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História Make You Proud - My Type (Part. II)


Escrita por: LannaBrooks

Notas do Autor


IMPORTANTE:
~ Esse capítulo tem o hentai mais sujo que >>>>>>eu<<<<<<<< escrevi, então se você se ofende, não leia.
~ O capítulo tem uma playlist que seria interessante ser ouvida junto a leitura, mas se você tem preguiça, pelo menos ouça Dangerous Woman no local que eu mandar, os links vão ta ali em baixo.
~ Vou reprovar em Civil por causa desse capítulo, me amem ahsuashasu
~ O capítulo é completamente dedicado a minha irmã, Ana Cecília, divosa, linda que se não fosse por ela, metade do que rolou no enredo não aconteceriam.
~ Queria agradecer a Mika Unnie que foi essencial <3
~ Presentinho de aniversário da Fla Senpai.

Capítulo 10 - My Type (Part. II)


Fanfic / Fanfiction Make You Proud - My Type (Part. II)

MY TYPE (Part. II)

Koo Yejin

– É difícil me concentrar quando você faz isso, Jin-ah. – Ele riu brevemente e meu coração se apertou mais ainda. – Yejin, você é a pessoa mais importante pra mim, não quero imaginar que por causa de mim você passe um momento difícil... O que eu quero dizer, na verdade, é que eu... Eu... Yejin, eu quero... – Disse inseguro, enquanto ele completava a própria frase soltei um suspiro profundo apertando mais ainda meu rosto contra as costas largas finalmente derramando as lágrimas que eu estava segurando. – Eu quero que você venha morar comigo em Seul.

- Jiwon. – Sussurrei tão aliviada, tão internamente feliz. Meu coração batia rápido demais de emoção e eu queria ter força pra dizer o quanto eu o amava, o quanto ele era importante pra mim.

- Ou pode ser com o Junhoe, se preferir. Não importa. Eu te pediria em casamento, se eu pudesse... – Continuou em um jato. – Jin-ah, você está chorando?

– Bobby, sabe o quanto me preocupou? – Pude finalmente perguntar ainda sem voz em meio a um soluço. – Achei que você fosse terminar comigo... – Me interrompi ainda temerosa com a chance de aquilo de fato acontecer.

– Desculpe, se passei essa impressão, Mr. Darcy, o meu medo é exatamente esse, não posso te perder, mas não te quero triste ou solitária. Não quero nem imaginar uma situação dessas, meu coração se aperta com a possibilidade. Tudo o que eu menos quero é te causar algum sofrimento. – O garoto respondeu se virando pra me abraçar. – Então, vem pra Seul, Yejin, por nós dois e pelo seu sonho.

– Jiwon-ah, você sabe que é o que eu mais quero, mas eu já voltei pra Busan porque eu na tinha como ficar em Seul, meus pais não podem pagar a escola pra mim e meu irmão.

– Eu já pensei em tudo, agora que a YG vai pagar as despesas do Team B, seus pais terão direito extra por não precisar pagar a aulas do Junhoe, eu também não vou mais precisar da minha bolsa de estudos, então tendo isso em mente falei com os diretores sobre, eu posso indicar quem vai ficar com minha bolsa, eu indiquei você. Falei com seus pais desde o início, eles estão de acordo que você volte, depois que assinarmos vai demorar um mês ou dois e você vai poder usá-la plenamente. – Explicou em um jato sorrindo o tempo inteiro.

- Você... – Comecei ainda estarrecida demais. Não havia palavras pra descrever o quanto eu estava aliviada e feliz, poderia parecer um pouco redundante, mas era assim mesmo que eu me sentia, em um looping reconfortante de alívio e felicidade por ter o melhor namorado do mundo inteiro. Mesmo sabendo o quanto o sentimento que nos unia era forte, ainda sim, ver o esforço que Jiwon estava fazendo, não só pra me ter por perto, mas também pra me fazer feliz, criando oportunidades para que eu realizasse meus sonhos, aquilo aquecia ainda mais meu coração. – Fez tudo isso por mim?

- Claro, Yejin, eu te amo e quero te ver bem. Até hoje eu consigo lembrar com clareza do seu rosto triste, de como você estava arrasada por ter escolhido largar a Escola de Artes, lembro de te pegar chorando escondida, mas mesmo assim, você não disse uma palavra a Junhoe, não jogou a culpa nele, acho que até hoje June não sabe que você deixou tudo pra que ele pudesse continuar estudando pra conseguir debutar.

- Nem poderia, ele não tem culpa de nada, foi uma escolha minha, aliás, uma escolha óbvia, nessa indústria, provavelmente ele se destacaria e conseguiria mais rápido, como de fato aconteceu.

- E agora é a sua vez. – Garantiu com uma expressão de animação tão fofa que eu não sabia se queria beijá-lo ou mimá-lo como uma criança.

- Kim Ji Won, eu te amo. Realmente, realmente, eu te amo.

- Eu também te amo, Koo Ye Jin. – Respondeu segurando meu rosto entre suas mãos, me encarando intensamente. – Isso é um sim?

- Sim. – Acenei rapidamente com a cabeça o máximo que seu toque permitia. – Sim, sim. O que eu mais quero é ficar perto de você.

XXX

- Vocês me enganaram direitinho! – Acusei entrando em casa e apontando pros meus pais que ainda estavam no sofá com JunHa. – Eomma, você reclama que eu escondi o namoro de Junhoe, mas se associa aos planos de Bobby.

Passado o primeiro susto todos riram de mim e eomma se levantou para abraçar protetoramente nós dois. Minha mãe era a maior fã do Bobby, ela simplesmente amava ele e amava mais ainda nós dois juntos como um casal. Durante todo o período que terminamos ela era a primeira a tentar criar situações para que voltássemos e brigava comigo por ser teimosa.

- Minha garota, não queria estragar a surpresa. – Sorriu segurando meu rosto. – Estou tão feliz que agora você possa fazer o que quer, melhor que isso, com o amor e o apoio de quem você gosta.

- Queremos que seja feliz, Yejin, e sua felicidade não está aqui em Busan, trabalhando com a gente. – Appa disse ainda sentado no sofá. – Sabemos que você estará em boas mãos, com pessoas que se importam com você e mais, sabemos que nosso Jiwon-ah cuidará bem de você.

- Sim, ele vai. – Concordei olhando para Bobby que abraçava relaxadamente meus ombros. Me forcei a não deixar as lágrimas escapulirem de novo, eu odiava chorar em público, mesmo que fosse de felicidade. – Obrigada, muito obrigada mesmo. – Me curvei.

- Podemos roubar Junhoe e Haeun por um instante? – Jiwon perguntou sem perder o sorriso animado. Eomma e appa resolveram finalmente liberar o casal da mini sabatina e nos deram alguma privacidade, arrastando Clara junto para a cozinha, já que a mulher parecia se recusar em aceitar a derrota e ir embora.

- E aí? – Indaguei para Haeun. – Viu como nossos pais são completamente favoráveis a gente legal?

- Estou tão leve, sério, e tão... Sei lá, contente? Acho que essa é a palavra. – Ela suspirou abobalhada tombando a cabeça no ombro do Cogumelo. – Acho que é essa a sensação que sentirei quando passar em uma audição que eu almejo.

