História Make me yours - Não pare

Jimin

Fazia duas semanas que Taehyung e seu ômega haviam partido e admito que sentia falta da animação deles, não que o Jeon não fosse divertido... só que eu não passava o dia todo com ele. Afinal, ele era o futuro rei e tinha algumas "responsabilidades", um dia desses ele teve que ir até o vilarejo fazer uma social com o povo, para que eles pudessem conhecer o alfa que iria governa-los.

Por que eu não ía junto? Porque eu amo a minha vida mesmo que eu não lembre de uma parte dela. Se eu ousasse ir junto com ele e Jeon me apresentasse como seu ômega para o povo, ahhhh, sua omma com certeza venderia os meus orgãos e ela mesma quem iria coleta-los. 

Bom, pelo menos, nesse dia eu acabei conhecendo um dos ômegas que trabalha aqui e ficamos amigos bem rápido. Ele é praticamente do meu tamanho só que bem mais magro, com cabelo grisalho (que foi ele mesmo quem pintou) e olhos claros.

- Minnie! - ouço a sua voz e olho para trás.

Eu havia acabado de entrar no jardim quando Mark gritou por mim, sorrio pequeno e ele se joga em cima de mim, dando-me um grande abraço.

- Você me abandonou com a bruxa! - ele choraminga, fazendo beicinho e me encarando. - Como pôde?

O Mark era o mordomo principal da bruxa, vulgo omma do Jeon, e não, não fui eu que lhe dei o apelido carinhoso, mas confesso usufruir do mesmo.

- Mark hyung. - choramingo, fazendo o mesmo jogo. - Você sabe como ela me odeia. - não era mentira.

- Custava dar apoio moral para o seu hyung? - ele me solta e coloca as mãos na cintura. 

- Sinto muito, hyung. - peço sutilmente e ele suspira. - Prometo te recompensar um dia.

- Dê uma vassoura pra ela e faça-a a voar. - ele sorri. - Pode me recompensar assim?

Então eu rio alto e gostoso, desde que estou nesse castelo, Mark é o único que conseguia me fazer sentir tão confortável. Não entendam errado, eu me sentia muito seguro com Jeon por perto, mas levemente desconfortável... não por culpa dele, é claro.

- Aigo! Pode pelo menos me dar atenção agora? - ele me dá um peteleco na cabeça e eu choramingo. - Jungkook te mima demais.

- Aish, hyung, pare de descontar a sua frustação em mim. - faço um bico e ele faz um "oin" e aperta as minhas bochechas. - Pale com isso lyung. - digo embolado enquanto ele se diverte com as minhas bochechas.

- Mas você é muito fofo, criança. - solta as minhas bochechas de repente. - Parece que é a minha hora de ir.

Então ele me joga uma piscadela e sai correndo em direção a saída do jardim, tombo a cabeça para o lado confuso, mas me arrepio ao sentir duas mãos se colocarem possessivamente em minha cintura, e quando sinto beijos serem depositados em meu pescoço, já sei de quem se trata.

- Jeon. - sinto todo o meu corpo se arrepiar.

Quão entregue eu estava com apenas alguns beijos? Isso era um absurdo e mesmo assim eu não conseguia colocar juízo na minha cabeça.

- Você parece tenso, Jiminnie. - seus dentes raspam ao longo do meu pescoço. 

Fecho os olhos tentando resistir ao seu encanto, ao seu poder sobre mim, respiro fundo e sinto o seu cheiro, o perfume que passei a amar: baunilha. 

- Você é tão... - ele dá algumas mordidas no meu pescoço e eu gemo baixinho, xingando-me mentalmente pelo deslize. - Sensível.

- Jeon, a-aqui não. - tento sair do seu feitiço.

Então ele me vira bruscamente e eu abro os olhos, surpreso com a sua expressão e seus olhos cheios de desejo, pego-me sendo atraído pelos seus lábios e logo estamos nos beijando. Permito-me aproveitar do momento e enlaço o seu pescoço, enrolando os dedos em seus fios negros, ouço-o rosnar enquanto maltrata os meus lábios. 

- Jeon Jungkook! - a voz da bruxa chega até nós.

Jeon bufa e encara algo atrás de mim, que eu suponho ser a sua omma, engulo em seco e retiro as mãos de seu cabelo, guardando os braços em frente ao peito. E mesmo que eu saiba que a senhora Sohyun esteja me fuzilando com o olhar, não consigo deixar de sentir esse calor que a presença de Jeon me proporciona. Mordo o lábio inferior, frustado por ser tão dependende de um alfa em tão pouco tempo.

