História Make me yours - Talvez eu seja um idiota

Jungkook

De acordo com o capitão da guarda real, as coisas não estavam lá muito boas e provavelmente teríamos que marcar uma reunião com os reis de Lua Crescente, bufo assim que apenas eu e o Yoongi ficamos na grande sala. Ele me encara ao se levantar, caminha até a porta e se despede com um aceno de cabeça, mas não sem antes me provocar, é claro.

- O Park vai lhe assistir levar uma surra do seu hyung hoje? - sorri de canto.

- Na verdade, ele vai assistir Min Yoongi cair de cara no chão. - retruco e acabamos rindo.

Então ele simplesmente sai, caminho até a porta e fecho a mesma depois de sair, preciso dar uma olhada no meu ômega antes e perguntar se o mesmo quer ir comigo na arena de treinamento. Vejo minha omma na sala com algumas jovens ômegas, ouço-a me chamar e reviro os olhos indo até a mesma.

- Ahh, querido, essas são algumas princesas que gostariam de ter a honra de serem suas acompanhantes no casamento do seu primo. - ela sorri fingindo ser um doce.

Não sou um filho ingrato, eu já amei muito essa mulher que é a minha omma, porém depois que comecei a ter um relacionamento sério com o Jimin, ela simplesmente mudou.

- Eu já tenho um acompanhante para o casamento do Tae, omma. - afirmo ao cruzar os braços. 

- Você vai mesmo com aquele ômega... quero dizer, aquele projeto de ômega? - ela bufa e eu rosno. - Não rosne para mim, Jeon Jungkook!

Que rainha mais insuportável este reino tem, viro as costas, ignorando os seus chamados e os apelos das jovens que estavam consigo, subo as escadas e atravesso todo o corredor para finalmente chegar em frente ao meu quarto. Abro a porta e no mesmo instante vejo Jimin saindo do banheiro, infelizmente trocado. Não sei o que anda acontecendo comigo, mas foi muito tempo sem o ter inteiramente para mim, e então depois de ontem, eu sinto que preciso dele o tempo todo... e isso é frustante.

- Ei, pequeno, como se sente? - vejo seus olhos me analisarem e há algo neles que me incomoda. - O que houve?

- Nada... estou bem. - respondeu antes de abrir uma das gavetas do criado-mudo, procurando por meias.

- Por que está mentindo? - franzo o cenho.

Ele sabe que não pode me enganar, não quando eu sou um alfa e o conheço há bons anos, mesmo que Jimin não se lembre disso.

- Nós vamos falar de mentiras agora? - noto seu tom rude que me surpreende. 

- O que há de errado com você? - bufo começando a ficar irritado.

- Eu não sei, Jeon. - de novo o uso formal, como isso me enfurece. - Talvez ser um ômega, quer dizer... nem isso eu sou mais, certo?

- Jimin, você sabe que não precisa se preocupar com isso... - de repente ele me corta, vindo com tudo na minha direção.

- Tem certeza que eu não preciso? - estamos cara a cara. - Você passa o seu cio com outro ômega e eu devo "ficar na boa".

Merda. Abro e fecho a boca umas três vezes, porém não sei como explicar o fato de eu ter passado meu cio com outro ômega. Se bem que eu sou o alfa, não devo satisfações ao Jimin.

- Foi você que disse que tínhamos que ir devagar. - responde e vejo os seus olhos se arregalaram. - E eu não iria passar o cio sozinho.

Um brilho de mágoa passa rapidamente pelos seus olhos e logo vejo o seu olhar se transformar em algo raivoso assim como o seu cheiro ficar mais agressivo. Talvez eu tenha falado merda.

- Você podia ter comentado algo sobre o seu cio... ou será que você esqueceu que eu não tenho mais como saber dessas coisas? - Jimin segura as lágrimas de raiva enquanto me encara. - O que custava você ter sido sincero comigo? Nunca passou nessa sua cabeça oca que eu poderia ter entendido o seu lado?

Novamente fico sem palavras, eu sabia que Jimin estava bravo comigo, mas eu nunca iria admitir que ele estava certo. 

- Se eu tivesse falado... que diferença faria? - eu me arrependi no momento em que terminei de falar e vi a dor em seus olhos.