- Mas é uma bobona mesmo. – Junhoe riu sempre alto demais e Haeun o beliscou como vingança.

- Só não digo que vocês dois são a definição de “entre tapas e beijos” porque a Yejin é mais adepta dos tabefes que a Haeun. – Bobby gargalhou e eu semicerrei os olhos em sua direção, logo o garoto tratou de abraçar minha cintura e beijar meu pescoço como suborno.

- Enfim, queria combinar com vocês e depois com os outros sobre uma comemoração. – Me adiantei antes que June resolvesse fazer algum comentário sobre meu comportamento. – Eu trabalho de babá do filho de um rapper que abriu um club aqui a pouco tempo, não sei se vocês conhecem, o Bobby talvez sim, ele chama Vasco, quando ele tem que vir pra Busan e não tem com quem deixar o Seop eu tomo conta dele.

- Caralho, como assim você conhece o Vasco? – Jiwon me olhou surpreso.

- Super amo esse rapper, na verdade. – Haeun anunciou animadíssima. E June se limitou a dar de ombros.

- Tenho meus contatos. – Ri fingindo pretensão. – O ponto é: estava pensando em irmos comemorar na Secret Society, que é o club do Dong Yeol oppa, mesmo que Cogumelo, Donghyuk ou Hanbin sejam menores de idade posso tentar dar um jeito diretamente com o Vasco, ele é bem legal e provavelmente vai abrir uma exceção. O que acham?

- Seria meu sonho? – Haeun mordeu o lábio animada.

- Bem menos, Haeun. – Junhoe estreitou os olhos pra namorada e eu tive que segurar o riso. – Seria uma boa ideia.

- Eu ia pirar com isso, acho que é a melhor ideia de comemoração de todas. – Jiwon me balançou de um lado para o outro, eufórico. – A Secret Society é cheia de gente foda.

- Só preciso ligar para ele e combinar tudo. – Comentei sentando ao lado de Haeun.

 

Rapidamente passamos mensagens para todos da nossa roda de amigos, perguntando se eles gostariam da ideia, claro que a resposta positiva foi unânime e logo pude ligar para Vasco a fim de combinar tudo com ele. O mais velho não se opôs, mesmo sabendo dos três menores, garantiu que resolveria o assunto da seguinte forma: Dong Yeol estaria em Busan dali a duas semanas e pediu que fôssemos nessa data, para que ele diretamente autorizasse a nossa entrada, a única coisa que ele pediu foi que, se os meninos tivessem identidades falsas ou algo do gênero, eles levassem no dia, só pra garantir.

Luna Zanforlin

Eu não sabia dizer o quão decepcionada e irritada estava. Mas era bastante.

Depois daquela briga horrível, de uma noite mal dormida regada a lágrimas, depois de eu abrir meu coração e tentar partilhar o que eu sentia, depois de tudo isso, lá estava eu sozinha. Jinhwan fora o primeiro a exigir sinceridade total e o primeiro a fugir por causa dela. No entanto nem assim eu podia odiá-lo. Eu tinha noção do choque (eu ainda estava), sabia que, diferente do ocidente, um filho fora do casamento é o fim pra qualquer pessoa por aqui, ainda mais para alguém que almeja ser um idol. Mas custava Jinhwan ter sido menos intempestivo e descortês?

Meu celular chamou pela terceira vez aquela tarde e eu sabia que era ele. Já me sentia emocionalmente mais equilibrada, apesar do choro e da tristeza impregnada em mim, então achei por bem atender. Independente do que acontecera horas antes, eu ainda tinha muito o que discutir com o coreano.

- Já acabou o piti, Jinhwan?

- Desculpe, você está bem? – Respondeu com a voz constrangida. Assenti monossilabicamente. – Pode vir me encontrar? Estou em um restaurante perto da casa, te passo o endereço e depois de conversarmos vamos juntos em um laboratório para fazer um exame, tudo bem pra ti assim?

- Sim, te encontro o mais breve possível. – Concordei desligando em seguida. Lavei o rosto e troquei de roupa enquanto esperava que o garoto me mandasse o endereço.

O restaurante era de fato muito perto, cerca de um quarteirão e eu não tive problemas de encontrá-lo. Estava praticamente vazio, dois ou três gatos pingados em uma mesa ou outra. Jinan acenou pra mim de uma mesa um pouco afastada, no fim do extenso salão, caminhei a passos largos até ele, sentindo meu estômago revirar a cada passo mais próxima dele. O garoto também dava alguns sinais de nervosismo e constrangimento. Sentei a sua frente, encarando seu rosto corado e inseguro. Passamos um longo momento assim, apenas fitando um ao outro.

- Encontrei uma clínica para fazer o exame de sangue, é melhor e mais seguro. – Anunciou finalmente quebrando o silêncio desconfortável que se instalara entre nós. – É pertinho daqui e o resultado sai em mais ou menos trinta minutos.

- Também acho que seja o mais apropriado. – Murmurei desconcertada. – Nani, sobre nós...

- Sobre nós, não tem o que discutir. – Me cortou rapidamente e eu engoli em seco. – Luna, eu amo você. Amo cada coisa sobre você, seu cabelo chamativo, seus olhos expressivos, seu sorriso largo, sua voz e sua pronuncia engraçada, sua personalidade, mesmo que me deixe confuso, eu amo suas qualidades e aprendi a amar seus defeitos, saber que o sentimento é recíproco acalma meu coração. Por favor, me perdoe pelo que eu disse mais cedo. Eu não esperava aquilo, nem por um momento, mas sinceramente não importa. Vamos passar por isso juntos, se tivermos que passar, podemos casar, se necessário, não vejo problema algum em me ligar a você por uma vida inteira e, agora, a única coisa que me deixa triste é que você teve que passar por essas coisas sozinha. Nem imagino o que possa ter passado em sua cabeça esses dias, sinto muito por não perceber nada e acabar interpretando de uma forma errônea, me tornei egocêntrico e egoísta, minha intenção não era essa, nunca foi.

- Jinhwan... – Sussurrei surpresa e feliz.

- Só peço que não me afaste mais, em parte isso ocorreu porque você se fechou e não compartilhou o que estava acontecendo, somos um casal, Dillua, por mais conturbado, inesperado e jovens que sejamos, compartilhar é essencial. Sou grato pelo que já dividiu comigo, mas ainda temos muito caminho pela frente.   Vamos trilhá-lo juntos, lado a lado. Okay? – Disse por fim sorrindo até seus olhinhos se apertarem. Assenti repetidamente sentindo as lágrimas de alegria molharem meu rosto, sequei rapidamente, odiava chorar em público.

- Eu te amo, Kim Jinhwan. Realmente, amo. – Garanti acariciando sua mão que batucava nervosamente a mesa.

- Eu também te amo, Luna Zanforlin. E nunca te deixarei ir. – Avisou entrelaçando nossos dedos. Sorri de orelha a orelha, completamente rendida. Não importava o que aconteceria dali pra frente, a única coisa que importava era que Nani me amava e eu o amava e volta e que Lunhwan não se separaria assim tão fácil.

