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História Maldito Papel - OneShot


Escrita por: Mariinkat

Notas do Autor


Acredite (ou não) essa fic saiu de um roleplay (RP) XD
Espero que gostem :3
Desculpe qualquer erro ><
Um kiss e até


Inglaterra - Controlado por mim.
América - Controlado pela Tsundere_Girl.

Capítulo 1 - OneShot


Fanfic / Fanfiction Maldito Papel - OneShot

Alfred estava sentado em seu lugar da enorme mesa da sala onde eram feitas as reuniões do G8. Lia alguns documentos que Obama mandou que estudasse com muita atenção, pois eram as novas leis que seriam implementadas em seu país ainda aquele ano. Comia um hambúrguer vindo direto do McDonald's e tomava uma latinha de Coca-Cola enquanto tentava ao máximo não cair no sono. O pior de tudo foi que precisou recorrer justamente ao prédio onde os encontros entre as nações aconteciam, pois se ficasse em sua casa, das duas uma: Ou ficaria na frente do videogame, ou na frente da TV assistindo séries de terror

 

- Boriiing... - Choramingou e suspirou pesado, fechando os olhos e curvando as sobrancelhas. Estava com o cotovelo direito apoiado ao lado da papelada, com o antebraço erguido e a bochecha sobre a mão levantada. Senão ficasse daquele jeito, cairia no chão mesmo.

 

Arthur havia esquecido um papel importante na sala de reuniões do G8, estava com um pouco de preguiça de ir até lá, mas aquele papel era realmente importante. Se alguém o encontrasse, estaria ferrado. Espantou esse tipo de pensamento da cabeça e entrou na sala, assustando-se ao ver Alfred ali. Ainda mais porque seu precioso papel estava debaixo do cotovelo dele - O-oque está fazendo aqui? - disse suando frio, o medo era perceptível em sua voz.  

 

- Hum? - Alfred separou um pouco as pálpebras -mas não o suficiente para desfazer a sua feição de puro tédio- e pode enxergar o britânico parado na porta. Permaneceu alguns segundos o encarando fixamente e, em seguida, voltou a fechar os olhos, agora com uma sombra azulada entre eles. - Só pode ser sacanagem... - Murmurou em um tom audível o suficiente para que Arthur o escutasse.

 

Arthur levantou uma sobrancelha confuso - O que foi? - Por um momento havia esquecido o problema do papel, mas logo se lembrou e voltou a ficar tenso, tremia um pouco e suava frio, se Alfred tivesse lido aquele maldito papel nunca mais olharia pra sua cara novamente.

 

- Nada. - Alfred respondeu sem ânimo algum na voz enquanto revirava os olhos e desapoiava o cotovelo da mesa. Estava pegando a sua papelada em mãos para a chocar duas vezes contra a mesa, a fim de ajeitá-las simetricamente, quando teve a sua atenção roubada por um papel avulso sobre a mesa. - Hum? - Arqueou as sobrancelhas em confusão e levou a mão até a folha, soltando os documentos mais uma vez. Escutou passos ligeiros se aproximando, assustando-se ao ver o britânico se atirar sobre a mesa em sua frente e inclinar de forma rápida para pegar o papel em sua mão, sem obter sucesso, já que apoiou os pés contra o piso e empurrou a sua cadeira para trás, de modo que tornasse impossível que o outro alcançasse. - What is your problem?! - Franziu o cenho, indignado. Arthur tentou novamente pegar o papel, mas dessa vez levantou o seu braço e, em seguida, saiu da cadeira, andando até uma distância considerável da mesa enquanto começava a ler o documento. Nesse momento, o seu corpo paralisou e uma sombra desceu até o seu nariz. Só poderia estar cego. Iria reler mais uma vez aquelas linhas, mas o britânico parou em sua frente e arrancou o papel de suas mãos, chegando a amaçá-lo um pouco. Levantou devagar os olhos azulados, focando-os na face tensa do outro, o qual permanecia suando gelado. - Arthur?... - Chamou-o em tom de pergunta, sem mudar a feição de seu rosto, indicando que esperava uma explicação dele.