- Não faça isso, pequeno. - seu tom é firme, mas não rude. - Só eu posso morder esses lábios.

E antes que eu possa me desculpar como um bom ômega faria, minha boca é devorada pela sua e por instinto fecho os olhos, cravando os dedos em sua camisa. O beijo é breve, porém avassalador... esse era o efeito Jeon Jungkook. E para finalizar, sinto seus dentes puxarem meu lábio inferior para si enquanto nossos olhos se cruzam, sinto as minhas bochechas corarem ao sustentar esse olhar.

- Espero que tenha entendido. - ele me solta de repente.

Perco o equilíbrio por alguns segundos, mas logo me endireito podendo ver o seu sorriso sacana. 

- Me espere no nosso quarto. - avisa antes de ir até a sua omma.

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Quando o seu alfa diz "vamos brincar", você como um bom ômega deve estar preparado... tanto fisicamente como psicologicamente. E bem, eu não estava pronto... nem um pouquinho, senhor, eu provavelmente já devo ter feito sexo com o Jeon, mas não me lembro.

Então nesse momento, enquanto Jeon me joga na cama e deita por cima de mim, beijando e mordiscando o meu pescoço, tudo o que consigo pensar é que essa é nossa primeira vez juntos e que não quero decepcioná-lo. Ah, ser ômega é uma merda, quero dizer, ser ômega é uma complicação... já que ômegas não xingam.

- No quem tanto pensa, pequeno? - a sua voz me faz abrir os olhos e sair do meu estado nervoso. - Hm? - seus dedos retiram os fios que insistem em cair sobre os meus olhos.

Mordo o lábio inferior, indeciso sobre o que devo dizer a seguir, mentir não era uma opção, Jeon me conhecia mais do que eu mesmo. 

- Shhh... pare de pensar. - sua tom tem uma mistura de doce com severo. - Permita-se sentir.

Nossos narizes se tocam enquanto não consigo desviar do seu olhar intenso, sinto seu dedo puxar o meu lábio para baixo antes da sua boca se encontrar com a minha. Volto a fechar os olhos, tentando me entregar ao momento como o meu alfa havia pedido, sinto todo o seu corpo se moldar por cima do meu e arfo quando o beijo termina.

Tão logo viro a cabeça deixando-o se divertir com o meu pescoço, ouço-o rosnar e logo em seguida o famoso arder prazeroso me faz arquear as costas, nunca na minha vida eu achei que fosse ser marcado por um alfa, e mesmo agora que a marca não iria ficar... Jeon se empenha em me morder sempre que a mesma some. Se eu reclamo? É óbvio que não.

- Eu não sei se consigo me parar hoje, pequeno. - murmura após beijar a ferida recém aberta.

- Não pare. - minha voz sai rouca.

Sua boca volta a tomar a minha, beijando-me com fome enquanto puxa a minha camisa, fazendo todos os botões saírem voando. Rimos entre os beijos, enlaço o seu pescoço aproveitando para arranhar o mesmo e ouvir um gemido rouco escapar do meu alfa, então ele me solta de repente e ergue o torço, tirando a própria blusa rapidamente e depois me encarando com desejo.

Umedeço os lábios num simples ato provocativo, vejo seu sorriso malicioso enquanto seu corpo desce de encontro ao meu, porém seus olhos continuavam presos aos meus dando-me uma sensação misteriosamente sensual. Sinto-o mordiscar um dos meus mamilos ao mesmo tempo em que uma de suas mãos aperta possessivamente a minha cintura, gemo arrastado corando logo em seguida.

Não era a primeira vez que davamos alguns "amassos", mas com toda a certeza era a primeira que Jeon se permitia ser tão rude e eu seria um mentiroso se dissesse que não estava gostando. Solto o seu pescoço para cravar as minhas unhas em seus ombros, descontando em seu corpo todas as suas provocações, sua risada ecoa pelo quarto fazendo-me abrir os olhos e encara-lo.

- Tão sensível. - rosna de encontro a minha boca.

Ouço o barulho de outro botão voando, porém não preciso olhar para saber que agora fora a minha calça a vítima, permito-me sorrir e tão logo estou apenas de cueca, admito que me sinto constrangido, mas de algum modo esse alfa consegue me fazer ansiar por mais. 

- J-Jeon. - perco o raciocínio ao sentir a sua mão adentrar a minha cueca, massageando-me lentamente.