Almoçamos juntos antes de ir até a clínica, na verdade o exame foi bem rápido e fomos bem atendidos. Só nos restava esperar o resultado. Como Jinhwan dissera saberíamos em cerca de 30 minutos depois da coleta do sangue e decidimos por esperar na recepção. Estávamos mortalmente calados e eu sacodia meu corpo inquieta e impacientemente enquanto Nani tentava me acalmar acarinhando minha mão. Apesar das coisas terem se acertado entre nós eu estava pirando e eu sabia que Jinhwan também, pior era pensar que só estávamos passando por aquilo por um erro bobo, por um descuido tosco da nossa parte.

Quando a enfermeira voltou com o resultado em mãos me levantei apressada, lendo a folha muito afoita pra falar alguma coisa, inevitavelmente amassei o papel agarrando-me a Jinhwan antes que ele conseguisse me perguntar sobre ou ler o exame. O garoto apenas me acalentou tentando reprimir a própria ansiedade enquanto eu soluçava alto demais para formular alguma frase compreensível.

- Vai ficar tudo bem, Luna, a gente fala com meus pais, se planejarmos direitinho vai dar pra resolver sem problemas. – Consolou alisando meu cabelo. – Nós vamos dar um jeito.

Meneie a cabeça negando.

- Já... Está tudo bem. – Garanti com a voz entrecortada.

- Negativo? – Ele arriscou indagar. Assenti rapidamente me agarrando ainda mais a ele. O corpo de Jinhwan se tornou perceptivelmente mais relaxado e um suspiro de alívio escapuliu de seus lábios. – Não me entenda mal, mas eu nunca me senti tão leve.

Soltei uma risada breve.

- Eu também não. – Confessei já mais calma. – Pelo menos o susto serviu para que resolvêssemos as coisas e nos aproximarmos.

- Olhando por esse ângulo, estou feliz que tenha acontecido, agora podemos fazer tudo do jeito certo.

- Sim. – Concordei entrelaçando nossos dedos, pronta pra ir embora.

XXX

[DUAS SEMANAS DEPOIS]

Koo Junhoe

Já estávamos basicamente na segunda semana de férias e finalmente iríamos para a tal Secret Society para comemorar a mudança da Yejin para Seul. Bobby e Hanbin hyung eram os mais empolgados para ir, algo sobre o club ser bem frequentado por muitos rappers que os dois gostavam, fora que a própria Secret Society pertencia ao Vasco, um grande nome da under.

Apesar de estar animado para sair, não podia deixar de me preocupar um pouco, principalmente com o risco de eu, Donghyuk e Hanbin estarmos usando identidades falsas, depois ainda tinha o fantasma de Clara. A mulher resolvera infernizar minha vida desde o almoço em família. Se enfiara na minha casa praticamente todos os dias, constantemente me mandava mensagens e procurava criar oportunidades de nos encontrarmos de novo. Não sabia dizer se era orgulho ferido ou se nosso recente reencontro acendera algum sentimento de nostalgia nela, mas aquilo estava enchendo o meu saco.

O pior de tudo era que meus pais não faziam ideia de que a querida Sungmin-ah deles estava me “assediando”, não sabia dizer se essa era a palavra certa, mas assédio era o mais próximo que eu consegui classificar aquele circo. Quando namoramos eu nunca contei nada por motivos óbvios, meus pais iam pirar e barrar o relacionamento na hora e aquilo estava fora de cogitação pra mim. Posteriormente, na minha época de fossa, eu estava tão envergonhado e receoso que minha mãe se culpasse por ter colocado Clara na minha vida que me calei, Yejin acabou descobrindo tudo nesse período, mas também resolveu guardar segredo e depois, bom, depois eu não via necessidade para falar sobre o que aconteceu e agora tinha que me conformar com a mulher rondando minha casa e minha vida, pelo menos naquele mês.

Antes da Clara se consolidar como uma atriz e modelo de sucesso, aliás, antes de ela conseguir se sustentar só da mídia, ela fora me tutora. Não lembro ao certo onde eomma a conhecera, foi assim que me mudei pra Seul, pra morar com Yejin no apê que hoje é só meu, eu não consegui acompanhar as matérias muito bem no começo e eomeoni empurrou Clara pra dentro da nossa casa pra me ensinar já que Yejin se desdobrava em quatro, tendo que estudar os dois turnos da Escola de Artes e ainda dar conta de dois empregos de meio período.

Lembro que na época eu saia com algumas garotas, mas não queria nada sério com ninguém e então, ou poucos, fui me envolvendo pelas provocações de Sungmin, no início suas investidas eram muitos sutis, mas foram o suficiente para que eu me apaixonasse como um idiota. Não sabia dizer até que ponto eu desenvolvi sentimentos sozinho e até que ponto fora obra de seus caprichos, queria deixar isso claro porque também não acho justo culpá-la por completo. Só viemos namorar de fato algum tempo depois, Clara sequer me dava mais aula, na época ela já estava em ascensão, ficamos juntos mais ou menos por um ano, um ano e meio. Durou mais tempo do que esperado se levarmos em conta que eu nem era o namorado oficial dela, coisa que descobri depois e foi o motivo do término. Enquanto estava comigo ela também namorava um desses empresários podres de rico, acho que eu não passava de um troféu para a mais velha, a prova viva que sua beleza conseguia tingir qualquer um e seu poder de sedução funcionava com todas as idades.

Enfim, o motivo nem importa mais, o fato é que os primeiros três meses em que terminamos foi o inferno, talvez tenha sido o pior período da minha vida, eu não era mais eu, tinha perdido completamente minha identidade e me tornara alguém patético e digno de pena. Qualquer pessoa que me conheceu agora não seria capaz de me reconhecer naquele tempo. Quando eu finalmente saí da fossa o que eu sentia por ela aos poucos acabou. Não restara mais amor, carinho, raiva, arrependimento, nada do gênero, mas algo nela me intimidava. Como Yejin dissera há alguns dias: Clara passou tanto tempo mandando em mim que eu não aprendera a reagir a ela. E aqui chegamos na única vantagem da inconveniência da minha ex: Sungmin me enchera tanto o saco naquelas duas semanas que eu me acostumara com sua presença. Ela não me afetava mais.

 

- E esse? – Haeun indagou girando sobre os calcanhares forçando-me a largas meus pensamentos, mostrando o segundo ou terceiro vestido que experimentava aquela noite.

- Não. – Me limitei a responder deitado na cama com os braços abaixo da cabeça. A verdade é que eu não tinha muito saco pra isso e, além de tudo, eu não sabia se ela estava tão empenhada para parece bonita pra si mesma, pra mim ou porque ia conhecer os tais rappers que ela gostava.

- Ai, Junhoe, você nem olhou direito. – Reclamou fazendo bico.

- Quem tem que olhar é você ué, sou eu quem vai de vestido por acaso? – Rebati arqueando a sobrancelha. A garota parecia ofendida e eu revirei os olhos, nunca entendi muito bem o propósito de eu ter de opinar sobre as roupas dela sendo que no fim Haeun ia escolher a que ela quer, independente da minha opinião sobre.

- Às vezes eu simplesmente esqueço que namoro com um cavalo. – Suspirou um minuto depois se sentando ao meu lado. Instintivamente passei um dos braços por sua cintura, ainda apoiando a cabeça com o outro. – Custa você se esforçar um pouquinho e dizer o que acha? Não vai doer.