 

Arthur apertou o papel contra seu peito e se afastou um pouco, estava corado e com medo da reação de América, queria tanto enfiar sua cabeça em um buraco agora - E...Eu.....- Não sabia como iria explicar aquilo pra ele, respirou fundo tentando se acalmar, mas quando viu que o americano lhe encarava voltou a corar, ficar assustado e tenso, ia dando mais passos pra trás devagar tentando fugir daquela situação o mais rápido possível,

 

Percebendo que o outro começou a se afastar, Alfred contraiu o cenho. Ele estava pensando que iria escapar de si depois do que havia lido? O seu pensamento foi respondido assim que o viu se preparar para sair correndo, mas foi mais rápido. Utilizando da força -que era óbvio, tinha muito mais, agarrou-o pelo braço e o empurrou com certa brutalidade até a parede, que não estava tão longe. Segurou rapidamente os pulsos dele, que intentavam lhe empurrar, e os pressionou em cada lado do rosto alheio, fazendo com que, devido a força do impacto e também pelo susto, ele soltasse a folha e esta fosse, devagar, de encontro ao chão, ao lado de ambos, - Explique-me isso melhor. - Ordenou, encarando fixamente os olhos esverdeados dele, ainda com a mesma feição fechada, mas agora sem aquela sombra amedrontadora de antes.

 

Estava assustado, não era normal o maior agir desse jeito, sentiu um frio subir por sua espinha, estava corado e com medo, não tinha coragem o suficiente para explicar o que era aquele pedaço de papel, por ele ser mais forte que si não conseguia fugir, se arrependia de ter escrito aquilo, só queria desaparecer e nunca mais voltar, virou o rosto encarando o papel no chão e mordeu o lábio inferior com força.

Alfred percebeu o medo disfarçado entre as ações do menor e então se tocou que estava deixando o estresse diário tomar conta de si. O seu dia havia sido tão corrido -e a sua cabeça latejava tanto- que ler aquela carta foi como acender o pavio já bastante desgastado de sua paciência. Sabia que todos passavam por aqueles momentos. Momentos em que qualquer coisa, por mais pequenina que seja, é o suficiente para deixar com os nervos à flor da pele. Porém, por algum motivo, sentiu uma pontada no peito ao pensar que estava amedrontando o outro. Não queria aquilo. 

 

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- I am sorry... - Sussurrou em meio de um suspiro e soltou devagar os pulsos alheios. - Eu estou me sentindo extremamente sobrecarregado... - Levou a mão até o cenho franzido, massageando-o devagar enquanto apoiava a outra mão ao lado da cabeça do britânico. - Eu não quis te tratar dessa forma. Foi um... Reflexo... - Procurou os olhos dele, vendo-os lhe fitando de canto e, como covardes orgulhosos, tornarem a desviar para o lado. - Can you forgive me, England? - Inclinou a cabeça para o lado, fazendo assim um contato visual com ele.

 

Era certo que estava um pouco assustado pela ação repentina do maior, mas mesmo assim ficou mais calma quando ele lhe soltou, podia sentir a respiração um pouco próxima de seu rosto e voltou a corar - S-Sim, eu te perdoo. - Tentou parecer o minimo nervoso possível, mas falhou ao gaguejar e virar o rosto corado, e então ele lembrou do papel, ele se abaixou e o pegou o olhando com raiva, por causa daquele maldito papel Alfred quase o espanca (pelo menos foi o que ele achou que o maior fosse fazer), queria jogá-lo fora o quanto antes.

 

- Hum?... - Alfred olhou para baixo -direção que o outro encarava, vendo, segurado pela mão alheia, o ''gatilho'' que gerou tudo aquilo. Com certo esmero, segurou o papel pela ponta. Percebeu o pequeno espasmo que o outro teve, mas ignorou, puxando devagar a carta até que pudesse a segurar com firmeza, mas ainda assim com cuidado. Levou-a até em frente do peito e começou a passar os olhos sobre aquelas linhas mais uma vez. Um sorriso quase imperceptível brotou no canto de seus lábios. - Can you read it? - Procurou mais uma vez os olhos do britânico. Viu-o lhe encarar um tanto assustado, o que fez com que soltasse uma risada nasalada. - Por que tanto medo? Acha mesmo que eu teria coragem de te machucar? - Arqueou uma das sobrancelhas e franziu a outra, esticando a folha para que ele pudesse a ler.

 

Mesmo um pouco relutante começou a ler aquele maldito pedaço de papel que lhe deu tanta dor de cabeça - Eu amo o América, nã-não sei quanto tempo faz que tenho esse tipo de sentimento por ele, talvez desde sempre... A única coisa que sei é que quando fico perto dele meu coração acelera e sinto borboletas no estômago, espero que ninguém saiba assinado England - estava corado e envergonhado, queria se matar ali e agora, tinha medo da relação deles mudar e esperava uma reação do americano.

Alfred riu baixo mais uma vez, fechando de leve os olhos. Percebeu que a sua risada havia atraído o olhar confuso do menor, então aproveitou para fazer contato visual, aumentando o sorriso já presente em seus lábios.