Jogo a cabeça para trás e o alfa aproveita para roçar os dentes por todo o meu pescoço enquanto sua mão me estimulava, Amaterasu do céu, que calor é esse que está se apossando do meu corpo? Então assim como a calça, a cueca sai sem que eu me dê conta, sinto-me totalmente exposto, por isso fecho os olhos com força buscando por coragem.

- Olhe para mim, Jiminnie. - e lá vinha aquela voz, aquela maldita e sedutora voz que me fazia ficar até de ponta cabeça.

Faço o que me pediu e o observo traçar um caminho de beijos do meu peito até a minha virilha, meu coração dispara com receio e desejo do que vem a seguir, parte de mim quer jogar o corpo para trás, mas a outra parte, aquela parte que está obedecendo cegamente a essa alfa... ahhh, essa parte me fez erguer o tronco ficando apoiado nos cotovelos enquanto mantinha os olhos na cena sensual que se seguia.

Não teve preparação nem uma provocação, Jeon simplesmente me enfiou inteiro na boca, chupando-me como se fosse o seu sorvete favorito. Tento rir do meu pensamento sujo, contudo engasgo com um grito ao sentir um de seus dedos me adentrarem. De fato não doeu, mas admito ter me assustado, já me sinto suado e ofegante, mas ainda nem fizemos nada. E por mais envergonhado que eu esteja continuo olhando o alfa me dar prazer, sinto seus olhos me prenderem em si e acabo gemendo.

- J-Jeon Jungk-kook! - acabo jogando o corpo na cama e cravo os dedos no lençol da cama, amassando-os com força.

- O que você quer, Jiminnie? - como um apelido tão fofo pode ser tornar tão pornográfico?

- V-Você sabe. - murmuro com as pernas mais abertas ainda.

- Você tem que me dizer, meu amor. - eu odeio e ao mesmo tempo amo o jeito carinhoso que ele usa para me controlar.

- Eu q-quero você! - grito e logo sua risada me deixa ainda mais corado.

- Como desejar. - diz e já sinto sua mão me masturbar assim como um segundo dedo me alargar.

Começo a rebolar sem conseguir controlar o próprio quadril e fica ainda pior quando seus lábios insistem em beijar o meu abdômen. Graças a todas essas provocações, não demorou muito para que eu gozasse em sua mão, sentindo um tremor delicioso atravessar todo o meu corpo. Viro-me de lado na cama, respirando fundo e agora de olhos abertos enquanto o vejo se levantar e se despir, umedeço os lábios com vontade de prova-lo também. 

E como se lesse os meus pensamentos, Jeon se coloca a minha frente e não perco tempo em lhe chupar a glande, nossos olhos se encontram e todo o meu corpo se arrepia. Então eu praticamento o engulo enquanto observo a feição do alfa se transformar em puro prazer, ouço-o gemer abafado, mas logo sinto a minha cabeça ser puxada para trás.

- Preciso estar dentro de você. - seu tom era possessivo, deveria me assustar porém só me excitou mais. - Agora!

Rapidamente Jeon me coloca de quatro e desfere um tapa bem dado em minha bunda, grito de surpresa, mas notei que aquilo era só uma distração para a melhor parte, sinto sua glande pincelar a minha entrada e fecho os olhos, amassando o lençol ao meu lado com as mãos. O alfa começa a se introduzir em mim e confesso ser um processo doloroso, algumas lágrimas se acumulam no cantos dos meus olhos e minha boca se abre deixando um gemido de dor escapar.

- Vai melhorar... eu prometo, pequeno. - seus dedos acariciam as minhas costas enquanto ele se mantém parado, já completamente dentro de mim. - Relaxe. - pede com a voz suave.

Eu realmente quero relaxar, mas não é a coisa mais fácil do mundo quando tem um intruso em você, então eu me atrevo a me mover e choramingo um pouco, mas logo a dor começa a passar, deixando apenas uma sensação de incômodo. Tão logo Jeon entendeu que poderia se movimentar, começou com um vai e vem bem devagar enquanto sua mão desceu até o meu membro, estimulando-o e me ajudando a esquecer o desconforto.

- K-Kookie. - gemi rouco. - M-Mais.

- Hmmm... o meu Jiminnie quer mais, é? - ele dá uma risadinha antes de aumentar a velocidade das estocadas.

Seus dedos me apertam com força a cintura enquanto seu quadril se choca repetidamente com a minha bunda, fazendo um barulho ecoar pelo quarto, já não sei mais o que estou gemendo ou sentindo, porque não tenho sanidade o suficiente para manter o controle mental. Foi quando eu senti um ponto muito sensível ser acertado que virei outra pessoa de fato.