- Quer mesmo saber o que eu penso? – Perguntei olhando-a com calma. Haeun assentiu desanimadamente. – Eu penso que não importa como você vá vestida hoje, eu terei que me controlar pra não cair no braço com alguém por olhar demais pra minha garota.

- Junhoe. – Sorriu acariciando meu rosto antes de me beijar. – Seu bobo.

- Sobre o vestido, ele fica bonito em você, como os outros antes dele, noona, pra mim eles sempre parecerão curtos ou decotados demais, por isso não posso opinar, escolha o que você gostar, o que se sentir bem usando. – Confessei quando nos separamos, ainda estava trabalhando esse lance do ciúme e das práticas machistas.

- Obrigada, Jun-babe. – Riu me fazendo cócegas, revirei os olhos.

- Odeio que me chame assim. – Repreendi o apelido bobo pela vigésima vez aquela semana.

- E é por isso mesmo que eu chamo. – Retrucou mordendo minha bochecha antes de levantar pra atender o celular. – Alô? Alô...?... Ué?

- O que foi?

- Não disse nada, depois desligou. – Disse franzindo o cenho. Olhou atentamente pra tela e depois me deu um sorriso desanimado, voltando a se arrumar.

XXX

Tenho que admitir, o club do tal Vasco era tudo isso mesmo. A música e a bebida eram dignas de grandes festas e o local era bem frequentado, graças a Yejin conseguimos ficar na área VIP sem qualquer problema e por uns trinta minutos o Vasco em pessoa fez sala pra gente, conversando animadamente com Bobby e Hanbin sobre a indústria do khiphop. Donghyuk tinha sumido na multidão, Yunhyeong, Sobin, Jinhwan e Luna estavam mais preocupados em manter a pista de dança animada, Yejin e Haeun conversavam sobre tudo o que fariam juntas em Seul, sobre ir alguma balada de Hongdae e vez ou outra tentavam me encaixar na conversa.  Mas naquele momento eu estava mais preocupado em me policiar, meu nível de skinship com Haeun se tornara absurdo, eu quase não era capaz de permanecer ao seu lado ou conversar com ela sem abraçá-la ou tocá-la de alguma forma e num lugar cheio de homens que não pensariam duas vezes em dar em cima dela, eu me sentia tentado em marcar território.

- Estamos te entediando, June? – Haeun riu maldosa quando eu bufei de tédio, não que eu não estivesse curtindo, mas eu queria me divertir com minha namorada sem ter que me preocupar com o hyung.

- Esse Cogumelo vive entediado. – Minha irmã rebateu rindo também. – Vamos pra pista um pouco. – Avisou beijando o pescoço de Bobby antes de arrastar a mim e a Haeun. Saímos da área VIP e fomos pra pista comum. – Pronto, pombinhos podem aproveitar, vou ficar de olho pra ver se Hanbin não aparece.

- Mana, você é a melhor. – Bajulei mandando um sinal de positivo para ela. – Desculpe por isso, eu vou falar com o hyung logo e acabar com esse incômodo. – Garanti por fim.

- Sem problema, Junhoe. – Yejin riu me empurrando na direção de Haeun. – Vou ficar um pouco, daqui a pouco eu volto para o Jiwon.

Sorri em agradecimento antes de beijar Haeun avidamente, puxando-a pra mim. Eu gostava daquela sensação de liberdade, de poder tratá-la com a intimidade que tínhamos despreocupadamente, sem fingir que éramos só amigos. Acho que depois de ser sincero com meus pais percebi o quanto era insustentável aquela situação e mesmo receoso eu daria um jeito de tocar no assunto com o hyung.

Pedi uma vodca com tônica e Haeun, um sex on the beach e eu não pude deixar de fazer um comentário maldoso sobre isso. Depois voltamos pra pista.

- I’ve been here all night, I’ve been here all day, and boy got me walkin’ side to side¹. – Cantarolou em meu ouvido roçando o corpo esguio contra o meu, espalmei a mão livre em suas costas beijando-a de novo, sentindo o gosto de vodca misturada com pêssego e laranja.

Kim Haeun

Junhoe foi até o bar novamente, sozinho dessa vez, fiquei impressionada com ele, apesar de ser mais novo, o garoto sabia beber, ao contrário de mim que estava mais alegre depois do meu terceiro drinque. Chequei minhas mensagens, era a segunda vez naquele dia que recebia alguma frase bizarra do tal número desconhecido e por alguma razão instintiva passei a me preocupar com isso. Resolvi ignorar a inquietação por ora, minha noite estava sendo tão boa. Apesar de um ou dois incidentes com Hanbin onde ele quase nos pega, estávamos nos divertindo de verdade e eu podia sentir mais do que nunca que éramos um casal (e dos felizes).

Ajudei-o pegando meu drinque e abracei seu corpo no processo, só assim eu me sentia completamente plena e segura. June aproveitou a proximidade pra comentar alguma coisa engraçada sobre os outros frequentadores do local e tive que rir. Apesar de algumas vezes Junhoe ser rude ou não ter uma noção boa de sensibilidade, a maior parte do tempo era daquele jeito, nós riamos bastante, nos divertíamos juntos e eu gostava disso, mesmo não tendo tido muita experiência em relacionamentos, eu sentia que o que tínhamos era saudável e bom para os dois.

Logo Jinhwan, Bobby, Yejin e Luna se juntaram a nós, Hanbin estava bebendo indiscriminadamente na companhia de Yoyo, Sobin, Vasco e CJAMM, pra ser sincera, eu estava preocupada com Hanbin, mas eu não sabia como me aproximar e dizer isso a ele. Acho que algo tinha acontecido entre ele e Hayi unnie porque meu irmão estava ainda mais irritado sobre esse assunto, Bobby garantiu que tudo ficaria bem e que ele e Jinhwan cuidariam de B.I, então resolvi deixar as coisas como estavam por enquanto, porém estava disposta a intervir se necessário.

- Haeun. – Yejin me chamou séria, quando a olhei minha cunhada meneou a cabeça em direção à mulher há uns quatro metros de distância.

- Puta que pariu. – Xinguei mais raivosa que o habitual, provavelmente culpa da quantidade incomum de álcool no meu sistema.

- Filha? Que isso. – Luna repreendeu. – O que foi? – Perguntou por fim, apesar de estar inteirada de toda a confusão que se instalara por causa da unnim, Dillua ainda não tinha visto a mulher.

- A ex do Junhoe. – Chiei fechando a cara. – Eu devia saber que ela ia aparecer aqui. – Bufei, saindo de perto das meninas e me aproximando do garoto. – Clara Lee está aqui.

- Por que está se preocupando com isso? Ela já sabe que estamos juntos. – June franziu o cenho em meio a um suspiro.

- Ela sim, o Hanbin não. – Retruquei apontando minha real preocupação.

- Caralho, que saco. Vamos só garantir que os dois não se falem, ainda essa semana eu converso sobre a gente com o hyung. – Garantiu abraçando meus ombros. Assenti roubando o copo de sua mão e tomando um gole. Tossi um pouco e ele riu. – Cadê teus drinques sugestivos? – Fiquei tentada a responder mal ou fazer algo que seria publicamente mal visto, mas não estava tão bêbada assim pra concretizar o ato.

