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História Make me yours - Mas apenas uma


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Cheguei!! Hoje tem revelações MUHAHAHA

Boa leitura.

Capítulo 8 - Mas apenas uma


Fanfic / Fanfiction Make me yours - Mas apenas uma


Jimin

A cerimônia foi tão linda e tão emocionante que me peguei sorrindo ao ver a felicidade e o amor que envolvia o casal, que posso dizer agora ser o meu casal preferido. Tae e Hobi eram ótimas pessoas e se amavam com tanta força que às vezes eu me pegava sonhando com um amor igual. Mas eu sabia que com Jeon Jungkook jamais seria assim, o alfa não era um bicho de sete cabeças, é claro, porém não era um poço de doçura... e mesmo assim eu o amava. 

Sinto-o me puxar e deixo que me leve até a pista de dança, os padrinhos tinham que dançar a valsa junto com o casal principal. E enquanto nossos corpos se moviam naquele ritmo lento, não pude parar de olhar em seus olhos, tão penetrantes, tão sedutores... Jeon sempre seria a minha perdição. Nem mesmo depois de esquecê-lo eu parei de ama-lo, no fundo eu sempre soube que o amava, só não conseguia entender o que ele havia visto em mim, um ômega pobre sem família e odiado pela rainha Jeon.

- Você está tão lindo. - ouço sua voz e minhas bochechas esquentam.

Por que ele tinha esse poder sobre mim? Ofereço-lhe um pequeno sorriso para em seguida sentir um aperto mais possessivo em minha cintura, abro a boca para protestar, porém perco a fala quando o seu nariz vai de encontro ao meu pescoço. Todo o meu corpo se arrepia com aquele simples roçar, fecho os olhos e forço-me a manter a cabeça parada, mesmo que a vontade de expor o pescoço para o alfa seja maior.

Mas Jeon não estava satisfeito e decidiu distribuir demorados selares pela minha pele branca e sem marca nenhuma, num descuido acabo deixando um arfar escapar e abro os olhos alarmados vendo o mesmo abandonar o meu pescoço e sorrir maliciosamente para mim. Tenho certeza que ele sabe que não importa o que ele faça... eu sempre irei perdoa-lo, e eu me odeio por isso, por ser tão dependente desse alfa.

- Não chore, por favor. - foi só então que notei que estava chorando.

Limpo as lágrimas com pressa e me afasto do mesmo, traço um caminho mental e ando a passos rápidos até a entrada do castelo da família Kim. Mas antes que eu possa subir as escadas que dão para dentro do local, sinto sua mão grande e forte me puxar para si, colando as minhas costas em seu peito. Mordo o lábio inferior contendo a vontade de chorar, por que eu tinha que ser tão sensível? Eu só não queria amar sozinho, poxa.

- Me deixe ir. - peço baixinho, mas sei que escutou com a sua audição de alfa.

- Eu não posso. - responde num suspiro. - Podemos conversar agora?

Eu havia prometido, certo? Então por que parecia tão errado aceitar isso? Por que o meu cérebro dizia que eu só iria me machucar quando o meu coração afirmava que valeria a pena?


- Você precisa comer, ChimChim. - o ômega do Tae suspirou, parecendo realmente preocupado... e eu mal o conheço.

Faziam três dias que não conseguia comer direito, e eu ainda chorava ao pensar na minha  "desilução amorosa", mas apenas escondido pois sabia o quanto isso chateava o Tae e o Hobi. 

- Sinto muito... não estou com fome. - respondo com um simples sorriso.

- Pare de fazer isso, por favor. - sua tom é firme, algo que ainda o vi fazendo. - Pare de ficar sorrindo para esconder as suas dores.

Meus olhos se arregalam, entregando-me, desvio do seu olhar e me encolho, o que ele queria que eu fizesse? 

- Se você quiser chorar, chore! Se quiser xingar o Jeon Jungkook, xingue-o! - suas mãos seguraram as minhas bochechas, fazendo-me fita-lo atentamente. - Se precisar desabafar, saiba que sempre estarei aqui, ChimChim.

E com aquelas últimas palavras eu desabei, chorei como uma criança perdida enquanto dizia a ele como me sentia em relação a Jeon Jungkook e como a sua traição me machucou. Hobi me escutou atentamente enquanto passava a mão pelas minhas costas num ato reconfortante.

- Jimin. - sua voz veio gentil assim que consegui controlar o choro. - O TaeTae já me disse que o primo dele é bem cabeça dura quando quer... mas ele também me disse que nunca o viu tão apaixonado na vida.