- Tem razão. - então ele se afasta e eu me xingo mentalmente. - Eu sou só um "presente" que a sua omma comprou, certo? 

Quero gritar "não, você é muito mais que isso!", mas o meu orgulho de alfa não me deixa proferir nada, por isso apenas assisto o pequeno ômega calçar um sapato e passar por mim, ouço a porta se abrir, mas não me atrevo a virar nem mesmo quando sua voz tremida do possível choro se faz presente.

- Sinto muito por não ser mais o ômega que você conhecia... e amava. - diz antes de fechar a porta ao sair do quarto.

Talvez eu seja um idiota.

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Eu me sentia um lixo e não era só por ter acabado de levar a maior surro de Min Yoongi, a culpa estava me deixando louco, não conseguia me concentrar em nada e mesmo que não fossemos mais ligados por uma marca... eu podia sentir, meu lobo sente que ele precisa de nós.

- Que merda você falou para o seu ômega? - Yoongi pergunta ao sentar ao meu lado na arquibancada.

Dou-lhe um olhar de "cale a boca" que o faz rir, com certeza o platinado é um dos únicos alfas que conseguem me desafiar quando estou bravo. 

- Por que está falando isso? - resmungo.

- Você está com uma cara de bosta desde a hora que começamos. - bufa enquanto encara o nada a sua frente. - E sua concentração estava péssima... nunca te vi lutar tão mal.

- É ridículo pensar que a minha falta de concentração seja culpa de um ômega. - retruco ao revirar os olhos.

- O ridículo é você não admitir que precisa do seu ômega. - ele se levanta e para a minha frente. - Pare de ser um alfa orgulhoso e idiota e vá logo pedir desculpas ao Jimin.

Recebo um tapa na cabeça que me faz rosnar, não que o Yoongi se importa, já que bufa e sai da arena, deixando-me sozinho com os meus pensamentos. Eu deveria ir atrás do Jimin? Meu lobo uivava dizendo que já deveríamos ter ido, mas o meu orgulho ficava dizendo que o ômega é quem deveria se desculpar, afinal ele ainda está vivo graças a mim. Levanto com raiva, praguejando alto e saio da arena, vou até a cozinha e encontro a Bin fazendo comida. 

- Bin... você viu o Jimin? - a pergunta sai antes que eu consiga impedir.

- Vi. - responde seca.

Ótimo, mais alguém ao lado do meu ômega.

- Onde ele está? - faço uma voz mais firme e ela se vira para mim.

- Por que quer saber? - cruza os braços, Bin é a única ômega que tem "intimidade" o suficiente comigo para me confrontar. - Para leva-lo pra cama e depois magoa-lo de novo?

- Por que todo mundo quer se meter nos meus problemas?! - trinco os dentes e ela se encolhe. - Vou perguntar uma última vez... onde o meu ômega está?

- Estou aqui. - a voz é baixa, mas logo me viro deparando-me com Jimin.

Eu juro que tinha tudo na ponta da língua, todos os meus argumentos e ordens, também como iria coloca-lo em seu lugar de ômega. Porém ao ver as suas bochechas e nariz vermelhos mais os seus olhos inchados, perco a fala e a culpa me atinge em cheio.

- O que aconteceu com você, pequeno? - péssima pergunta, Jungkook.

- É sério isso, Jeon? - ele nega e respira fundo, direcionando-se até o balcão da cozinha. - Precisa de ajuda, Bin noona?

- Não, querido, obrigada. - ela sorri para o meu ômega, que apenas assente de volta.

- Jimin, precisamos conversar. - digo sério e o puxo para fora da cozinha.

Sem resistência alguma, o ômega me acompanha até o jardim, onde é o único lugar que podemos conversar sem sermos interrompidos.

- Diga. - diz ao respirar fundo.

- Eu sei que você espera que eu me desculpe... mas eu não tenho motivos. - comento e meu lobo rosna como se eu tivesse errado. - Eu sou um alfa e no cio eu quero me satisfazer, se você não estava afim, eu não iria lhe obrigar, por isso fui atrás de alguém que estivesse disposto.