- Vamos distrair o Hanbin por enquanto, ver se ele para de beber também. – Jinhwan anunciou com um sorriso desanimado.

- Obrigada, gente, desculpem por isso. – Respondi desconfortável. Os garotos sorriram e foram até a área VIP, atrás de B.I. – Ela está vindo pra cá, Junhoe, não vai dar certo isso aí. – Avisei, era pedir demais que a mulher parasse com esse joguinho e se afastasse da gente de vez.

- Deixa ela vir, você mais do que ninguém sabe que não vai dar em nada, noona. – Respondeu tirando os cabelos da minha nuca e beijando o local.

- Eu sei, mas não tenho sangue de barata, June, não é só você o detentor de todo o ciúme de JunHa. – Retruquei dando uma risada breve. Ele também riu terminando de tomar a vodca com tônica que restara em seu copo.

- Não se preocupe, isso acaba hoje. – Garantiu um pouco mais sério do que antes. Clara praticamente pulou no pescoço de Junhoe e o teria beijado se o mais novo não tivesse virado rosto afastando-a de imediato. Bufei audivelmente, abraçado a cintura do garoto numa forma silenciosa de hostilidade, cumprimentei-a com cinismo comedido e ela me respondeu em mesmo tom. – Precisamos conversar. – Junhoe sentenciou por fim.

- Só depois dessa música. – Retrucou agarrando-se ao braço dele, fazendo menção de ir dançar. – Depois podemos fazer o que quiser.

- O que você pretende? – Junhoe indagou sem rodeios, ele estava realmente irritado com a cara de pau dela, soltando-se bruscamente de seu toque e eu abri um sorriso de presunção.

- Pretendo dançar com você, como a gente fazia antes, nada demais. Lembra? Sempre acabava de um jeito gostoso para nós dois. – Disse sem o menor remorso, com a voz aveludada, alisando o ombro de June que se manteve impassível.

- Ahjumma, você deveria ter se valorizar um pouco mais, não está vendo que seu tempo já passou? Para de encher nosso saco, aqui não tem espaço pra você, volta pro cabaré que você pertence e de onde não deveria ter saído pra nos importunar. – Chiei zangada. Tomando a frente e separando os dois.

- Esse é seu tipo agora, Junhoe? Como você desceu o nível rápido. – Provocou fingindo que eu não estava ali entre eles.

- Você não tem o direito algum de opinar na minha vida e muito menos de ofender alguém como a Haeun. – O mais novo partiu em minha defesa.

- Me poupe, Clara, para de forçar a barra que nenhum de nós aguenta mais esse circo que você armou. Já deu. Chega. Uma múmia velha como você deveria ter o mínimo de dignidade.

- Você é uma garotinha muito mal-agradecida, Kim Haeun. – Sungmin riu maldosa, fingindo calma. – Se você hoje tem um namorado bom de cama, deveria agradecer a mim, quem você acha que ensinou? – Cerrei os punhos, possessa. Estava me controlando pra não voar nos cabelos dela, mas o sorrisinho de sarcasmo que adornava seus lábios me fazia ficar ainda mais irritada.

- Dá um tempo, Clara. – June bufou.

- O quê? Ela deveria me agradecer mesmo, duplamente, até. Ouviu, Haeunzinha? Não só por ter quem te coma bem, mas como por ter um namorado. Porque se você acha que Junhoe estaria com uma mosca morta como você tendo a mim do lado, querida, você está muito enganada. Pode me chamar do que quiser, ahjumma, múmia, insinuar que eu sou prostituta, mas é você quem está se aproveitando do resto que eu deixei, porque a versão inteira só eu tive.

Parti pra cima dela rápido demais para Junhoe prever e me impedir, a estapeei com toda a força que tinha, motivada pela raiva cumulativa, já vinha guardando essa vontade de partir para as vias de fato há muito tempo, Clara não se intimidou revidando o ataque, puxando meu cabelo com força, puxei os dela de volta com uma mão, tentando acertar seu rosto de novo com a outra.

- Hey, hey. – June apressadamente se meteu tentando nos separar. – Parem com isso, estamos chamando uma atenção desnecessária. – Repreendeu tirando-me de perto dela, logo verificando se eu estava bem. Bufei tentando dar um jeito em meus cabelos.

- Acho bom você aprender onde é o seu lugar, não serei tão gentil em uma próxima vez e acredite, nem o meu namorado será capaz de me tirar de cima de você, entendeu? – Adverti apontando para o rosto cínico dela. – Junhoe, a vagabunda é sua, se resolva com ela, não vou ficar aqui por motivos óbvios: Não consigo olhar pra essa cara sonsa sem querer quebras os dentes dela.

- Eu te irritei, garotinha? – Provocou de novo e June me segurou pelos ombros antes que eu perdesse o controle de novo.

- Você não me viu irritada. Ainda. – Retruquei semicerrando os olhos. Acariciei os cabelos do garoto e selei nossos lábios por um breve momento, uma demonstração silenciosa de que em momento algum eu estava zangada com ele.

Caminhei a passos largos para longe, eu sabia que seria um caso perdido para Clara, realmente eu queria ver a expressão dela enquanto ele a repreendia e repudiava seus atos, porém eu sabia que a mais velha encontraria um jeito de me provocar e voltaríamos a brigar. Era melhor evitar aquele tipo de exposição, até porque, uma briga onde chamassem a segurança poderia despertar a atenção das pessoas na área VIP e consequentemente a de Hanbin. Sentei junto ao bar e pedi um Long Island Iced Tea, provavelmente me arrependeria depois, por ser um drinque forte demais para os meus padrões, mas eu precisava perder mais um pouco da sobriedade.

- Você aqui sozinha e ele lá com a Clara, nem vou dizer que te avisei porque é meio óbvio.

- Donghyuk, me faz um favor e vai tomar no cu. – Me virei em sua direção, fazendo menção de levantar.

- Desculpe, foi um comentário infeliz. – Disse rapidamente, segurando meu pulso sobre o balcão. – Você sabe meus motivos.

- E eu tenho os meus.

- Haeun, você gostou de mim antes, aliás, a primeira pessoa que você gostou, estou certo? Nós temos uma história inacabada juntos, eu só quero resgatar isso, eu gosto de você, eu não estaria aqui agora, se não gostasse. – O garoto continuou elencando motivos para que eu o aceitasse de volta e só naquele momento eu entendi de verdade a aversão que Junhoe tinha a Donghyuk quando estávamos próximos.

- Donghyuk-ah. – Chamei bebericando o resto do meu drinque. Ele parou de falar me olhando surpreso pelo meu tom de voz doce. – Você se lembra de Jeju?

- Haeun.

- Não, eu não estou brava, só quero deixar claro uma coisa. – Respondi alisando seu ombro. O garoto assentiu inseguramente. Aquela altura June já tinha terminado seu discurso de enceramento com Clara e eu tinha que ser rápida. – Donghyuk-ah, lembra quando Momo sugeriu que eu, você e Junhoe fossemos um triângulo amoroso? Você ainda lembra o que respondeu?