- Aí! De n-novo, Kook-kie! - peço deixando um grito raspar a minha garganta.

- Aqui? - ele estoca com força na minha próstata, grito um "sim" e ele prossegue a deliciosa tortura até que do nada sai de dentro de mim. - Venha cavalgar no seu alfa, venha, Jiminnie. - ele rosna.

Minhas costas se arrepiam e por mais louco que possa parecer, eu quero cavalgar o meu alfa, céus, o que estava acontecendo comigo? Sem demora e sem pensar muito, posiciono-me em cima das pernas meio abertos dele e começo a descer, entreabro a boca gemendo baixinho e arrastado até me sentar por completo. Amaterasu, eu me sentia ainda mais preenchido... se isso fosse possível.

Apoio as mãos em suas coxas grossas e em seguida sinto o seu peito se colar as minhas costas, começo a subir e descer ouvindo o alfa gemer no meu ouvido. Um ato simples, porém incrivelmente excitante, quando dou por mim já estou gemendo alto com a cabeça jogada em seu ombro, sentindo todo o meu corpo pegar jogo.

- J-Jiminnie. - sei que ele está perto do ápice assim como eu. 

Então sua mão me masturba rápido e em segundos eu sujo a sua mão enquanto sinto todo o meu corpo tremer, deixo escapar um gemido manhoso, já sem forças para continuar me movendo. Então ele me joga de quatro na cama e, céus, se eu achava que ele tinha dado tudo de si, eu estava fodidamente enganado. Jeon estocava com força e com rapidez, fazendo todos os sons carnais travarem em minha garganta, era bom, com certeza era, porém eu estava ciente de que amanhã passaria o dia na cama.

- Meu ômega! - ele rosna e morde a ferida recém feita, a dor só fez o meu orgasmo se prolongar e tão logo o alfa se desmanchar dentro de mim. - Jiminnie! - ele grita por fim e ambos desabamos na cama.

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Como eu havia previsto, acordei no dia seguinte com uma puta de uma dor no quadril e na bunda, choramingo assim que tento me virar e acabo acordando o Jeon, que abre os olhos e me encara preocupado. 

- Não se desculpe. - peço antes que ele diga algo que me envergonhe.

- E quem disse que eu iria me desculpar? - vejo seu semblante preocupado se transformar em algo bem malicioso. - Eu só estava querendo saber se o meu ômega iria aguentar mais uma rodada.

Meu rosto começa a queimar de vergonha, Amaterasu do céu, por que eu não previ que ele falaria uma obscenidade dessas? E antes que eu possa me defender, sinto sua língua passar por cima da minha mais nova marca, mordo o lábio inferior contendo o gemido. Respiro fundo enquanto Jeon se diverte com o meu pescoço, e eu deveria o estar impedindo, mas o que eu estou fazendo? Fechando os olhos e deixando que o meu corpo comece a esquentar, sua boca começa a subir os beijos até chegar nos meus lábios, arfo quando uma de suas mãos alcança o meu membro adormecido.

- Tão sensível. - puxa meu lábio inferior com os dentes. - Tão meu. - e rosna antes de me beijar possessivamente.

Eu nunca iria entender nem me cansar da bipolaridade desse alfa, vou confessar que é muito excitante quando Jeon me trata meio rude para depois ser um poço de gentileza. 

- Você é mesmo muito sensível, não é, Jiminnie? - ele ri e logo um de seus dedos está circulando a minha entrada.

Tive vontade de dizer "pare de ficar jogando isso na minha cara", mas tudo o que eu fiz foi jogar a cabeça para trás e permitir que um grito abafado escapasse da minha garganta ao sentir dois de seus dedos me adentrarem. Choramingo devido a dor, pois querendo ou não eu estava dolorido da noite passada, e até pensei em parar o que estávamos fazendo, mas ser ômega carente é uma bosta... quero dizer, é uma infelicidade. 

Um terceiro dedo é usado e acabo deixando uma lágrima descer pelo canto do meu olho, porém eu logo me esqueço do incômodo quando sua boca se encontra com a minha num beijo selvagem e bruto, ouço-o rosnar ao maltratar os meus lábios com os dentes. 

- Não temos muito tempo, Jiminnie. - ele se distancia bem devagar enquanto nossos olhares permanecem conectados. - E eu preciso de você agora! 