- Belas palavras. - ele parece desacreditado. - Mas é bom saber... porque assim eu não fico me sentindo culpado ao ir embora daqui.

- O que você disse? - altero o tom de voz.

- Vou morar um tempo com o Tae e o Hobi. - afirma sério.

Estava esperando um "é pegadinha" ou "só fico aqui se você se desculpar".

- Se eu pedir desculpar, você fica? - sugiro e ele vem até mim e me dá um soco no peito, nada que me machuque é claro.

- Qual é o seu problema?! - vejo as lágrimas em seus olhos. - Como eu fui me apaixonar por um alfa orgulhoso e insensível como você?

- Não aumente o tom para mim, Park Jimin. - repreendo-o, mas o ômega apenas dá de ombros. - Está me desafiando.

- Eu quero que você se exploda, Jeon! - grita com raiva. - Eu vou embora daqui queira você ou não.

- Você não pode ir embora! - grito de volta, mas ele não se encolhe e continua me encarando.

- E por que não? Você já tem ômegas para passarem o cio com você, não é mesmo? - debocha. - Pra que precisa de um quase ômega? Hein, pra quê?!

Posso sentir toda a sua mágoa em suas palavras e em seu cheiro, entretanto só consigo observar o mesmo ficar me olhando a espera de respostas... respostas que eu não quero dar. Então seu olhar cai e ouço o mesmo chorar baixinho, minha mão se atreve a toca-lo, mas logo é afastada com um tapa.

- NUNCA MAIS ME TOQUE! - ele dá alguns passos para trás. 

Tento me aproximar, mas alguém entra na frente, rosno e logo identifico o meu primo.

- O que está fazendo aqui? - encaro o ruivo que ergue uma sobrancelha. - Se não vai responder, saia da minha frente!

- Pode baixar essa bola, Jeon Jungkook. - seus olhos brilham num sinal de ameaça. - O Jimin vai comigo para casa e você vai ficar aqui repensando nas merdas da sua vida, e nas bostas que saem da sua boca.

- Como ousa?! - avanço para cima do mesmo, porém somos separados antes que algo feio aconteça. - Por que vocês ficam se intrometendo?

Yoongi revira os olhos e vem até mim, parando bem a minha frente, mesmo sendo menor do que eu, o platinado tem um lobo muito poderoso.

- Esfria a cabeça, Jungkook. - comenta sério. - E você vai sim deixar o Jimin tirar umas férias de você lá no Taehyung.

- Eu não...

- Cale a boca, Jeon Jungkook! - ele se altera, o que não era algo muito comum. - Você é muito orgulhoso, pirralho, e esse orgulho não te deixa ver que está matando o seu ômega por dentro.

Fico em silêncio, absorvendo as suas palavras e vejo os olhos de Jimin focados em mim, posso ver o brilho de medo no seu olhar e isso me dói... mas por quê?

- Jimin, você sabe que podemos consertar as coisas. - afirmo quando o fato de ele estar indo embora me acerta com força. - Por favor.

- Não, Jeon. - suspira. - Estou cansado de me esforçar em ser o que você quer que eu seja e não ser reconhecido.

- Por que você continua respondendo? - sinto-me frustado. - Você não era assim antigamente!

- Tem razão. - seu olhar se joga com o meu, e o medo de perdê-lo faz meu coração acelerar. - Eu nem posso mais ser considerado um ômega...

- Não era isso...

- Jungkook, já chega! - Yoongi me empurra e depois faz um sinal para o Taeyung. - Tire ele daqui.

- Não! - eu tento ultrapassar o platinado, porém o mesmo saca a sua espada, deixando-me em uma grande desvantagem, pois não estava com a minha arma em mãos. - Vocês não podem tira-lo daqui.

Eu tento todos os argumentos possíveis... menos os certos é claro, e sou forçado a ver o meu primo confortar o meu ômega enquanto o leva para longe de mim.

- Vocês não podem separa-lo de mim para sempre. - afirmo com os olhos cheios de raiva.

- Nem queremos. - Yoongi suspira cansado, guardando a arma depois de um bom tempo, que foi o suficiente para que os dois fossem embora. - É apenas até você perceber que fez a maior merda da sua vida.