- Me desculpe, eu não...

- Está tudo bem, Dong, só quero saber se você lembra. – Respondi com a voz aveludada. O mais novo assentiu novamente ainda desconcertado.

- YAY! YAY! Que porra é essa? – June finalmente havia nos alcançado e estava pronto pra me levar pra longe.

- Espera. – Mandei séria soltando-me dele, mas próxima o suficiente para evitar que uma nova briga acontecesse. – Donghyuk-ah, diz pra mim o que você respondeu.

- Não há disputa entre mim e Junhoe... – Replicou desconfiado olhando para o mais alto. – Porque Haeun me escolheria de olhos fechados. – Completou. June cerrou o punho e eu agarrei sua mão avisando-o que estava tudo bem.

- Você realmente se lembra. – Comecei docemente. – Sabe? Donghyuk-ah, você estava certo. – Anunciei sorrindo, em tom de flerte, e Donghyuk sorriu de volta. – Não há disputa entre vocês, nem nunca houve, por que, independente de qualquer coisa, eu escolheria o Junhoe, até de olhos fechados.

Foi como um balde de água fria sobre a cabeça dele. Não estava me sentindo tão confortável com isso, mas precisava ser feito, Donghyuk era “a minha Clara”. E só no meio daquela confusão eu entendi aquilo. A história do primeiro amor tórrido e com o final infeliz. Não era justo exigir que June se livrasse da ex, se eu não me livrasse do meu. Se eu não fizesse isso agora, com as palavras exatas Dong sempre seria uma sombra entre nós, mesmo que ele não significasse mais nada pra mim e eu não pretendia deixar que o passado fosse um obstáculo.

- Haeun, espera. – O garoto ainda pediu segurando meu braço.

- Solta. – June rapidamente interveio possesso.

- Para de encher o saco! Vai ficar com sua namorada, vai cuidar da vida dela. – Donghyuk gritou irritado. Pra minha surpresa, Junhoe não o atacou, apenas sorriu com arrogância abraçando meus ombros.

- Eu já estou e muito bem. – Se limitou a dizer me arrastando pra longe. – Nós vamos embora.

- Junhoe.

- Não vem me dar lição de moral agora, por favor. – Chiou irritado enquanto caminhávamos para a saída.

- Eu só ia dizer que é uma boa ideia. – Ri um pouco alterada. Até eu achava que ir embora era o mais acertado. Liguei pra Luna e expliquei por cima o que houve, avisando que já estávamos indo pra casa.

XXX

 [HENTAI] [OUÇAM DANGEROUS WOMAN]

- Caralho Haeun, é tão difícil fazer o que eu peço? – Junhoe bateu a porta atrás de si, quando entramos no quarto dele. – Eu te deixo sozinha pela porra de cinco minutos e quando te encontro, Donghyuk tá lá? Que merda é essa.

­- O que, está com ciuminho? – Provoquei com um sorrisinho sacana. Eu não lembrava em que momento eu mudei assim, em que momento meu convívio com Junhoe me tornara uma garota provocativa e libertina, mas tinha certeza que tinha a ver com ele e algum feromônio selvagem que emanava de sua pele.

- Eu mandei ficar longe dele! – Quase gritou possesso. Eu não me importava mais. Não com o ciúme dele. Ainda mais quando se tratava de Donghyuk. Nossos corpos estavam próximos demais, eu podia sentir o calor e o cheiro enlouquecedor do perfume amadeirado misturado com suor. Não sei se era o efeito da bebida ou de toda a tensão que se instalara no quarto, mas eu me sentia completamente aquecida e sedenta dos toques másculos e urgentes de Junhoe, no entanto ele parecia mais interessado em exigir uma fidelidade claramente já existente.

- Cala a boca. – O esbofeteie.

Meus cinco dedos chocaram-se contra seu rosto, não com força, não para machucá-lo, queria sua atenção, queria provocá-lo e consegui. Ele me encarou em um misto de raiva e excitação. Abruptamente me prendeu contra a parede, meus pulsos acima da cabeça e sua boca a centímetros da minha. Como um bom ariano que June era, ele não deixaria passar.

- Você vai se arrepender disso. – Sussurrou em advertência fitando diretamente meus olhos e eu tinha a impressão de ser despida só com aquele olhar. Suspirei sentindo seu hálito quente de menta e vodca bater contra meu rosto. Lambi seu queixo com a ponta da língua em resposta e Junhoe me lançou um sorriso maldoso. – Ahhh Haeun, eu vou acabar com você.

Sua afirmação fez com que um curto gemido de ansiedade escapasse de meus lábios. Soltou minhas mãos e me virou de costas pra ele, meu rosto prensado contra a parede gélida me fazia ter ideia de o quão febril meu corpo estava, me causando alguns arrepios. Seus lábios alcançaram minha nuca distribuindo beijos molhados pelo local enquanto descia o zíper do meu vestido vagarosamente, suas mãos alisaram cada parte da tez nua apertando a com volúpia.

O volume que roçava a base das minhas costas estava me enlouquecendo. Minha mão direita agarrou o cós de sua calça, adentrando na peça de roupa, apertei levemente e o mais novo gemeu contra meu pescoço. Suas mãos desceram por meus braços fazendo eu me arrepiar novamente e tratou de cessar meu toque, prendendo minhas mãos contra a parede de novo. Com a ponta da língua lambeu demoradamente o lóbulo da minha orelha, em círculos e terminou mordiscando o local.

- Você está fodendo comigo, com a minha sanidade, minha vez de retribuir. – Sussurrou antes de morder minha orelha novamente. Queria dizer que era exatamente o contrário, que ele quem me transformara, me deixara louca e sacana, mas a aquela altura, enquanto seus lábios marcavam minhas costas e uma de suas mãos apertava a parte interna da minha coxa, eu não tinha mais voz ou noção de coerência.

Logo tratou de tirar meu vestido, suspirei rendida enquanto ele deslizava as alças grossas da peça por meus braços, fazendo questão de acariciar a pele no processo. A veste atingiu o chão e eu o chutei para o lado. Junhoe tirou o próprio casaco e camisa antes de colar o corpo no meu de novo, acariciou um de meus seios diligentemente com uma das mãos e com a outra iniciou movimentos circulares em meu clitóris ainda sobre a calcinha rendada, de uma forma tão enérgica que fez com a peça afastasse apenas com o vigor de seus dedos.

Afaguei seus cabelos num incentivo desajeitado, gemendo baixo. Girou meu corpo, nos deixando frente a frente de novo, e sua boca tomou a minha com urgência e selvageria.  Apertei e puxei o cabelo negro como o ébano com força enquanto ele apertava minha bunda sem pudor. Mordi seu lábio inferior antes de nos separarmos, ficamos alguns segundos encarando um ao outro, próximos demais, hesitando provocativamente antes de voltarmos a nos beijar. June beijou meu queixo, depois meu pescoço, lambeu e sugou brevemente meus seios e seguiu trilhando um caminho molhado até meu umbigo.