Assim que ele termina de falar sinto-o me invadir, Santo Amaterasu, ele sempre foi tão grosso ou eu estou muita mais sensível? Desisto de entender o meu estado deplorável, sou uma mistura de gemidos com choramingos enquanto Jeon estoca sem piedade. Parte de mim se sente violada, mas a outra parte está amanda e eu me pergunto qual é o meu problema? A dor está lá, mas ao mesmo tempo o prazer se apossa do meu corpo, e foi necessário apenas alguns toques de Jeon em meu pênis para que eu atingisse o ápice.

- J-Jeon Jungk-kook! - minha voz sai rouca assim que me desfaço em sua mão.

Ele sorri e ergue uma das minhas pernas, conseguindo assim entrar mais fundo em mim e amplificar o meu orgasmo, choramingo quando sinto-o gozar dentro de mim. Tão logo Jeon se retira e cai ao meu lado da cama, puxando-me até o seu peito, não protesto devido ao cansaço. Sinto seus dedos acariciarem o meu rosto e apenas me permito descansar, Jeon deposita alguns beijos no topo da minha cabeça antes de decidir se pronunciar.

- Eu tenho uma reunião com o Yoongi agora. - comenta com a voz bem suave. - Você vai ficar bem sozinho, pequeno?

Murmuro um "aham" e ele ri antes de me envergonhar mais um pouco... como ele adora me fazer corar, nunca vi igual.

- Tão manhoso. - faço um bico ao abrir os olhos e ele me beija, só que não bruto, um beijo carinhoso. - Descanse, vou pedir para a Bin lhe trazer café na cama.

Sorrio meio sonolento e animado, se tinha uma ômega que eu amava, essa pessoa seria a Bin noona. Então ele se levanta, tomando o cuidado de não me jogar para fora da cama e me dá um último beijo na testa antes de ir tomar banho, e quando dou por mim já estou no sétimo sono.

#

Acordo pela segunda vez do dia dolorido, mas dessa vez eu despertei ao sentir um cheiro forte de morango com menta.

- Mark hyung? - minha voz sai rouca e meus olhos estão tão pesados que mal consigo abri-los.

- Sou eu mesmo, Minnie. - ele ri e se joga ao meu lado, fazendo as molas do colchão rangerem e o meu corpo tremer, gemo num protesto doloroso. - Ui, a noite foi boa, né?

- A noite e a manhã. - sorriu como um idiota. - Aish, não me olhe assim. - reviro os olhos ao ver o seu sorriso malicioso.

- E vejo que ganhou uma nova "marca".  - Mark fica emburrado do nada.

Por algum motivo o Tuan odeia o fato do Jeon ficar me "machucando", como ele insiste em dizer. 

- Eu não entendo o motivo de você ficar bravo, hyung. - choramingo com um bico, esse truque sempre funciona.

- Aigo! - ele suspira derrotado. - Eu só não acho justo nem certo você ficar deixando ele te machucar enquanto passou o último cio com outro ômega.

Foi naquelas últimas palavras que o meu cérebro entrou em curto circuito, os meus olhos se arregalaram, a minha boca abriu e o meu coração se apertou. 

- O que você disse? - indago chocado.

- Ele não te contou, não é? - Mark morde o lábio com uma cara de "caguei" e eu nego. - Ahhh, Minnie, eu sinto muito... mas ele me disse que já tinha te contado.

Como assim Jeon Jungkook passou o cio com outro ômega? Sinto os olhos marejarem e estou num misto de fúria com mágoa, sento na cama ignorando a dor e vejo Mark se sentar também, passando uma mão em minhas costas.

- Eu sinto muito, Minnie. - o ômega tenta me confortar. - Se você precisar desabafar, saiba que sempre estarei aqui.

- Eu não entendo, Mark. - deixo um soluço escapar e as lágrimas se aproveitam para descerem pelas minhas bochechas. - Eu sei que nem sou mais um ômega direito, mas poxa, então não tivesse me feito ama-lo de novo... seria muito mais fácil e bem menos doloroso.

- Eu sei, Minnie. - ele me abraça. - Não fique assim. - diz ao limpar as minhas lágrimas.

- E o que eu faço agora? - fungo tentando parar de chorar. 

- Sinceramente... eu acho que você tinha que ter uma conversa com o Jungkook. - comentou com um pequeno sorriso, transmitindo-me confiança. - E depois você decide se vai continuar com ele ou se vai se afastar.

Assinto enquanto limpo as últimas lágrimas com as costas da minha mão, o hyung estava certo, eu não podia simplesmente fugir ou ignorar o que estava acontecendo. Eu não quero ser o único a se entregar por inteiro nessa relação, e se o Jeon não quiser isso... só vai me restar esquecê-lo e seguir em frente.