- O Tae disse isso? - fungo para tentar espantar as lágrimas.

- Sim... ele me disse exatamente assim "eu vivi para ver o que dia em que Jungkookie cedesse aos caprichos de um ômega". - sorriu ao me fazer um cafune no topo da cabeça. - E eu andei pensando, talvez ele não tenha passado o cio com você por medo.

- Medo? - franzo o cenho. - Medo do que, Hobi? - parecia tão absurdo para mim essa hipótese.

- Medo de te machucar. - afirmou e por um segundo aquilo fez sentido, mas a dor de ser traído ainda estava lá.

- Mesmo assim... ele podia ter me falado antes de fazer e poderíamos decidir isso juntos. - murmuro e vejo o mesmo assentir.

- Eu realmente te entendo e concordo com você, mas eu acho que você deveria dar uma chance a ele. - comentou enquanto eu o observava receoso. - Afinal, ele não desistiu de você... mesmo quando te sequestraram e depois quando você perdeu a memória.

Talvez Hoseok estivesse certo... eu devia uma chance ao Jeon.



Assinto confirmando sobre a conversa e deixo que o mesmo me guie até uma parte afastada da festa, ainda estávamos a céu aberto, porém agora sozinhos e a música podia ser ouvida de longe. Respiro fundo quando Jeon me coloca a sua frente, segura as minhas duas mãos enquanto seus olhos me avaliam, talvez seja a minha imaginação ou a minha cega vontade de tê-lo de volta que me fez ver um pequeno sinal de medo e arrependimento em seus olhos.

- Eu realmente sinto muito. - ele começa, mas eu logo o impeço.

- Não quero ouvir as suas desculpas, Jeon. - digo e ele parece surpreso. - Eu quero o motivo de você ter passado seu cio com outro... não minta, só diga logo a verdade.

No momento em que os seus olhos se fecharam, eu achei que ele iria dar as costas e ir embora, e dizer que não me doeu essa possibilidade... era mentira. Mas então Jeon me encarou firmemente e deu um passo em minha direção, sem nunca cortar o nosso contato visual.

- Eu não sabia se você estava pronto. - comentou sério. - Tinha medo de como você reagiria ao ter de lidar comigo no cio... eu sei que não sou um dos alfas mais delicados, como também sei que no cio fico muito pior. - respirou fundo ainda me mantendo preso em seu olhar. - E fazia tanto tempo que a gente não tinha algo tão íntimo, e eu não me perdoaria se a nossa segunda primeira vez juntos fosse um desastre para você.

Eu estava quase me jogando em seus braços e dizendo que o perdoava, assim como também queria me desculpar por ter fugido sem lhe dar chance de se explicar. Mas eu ainda precisa saber de uma coisa.

- Então por que não me consultou? - pergunto, mas não lhe dou tempo de resposta. - Você nunca parou para pensar no que eu acharia disso tudo?

- Sinceramente... não. - o aperto em minhas mãos se tornou mais forte, como se ele soubesse que a sua resposta, por mais sincera que fosse, havia me machucado. - Não pense que não confio em você, meu pequeno.

- E você esperava que eu pensasse o quê? - começo a ficar irritado. - Como eu vou saber que posso confiar em você? Que você nunca mais tomará decisões sem o meu consentimento?

- Terá que acreditar em mim. - e por mais louco que seja, eu sei que serei eu a ceder nessa relação. - E eu sei que pode parecer ridículo, mas eu juro que não vou lhe decepcionar de novo.

Fico em silêncio, tentando absorver as suas palavras e sem perder qualquer sinal que seus olhos possam me transmitir, depois que eu perdi o olfato apurado, passei a aprender outros modos de ler alguns sentimentos das pessoas... e Jeon Jungkook não era muito difícil de se ler, pelo menos para mim.

- Só Amaterasu sabe o quanto eu sofri esses dias sem você. - confessou com a voz um pouco receosa. - Então por favor me dê mais uma chance, Jimin.

Eu devo seguir o meu coração, não é mesmo?

- Eu lhe dou mais uma chance, Jeon. - um sorriso começa a se formar em seus lábios. - Mas apenas uma!

- Eu só precisarei de uma, meu pequeno. - acabo sorrindo, mas por pouco tempo, pois logo suas mãos se apossam da minha cintura e me puxam para si para que possamos finalmente nos beijar.