Tirou a última peça de roupa que me restava e se ajoelhou pondo minha perna direita em seu ombro e abocanhando minha intimidade com destreza. Pressionei as costas contra a parede completamente inebriada enquanto o mais novo beijava, lambia e sugava a região erógena. Espalmou as mãos na minha bunda aumentando a pressão entre seu rosto e minha intimidade, intensificando a sucção. Cheguei ao ápice abafando o gemido com as mãos. Mordeu com força a parte interna da minha coxa que ainda estava em seu ombro e distribuiu mais mordidas com a mesma intensidade ao longo do meu corpo, marcando quase que instantaneamente a pele até tomar meus lábios de novo.

- Não tenho maquiagem suficiente pra esconder isso tudo, Junhoe. – Adverti quando o mais novo deu um chupão em meu pescoço.

- Quem disse que é pra esconder? – Riu maldoso. – Quero que todo mundo seja e saiba que você tem dono. – Completou mordendo meu ombro. Sorri maliciosa.

- Já falei que não sou cachorro, pra ter dono. – Respondi empurrando-o em direção a cama, June caiu de costas e arfou de surpresa quando sentei em sua ereção.

Cravei as unhas em seus ombros e desci o longo arranhão por suas costas até onde foi possível e mordi seu pescoço e peitoral com afinco, marcando-o tão rápido quanto ele me marcara. Suas mãos acariciavam e apertavam minhas coxas, uma em cada lado de seu corpo masculino, roçou o quadril contra o meu, indicando que a excitação já o incomodava. Beijei e suguei toda a extensão de pele de seu abdômen sequinho e só então desabotoei sua calça puxando a peça para baixo, tirando-a de uma vez só, fiz o mesmo com a box preta que ele usava e vagarosamente acabei qualquer distância entre nós, gememos juntos enquanto ele escorregava para dentro de mim. Ditei movimentos lentos e ritmados. Inclinei para frente, buscando seus lábios de novo, beijando-o com urgência, mordi seu lábio inferior com força até sentir o gosto ferroso de sangue.

Junhoe me jogou para o lado, separando-se de mim por um segundo, tocou os próprios lábios para ter certeza que eu o havia machucado. Me lançou um sorriso malicioso de satisfação e voltou a agir, levantando minhas pernas, rapidamente abracei-as junto ao peito entendendo o que ele pretendia, June apertou a lateral das minhas coxas, me inclinou um pouco para a frente e me penetrou de uma vez, tão fundo quanto era possível, mordi meus lábios para não gemer alto demais. O ritmo insano das estocadas e a pressão e peso de seu corpo fez com que eu não pudesse me manter na posição por muito tempo e o garoto me liberou. Depois me deu um tapa na coxa, forte o suficiente para marcar o local pelos próximos 5 dias. Me virou de costas, me pondo de quatro sob o colchão, puxando meus cabelos enquanto seus  lábios alcançavam minha orelha.

- Só por isso não vou te deixar ficar por cima de novo. – Avisou antes de morder meu ombro com força. Voltou a me penetrar intensamente enlaçando meu cabelo com ainda mais vigor e com a outra começou a fazer movimentos circulares em meu clitóris com o polegar.

As estocadas eram cada vez mais profundas, rápidas e exigentes a medida que Junhoe caminhava para o próprio êxtase, isso fazia com que ele intensificasse a carícia viril em meu ponto sensível, vez ou outra ele mordia meu pescoço e costas, dava tapas em minha bunda ou beliscava a auréola de meus seios. Aquele ponto eu estava, literalmente, gritando contra o travesseiro e June tentava controlar o volume de seus gemidos. Daquela vez ele atingiu o ápice primeiro, gemendo alto contra minha pele, sem parar os estímulos e acabei gozando em seguida, despencando sobre a cama e ele despencando em cima de mim. Seus braços envolveram minha cintura e ficamos daquela forma por um curto período de tempo, só o suficiente para pararmos de ofegar e eu recuperar meu fôlego.

- Minha vez. – Exigi girando meu corpo e sentando em seu abdômen.

- Tenho medo de perder minha virilidade antes dos 30, desse jeito. – Brincou acariciando meus seios. Cravei as unhas em suas costas, trilhando um caminho desconexo de beijos e mordidas por sua barriga. Junhoe aproveitou que me inclinei em direção a seu corpo, acariciou de leve e apertou minha bunda antes escorregar os dedos longos para minha entrada, me penetrando sem permissão. Dei um tapa em seu rosto, mais forte do que da primeira vez, e puxei seus cabelos com brutalidade comedida.

- O que eu falei? – Indaguei a centímetros da boca carnuda, vermelha e entreaberta. – Minha. Vez. – Completei pausadamente lambendo seus lábios antes de beijá-lo com voracidade.

Kim Hanbin

- Você já teve dias melhores. – A risada feminina me trouxe um sentimento de nostalgia. – Precisa de carona pra casa?

- Clara Lee. – Ri estridentemente, ainda alterado demais pelo álcool. – Clara, Clara. Na verdade, eu ia beber mais até meus amigos resolverem ir embora, mas aceito sua carona, se estiver indo.

- Sim, essa noite já deu o que tinha de dar e nem o scotch resolveu, melhor ir logo, não? – Retrucou com o tom de voz manso que ela tinha. Assenti, apoiando-me no balcão para levantar com alguma dignidade. – Como uma criança pode estar tão bêbada quando um gambá? – Riu por fim me ajudando. Ignorei a pergunta e apenas caminhei para a saída.

Ela me rebocou até o carro que provavelmente a pertencia e explicou rapidamente ao motorista aonde tinha que levar-nos primeiro, ou seja, minha casa. Enquanto ela instruía o motorista aproveitei para mandar mensagens para Kimbab e Jinan, avisando que estava indo para casa mais cedo e depois explicaria minhas razões. Não esperava que ambos vissem logo o recado, afinal, os dois estavam “ocupadíssimos” com as respectivas namoradas, no entanto, não poderiam argumentar que eu não avisei.

- Noona... – Chamei depois de um longo período de silêncio. – O que você pensou quando Junhoe pediu pra escolher entre ele e o ahjussi? – Perguntei receoso. A mulher me olhou atentamente por alguns minutos.

- Eu pensei que estar com uma criança não me ajudaria a comprar minhas bolsas da Chanel. – Respondeu com um sorriso afetado.

- Assim? Sem pensar duas vezes? – Insisti.

- Se eu pensasse não teria a estabilidade financeira de hoje. Tudo na vida é questão de determinação e saber o que quer.

- Aish, consegue ser mais fria do que a Lee Hayi. – Murmurei desanimado.

- Por que da pergunta?

- Minha namorada me chutou. Disse que quer focar na carreira e não tem tempo pra mim, mas acho que a ex dela tem muita influência nessa decisão. – Expliquei envergonhado.

- Que situação chata, Hanbin, sinto muito por você. – Murmurou compadecida. – Mas pense que em breve você vai superar isso e achar outra pessoa, olhe só o Jun-jun, sofreu por mim por tanto tempo e agora está completamente curado depois de namorar sua irmã.

- O quê? Que besteira é essa? – Perguntei confuso.

- Como assim que besteira? Não sabia que Junhoe e Haeun estão juntos? – Indagou de volta e eu balancei a cabeça automaticamente. – Pensei que eles já tivessem te contando. Não vou dizer que sinto muito em revelar o segredo dos dois, porque eu não sinto, porém não esperava que eu seria a porta voz das novidades.