Ele simplesmente diz isso, dá as costas e vai embora enquanto eu escolho uma das árvores para socar e descontar toda a minha íra.

#

Mais de uma semana havia se passado desde que Jimin foi embora, e como o próprio Yoongi fazia questão de jogar na minha cara, eu me sentia um lixo. A saudade que eu tinha daquele pequeno ômega estava me deixando louco, cheguei a muitas vezes sonhar com os seus beijos e os seus sorrisos. Como já me peguei gemendo o seu nome enquanto fodia um ômega qualquer, foi a minha primeira e última tentativa de esquece-lo... falhei miseravelmente.

Caminha à passos longos e lentos até a sala de jantar, escuto a risada falsa da minha omma, reviro os olhos e sento no lugar de sempre, ao lado de meu appa que ficava na ponta e em frente a minha omma. Vejo os dois sorrirem para mim e tão logo um cheiro de uva chega as minhas narinas, tive vontade de rosnar de raiva... não que eu não goste de uva, porém esse era o cheiro característica da minha prima.

- Jungkook, querido, você não acha que a Minji está linda hoje? - minha omma sorriu mostrando todos os seus dentes brancos.

- A lua cheia sempre lhe faz bem assim, Minji? - o meu appa entrou na onda.

Desde que Jimin foi embora, a irmã de Taehyung começou a  morar aqui, minha omma anda fazendo de tudo para que eu marque essa ômega. Respiro fundo, sem vontade de arranjar briga além de estar com muita fome para me importar com esse plano estúpido dos meus pais.

- Sim! - Minji respondeu ao se sentar ao lado da minha omma, e com os olhos fixos em mim. - É incrível como a lua cheia afeta os nobres.

- Realmente, eu nunca vi aquele projeto de ômega tão radiante como você está hoje, querida. - e lá vinha o veneno de cobra da minha omma.

- Nunca viu, porque o meu ômega ficava tão magnífico na lua cheia que passavamos os dias na cama. - dou um sorriso malicioso e as duas ômegas bufam.

A lua cheia costuma deixar os alfas mais dominantes enquanto deixa os ômegas mais chamativos, e eu não estava mentindo quando disse que no período de lua cheia nós nos isolavamos do mundo. Claro que saíamos do quarto, mas sempre acabavamos transando em outro lugar... em minha defesa, Jimin ficava incrivelmente gostoso e sexy.

O resto do jantar ocorreu tediosamente bem, omma e Minji não paravam de dar indiretas sobre o meu relacionamento com a minha prima, que claramente só existia na cabeça delas. Já meu appa ficou em silêncio, e assim que terminei de comer, levantei e caminhei até o jardim, ignorando os chamados das ômegas.

Amanhã era o casamento do meu primo e finalmente eu iria reve-lo, o pequeno ômega que domina o meu lobo, um pequeno sorriso de ansiedade brota em meus lábios, a vontade de o ver com os meus próprios olhos e toca-lo com os meus próprios dedos era enorme.

- Oh, Bin! - avisto a ômega sentada em frente ao laguinho do jardim.

- Olá, Jungkook. - sorri e eu me sento ao seu lado. - Você parece feliz.

- E estou. - respondo com um sorriso e observo a lua. - Eu o verei amanhã.

- E você acha que o Jimin-ssi irá lhe perdoar? - perguntou meio receosa.

A Bin havia sido uma ótima amiga nesse tempo que Jimin esteve fora, ela conseguia abrir os meus olhos para que eu percebesse o quão importante aquele ômega era na minha vida.

- Eu espero que sim. - suspiro ao fita-la. - Você me perdoaria no lugar dele?

- Se eu te amasse como ele te ama... eu com certeza perdoaria. - ela sorriu. - Jimin-ssi é um ômega muito amável e ele realmente te ama, Jungkook.

- Eu espero que você esteja certa. - assinto num misto de medo e alegria. 

- Mas eu acho que você tem que estar preparado para um relacionamento diferente. - ela comenta. - Jimin-ssi pode não saber guardar rancor, mas isso não significa que ele vá confiar em você tão rapidamente... ele sofreu muito com a sua traição.