E como eu sentia falta dos seus lábios finos e do jeito rude que o beijo começava para depois se acalmar, tornando-se algo profundo e amoroso. Não era algo muito carinhoso já que Jeon Jungkook preferia maltratar os meus lábios e rosnar possessivamente enquanto me beijava. E era estranho, pois sempre me julguei como um ômega frágil, porém aprendi que gostava do jeito "bipolar" do alfa. Beija-lo havia se tornado um dos meus vícios favoritos, beijar o Jeon era como uma aventura, você nunca sabe direito o que esperar, mas sempre acaba se surpreendendo.

- Ei, pequeno, pode me prometer uma coisa? - ele pede ao nos separarmos em busca de ar.

- Sim. - assinto e nossas testas se encostam num gesto carinhoso, eu já disse como eu amo quando o Jeon muda o seu jeito rude apenas comigo?

- Nunca mais me chame de Jeon. - seu tom é como uma ordem, mas não me encolho ou me sinto pressionado... esse era o jeito dele.

- E como eu posso te chamar? - dou um pequeno sorriso, meio ansioso, só não sei pelo o quê.

- Jungkook, Jungkookie, Kookie, amor, meu alfa, querido, daddy... você pode escolher. - seu sorriso me fez rir. - Eu amo a sua risada... senti tanto a falta dela.

Eu nunca sabia como reagir quando era elogiado dessa maneira por Jeon Jungkook, então apenas sorrio de volta.

- Está bem, Jungkook. - sinto um beijo em minha testa, deixando-me extremamente feliz.

- Agora deixe-me curtir o meu ômega enquanto o chato do meu primo não nos interrompe. - sorri maliciosamente e sinto um aperto possessivo em minha bunda antes de ter a boca novamente tomada por ele.

#

Depois da conversa e de alguns beijos trocados, nós acabamos voltando para a festa onde a maioria dos convidados já haviam ido embora. Procuro pelos recém casados e vejo Taehyung acenando todo feliz para nós dois, também noto o seu olhar malicioso ao ver que estamos de mãos dadas. E mesmo morrendo de vergonha, Jungkook me puxa até eles.

- Hoje tem sexo de reconciliação! - o primo do Jungkook gritou.

Por Amaterasu que as pessoas restantes estavam bêbadas demais para perceberem o que essa criatura falou.

- TaeTae, querido, comporte-se. - o Hobi também já estava meio "feliz demais". - Mas de fato, só pelo olhar do seu primo dá pra saber que ele quer foder.

Pelo menos ele falou  baixo, mas ainda sim as minhas bochechas esquentaram e eu só queria um buraco para me enfiar.

- Você fica tão lindo com vergonha. - Jungkook deixa um beijo estalado em minha bochecha, deixando-me mais corado ainda.

- Aigo! - um bico acaba se formando em meus lábios, que não dura muito já que Jeon Jungkook decidiu voltar a me morder.

Sinto seus dentes puxarem o meu lábio inferior e acabo fechando os olhos, tão logo sua boca se choca com a minha, quase me engolindo. Uma de suas mãos se apodera da minha bunda, prensando-me contra o seu membro semi-ereto, gemi baixinho e ouço a sua risada. Aish, como esse alfa gosta de me provocar!

- Jeon Jungkook! - a voz de sua omma me faz abrir os olhos e nos separar.

Seus olhos poderiam facilmente me comer vivo, por isso acabo me colocando atrás do Jungkook que bufa para a própria omma. E enquanto eles travam uma batalha apenas com o olhar, aquele sentimento angustiante me ataca novamente. Para mim, a omma do Jungkook deveria ser uma salvadora, afinal foi ele quem me "comprou" e mesmo que tenha sido de um modo "desumano", ela me livrou daquele alfa nojento, então eu sou grato a ela. 


Contudo algo em mim parece quebrar toda vez que a veja como se ela tivesse feito algo muiro ruim, mas eu não faço ideia do que... nem se de fato ela é má. Só porque ela não quer o filho com um ômega qualquer não signifique que ela seja uma pessoa ruim. Sim, eu me sinto péssimo pelo jeito que ela me trata, mas ainda assim não consigo odia-la... será que eu deveria?

- Pensei que você tivesse se livrado desse encosto! - ela é quem começa a discussão.

- Pare de trata-lo assim! - ouço-o rosnar e tão logo algumas pessoas começam a se assustar com a cena. - Ele é meu ômega, querendo você ou não!

- Você não vai se casar com esse lixo! - ela grita e eu me encolhe ainda mais nas costas de Jungkook, sentindo a cabeça latejar. - Verme nojento!

