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História Make You Feel My Love - Capítulo 2


Escrita por: Confidence_H

Notas do Autor


Capítulo 2 na mão bebês hahaha

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Make You Feel My Love - Capítulo 2

- Ooooh Yes I said it, I said it, I said it 'cause I can!!! Today I don't feel like doing anything I just wanna lay in my... - antes que eu pudesse terminar de cantar, ouço alguém bater na porta do quarto. - Entra! - digo enquanto diminuo o volume do som.

- Oi Lô, acho que ja está na hora de irmos né? - diz entrando no quarto batendo com a ponta do dedo no relógio em seu pulso. - Você demora demais amiga! Hoje será o terceiro dia que chegaremos atrasadas. Vamos, vamos vamos, tá tarde. - falou me puxando para fora do quarto em direção a porta do apartamento. Eu ria da situação toda. A Petra é minha amiga de infância. Nós moramos juntas em Los Angeles desde que começamos a faculdade de Jornalismo. Ela é uma pessoa extremamente mandona e de personalidade forte, totalmente o contrário de mim, que sou mole e quase sempre acuada diante dos problemas, mas nos damos bem apesar das diferenças.

- Calma amiga, deixa eu pegar minha bolsa. - eu ria, e ela me olhava bufando. - Prontinho, vamos?! - disse puxando-a pela mão.

Enquando estávamos saindo do prédio resolvi contar para ela mais um sonho que tive com uma pessoa, era a quarta vez seguida que isso acontecia, e para mim era um sinal, e um sinal não tão bom. - Pê, eu sonhei de novo com ele, e foi tão horrível! Isso não é estranho? Eu sonhar com tanta frequência com esse cara?

- Amiga, de novo? Acho que você tem pensado muito nisso, evita, isso não te faz bem. - disse chateada.

- Petra eu sei que isso parece fantasioso para você, e para todos que me conhecem, mas o sonho é tão real que eu estou quase acreditando que seja um sinal, será que ele vai voltar? - falei.

- Elô, pelo amor de Bey! Sai desse mundinho, vive a vida real! Enquanto você se ilude com isso, tem um cara lindo, digo mais, o cara mais lindo do curso dando bola pra você e você ignora por causa desse medo que te atormenta a tantos anos. - ela respirou antes de continuar - olha eu sei que essa não é a melhor maneira de começar o dia, mas você precisa de um sacode, isso já está demais! A princípio eu entendi, foi um trauma chato e difícil de lidar, mas eu estou percebendo que você fala cada vez mais sério, e isso me assusta. Eu não quero te ver triste Lô. - ela finalizou finalmente.

Eu entendo, e concordo com ela, esse negócio de acreditar que eu nunca mais vou ter a chance de conhecer uma pessoa legal é ilusão, e só vai me deixar triste. A real é que eu tenho medo. Só eu sei o que passei. Buuuuut, eu sou teimosa demais para assumir que estou errada, ainda mais quando a pessoa certa é a Petra.

- Eu não fico com o Michael por que eu não quero Petra, não é por causa de "bloqueio amoroso" por homens. Mas já que você acredita que eu sou uma boba, vou me aproximar dele. Você vai ver que é impossível dar certo. Ele é um cara metido, não dá para mim. - paro de falar e me arrependo quase que imediatamente. Eu sabia que dali em diante a Petra iria unir todas as forças do universo para que aquilo realmente desse certo.

- Ah mas vai dar certo sim, ou eu não me chamo Petra! Aqueles olhos azuis vão te fazer sair dessa bolha chamada "medo de homens". - revirei os olhos e ela me olhou com um sorriso malicioso soando quase como uma vitória antecipada.

- Vai sonhando Pê, vai sonhando. - falei e ela riu enquanto entrávamos no carro. 

*

- Olha ali Lô, sua chance, vai falar com ele! - olhei para o lado e dei de cara com o Michael. Ele estava conversando com alguns amigos e me olhou rapidamente soltando um sorriso quase que tímido. Não sei se foi a pressão que a Petra colocou em mim, mas ali eu realmente vi possibilidade de dar em algo, o Michael era bem bonito, e confesso que naquele momento me chamou atenção.

- Sem chance Petra, não mesmo, não... - pausei a fala e olhei novamente para o Michael tentando buscar certeza no que eu havia dito - Naaaaão mesmo! Vamos para a sala. - falei retornando meus olhos para a Petra e segurando a sua mão em uma tentativa falha de sair dali. Mas infelizmente ele foi mais rápido que eu.

- Oi Petra, oi Eloise... - ouvi sua voz atrás de mim me causando um leve nervosismo. O que é isso afinal? Eu nunca me importei com esse cara!

- Oi Michael - falamos juntas, enquanto eu virava de frente pra ele.

- Então, vocês já vão para a sala de aula?-perguntou.

- Sim, estamos indo./Não, vamos ficar mais um pouco aqui fora - Falamos ao mesmo tempo e eu percebi o olhar confuso do Michael. - É, vamos ficar mais um pouco aqui fora - falei quando senti um beliscão discreto da Petra.

- Okay, querem um suco? - ele perguntou sorrindo, um maldito sorriso.

- Na verdade eu preciso ir ali falar com uma amiga. Mas fiquem à vontade - A Petra saiu e me deixou sozinha com o Michael, VACA MIL VEZES VACA, e ainda por cima me olhou com um sorriso hiper malicioso me fazendo ler em seus lábios "É agora!". Revirei os olhos e ela riu de mim. VACA!

- É, não sei se ainda serve, mas eu posso tomar um suco. - sorri dando de ombros colocando as mãos no bolso e ele deu espaço para que pudéssemos ir e com poucos passos chegamos na lanchonete da faculdade.

Tivemos uma conversa agradável, mas nada tão empolgante. O Michael era um cara legal, mas ele só falava de basquete, futebol, academia, bateria... A sorte é que eu sabia um pouco sobre cada coisa, caso contrário a conversa teria morrido na primeira frase que saiu da boca dele. Tá, talvez não, até porque eu senti uma leve necessidade de admirar sua beleza. Eu estou ridiculamente tentando ver se isso realmente dá em algo. Talvez eu tenha realmente que sair do meu mundinho.

Eu desisti de relacionamentos há quatro anos quando eu sofri amargamente com um relacionamento abusivo. Isso me traumatizou, criando um bloqueio em mim que evitava contato com qualquer pessoa do sexo masculino. Eu criei uma fantasia na minha cabeça com artistas, cantores, pessoas intocáveis, algo como "um dia vamos nos conhecer, nos apaixonar, casar e ter cinco filhos". E eu sei que isso é extremamente ridículo. Mas foi a forma que encontrei para o romantismo não morrer em mim, uma forma de refúgio quando os dias em que eu sofri vinham na minha mente. Eu prefiria confiar em uma pessoa fictícia do que uma pessoa real. Eu preferia criar minhas próprias histórias do que tentar viver alguma delas. Eu sei que parece confuso mas esse foi o meu refúgio. Eles foram o meu refúgio. Mesmo não sabendo da minha existência.


Notas Finais


O que acharam? Confuso? Calma. As coisas vão se encaixar. Comentem!


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