- Acho que você está equivocada, noona. – Neguei franzindo o cenho.

- Creio que não, eu mesma vi, se não acredita em mim, confronte-os. – Sugeriu com um sorriso maldoso, era justamente o que eu faria e quando o carro parou em casa, mal me despedi de Clara, atordoado com a nova informação.

 

Acabei capotando no sofá da sala e na manhã seguinte acordei com uma ressaca infernal, alguma boa alma tinha me trazido um cobertor durante a madrugada, então meu mau-humor não era completo, ainda sim, o que Clara dissera estava vivo em minha mente. Levantei soltando um longo suspiro e rumei para o quarto de Junhoe.

Apesar de, aparentemente, todo mundo estar dormindo, eu tinha que perguntar isso logo, ou eu ia pirar. Subi os degraus de dois em dois, sentindo minha cabeça pesar. Bati na porta do maknae, sem sucesso, mas pela musica baixa que vinha do quarto, presumi que ele estivesse acordado e entrei. O local estava uma zona, mas acabei me atendo ao som do chuveiro ligado e as risadas. Caminhei até lá e abri a porta de uma vez, Haeun gritou escondendo-se atrás de Junhoe.

- CARALHO, PUTA QUE PARIU, KIM HAEUN. – Gritei virando de costas ainda com a mão na maçaneta. – KOO JUNHOE QUE PORRA É ESSA?

- Hanbin-ah. – Minha irmã sussurrou completamente constrangida.

- Hyung, a gente pode explicar.

- Vocês devem me explicar. – Ri sem humor. – Os dois, lá embaixo. AGORA.

Bufei saindo, bati na porta de todos os outros, irritado. Acordando todo mundo e mandando-os descer imediatamente. Bobby. Jinhwan. Yunhyeong. Donghyuk. Sobin, Luna. Yejin. Todos me xingaram, mas fizeram o que eu pedi.

XXX

Kim Haeun

Eu estava mortificada. Irritada. Constrangida. Tudo de uma vez só. Estávamos todos sentados no sofá (Junhoe e eu no meio), vendo Hanbin andar de um lado para o outro, batendo com uma colher de pau na mão. Resmungando. Todo mundo com cara de sono, irritados por terem sido acordados por meu irmão. A pior parte é que apenas eu e Junhoe estávamos vermelhos e de cabelos molhados, o que claramente indicava que B.I nos flagrara transando no chuveiro. Era óbvio que tínhamos uma vida sexualmente ativa? Era. Nossos amigos sabiam? Sim. Mas não deixava de ser constrangedor.

- Hanbin, se você acordou a gente pra te ver andar com uma colher de pau, me avisa, que eu volto pro meu quarto. – Jinhwan anunciou puto enquanto Luna cochilava em seu ombro.

- Eu acordei vocês porque queria esclarecer umas coisas, principalmente com esse traidor. – Hanbin chiou batendo nas pernas de June com o utensílio doméstico. Meu namorado choramingou esfregando o local. – Que porra Junhoe! – Explodiu de novo, voltando a bater nele. Provavelmente vamos todos pro inferno, mas rimos muito da cena. Hanbin irritado é sempre uma coisa tensa, mas naquele dia, parecia uma explosão caricata e o Junhoe agindo como um bebezão, culpa do desconcerto coroava a situação como uma esquete de sitcom.

- Hyung! Eu já falei, a gente explica.

- Hanbin, Hanbin, chega. – Pedi impedindo que meu dongsaeng atingisse June de novo.

- Essa menina! Haeun! Como chega? Eu devia era está de pondo de castigo agora mesmo.

- Hyung, a gente está namorando, okay? Nós estávamos esperando o momento certo de falar sobre isso com você. – Junhoe disse sem mais rodeios.

- O quê? Seu traidor! Você prometeu, aliás, todos prometeram. – Hanbin reclamou dando um tapa na cabeça de June. – Eu devia saber que depois do Donghyuk, não dava pra confiar em vocês. – Bobby riu baixo e recebeu um olhar mortal. – Ninguém parece muito surpreso, quem sabia dessa pouca vergonha embaixo do meu teto? – Com exceção de Donghyuk, todo mundo levantou a mão, o que fez B.I ficar ainda mais irritado. Batendo na coxa de todos os meninos envolvidos.

- Mas Parede, era meio óbvio. Você quem não quis ver. – Dillua riu enquanto alisava o vermelho na perna de Jinhwan.

- Nisso eu tenho que concordar, eu descobri sozinha. – Sobin concordou.

- E não me contaram nada? Que tipo de amigos são vocês?

- Do tipo que quer todo mundo feliz. – Yunhyeong interveio. – JunHa estava bem, apoiando um ao outro, que mal tem nisso?

- Além do mais, quem tinha que falar sobre isso, são os envolvidos diretamente, não a gente, Hanbina. – Yejin completou.

- Você. – B.I me chamou. – Você ama esse cabeçudo?

- Sim. – Sorri olhando pra Junhoe entrelaçando nossas mãos no processo.

- Mesmo ele sendo uma criança barulhenta, inquieta, narcisista e atrevida? – Perguntou de novo e June protestou.

- Mesmo com tudo isso. – Garanti rindo.

- E você, cabeçudo, ama mesmo a minha irmã? – June rapidamente assentiu. – Quer mesmo namorar com ela sabendo que se machucar a Haeun, eu te corto em pedacinhos?

- Sim, hyung.

- Muito bem, se passar no minha fase de teste, eu aprovo o namoro dos dois. – Hanbin suspirou. – Não pensa que vai ser fácil, cabeçudo. – Advertiu por fim dando outro tabefe na cabeça do mais novo.

E realmente não foi, acho que foram os três piores dias da vida do Junhoe. Hanbin estava sendo cruel, acordando-o às cinco da manhã, fazendo-o correr, fazer flexões, comer coisas bizarras, constantemente acompanhado de uma colher de pau pra bater no garoto, já que além do esforço físico, Junhoe ainda tinha que responder perguntas sobre mim, sobre o que eu gostava ou minhas manias e cada vez que ele errava Hanbin o batia com o utensílio. B.I justificou o ‘teste’ dizendo que se o maknae queria namorar comigo, deveria ter força e disposição pra me defender e teria que me conhecer bem, pra não me magoar facilmente. Era só uma desculpa pra ser malvado. Mas June encarou bem e no fundo, mesmo com pena dele, eu estava feliz, porque passado essa conturbação, finalmente poderíamos ficar juntos sem nos esconder.


Notas Finais


¹Refrão de Side to Side, da Ariana Grande: https://www.youtube.com/watch?v=SXiSVQZLje8
Dangerous Woman: https://www.youtube.com/watch?v=9WbCfHutDSE
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=TFR0S9mYMLE&list=PLjS505Bqvz6uySgSoxJobyBs0hTXjmGsq
Duas primeiras músicas: BobJin.
Duas seguintes: Luhwan.
Depois é meio aleatorio até chegar em Dangerous Woman.
Enfim, espero que gostem, desculpem os erros e algumas situações que parecem ter saído da Malhação, Seu Lugar no Mundo <3


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