Dou alguns passos trêmulos para tras, tentando me afastar das palavras amargos que me foram direcionadas. Várias imagens confusas brilham em minha mente, mas nenhuma faz sentido nem me é familiar, fecho os olhos com força e coloca as mãos na cabeça, tentando minimizar a dor.

Um arfar me escapa e meus joelhos vão de encontro ao chão, balanço a cabeça, frustado por me sentir tão fraco. Sinto braços fortes me apertaram contra si e meu nariz encosta no pescoço de Jungkook, permitindo-me sentir o seu cheiro de baunilha que por incrível que pareça não consegue afastar as minhas dores nem mesmo me tirar da escuridão.


Hoje era um dia muito especial como todos os aniversários deveriam ser, não que eu possa dizer que tenho boas lembranças dos dias em que completava mais um ano. Eu sei que o Kookie odeia que eu fique me lembrando dessas coisas, mas é inevitável... elas fazem parte de mim, infelizmente.

Respirei fundo e olhei em volta, esperando-o no lugar que havia me pedido, eu só tenho lembranças boas desse jardim, por isso não me incomodo em ficar horas sozinho, apenas apreciando o canto dos pássaros, o aroma das flores, as cores das borboletas.

Entretanto um cheiro muito conhecido por mim surge, viro para encarar a pessoa e não me surpreendo com o olhar de raiva que a omma de Jungkook me lança. Sim, foi ela quem me salvou, mas também é ela que quer me ver destruído de novo. No fundo eu só queria que ela entendesse que o filho gosta de homens e que nós estamos juntos, porém Sohyun prefere me colocar como a cobra que envenou o seu filho.

- Bom dia, Vossa Majestade. - tento sempre ser o mais educado possível, já que não vejo motivos para odia-la... eu apenas não consegui guardar um sentimento tão ruim por alguém que já me libertou.

Claro que o seu objetivo nunca foi me ver livre de fato, mas ainda assim sou grato.

- Adeus. - por um instante imaginei que a mesma tivesse algum tipo de arma consigo, mas eu não esperava ser surpreendido com mãos me agarrando por trás. 

Uma mão estava em minha boca me impedindo de gritar e eu não parava de me debater na tentativa de escapar. Não sabia dizer quantos homens estavam ali, mas era um cheiro tão estranho, tão diferente de lupinos... arregalo os olhos quando a verdade me acerta, ela estava me entregando ao pior inimigo de um lobo. 

A minha teoria foi completamente provada quando unhas finas me arranharam, meus olhos de encheram de lágrimas enquanto meu lobo tentava me manter corajoso, afinal ele sempre tivere essa papel em minha vida. As pessoas me machucavam e me humilhavam, porém o meu lobo sempre estaria ali... nunca estava de fato sozinho.

Mas naquele momento tudo que eu queria era o meu alfa, por isso eu os enrolei o máximo possível, até mesmo me joguei no chão dificultando o meu "carregamento". Demorei tanto para ser feliz, então não iria me entregar tão fácil, entretanto não importava o que eu fizesse, os felinos riam e continuavam a me bater enquanto tentavam me prender com correntes de prata. 

Aquilo queimava como o inferno, rosno na defensiva e sinto a corrente queimar onde é tocada, consigo dar um breve grito que é cortado assim que um dos agressores me sufoca, minha visão começa a escurecer e as lágrimas descem pela minha bochecha, sinto suas garras perfurarem levemente o meu pescoço.

- Levem logo esse verme nojento daqui! - é a última frase que escuto antes de perder a consciência.



#

Sinto um afago circular em minha bochecha ao acordar, um pequeno sorriso se desenha em meus lábios, abro os olhos encontrando o dono do meu coração, Jungkook tinha um sorriso tão lindo e reconfortante. 

- Como está se sentindo, meu pequeno? - indaga com a voz bem suave.

- Bem... eu acho. - respondo com um pequeno suspiro.

Parte de mim sabia que contar a verdade sobre o meu sequestro a Jungkook, faria uma guerra interna acontecer, mas ao mesmo tempo eu sabia que não deveria mentir para ele... não agora que estávamos reconstruindo o nosso relacionamento.

- Jungkook. - sento na cama e ele logo se senta ao meu lado. 

- O que foi? - seus olhos me avaliam como uma águia, dando-me mais um motivo para ser sincero, pois jamais conseguiria esconder a verdade desse alfa.

- O que você faria se eu te contasse algo que mudasse totalmente a sua visão sobre uma pessoa? - generalizo primeiro. - Para um lado negativo, no caso...

