. 

- Kookie. - chama-me assim que finalizo a ligação.

- Sim, pequeno? - Jimin se afasta um pouco, mas não olha para mim, na verdade, ele encara as suas mãos que estão espalmadas em meu peito.

- B-Banho. - pede num sussurro.

E provavelmente seria uma cena engraçada de ser ver... se Jimin não estivesse num estado tão frágil, aquilo estava acabando comigo e enlouquecendo o meu lobo. Só queria protege-lo e mostrar a ele que não tinha necessidade de guardar essa dor, esse sentimento de culpa apenas para si... estou ali para ajuda-lo.

- Tudo bem. - respondo e nos levanto da cadeira.

Meu corpo protesta de início, mas meu lobo não permitiria que negássemos algo ao nosso ômega, foi um pouco difícil, mas logo conseguimos entrar na banheira. Jimin entre as minhas pernas, deitado de lado em meu peito, sua cabeça repousava em meu ombro e seus dedos "desenhavam" em meu peito. Era fofo de fato, mas novamente eu estava preocupado demais para achar aquela cena "apenas" fofa.

Ele estava muito quieto e o silêncio estava começando a me deixar maluco, por isso decidi começar a nos ensaboar, claro que sem malícia nenhuma, porque o meu ômega precisa de amor e carinho para se recuperar, não de sexo.

- Kookie... o Jimin sente muito. - ele diz do nada e me encara.

Arregalo os olhos, tentando entender aonde ele estava querendo chegar, e não estava com um pressentimento muito bom.

- O J-Jimin achou que ele fosse m-machucar o nosso bebê... por isso o Jimin.... o Jimin fez a-aquilo. - Jimin começou a tremer e colocou as mãos na cabeça, como se estivesse sentindo muita dor no local.

- Amor? - toco em seus braços, mas a tremedeira não para. - Jimin, fale comigo. - peço tentando me manter calmo.

- O Jimin o matou. - murmura.

Jimin tira as mãos da cabeça e as encara com um olhar assustado, então sua respiração começa a se acelerar e consigo sentir o seu desespero, abro a boca para dizer algo que o acalme, porém ele começa a gritar e se debater, tentando se afastar de mim.

- Jimin! - ele para de se mexer ao escutar a minha voz.

Vejo-o encolhido na outra extremidade da banheira, seus olhos estão fortemente fechados e o seu corpo continua tremendo, nunca soube lidar com os surtos do Jimin. Claro que os outros eram por motivos diferentes, causados por traumas das coisas que faziam consigo, contudo o meu ômega sempre se acalmava quando eu lhe abraçava, talvez fosse o meu cheiro.

- Jimin, meu amor. - começo a me aproximar bem devagar. - Você não fez nada de errado... só estava nos protegendo. 

Toco em seu braço e seus olhos se abrem ao mesmo tempo em que a sua cabeça se vira para mim, bem devagar eu o puxo até o meu colo e sem resistir, Jimin senta-se de lado em minhas coxas. Afago as suas costas com uma mão enquanto a outra acaricia a sua bochecha, Jimin começa a relaxar e sua respiração estabiliza, respiro fundo um pouco aliviado e beijo o topo da sua cabeça.

Sim, ele matou alguém, mas uma hora o meu ômega vai ter de entender que ele nos protegeu e que já aconteceu, isso é passado e temos que focar no nosso presente e futuro, ou seja, no nosso bebê. Sei que vai ser difícil e que o processo será longo, mas não vou desistir.

- Eu não vou te abandonar, Jimin. - murmuro e seu olhar se encontra com o meu. - Porque você é tudo para mim, meu amor. - beijo a ponta do seu nariz. - Eu te amo, meu pequeno ômega.

Então ele sorriu, um sorriso fraco, mas era um avanço diante a situação, e claro que eu o enchi de beijos enquanto terminava de nos banhar. 

- Kookie. - seu tom era um pouco mais "feliz" eu diria.

- Hm? - ele se mexe um pouco em meu colo e ergue o tronco, deixando as nossas bocas bem próximas.

- O Jimin te amo muito. - afirma e se impulsiona para frente, fazendo as nossas bocas se tocarem.

E foi apenas isso, um roçar de lábios demorado, mas para nós foi algo muito especial, pois indicava a confiança que ele estava depositando em mim num momento tão frágil.

- Obrigado por confiar em mim, meu amor. - dou-lhe mais alguns beijos pelo rosto antes de finalizar o nosso banho.


Notas Finais


Tá, eu sei que algumas pessoas vão querer me matar, porque eu estou mantendo a treta, mas se acalmem... o Jeon vai estar ao lado do nosso amado ChimChim :3
E como vocês imaginam, logo a nossa naja mais odiada voltará a dar as caras x.x

AHHH Devo agradecer a minha marida linda, a Vi (JButterfly)... por me apoiar e ajudar nas ideias da fic <3 AMO VOCÊ, MARIDINHA ALFINHA LINDXA <3

PS: prévia da FIC NOVA https://spiritfanfics.com/historia/will-you-be-there-for-me-7289419
Sábado à tarde sai o prólogo bunitin :3


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