 

- Você sempre foi tão complicado de entender. Eu com certeza nunca desconfiaria.. - Pegou devagar o papel de entre as mãos alheias e o fitou, lendo por si próprio aquelas palavras feitas com uma grafia excelente. - But... - Dobrou aquela folha quatro vezes, guardando-a no bolso de sua jaqueta de couro. - Gostaria que me falasse tudo isso agora, olhando dentro dos meus olhos. - Apoiou ambas as mãos em cada lado da cabeça do britânico. - Can you say it? - Perguntou, encarando fixamente as suas pupilas, como se tentasse ler todos os segredos de sua alma.

 

Estava nervoso, não sabia se batia em Alfred e saia correndo ou só a segunda parte mesmo, respirou fundo e encarou o maior - E-Eu te amo... - estava corado e seu coração batia rápido, queria fugir de vergonha mas simplesmente não podia fazer isso, então novamente virou o rosto encarando o chão,

 

- Bem melhor... - Sussurrou Alfred, aumentando o sorriso. - Now... - Segurou o queixo alheio com a mão direita e o fez olhar para os seus olhos. - I will kiss you. - Deu uma piscadela para o menor, vendo-o ficar da mesma cor que uma pimenta. Antes que ele conseguisse falar qualquer coisa, encostou os lábios aos dele rapidamente e repousou com delicadeza as mãos em cada lado do pescoço dele, deixando o seu dedo polegar tocar em suas bochechas e sentir o quão quentes elas estavam.

 

Estava um tanto surpreso pela ação do americano, podia sentir naquele beijo milhares de sentimentos e não se sentia mais tão confuso, colocou as mãos sobre os ombros dele e retribuiu o beijo, fechando os olhos e ignorando o resto do mundo, eram só eles agora, ninguém mais importava.

Alfred sentiu como se borboletas voassem dentro de sua barriga ao ter os seus ombros tocados pelo menor. Por algum motivo, parecia que caminhava nas nuvens, pois até mesmo o chão que pisava parecia irreal. Deixou as suas mãos descerem sem presa pela pele delicada do pescoço, passarem pelos ombros, peito, abdômen e, por fim, apalparem os quadris, pressionando-os com certa força. Um choramingo baixo e manhoso liberado pelo britânico devido aquela simples pressão, fez com que uma chama acendesse no peito do estadunidense. Ele quis escutar mais daquele som. Muito mais.

 

- ''Shit...'' - Resmungou em pensamento enquanto as suas bochechas esquentavam. Aqueles sonzinhos que ele estava liberando apenas por causa de um simples toque estavam o provocando demais. A sua libido subiu dos seus pés até o último fio de seus cabelos quando o menor entrelaçou o seu pescoço com os braços e, em um passo para frente, acabou pressionando demais uma das coxas contra o meio de suas pernas. Afastou os lábios dos alheios em uma tentativa quase desesperada de puxar ar e soltou um baixo ofego. Ofego que foi percebido pelo outro, que o fitou com certa confusão no olhar, vendo-o a lhe encarar com um brilho diferente nos olhos. - Arthur... - Sussurrou com a voz rouca e aproximou a boca da curva do pescoço alheio, no intuito de marcá-lo. Estava com os lábios a centímetros de distância para cumprir o seu objetivo, quando o som da porta se abrindo invadiu a sala, fazendo ambos paralisarem no mesmo lugar e uma sombra descer por seus rostos, parando logo acima de seus narizes.

- Mister Amérique, encontrei com o seu chefe no meio do caminho para cá e ele me pediu para te entregar esses-Oh! - Francis, que fitava atentamente a primeira folha do grupo de 5 papéis unidos por um grampo prateado, arqueou as sobrancelhas em surpresa ao ver aquela ''situação''. - Interrompi algo? - Sorriu de forma pervertida, vendo o norte-americano andar rapidamente em sua direção e arrancar com brutalidade a papelada de suas mãos. - Calma, mon ami! Eu não vou contar para ninguém sobre esse ''encontro super secreto de negócios'' de vocês! - Deu uma piscadela para Alfred e recebeu um olhar fuzilador em troca. - Hon hon hon hon! ~

 

Arthur estava em estado de choque, corado, envergonhado, e com raiva, queria se matar ali mesmo, e levaria Francis junto com sigo para o além, se agachou no chão se sentando encostado na parede, abraçou os próprios joelhos e ficou encarando o teto, se sentia feliz por saber que Alfred também o amava, se sentia completo e algo lhe dizia que a partir de agora nunca mais ficaria sozinho.

 

 



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