- Eu sei disso, Bin. - observo o reflexo da lua na água. - E eu vou me esforçar para ganha-lo de volta.

Então ela ri, fazendo-me fita-la confuso.

- Quem diria que o príncipe de Lua Cheia se apaixonaria por um ômega humilde. - afirma com um sorriso malicioso. - Vocês formam um casal muito bonito.

- Obrigado... eu acho. - dou uma pequena risada e ela ri comigo antes de me fazer uma pergunta incrivelmente interessante.

- Até onde você está disposto a ir por ele? - indaga agora séria.

Eu não precisei de um tempo para responder, a resposta veio em minha mente como algo tão óbvio e preciso.

- Eu poderia responder que morreria por ele, e por mais que eu com certeza faria isso... eu sei que o Jimin me odiaria. - digo e ela começa a sorrir, parecendo satisfeita com o começo da minha resposta. - Então o que eu posso dizer é que... eu viveria por ele.

#

Era hoje, o tudo ou nada, respiro fundo e cumprimento alguns conhecidos, o ruim de ser príncipe é que você não pode simplesmente sair que nem um louco procurando pelo seu ômega sumido. Vejo os meus pais conversando com os pais de Taehyung que pareciam muito felizes com o casamento do filho com o antigo mordomo, e era nítido a cara de nojo dos meus pais.

Ignoro-os e passo a olhar em volta, passando rápido por entre as mesas, mas nada do Jimin, começo a ter os piores pensamentos do mundo... como ele fugiu de vez ou foi sequestrado, ou encontrou um alfa.

- Jungkook! - ouço a voz suave da omma do Taehyung.

- Oh, como vai, Jin hyung? - faço uma simples reverência.

- Eu vou bem e você, querido? - dá um grande sorriso e tão logo o appa de Taehyung passa os braços pela cintura do ômega, parando ao lado do mesmo.

- Bem. - assinto. - E vocês?

- Mais felizes impossível. - Jin responde todo animado.

Eu sempre me perguntei como seria fazer parte da família Kim, eles eram tão gentis e humildes, diferente dos grosseiros e preconceituosos dos meus pais. Tudo bem que eu já fui como eles, eu era um nojento mimado até que conheci Jimin, o pequeno ômega me mostrou um outro lado da vida... um lado que eu passei a amar.

- Amor, já está na hora do casamento. - Namjoon comenta. - Melhor avisar os padrinhos.

- Oh, verdade! - Jin deu um leve tapa na própria bochecha, estava tão feliz que mal conseguia pensar direito. - Espere ali perto das flores, Jungkook, seu par já vai descer... já volto!

Então o ômega sai apressado em direção ao castelo.

- Meu par? - sinto-me confuso. 

- Sim, o Taehyung disse que você e o Jimin são os padrinhos. - aquilo realmente me surpreendeu.

Jimin ainda queria ser meu par, um grande sorriso me escapa e vejo Namjoon rir, depois negar como quem não acredita no que está vendo e sair a procura do seu ômega. Vou até onde Jin me mandou esperar e não demora para que uma música clássica comece a tocar, tão logo alguns casais começam a sair do castelo e seguem até o jardim onde será a cerimônia. Meu lobo uiva assim que eu o vejo, nossos olhos se encontram e vejo a sua bochecha ganhar uma cor rósea, não contenho o sorriso e vou ao seu encontro.

- Olá, pequeno. - ofereço-lhe o braço e ele facilmente aceita. - Eu sinto a sua falta. - digo, pois não aguento mais segurar.

- Eu também, Jeon. - dá um pequeno sorriso e continua corado enquanto andamos atrás da fila de casais que segue por cima do tapete vermelho até onde o padre está.

- Jimin, eu preciso de você. - sussurro em seu ouvido e sei que o mesmo se arrepiou. - Eu quero o meu ômega de volta.

Sua cabeça se vira em minha direção e seus olhos possuem um leve brilho de tristeza.

- Eu sinto muito. - peço sincero. - Eu...

- Jeon. - ele me impede de continuar. - Prefiro que a gente converse depois do casamento do Tae.

- Tudo bem. - assinto meio preocupado e com medo, mas ele querer conversar comigo depois... é um bom sinal, certo?