- Isso tem a ver com o que houve lá na festa? - seu tom saiu um pouco mais tenso. - Você teve uma lembrança, certo?

Engulo em seco e assinto, esperando por uma explosão, mas ao invés disso sinto sua mão passear pela minha coxa num gesto carinhoso.

- Se você não se sente pronto para compartilhar comigo agora, tudo bem. - disse ao mesmo tempo em que tentava esconder a ansiedade. - Eu vou esperar.

Seria certo prolongar isso? E se ela tentasse algo novamente? Arrepiei-me só de pensar em viver algo como aquele inferno de novo, já não me bastou ter uma "infância" sem amor dos pais e sendo usado por um alfa nojento, ainda tive que passar semanas da minha vida trancado numa cela, servindo de cobaia... esse era o meu passado e infelizmente o único que eu me lembrava ultimamente, pois as lembranças boas não conseguiam ultrapassar a marca, a barreira que as coisas ruins criaram em mim.

- Não chore, meu amor. - ele me puxa para o seu colo, abraçando-me carinhosamente.

- Me desculpe, é que eu devo te contar, mas não sei como... - murmuro ao afastar-me um pouco de si, apenas para poder ver o seu rosto. - Então eu vou ser direto.

Jungkook tira alguns fios do meu cabelo que estavam em frente ao meu rosto e me dá um leve beijo no nariz.

- Conte para mim, meu amor. - eu quase sorrio de alegria ao ouvi-lo chamar novamente de "meu amor". - Eu vou te proteger de tudo e de todos.

- Está bem. - assinto meio receoso. - Eu me lembrei do dia em que os felinos me levaram. - seus olhos se arregalam surpresos, provavelmente já entendendo aonde eu queria chegar. - E eu sei quem os ajudou.

- Quem foi? - sua voz sai duro, mas ele logo se desculpa. - Não estou bravo com você, pequeno... é que não consigo aceitar o que fizeram com vocês, conosco.

Eu realmente o entendo e imagino que seja tão difícil para ele quanto para mim, ambos estamos tentando seguir em frente, mas algumas coisas ou pessoas insistem em nos atrapalhar.

- Agora me diga, Jimin, quem foi? - indagou cautelosamente.

- A pessoa que me entregou foi... Jeon Sohyun. - digo ainda meio receoso, temendo que Jungkook pudesse ficar descontrolado. - Kookie. - chamo-o e seus olhos que antes estavam perdidos em pensamentos se voltam para mim.

- Eu sinto muito por ela ter feito isso com você, meu pequeno. - sua voz é doce, surpreendendo-me.

- V-Você não está com raiva? Ou duvidando de mim? - indago sem conseguir me conter, mas logo tapo a boca.

- Eu estou puto, querendo matar a mulher que foi a maior culpada por tudo que te aconteceu! - ele rosna e eu me encolho um pouco. - Mas no momento eu só quero saber de cuidar de você, meu amor... e eu nunca duvidaria de você, pequeno.

Ergo o rosto, confesso estar surpreso com a sua atitude, já que o mais comum seria Jungkook ficar tão írado que sairia desse quarto bufando e rosnando para ir tirar satisfações com a própria omma, mas ele preferiu ficar comigo.


- Eu te amo, meu pequeno. - afirma e acabo por sorrir. - Todos eles vão pagar por terem te machucado e ninguém nunca mais vai tocar no meu ômega... eu lhe prometo.

Dito isso, meus lábios são tomados por um beijo calmo e carinhoso, algo inusitado e muito bom, devo dizer. Sorrio de encontro aos seus lábios e minhas mãos sobem pelo seu peito até se posicionarem em sua nuca, ouço-o arfar e suas mãos pegam possessivamente em minha bunda, como sempre.

Entretanto, decidimos terminar o beijo de modo gentil com uma leve mordida de ambos os lados, sorrisos contidos são trocados. E foi naquele instante, olhando nos olhos do meu alfa, vendo o amor e a dedicação que ele tinha e ainda tem por mim, que finalmente compreendi o que estava acontecendo comigo.

- Kookie. - um pequeno bico se forma em meus lábios diante a vergonha. - Eu amo você.


Notas Finais


O que acharam da decisão do Chim? Concordam?
Alguém desconfiava da Sohyun envolvida no sequestro? x.x
E agora vocês perdoaram o Kookie, pq eu perdoei >.<

Fiquei muito feliz sobre o feedback com o especial :3 Tia Moy ama vocês hehe
Posto no máximo até sexta o/

Já votaram no MAMA hoje?


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